Apaixonado por Caio! Meu brother do Orkut! (15)

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Data: 13/05/2017 21:35:11
Última revisão: 14/05/2017 05:35:43
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Hey. Puts, depois de um século eu volto. Que cretinismo esse o meu para com vocês. Vocês não merecem esse escritor que vós lhe fala, esse ser relapso (não sei se essa palavra existe, mas achei bonita), demente, preguiçoso, relaxado e inútil. Desculpa, galera. Mas como souberam, até mesmo antes de mim, me acidentei... lá pelas bandas de fevereiro. Voltaria logo depois da recuperação, em março, mas a faculdade me massacrou. Abril trouxer feriados lindos, mas as provas vieram juntas com eles. Gente, obrigado pelo carinho, muitas pessoas mandaram email, quando soube do acidente. Alguns me xingaram e com razão. Como disse, sou um imprestável. Desculpa e quero mandar um beijo pra cada um de vocês que ainda lêem essa joça aqui, tolerando erros de português mediocres e acima de tudo, tolerando a mim e minhas ausencias injustificáveis. Mas tá ae, o conto. Por o capítulo de hoje está enorme, dividi... Parei na parte boa... vocês verão hausu. E não revisei, então relevem alguns erros e trechos incoerentes.

VAMOS AO QUE THE FATO INTERESSA.

-

André: PEGA, PORRA! GOL! - e me abraçou feito um louco, eu vibrei com ele assim como os 25 mil pessoas que torciam pro Paysandu (time de Belém) no Mangueirão, final da série C e o Papão já estava classificado pra série B há semanas atrás no jogo contra o Macaé. André me apertou forte e aproveitou pra tirar uma casquinha de mim.

Eu: Me solta, louco! - mas eu estava feliz e percebi abraçar ele e pular em comemoração. José, um amigo nosso do Jurunas tocou um bumbo estridente e senti minha cabeça doer um pouco. O estádio Mangueirão, lotado, parte dele (aliás), explodia em gritaria e gritos.

André me levara para ver o jogo e se prontificou de pagar a entrada e tudo. Usava uma bermuda malha fina azul, com seu membro um tanto evidente as vezes, uma camiseta com seus braços pardos - parte pardo claro e outra queimada pelo sol, um caramelo escurecido - e sandálias Kenner. Bem simples, mas ainda sim bonito. Depois da algazarra o estádio se acalmou, ainda havia agitação por conta de o jogo ainda continuar e faltar 15 minutos para o término. Sentamos e André olhou pra mim.

André: Parece que tu tá mais vivo, Nando. Menos estranho.

Eu ri e olhei para ele: Estranho é a mãe. Ué, tô normal de boas.

André: Ainda pensando nele?

Eu ri, mas dessa vez de nervoso. André, depois do beijo no meu quarto, ficara mais enxerido, não se importando com o quê eu sentiria se caso falássemos de Caio. Contudo, o mais engraçado era que, por mais que ele ficasse mais intrometido, mais eu gostava e lidava com a situação de forma menos "sensível", digamos. Depois do beijo no quarto, ambos nos entendíamos de uma forma desconhecida e boa para mim. Depois do beijo algo dividiu as águas turvas da minha vida, onde eu nadava contra maré. O beijo me fez ver muitas coisas.

Eu: Claro que não. Só tô nervoso com um lance.

Ele me olhou: Como assim? Vai matar alguém?

Eu revirei os olhos: Não, fico "ansioso" quando vou matar alguém. É diferente.

Ele gargalhou e bebeu um pouco de cerveja. Ao fazer isso, vi seu braço contrair os biceps e as veias ficarem visíveis. Engoliu a bebida, fez um "ah" e me fitou: Diz logo o que é, seu mariquinha.

Eu: Deixa o jogo acabar.

André: Tem algo a haver com nosso beijo?

Então voltei pro dia em que beijei ele pela primeira vez.

Estávamos no meu quarto, eu agarrado nele, querendo ele. Eu precisava dele, ele era meu ponto de escape, o vetor para minha libertação daquele frescura toda que eu sentia pelo meu ex. A boca quente dele queria a minha, isso era notável; ambos fungando, sem ar, meus braços em torno de seu pescoço e suas mãos passeando suavemente por minhas costas e indo pra cintura. Lá, bem forte, ele me puxou para si e enterrou ainda mais sua língua na minha boca, sem dar chances para que a minha revidasse. Sabem aquele sabor natural da língua de alguém, sem menta ou algo do tipo?, sabem o estalar que duas bocas fazem quando juntas?, sabem o fungar de duas pessoas fazem enquanto se beijam?, isso tudo acontecia ali, forte, intenso, prazeroso. Tudo automático, meus instintos acima da razão, sem pensar, só o querer, o anseio por André. Sim, eu senti ciúme quando ele saiu pra se encontrar com a tal menina lá. Se ele falasse antes que ficava com outras, talvez eu tivesse me tocado que sim, eu queria ele. Só percebi isso quando me dei conta que se lamentar pelo outro não adiantaria nada, e que a pessoa certa estava do meu lado, sempre esteve... e o melhor, ele me queria. Sorte!

Seu cheiro, sua pegada, o pau dele ficando bomba, isso me fez voltar as lembranças de outro pau que ficava duro por mim, mas foi estranho quando esqueci disso rápido, pois ali era outro pau. Era o de André, ou seja... pra quê lembrar de outro se eu tinha o de André? Se eu tinha André. Se André estava comigo e não o outro? Se eu queira era André.

Minha boca estava esfomeada na dele, querendo mais. Senti algo ser machucado, pois o sabor de ferro do sangue era perceptível na minha língua, talvez eu machucara André ou ambos tivessem se machucado. Contudo, aquilo era tão bom que nem me importei, e ele tampouco. Então ele se afastou.

André: Calma, Nando - disse com os olhos fechados aos sussurros.

Eu: Calma o quê, vem cá - e tentei agarrar ele novamente, mas com um movimento abrupto ele se desvencilhou de mim.

André: Não, menino. Guenta aí. Calma, que tô tonto.

Eu o olhei com estranheza: Tá passando mal?

André me fitou e riu, parecia que respirava com dificuldades: Se eu tô passando mal? Tá de brincadeira né? Tu quase me matou agora, não sei quantas vezes morri e saí do meu corpo - no fundo da minha mente, um dejavu estranho daquela mesma frase me deixou irritado.

Eu impaciente: Então por que paramos?

André: Eu ia morrer.

Eu rabugento: Beijo tão mal assim?

André riu: Muito pelo contrário. Muito mesmo - então chegou perto, colou a testa na minha de forma rápida, senti o pau dele duro tocar o meu também duro. Sussurrando, ele falou. - Não entende? Cara, quase morri de felicidade, quase morri de tesão. Eu quero isso há muito tempo.

Eu indo com minha boca de encontro com a dele: Pois agora tem.

André pôs a mão entre elas: Pera, moço.

Eu com raiva: Qual teu problema?

André: O problema é que quero muito. Que isso foi muito melhor que eu imaginei... quantas vezes sonhei com isso, com tua boca. O problema é que eu não quero que nada de ruim aconteça e que aconteça contigo normal, e não assim.

Eu: Assim como?

André: Parece que tá fugindo de algo... - disse ele, depois completou. - Ou de alguém.

Eu: Oh.

André: Você não quer isso agora.

Eu: Mesmo blá blá blá, mais disso - fui com a mão até seu pau.

André parou o toque: Não, tu não é assim.

Eu enraivecido: Eu quero, mas se tu não quer...

André: Mais do que tudo. Quero teu corpo, quero você. Mas sei que aconteceu algo pra você estar assim.

Eu: Não aconteceu nada - falei e percebi que não encarava ele. André me conhecia bem de mais.

André: Olha pra mim, pequeno. Fernando, olha pra mim.

Com os nossos corpos colados, seus olhos a centímetros dos meus, não pude fugir. Olhei pra ele e um sentimento estranho me percorreu, uma vontade de falar a verdade, toda ela, não meia. Mas na realidade eu estava totalmente perdido em sentimentos, meio que bipolar. Meio que balançado. Com fotos do meu antigo amor frescas na minha cabeça, com imagens dele beijando outra boca ainda rodando na minha mente. André viu algo nos meus olhos e disse: Poxa, Nando. Calma.

Veio antes de eu notar, as lágrimas. Enterrei a cabeça no peito dele e deixei elas virem. Mais uma vez eu chorava por Ele. Mais uma vez eu deixava Ele me destruir por dentro. Mais uma vez pude perceber que nem mesmo milhões de bocas poderiam fazer eu esquecer da dele. Mas como eu disse, talvez com o tempo tudo isso passasse, porém o tempo parecia andar lento, não o suficiente para sarar feridas internas de forma satisfatória. Senti o sentimentalismo tomar conta de tudo enquanto chorava, era doído de mais aceitar que não haveria mais Caio e Fernando. Caralho, como era ruim. De forma redundante eu notei que o fim de um amor de verdade era muito doído, pois machuca a alma, e a dor da alma machuca mais que a física. O amor quando morre, morre sofrendo, matando, destruindo. Eu tinha o câncer do amor, não tinha cura imediata, talvez nunca tivesse. Por ainda ter 18 anos, e por esses eventos serem narrados por mim hoje, percebo que quando você vive o primeiro amor verdadeiro, pensa que só haverá ele na sua vida, que por ser algo desconhecido, por não saber lidar com ele, você pense que tudo gire em torno do mesmo, que o fim deste é o fim de tudo. Hoje percebo que recomeçar depende de quem quer, não de quem precise. Eu precisava recomeçar, mas queria?

Então, naquele quarto, com André me reconfortado, ambos ainda abraçados de pé, eu jurei que nunca mais derramaria uma lágrima por Caio Calson. Que sentiria sim a falta que aquele menino enorme faria para mim, mas que jamais deixaria ser abalado por ele novamente. Enterre ele, enterre Caio, Fernando.

Quer uma água?, perguntou André se afastando e me olhando de uma forma que entendia o porquê do choro, e que logo não precisava de respostas.

Eu meio rouco: Sim. - Ele saiu, eu limpei os olhos com a costa dos braços e sentei na cama. Que momentos complicados, que vida complicada. Você lê isso, tudo mastigado, tudo explicado, só que no real tudo é incerto, principalmente quando há pessoas, quando você está em terreno desconhecido, como eu estava, sem saber lidar com as consequências de um término. Somos muito complexos, volúveis, imprevisíveis, incompreendidos, descriminados, frágeis. A raça humana é uma sopa disso tudo, sem tempero, sem sal, apenas com o amargo da vida preparando tudo em uma panela enorme. Com a colher da sociedade decidindo em que sentindo girar a sopa, girar nós. Ouvi o ranger dos degraus, depois André entrou no meu quarto com um copo em mãos.

Ele: Aqui, beba.

Bebi lento, me ocupando, pois agora teria que me explicar, e eu queria me explicar. André merecia uma explicação. Como, de uma hora pra outra, rejeito ele no seu quarto e depois o desejo no meu? Que tipo de demente eu era? Eu pigarreei, parecia que não tinha voz: Eu... Me desculpa...

André me interrompeu: Calma, cara. Tu ainda sofre pelo outro lá. Isso é visível né.

Eu engasguei, pigarrei e olhei pra ele: Hum... Eu preciso te contar. Pra quê esconder que ele mexe comigo? Pra quê esconder isso de ti?

André: E pra quê contar?

Eu: Você merece saber. Você merece.

André chegou mais perto e sentou do meu lado na cama: Calma, moço louco. Não precisa se desgastar explicando coisas que são bem notáveis. Tu sofre por ele, por amar ele, simples. Nada a explicar.

Eu olhei pra parede: Eu sou um viadão, né.

André riu de uma forma diferente, não tinha o André de sempre, era outro André. Eu podia sentir que algo mudara em nós dois, algo significativo mudara dentro da gente: Mano, tu é só humano. Tem nego aí que sofre por mulher e não é tão macho como tu ta sendo, que se afunda na vida e tudo mais. Com bebidas, drogas e outras porcarias.

Quando ele falou isso eu meio que fiz uma careta, eu estava usando drogas... me chapando; definitivamente eu era um fracassado: Eu senti ciúmes quando tu disse que ia ficar com a menina.

André: Foi mesmo? Isso é bom. O ruim e ver tu todo bipolar. - Eu ri e ele passou sua mão meio calejada pelo meu rosto. - Fernando, deixa eu te ajudar a sair dessa. Me dá uma chance. Eu também sofro por te ver assim.

Eu: Tenho medo de te machucar, cara. Eu ainda tô na dele.

André: Eu sou forte. Eu aguento caso tenha que sofrer por ti. Já sofro há anos.

Ao ouvir isso eu me senti agoniado, me deu mais vontade de chorar pelo meu amigo e seu amor platônico. Me imaginei sendo ele, e Caio sendo a mim. Eu amando Caio, de uma forma avassaladora, doída, como eu o amava naquele momento, e o mesmo com olhos somente pra outro, sem retribuir o amor e não dando nenhuma chance. Tremi porque pela primeira vez tive um átomo de ideia do quão ruim aquilo era pra um serumano. André e Caio não me mereciam, eu era uma pessoa horrível, asquerosa, egoísta. Um monstro. Mas eu não podia desmoronar novamente, tinha que me manter firme, me controlar para não piorar as coisas já pioradas.

Olhei pra André e sussurrei: Desculpa, André.

André falou doce: Não precisa se desculpar, Nando. Eu não te culpo por nada.

Eu olhei pros pés: Sou um babaca, sou um babaca.

André: Não, tu só é um garoto que aje como tal na tua idade.

Eu: Não mereço você na minha vida.

André: Vamos tentar? O que temos a perder?

Eu: O que "você" tem a perder...

André me cortou: Pára de se preocupar comigo.

Eu: Você é especial de mais pra mim pra eu não me preocupar. Você merece coisa melhor que um jovem transtornado.

André: Fernando, eu te amo! Entende isso! Não é paixonite, eu te amo, véio. Eu te quero... e você também.

Racionalmente eu parei e pensei na burrada que fizera. Beijar ele fora imprudência, mas mais uma vez parei de pensar de mais e deixei ir naturalmente: Eu te amo, também te amo, André. Mas é amor irmão.

André: Mas ainda sim me ama.

Eu: Então me ajuda, a te amar como um todo.

André: Sério? Sem protelação? Sem enrolação? Já tava ficando puto contigo.

Eu ri novamente: Seu babaca.

Ele pegou minha mão: Nando, não chora pelo o que acabou. Sorri pelo o que aconteceu. Não tô dizendo pra só me amar, mas ame a si e siga em frente.

Ele chegou perto e deu um beijo na minha bochecha: Pensa um pouco, sou todo teu. Sou teu, cara.

Estranhamente me senti bem ao ouvir aquelas palavras: Obrigado.

André: Deixa eu ir - foi indo até a porta, - não se mata tá? Tu me beijou e causou o caos na tua vida. Agora lide.

Eu fiz uma careta: Tô vendo que fiz merda.

André: Beijo bem, não beijo?

Eu rabugento: Convencido.

André riu, um sorriso dele, alegre, másculo e sedutor: Te vejo amanhã.

Eu: Tchau.

Ele saiu, ouvi o portão ser aberto e depois fechado. Claro que com um turbilhão de coisas rodando a cabeça ocasionara uma leve dor. Tomei um banho demorado, ouvi o pai chegar e chamar por mim. Resmunguei algo para ele demonstrando não tá com humor e ele me deixou em paz. Pedrou ligou e perguntou se eu estava bem, disse que sim e ao lembrar dele, as fotos de Caio com a outra veio aos olhos. Contudo, o beijo de André conseguiu sobrepor aquela inquietude toda que as imagens me causaram. Claro que demorei pra dormir, claro que de forma doentia pensei Nele longe, com outra pessoa em sua cama. Na sua vida. Deitei e chorei mais, até soluçar e meu peito doer.

"Eu sou forte. Eu aguento caso tenha que sofrer por ti. Já sofro há anos", relembrei as palavras de André e aí veio mais uma rodada estridente de choro. Meu amigo, meu irmão, não merecia isso. Quantas noites ele viveu o que eu vivia naquele momento, o desconforto de não ter quem você ama do seu lado... vendo ele nos braços de outra pessoa. Feliz com outros sem ser você. Afundei na cama e permiti que fraqueza que combati mais cedo quando André falou isso me esmagasse. Foi pior quando deixei tudo vir de uma vez - a intensidade me pegou de surpresa. Eu estava certo em esconder aquilo de André, ele jamais mereceria ver isso. Quando o sono bateu, ouve inconsciência o suficiente para que eu aquietasse os soluços - para reprimi-los, mas não terminar com eles. O cansaço não diminui a dor, mas deixou ela suportável até o ponto em que apaguei.

A algazarra do estádio me fez voltar ao presente: Ahh, er... Sim. Bom, espera mais um pouco.

André riu, seus olhos castanhos brilhando de expectativa: Oba, espero que seja algo bom.

Eu ri e olhei pro estádio: É, espero que seja também.

Como foi difícil as semanas depois do beijo. André não tentou nada além de uma boa conversa e funcionou bem de mais. Me abri pra ele de uma forma espantosa, contando coisas que eu não contaria pra ninguém. Em muitos trechos ele ficava pensativo e eu o chamava do mundo da lua, ele ria e me dava um leve beliscão em alguma parte do corpo. Claro que ele abusou do espaço, com abraços forte, sua felicidade irradiante, e umas cantadas bem safadas. Caio ainda era meu grande amor, eu ainda sentia muita coisa por aquele marombado, mas André me fazia esquecer ele por completo quando estávamos juntos. Ele disse que seria um irmão caso eu precisasse, e foi. Um irmão sem tamanho, um ouvinte impressionante e além de tudo, um excelente amigo. Sabia a hora de brincar, sabia a hora de parar, de ouvir, aconselhar. Puta merda, ele era perfeito de mais. Embora ele falasse que gostasse muito de mim, sempre ressaltava que não ficara ou sentira atração por outro homem.

Então, certo dia, pensando bem, considerando bem, eu concluí que ele podia ser sim meu outro homem, era o que ele queria, me queria, eu senti ciúmes dele, logo o queria também. Pensei bastante, André me chamou pro jogo e eu fui já com tudo preparado. Já fui preparado física e mentalmente.

O jogo acabou, a gente festejou e bebeu um pouco ainda no estádio, coisa rápida antes de irmos pro estacionamento. André queria ficar num bar com a galera, mas eu disse que queria ir pra casa. Por ser domingo, o pai iria pra igreja e assim eu teria a casa inteira para mim e para meus planos. Duas horas antes de ir por estádio, eu me preparara; vesti minha melhor cueca, me passei tanto hidratante que quase criei uma camada extra de pele, fiz a famosa chuca e fiquei cheiroso pakas. Era a hora de eu seguir... Com quem eu gostava de verdade e não com rolos esporádicos. André bateu o pé e eu cheguei em seu ouvido.

Eu: Vamos, te garanto que tu não vai se arrepender.

Ele olhou com estranhesa para mim, seus olhos castanhos furando os meus. Ri maroto pra ele, vi seu sorriso de ainda não compreensão, porém com um certo palpite do que seria. Fomos pra sua moto e ele me levou calado, pois eu também ficara calado. Imprudentemente estávamos sem capacete, aproveitei isso e fui até o ouvido dele novamente.

Eu: Lembra da última conversa nossa?

André parou no sinal: Sobre o quanto tu é irritante?

Eu: Seu, babaca. Sobre se a gente seria o quê nesse nosso lance.

André: Ué, deixei bem claro que seria o que tu precisava.

Há dois dias atrás estávamos conversando sobre o que fazermos sobre nós dois e eu já pensava em tomar uma atitude objetiva a respeito de André. Claro que ele falara que seria meu amigo ou qualquer outra coisa até eu estar 100% recuperado do meu "trauma de amor", como ele mesmo costumava dizer. Depois desse assunto eu vi que logo e rápido teria que me distanciar de uma forma definitiva de Caio. Chegamos na minha casa, já de noitinha e vi que todas as luzes de dentro estavam apagadas. Sinal verde. Desci da moto... meu coração acelerava à mil, pois nesse meio tempo eu pensei em uns lances que me fizeram ponderar sobre a altitude que eu tomaria. Pois André falara que ficara com uma menina, bem naturalmente e eu fiquei tipo "e se eu cheguei atrasado? Sim e se eu falar que quero ele, carnalmente, e ele disser que já não quer mais nada, que está só sendo o amigo que pediu, pois sendo assim ele acatara a ordem mas foi prós braços de outra pessoa? E se eu levar um fora dele?" Meu coração acelerou mais quando pensei nessas coisas. Talvez eu tivesse protelado de mais... feito André esperar de mais, perdido tempo de mais. André tirou o capacete, seu queixo com uma levem barbixa deixando ele mais machudo. André tem aquele rostinho não muito bonito, olhos castanhos, nariz com um mondrugo não muito acentuados no meio, mas notável, boca pequena, lábios bonitos e um enquadrado austero no contorno da cara. Ele tinha o rosto de um rapaz qualquer, mas ainda sim muito bonito. Quando ria seus olhos meio que brilhavam e as bochechas se juntavam rente ao nariz criando uma faceta de criança. No todo, ele era um cara gato, com um corpo gostoso e na boa, eu sentia vontade de ficar com ele, afinal... Ele investia em mim e eu não era de ferro.

André: Eae, dormiu em pé de novo? - disse e eu me toquei que era comigo.

Desculpa, falei. Quer ir lá na sua casa? Ou na minha?

Ele me olhou estranho: Ué, tu mandou eu vir pra cá e não sabe aonde a gente tem que ir?

Eu nervoso: Quer ir pra sua casa?

André: Tá me despachando?

Eu balancei a cabeça: Sim, quero dizer... Não. - Ele riu e eu me atrapalhei mais. - Quero falar contigo, bora... bora lá em casa?

André: Falar o quê?

Olhei pra rua e algumas pessoas andavam por ali, uns conhecidos de moto buzinam quando passavam e outros a pé davam Tchau: Vem logo, é rápido.

De alguma forma meu coração acelerou mais quando me encaminhei para casa. André: Deixa eu ir aqui em casa ver se os pais tão em casa.

Eu fiz que sim com a cabeça, abri o portãozinho e depois a porta. A casa estava às escuras, liguei luz por luz, subi pro meu quarto e olhei ao redor, tudo ok. Nada de velas aromatizantes ou coisa do tipo, a cama bem arrumada, um espirrada de bom-ar para tirar o cheiro de quarto fechado. Ouvi a porta da frente ser aberta, sentei na cama... levantei, fui até a porta e quase trombei com André.

Ele: Opa, quase que te dou um trombicão.

Eu voltei pra dentro: Né. Entra ai.

Ele entrou: Então, senhor mistério. O que é?

Eu: Nem sei mais - falei rápido embaralhando as palavras e as repetindo até fazerem sentido de forma pausada.

André: Hum, então tá. Fiquei em pé e ele foi até o meu pc.

Eu: Pois é.

André: Pois é.

Ficou um silêncio e eu não sabia o que fazer, não tinha percebido antes, mas André parecia ter ido na sua casa se passar perfume, porque estava mais cheiroso que há minutos antes.

André repetiu: Pois é.

Eu: André, quero te dizer...

Mas ele se virou pra mim e me tascou um puta beijo. Não aqueles perfeitos de novela, pois sua testa bateu na minha, só que nem um nem outro reclamou. Como antes, ele me puxou pra si, e eu me agarrei nele. O pau dele não estava bomba, mas duro feito aço no short malha fina. Da boca ele foi pro meu pescoço, com sua pegada bruta e atacou ali por uns segundos fazendo eu delirar. Que boca aquele moleque tinha, que pegada massa. Sua barbicha roçava de quando em vez e isso provocava ainda mais meu ser, me levando às nuvens. Não me afastaria dele, e nem ele parecia querer se afastar de mim.

André foi até meu ouvido: Agora tu não escapa mais de mim, baixim.

Continua...

-

Amanhã continuo, posto a parte dois e o sexo virá enfim. Ahh, se eu não me engano, alguém perguntou sobre O filho o dono. Bom, como eu disse há muito tempo atrás, eu retiraria ele daqui, mas o colocaria em outro lugar. Em breve ele volta, o conto digo.

Beijão e inté.


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Comentários

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Está mesmo postando no wattpad ? Não encontrei lá,nem com o link que o Faelsilva deixou aí. Alguém sabe me reponder ? Thanks

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ele esta começando a postar a 2 temporada no wattpad

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quase 1 ano sem atualização desistir de acompanha a historia

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Só queria muito saber o final dessa história :(

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abandonou mesmo

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e muito ruim começa o conto e não termina

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cade a continuação?

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Cadê a continuação? No aguardo

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Alguém tem novidades?

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Alguém tem notícias dele? Mando e-mails e não recebo respostas. Aliás, ele é maravilhoso!

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lindo hoje é a primeira vez que comento aqui mas to seguindo desde o ano passado, embora so soube que tinha uma continuação quando vim reler ele novamene. bjs de cabo verde and africa

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aeeeeeee. Passei mais de meses entrando pra ver se tinha parte nova e finalmente obtive resposta positiva. Sucesso cara, nao temos contato mas sempre desejava melhoras pra você. Um abraço, até mais!

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E sumiu de novo, você gosta de me fazer sofrer. Kkkk

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Menino que saudade dessa história e de você também. (Sempre tive muita preguiça de criar uma conta aqui e comentar, mas resolvi deixar a preguiça de lado um pouco) . Sofrir muito sem saber se você iria continuar ou não, ou se tinha acontecido algo, mas que bom que está tudo bem com você e espero que não nos abandone de novo 💙

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Que bom que você voltou! <3 tava preocupado! Já tinha desistido de checar todo dia se tinha noticia nova tua

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Fernando, lindo, que bom que voltou!!! O capítulo foi espetacular!! Bjs

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Morto que você voltou! Que saudades de ler sua história, nossa meu Deus, cada frase marcante que eu até me arrepiei quando li. ANDRÉ É UM FOFO. Quero ele pra mim. Apaixonado por ele. Sério, quero ele pra sarar minhas feridas do amor. E você já tá bom tá correndo até. Cuidado com os pinos heim kk. Abraços e não some

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Melhor conto everrrrrrr

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que bom que vc voltou e está bem volta logo^^

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