O resto do dia passou sem mais acontecimentos porém os que já tinham acontecido foi o bastante para tornar uma simples segunda-feira num dia cheio e mentalmente cansativo. Na empresa arthur tentava se concentrar e ficar a par da crítica situação em que a mesma se encontrava, mas era tão difícil esquecer todo aquele episódio.
Joca por sua vez não teve mais condições de voltar pra o escritório, deixando Alex sozinho a frente dos processos que tinha pra estudar. A conversa na tranntar ecoava a todo instante em sua mente, deitado no sofá do escritório em sua casa não tinha força de sair dali nem para almoçar, as lágrimas por alguns momentos atreviam a umedecer seus olhos, eram muitas lembranças boas da época em que namorava arthur daí era inevitável não celebrar a saudade com o choro.
Mesmo sabendo que seu marido não parava de pensar em seu ex, marina não se atreveu a chegar nem perto, o medo de falar alguma coisa e entrar em contradição lhe atormentava, não podia ser desmascarada e perder seu amado. Dessa forma mesmo odiando ficar sozinha foi buscar refúgio em seu quarto, tinha que arrumar um jeito naquela situação.
A semana foi passando, Arthur e Joca voltaram a focar em seus trabalhos sem claro esquecer aquele reencontro cheio de mágoa e saudade, já Marina cheia de raiva e medo nem importunava seu marido por estar daquele jeito por outro, sua meta agora era arrumar um jeito de voltar a viver feliz com seu amor longe de fantasmas do passado. Na manhã de sexta ao chegar em sua sala Arthur deu de cara com helena pondo uns papeis em sua mesa.
HELENA : - Bom dia senhor! ( falou a secretária vendo Arthur dar a volta em sua mesa e sentando )
ARTHUR : - Quero saber até quando você vai ficar me tratando feito velho helena. ( falou a repreendendo )
HELENA : - Não falo nesse sentido seu Arthur, só é questão de respeito. ( falou envergonhada )
ARTHUR : - Não precisa dessas formalidades helena, assim me sinto um senhor de 50 anos. Pode excluir o "seu", e "senhor" de seu vocabulário quando for se dirigir a mim ok?
HELENA : ( rindo ) - Ta bom seu... quer dizer Arthur.
ARTHUR : - Assim é bem melhor. ( rindo ao ver o rosto vermelho de sua secretária ) - Isso aqui é o que eu tô pensando? ( se referindo aos papeis que helena tinha acabado de colocar sobre a mesa )
HELENA : - É o relatório que você me pediu.
ARTHUR : - Nossa que rápido helena, parabéns pela eficiência. ( dando uma olhada nos papeis )
HELENA : - Obrigado Arthur, bom vou voltar ao trabalho qualquer coisa é só chamar.
ARTHUR : - Pode deixa, bom dia. ( E ao responder o bom dia de seu patrão helena se retirou da sala deixando-o afundados nos papéis )
Arthur começou a examinar aquele relatório e não foi preciso muito tempo pra perceber que tinha alguma coisa errada com aqueles números, as contas não batiam, e a cada página sua inquietação só aumentava, ele se recusava acreditar se tratar de um simples erro, porque de erro aquilo não tinha nada, nem um recém formado cometeria algo dessa magnitude. Tava tão absorvido verificando aquelas contas forjadas que quase não ouviu as batidas na porta.
JULIANA : - Amigo quanta distração, quase derrubo a porta. ( falou entrando na sala e sentando enfrente Arthur ) - Ainda é o efeito Joca?
ARTHUR : - Nada Jú, pedi um relatório dos gastos nos últimos dez anos e agora estou aqui examinando, não cheguei nem na página 10 e já tem tanta coisa errada.
JULIANA : - É aquela história que sua mãe lhe contou?
ARTHUR : - Exatamente, a tranntar está de mal a pior amiga, se não dermos um jeito logo em 3 anos essa empresa fecha!
JULIANA : - Sabia que a situação era crítica mas não que estava a esse ponto. ( falou surpresa )
ARTHUR : Pois é jú, e olhando esse relatório aqui a cada página só piora as coisas. ( A preocupação estava estampada em seu rosto )
JULIANA : Bom, sei que você é o melhor administrador que conheço, dará um jeito nisso logo. ( falou sorrindo pro amigo ) - Mas eu vim aqui pra te fazer um convite.
ARTHUR - Convite? ( falou encarando sua amiga )
JULIANA : - Hoje vai ter a formatura de um amigo do rubinho, vamos?
ARTHUR : - Rubinho o namorado mais ciumento e gostoso do brasil?
JULIANA : - Ele mesmo, meu digníssimo chato. ( falou revirando os olhos )
ARTHUR : - Ah Ju não sei se quero ficar segurando vela a noite toda.
JULIANA : -Você não vai segurar vela alguma, deixe de arrumar desculpa esfarrapada.
ARTHUR : - Não sei se vai ser uma boa ju queria ir pra casa continuar a examinar esse relatório. ( meio desanimado )
JULIANA : - Para de ser chato garoto! você irá sim e esta decidido. Lugar de pensar no trabalho é exatamente no trabalho. Esteja pronto ás dez. ( se levantando e saindo da sala ao som da gargalhada do amigo )
No escritório Joca tinha acabado de chegar de uma audiência de divórcio cansativa e desgastante, mas os papéis sobre sua mesa lhe dizia que o trabalho estava longe de acabar, mas ele não estava achando ruim pois só metendo a cara no trabalho ele poderia esquecer toda aquela história do passado que a dias lhe tirava o sono. Estava debruçado estudando um dos processos quando foi interrompido pela chegada de seu amigo e sócio.
ALEX : - Aí mano tenho um programinha pra gente mais tarde. ( falou se esparramando na cadeira enfrente a Joca abrindo o botão de seu blazer )
JOCA : - Alex eu sou um cara casado, não dar pra eu te acompanhar nas tuas putarias não.
ALEX : - Não tem putaria nenhuma, se liga, um brother meu vai se formar dai mais tarde vai ter uma festinha massa pra gente curtir. To ligado que tu esta precisando relaxar.
JOCA : - Tô precisando mesmo. ( jogando o processo sobre a mesa e se encostrando na cadeira )
ALEX : - Então fechou, ás dez você passa lá em casa e me pega porque estou sem carro! ( falou saindo da sala )
JOCA : - Mas é folgado esse cara! ( falou rindo )
Depois do almoço joca ainda teve outra audiência de conciliação, e sendo o ótimo advogado que é, ás 16 horas a mesma já tinha acabado com as coisas muito bem apaziguadas e resolvidas. Voltando ao escritório ficou trabalhando em cima de outro processo até ás 18:00 quando se despediu de sua secretária e seu sócio com a promessa de ir buscá-lo em sua casa pra irem a tal formatura. Chegando em casa encontrou sua mulher deitada no quarto, a convivência entre eles não estavam boas desde a tal conversa no início da semana.
MARINA : - Até quando você vai continuar me ignorando? ( olhando joca se sentar na cama só que de costas pra ela tirando os sapatos )
JOCA : - Não estou te ignorando! ( falou firme sem ser grosso )
MARINA : - A não ? ( falou se ajeitando para poder se sentar, a barriga já começava a incomodar nos movimentos ) - faz dias que você chega e nem um beijo me dar.
JOCA : - Só estou estressado com o trabalho. ( levantando da cama tirando a roupa )
MARINA : - E o que eu tenho a ver com seu trabalho? ( inquiriu )
JOCA : - Você não tem nada a ver com meu trabalho marina. ( se encaminhando a esposa já com o peito nu, e dando-a um beijo ) - Satisfeita ?
MARINA : - Ainda não, você ta muito mudado joca.
JOCA : - Ah marina sério que tu vai começar com esse mimimi? Porque se for me fala que eu vou dormir la na minha mãe, to sem saco pros seus dramas. ( falou indo pro banheiro )
Ela preferiu se calar pois ainda existia um medo grande de entrar em conflito com o outro, ela tinha planejado ir com calma pra poder retomar sua vida, mas vendo a mudança brusca de seu marido as vezes não conseguia se conter. Após o banho joca saiu do banheiro enrolado numa toalha se encaminhando ao guarda-roupa e marina não pôde deixar de reparar em seu corpo, o desejo que ela sentia era muito grande, na verdade sempre o desejou desde o tempo em que ele namorava arthur, ela se esforçava ao máximo pra esconder seus desejos porém sempre tramou para poder separa-los e finalmente te-lo.
JOCA : - Mais tarde vai ter uma formatura de um amigo do alex e ele me chamou pra ir. ( falou vestindo uma cueca )
MARINA : - Nossa amor quanto tempo a gente não sai, vou adorar fazer um programinha com você.
JOCA : - Acho que você não entendeu bem, ele ME convidou. ( dando enfase ao ME)
MARINA : - Como é? ( falou descabriada ) - Você vai sozinho? ( sua cara transmitia um misto de raiva e surpresa pois desde que se casaram eles não saiam separados )
JOCA : - Isso!
MARINA : - Ah mais você não vai mesmo! ( falou se levantando e se pondo a frente a joca )
JOCA : - Virou minha mãe agora? ( perguntou sarcástico ) - Irei curtir uma noite com meu amigo sim, preciso espairecer.
MARINA : - Você vai se encontrar com ele não é? ( já alterando o tom de voz )
JOCA : - Com ele quem marina?
MARINA : - O Arthur claro, não se faça de idiota.. ( gritando )
JOCA : Você ta louca! ( indo em direção a porta porém ela o segurou )
MARINA : - Você vai se arrepender se me trair.
JOCA : - Eu não vou trair ninguém só irei me divertir com meu amigo. ( falou puxando seu braço e indo em direção a porta novamente, mas ao se aproximar parou e se virou ) - É a segunda vez que você me ameaça, espero que isso não volte a acontecer ou as coisas iram ficar bem ruins por aqui. ( saiu do quarto deixando marina louca de ciúmes e agora com mais medo que nunca )
Na mansão Arthur jantava em um clima bem agradável com sua mãe, irmã, e seu cunhado;apesar de estar rindo muito com as perolas que ele soltava, estava mega preocupado com a situação da empresa, aquele relatório era uma bomba, mas ele preferiu não dizer nada a ninguém até que finalizasse o mesmo. Após o jantar ele se encaminhou para o quarto e voltou a examinar o bendito relatório, e se não fosse jú ligado pra alerta-lo sobre a formatura ele certamente teria esquecido e por fim desistido. Ás nove ele decidiu começar a se arrumar, foi tomar um banho quente pois precisava relaxar e tirar toda preocupação que aquela empresa estava lhe causando. Apesar de demorar muito para se arrumar, no horário combinado já estava pronto e muito bem arrumado arrancando elogios de todos na sala. Não tardou muito pra jú e rubinho ir busca-lo. No trajeto foram conversando amenidades e rindo de algumas bobeiras ditas. O local da formatura era lindo e estava já repleta de gente, muito bonitas por sinal, tanto os homens quanto as mulheres, ou seja tinha para todos os gostos. O som nas alturas e a pista de dança bombando fez com que o trio se animasse, apesar de rubinho ser mais contido estava estampado em seu rosto que estava curtindo. Foram longos minutos quebrando na pista até que Arthur sentiu cedo pois a séculos sua bebida tinha acabado, então se afastou do casal pra poder ir ao bar pegar algo pra tomar. Lá chegando quase voltou desanimado pois estava uma loucura de tanta gente fazendo o pedido ao mesmo tempo, os 3 barman claramente não estava dando conta, Arthur tentava fazer o seu mas não obtia sucesso, então resolveu esperar até que alguém a sua frente saísse pra poder ficar colado ao balcão e por fim fazer o pedido.
DESCONHECIDO : - Parece que esta um pouco cheio ai em? ( a voz do desconhecido despertou arthur daquela confusão )
ARTHUR : - Pois é! ( se limitou )
DESCONHECIDO : - Se a gente sair daqui posso te dar uma coisa melhor que bebida. ( como tava muito barulho o desconhecido que até era gato e grandão falou bem próximo ao ouvido de Arthur que não acreditou no que ouvia )
ARTHUR : - O que você pode me dar melhor que bebida? ( falou Arthur agora encarando o desconhecido com cara fechada )
DESCONHECIDO : - Um líquido viçoso e branquinho que eu bem sei que você irá adorar. ( falou já pondo a mão na cintura de arthur )
ARTHUR : - Tira a mão de mim seu porco, você nem me conhece. ( tirando a mão do homem com raiva )
DESCONHECIDO : - Ah qual é? eu sei que você quer. ( voltando com as mão na cintura só que mais forte )
ARTHUR : Me larga seu nojento! ( gritou arthur tentando se soltar do desconhecido que agora já estava agarrado a ele )
DESCONHECIDO : - Adoro uma bichinha que se faz de difícil, meu tesão só aumenta, sente como estou duro.
O desconhecido agarrava-o com força encostando o pau já duro em sua barriga, Arthur tentava se livrar a todo custo porém o cara era muito mais forte que ele e a cada segundo que se passava o medo só aumentava. Com a movimentação estranha começou a despertar a atenção de algumas pessoas que estavam mais próximas porém ninguém intervia. No meio do desespero por ter aquele homem quase arrancando a sua calça ali no meio de todos arthur ouviu uma voz grossa e imponente porém bem conhecida falar : " Não está vendo que o cara não quer nada contigo filho da puta? solta ele agora! " apesar de não ver seu herói ele sabia muito bem de quem se tratava....
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