Felipe e Guilherme - Amor em Londres - 12 - O dia nebuloso

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Data: 21/04/2017 21:53:24

Vamos lá,

Quero pedir mais uma vez desculpa para todas as pessoas que me seguem, eu sei que vacilei, mas teve o carnaval e uns problemas no trabalho também. Fiz um capítulo maior, espero que de verdade, do fundo do coração, que vocês me perdoem!!!!

As aulas finalmente começaram. Felipe estava animado, ele mal esperava o curso acabar para voltar para o Brasil. Ele estava amando a experiência de morar em Londres, mas queria começar uma faculdade, trabalhar para dar um futuro melhor aos familiares. Já Guilherme sentia saudades de sua babá. Ele e Celestina falavam praticamente todos os dias.

Guilherme: - Um beijo. (desligando o celular)

Felipe: - Era a Celestina?

Guilherme: - Sim.

Felipe: - Engraçado, né? Nunca a vi pessoalmente, mas gosto tanto dela.

Guilherme: - E ela gosta muito de você.

Felipe: (deixando uma pilha de papéis na mesa de Guilherme) – Preciso da sua autorização para pedir materiais de limpeza.

Guilherme: - (pegando os papéis e assinando)

Felipe: - Ei. Você sabe que faltam apenas sete meses para o curso acabar, né?

Guilherme: - Sim.

Felipe: - Vamos para o Brasil?

Guilherme: - Sim, claro. Você vai morar comigo?

Felipe: - Bem… isso é algo a ser conversado, né?

Guilherme: - O lugar é gigante. Você vai amar.

Felipe: - Deixa eu entregar esses papéis para o Nick. (ficando nervoso)

Guilherme: - Tá bom. Ei. Hoje vou encontrar a Paris. Finalmente ela vai assumir o Steve para os pais dela.

Felipe: - Olha. Que bom. Ei, te amo. (saindo da sala de Guilherme)

Nick começou a preparar seu plano contra Felipe. Ele roubaria quase 30 mil Euros da sala de George e coloraria a culpa no colega de trabalho. John não sabia desse plano, e se soubesse talvez não continuasse a parceria com o cúmplice.

Felipe: (sentando)

Nick: - Cansado amigão?

Felipe: - Sim, demais. Muitos problemas na ala Norte do dormitório.

Nick: - Ei. Vamos tomar uma cervejinha hoje?

Felipe: - Bem…

Nick: - Qual é.

Felipe: - Tudo bem. O Guilherme vai jantar com a Paris de qualquer jeito.

Nick: - Perfeito. Comprei umas cervejas irlandesas que são uma delicia. Você vai adorar.

Felipe: - Beleza. Te mando uma mensagem quando estiver pronto.

Nick: - Maravilha. (sorrindo)

Enquanto isso, Kaity e Dylan transavam. Eles estavam especialista nessa modalidade, mas uma visita surpresa atrapalharia os planos do casal. E a confusão começaria com uma batida na porta do dormitório de Dylan.

Dylan: (abrindo a porta e se assustando) – Rebecca? O que você está fazendo aqui?

Rebecca: - A gente precisava conversar. Lembra que você terminou comigo antes de vir para Londres?

Dylan; - Rebecca… essa… essa não é uma boa hora.

Rebecca: - Dylan. Eu estou grávida.

Kaity: (derrubando uma xícara de chá)

Sim. As coisas ficariam difíceis para alguns casais. Paris havia decidido contar para os pais sobre o seu relacionamento com Steve. Apesar de amar o namorado, Paris sentia medo da reação de seu pai.

Paris: - Eu tenho inveja do seu pai. Ele é de boa com toda essa situação.

Guilherme: - De boa? Ele quase me expulsou de casa quando descobriu que eu era gay.

Paris: - Mas hoje te aceita.

Guilherme: - É, mas tipo, não foi fácil. É sempre um obstáculo atrás do outro.

Paris: - Você poderia ser hétero, Guilherme Thompson. (abraçando o amigo)

Guilherme: - Acho que não daríamos certo como casal.

Paris: - Só queria sua herança.

Guilherme: - Boba.

Paris: - Mas o Steve está vindo para Londres. Ele conseguiu um emprego em uma empresa de engenharia ambiental. Quero que ele conheça a minha família.

Guilherme: - Vai dar certo, amiga. Pena que em julho eu precise ir para o Brasil.

Paris: - Verdade. Espero que não suma.

Guilherme: - Tenho tantos planos. Vou começar a faculdade, quero trabalhar, casar com o Felipe. Tantas coisas.

Nariko havia comprado uma lente nova e passou a tarde testando no Campus. O seu modelo naquele dia era Wong. O jovem havia saído cedo da aula para ajudar a namorada. Wong era um rapaz bonito, mas não sabia ser modelo.

Wong: - Tá bom amor.

Nariko: - Só mais uns cliques. Olha como o pôr do sol te deixa mais gato. (beijando o namorado)

Wong: - Você é realmente incrível. Quero essa foto para colocar no meu perfil. Namorar uma fotógrafa tem seus pontos positivos.

Nariko: - Agora vamos tirar perto daquela árvore.

Wong: - Por favor. Não.

Nariko: - Se você tirar mais essas fotos, eu prometo que o sexo hoje vai ser selvagem.

Wong: - Aquela árvore? (indo em direção a árvore)

Nariko: - Isso. (pegando a câmera e fazendo vários cliques) – Tá lindo.

Nick colocou seu plano em ação. Ele aproveitou que o sistema de câmeras da Escola de Intercâmbio estava inoperante para roubar um grande valor em dinheiro. Ele pegou a cópia da chave e com alguns notas e colocou em uma mochila. O mal caráter partiu para o quarto de Felipe. Eles começam a assistir a um jogo.

Nick: - Quer mais uma cerveja?

Felipe: - Quero. (passando a mão na cabeça de Tchubirubas)

Nick: (levantando, pegando duas cervejas, indo até Felipe e derrubando de propósito no colega) – Droga. Desculpa.

Felipe: (levantando) – Acontece. (rindo) – Puxa tomei um banho de cerveja. Deixa eu ir no banheiro. (saindo e indo até o banheiro)

Nick colocou seu plano em ação. Ele implantou o dinheiro e a chave do cofre nas coisas de Felipe, mais precisamente no armário. Depois ele pegou e batizou a bebida de Felipe. Depois de alguns minutos, o namorado de Guilherme voltou e continuou assistindo ao jogo. Não demorou muito para o efeito de remédio funcionar. Felipe apagou completamente. Nick pegou o amigo, e o levou para fora do dormitório, Tchubirubas começou a latir ao ver a cena, mas nada pode fazer. Nick deixou Felipe desmaiado próximo a sala que ele havia roubado, com dificuldade, Nick colocou as digitais de Felipe em todos os lugares.

Nick: - Pensei que era mais pesado, gostosão? (colocando Felipe deitado no chão) – E agora? Quem é o fodão da história, hein? Seu patético. Quero ver se o teu queridinho vai acreditar em você. (dando um tapa em Felipe e rindo)

Com cuidado, Nick levou Felipe de volta para o dormitório. Ele deitou o colega na cama e o beijou. Nick parou, pensou e decidiu sair do quarto. Felipe acordou no dia seguinte com uma bela dor de cabeça. Ele levantou com dificuldade e viu várias garrafas de cerveja no quarto.

Felipe: (recolhendo as garrafas) – Que merda. Nunca mais quero beber. (olhando para Tchubirubas) – E o senhor? Sabe o que aconteceu?

Tchubirubas: (latindo)

Felipe: - Seu lindo. Preciso me apressar. Tenho aula em 10 minutos.

Guilherme acordou com outra forte dor de cabeça. Ele tentou chegar até o banheiro, mas desmaiou. Enquanto isso, Felipe assistia a aula normalmente. Ele percebeu que Kaity estava cabisbaixa e mandou uma mensagem para Nariko. Na hora do intervalo, os dois foram conversar com a amiga.

Nariko: - Comprei trufas. São as suas favoritas. (oferecendo para Kaity)

Kaity: - Não estou no clima gente.

Felipe: - O que houve?

Kaity: - O Dylan… ele… ele… vai ser pai.

Nariko: (em japonês) – Como assim?

Felipe: - Você tá grávida?! Meu Deus…. Isso… isso é bom? (olhando para Nariko)

Kaity: (se assustando) – Oh, não. Eu não estou grávida. O Dylan engravidou a ex-namorada dele. E eu… sai correndo do dormitório dele. (celular de Kaity tocando) – Olha só. Ele já me ligou 349 vezes.

Nariko: (pegando o celular, olhando e mostrando para Felipe) – É verdade.

Felipe: - Mas… tipo… se é a ex-namorada dele… então… ele… ele… não foi traição, né?

Kaity: - Eu sei. (levantando e ficando de frente para os amigos) - Mas.. ele tem responsabilidades agora. Vai ser pai. E se ele… quiser… (respirando fundo) – E se ele quiser voltar para a ex dele?

Felipe: - Isso não é do perfil dele. Acho que ele não te trocaria assim. Você não é uma mercadoria.

Nariko: - O Felipe tem razão. Você precisa ficar ao lado dele. Mostrar que se importa.

Felipe: - Verdade. Isso deve ser assustador… ainda bem que o Guilherme não engravida.

Kaity: (sorri)

John fez uma visita surpresa para Nick. Eles conversaram sobre o mais novo plano para separar Guilherme e Felipe. Só que John acabou encontrando o dinheiro que foi roubado da Escola de Intercâmbio.

John: - Você está ficando fora de si? São 30 mil euros. Você pode ir preso. É isso que você quer?

Nick: - Relaxa aí maricão. Ninguém vai saber de nada porque vamos incriminar o Felipe. Não é isso que você quer?

John: - Eu só quero separar os dois. Roubar… eu… eu nem sei o que te falar… vamos devolver isso agora. (pegando a mochila com o dinheiro)

Nick: - Eu não vou devolver. (puxando a bolsa com violência) – Vai se foder. Vamos colocar a culpa no Felipe. Ele vai se lascar e você vai ter o que sempre quis.

John: - Não vou ser conivente com você. A partir de agora está por sua conta. (saindo do quarto)

Nick: - Viado babaca. Porra. (levantando a mesa e jogando contra a parede)

John saiu em disparada pelas ruas de Londres. Seu coração estava acelerado. Ele foi até a casa de Guilherme. O jovem estava deitado na cama, ele se sentia tonto por causa da forte dor de cabeça. John entrou no quarto e encontrou Guilherme descansando.

John: - Guilherme… eu… preciso falar com você.

Guilherme: - John? O que você está fazendo aqui?

John: - Precisamos conversar sobre o Felipe.

Guilherme: - John… estou com muita dor de cabeça. Podemos conversar outra hora?

John: (entregando vários documentos para Guilherme) – Se você gosta tanto do seu namorado… você vai querer ler isto. (saindo)

Guilherme: - Mas essa agora. (olhando para o envelope e tirando os papéis) – Felipe Ramos da Silva? Esses documentos são… (olhando com atenção) – Oh, meu Deus.

Na Escola de Intercâmbio, George abriu o cofre e descobriu que o dinheiro não se encontrava mais ali. Seu coração acelerou e ele chamou todos os funcionários. Na reunião, ele explicou que uma grande quantidade de dinheiro havia desaparecido e que a polícia já estava no local para investigar. George pediu para que todos fossem colaborativos com os policiais. Durante as investigações, a polícia encontrou digitais no cofre e pediu uma cópia das digitais de todos os funcionários.

Paris decidiu levar o pai para almoçar. Maximiliano era um homem ocupado, mas sempre arrumava tempo para sua princesa. A amiga de Guilherme não conseguia esconder o nervosismo e quase teve um treco quando Steve chegou no restaurante.

Steve: (em pé perto de Maximiliano)

Maximiliano: - Pois não?

Paris: (levantando) – Pai. Gostaria de apresentar o meu… Steve…. Meu amigo Steve… isso.

Maximiliano: (levantando) – Olá? Tudo bem. (apertando a mão de Steve) – Por dois segundos pensei que era o garçom.

Paris: - Pai.

Steve: - Tudo bem.

Maximiliano: - Vamos sentar. (sentando)

Paris e Steve: (sentando)

Maximiliano: - Então minha filha? Qual o motivo da reunião? É algum evento da caridade?

Paris: - Pai. Eu trouxe o Steve aqui… por que ele é… ele…

Maximiliano: - Paris? Você está me assustando….

Paris: - O Steve é meu namorado.

Maximiliano: (levantando) – O quê?! Como assim? Vocês namorando… minha filha… ele é….

Paris: - Pai… olha o escândalo. Ele é um homem maravilhoso… que me ama… e….

Maximiliano: (olhando em volta e sentando)

Steve: - Seu Maximiliano… as minhas intenções com a Paris são as melhores e…

Maximiliano: - Paris… eu vou sair agora. Vamos fingir que nunca tivemos essa conversa. Você vai falar com seu amigo… e vai direto para casa. (saindo)

Steve: (tomando uma taça de vinho) – Nossa.

Paris: - E se eu te falar que ele é o pai bom…. (respirando fundo)

Sim, o pai de Paris não ficou nada feliz com a decisão da filha. Enquanto isso, Felipe tentava ligar para Guilherme, mas não conseguia, enviou algumas mensagens e estranhou que o namorado não apareceu no trabalho naquele dia. Ele trancou tudo e entregou a chave do escritório para George que estava mais enérgico do que o normal. Felipe chegou no dormitório e percebeu que Guilherme estava lá.

Felipe: - Oi, lindo. (tentando beijar Guilherme que recua) – Aconteceu alguma coisa?

Guilherme: (mostrando os documentos) – Isso… assassinato? Febem? Como você pode esconder isso de mim?

Felipe: (pegando o papel e ficando emocionado) – Como… como você encontrou isso? Eu… eu….

Guilherme: - O que significa isso? Diz que isso é mentira….

Felipe: - Eu… eu não posso… Guilherme… porque você tá reagindo desse jeito? Eu te disse que não tive uma infância fácil e….

Guilherme: - Eu sempre prezei a verdade nesse relacionamento… eu nunca te escondi nada. Contei pra você até o dia que eu cabulei aula… e esse… esse foi o ponto mais baixo da minha vida…. Felipe… você tirou a vida de um homem… com… com requintes de crueldade…. Você ficou preso por quatro anos…. Como você conseguiu entrar no programa de intercâmbio?

Felipe: (sentando na cama) – É um projeto… projeto para jovens delinquentes… eu não te contei porque sabia que você reagiria desse jeito… e nunca ficaria com um… com um delinquente assassino. (lagrimando)

Guilherme: - Eu… eu… você poderia ter sido sincero comigo…

Felipe: - E quem te deu essa ficha?

Guilherme: - Isso não vem ao caso.

Felipe: - Foi o John, né? (levantando e saindo do dormitório)

Guilherme: (correndo atrás de Felipe) – Felipe!!!

John conversava com um George na entrada da Escola de Intercâmbio, Felipe estava cego de ódio, pegou John pelos braços e o jogou longe. George ficou abismado com a cena.

Felipe: - O que eu te fiz, hein? Que porra eu fiz para você?

George: (segurando no ombro de Felipe) – Felipe….

Felipe: - George… eu preciso fazer isso… (pulando em cima de John e desferindo três socos)

Guilherme: (chorando e assistindo a cena sem acreditar)

John: (consegue empurrar Felipe e ficar em pé) – Que merda… além de ladrão… assassino… agora sai agredindo as pessoas?

Felipe: - Ladrão? Do que você está falando?

Segurança: (imobilizando Felipe)

George: - Felipe… as digitais que foram encontradas na sala do cofre batem com a sua… e….

Guilherme: - Como assim? Está havendo algum engano…

John: - Será Guilherme? Você sabia que o Felipe estava mandando dinheiro para a família dele porque o seu irmão mais velho estava preso? E sabe porquê? Tráfico de drogas. E você viu a ficha criminal do Felipe? Só o Brasil pra tentar mandar um delinquente para Londres… e o pior… te usar… Guilherme… te usar e me machucar…. (chorando) – Desculpa, eu não queria te dar essa notícia assim, mas esse é o cara que você resolveu namorar…

Nariko e Kaity se aproximam, ficam aflitas ao verem Felipe ser algemado. Guilherme começa a passar mal e desmaia no meu do saguão. O coração de Felipe começa a bater mais forte ao ver a cena, ele começa a chorar, mas não pode fazer nada. George pede para que o segurança o leve para o escritório da Escola.

George: - (olhando para John) – Veja essa situação. Que eu vou cuidar do Guilherme. (se abaixando)

Nariko: (ajudando Guilherme) – Guilherme? Guilherme? Você está bem?

George: (pegando o celular e ligando para a emergência) – Alô? (levantando e se afastando)

Kaity: - Meu Deus? Ele tá bem?

Nariko: - Amiga… acompanha o Felipe e tenta descobrir o que aconteceu.

Kaity: - Tudo bem… ei… Felipe… (correndo atrás de John e Felipe)

Sim. Tudo na vida pode se transformar, algumas vezes infelizmente para o mal. O meu trabalho com esse dois está só começando, como eu disse no início dessa história, ser cupido não é fácil. A gente vem muita bondade no mundo.

Nariko: (entrando na ambulância com Guilherme) – Amigo… calma… vai dar tudo certo.

George: - Eu vou no meu carro. Estou tentando ligar para os pais dele, mas não adianta.

Nariko: - Tudo bem, eu estou com ele. (segurando na mão de Guilherme)

Também já vi o mal de perto. E o que as pessoas são capazes de fazer para se dar bem, principalmente quando existe dinheiro no meio.

Nick: (arrumando as malas e saindo da escola) – Fodam-se… otários!

Mas a pior coisa… é o sentimento de culpa que muitos carregam, ainda mais quando se envolve a vida de pessoas inocentes na história.

Kaity: - John… eu preciso falar com o Felipe.

John: - Infelizmente você não pode… deixa… deixa eu falar com ele antes. (entrando na sala)

Felipe: - Você….

John: - Escuta só… não somos amigos e nunca vamos ser, mas o que aconteceu aqui não foi minha culpa. Você chegou e tomou de mim a única coisa que fez sentido na minha vida.

Felipe: - Mas me acusar de roubo… e… contar a minha história para o Guilherme?

John: - Não. Eu não te acusei de roubo. Felipe, você deve tá me achando um mostro, mas eu não sou nada comparado ao Nick. Meu único objetivo é o Guilherme. Eu estava pagando ele pra me ajudar… e… as coisas fugiram do controle. Ele resolveu nos roubar… roubar a empresa…

Felipe: - E porque você não o impediu?

John: - Eu não sabia. Eu o procurei no dormitório e as coisas dele não estão lá. Eu não sei o que vou fazer, mas não se preocupa… você não vai ser preso. Só pensa… pensa como ele pode ter colocado tuas digitais lá?

Felipe: - Eu não sei… a gente foi beber ontem… e eu acordei na cadeira… o Nick não estava lá.

John: - Ele aproveitou que as câmeras estavam desligadas…. E….

Felipe: - Espera, mas quando estávamos lá fora… você disse que eu havia roubado para pagar a prisão do meu irmão… e….

John: - Você me deu três socos…. Três socos! Eu fiquei puto, ok! A tua amiga Kaity é confiável?

Kaity: - Sim… ela é….

Dylan e Rebecca conversavam sobre o que eles fariam com a criança que estava para vir. O rapaz ficou com medo, mas decidiu não deixar a ex-namorada na mão. Eles estavam em um parque, quando Dylan viu Nick e achou estranho o comportamento do colega de Kaity. Rebecca começou a lembrar dos velhos tempos de namoro, e Dylan aproveitou a oportunidade para não ter que passar por aquele constrangimento. Ele pediu licença da moça e se aproximou de Nick.

Dylan: - Oi?

Nick: - Quem é você?

Dylan: - Sou amigo da Kaity… do Guilherme e Felipe… vocês trabalham juntos. Estive lá algumas vezes…

Nick: - Ah, sim. Tudo bem?

Dylan: - Tá precisando de ajuda?

Nick: - Não estou ótimo. Agora… preciso ir. (fazendo sinal para um táxi, entrando) – Para o Grant Hotel, por favor. (saindo)

Dylan: - Até mais.

Rebecca: (se aproximando) – Quem era aquele?

Dylan: - Um amigo da Kaity… bem… vamos?

Paris ficou sabendo do desmaio de Guilherme e seguiu para a empresa do pai de seu amigo. Ela conseguiu alcançar Leopold e juntos seguiram para o hospital. Nariko estava na sala de espera e encontrou sua amiga e o pai de Guilherme.

Leopold: - Como está meu filho?

Nariko: - Eu não sei… ele… acabou de entrar…

Leopold: - E o que aconteceu?

Nariko: - Ele simplesmente desmaiou… Senhor Thompson… com licença… (levando Paris)

Paris: - Calma. Pra que essa violência toda?

Leopold: - Georoge? O que houve?

George: - Ele simplesmente desmaiou...os médicos já estão o examinando. Senhor… tivemos uma situação na escola de intercâmbio.

Nariko explicou toda a história para Paris e as duas seguiram para a Escola de Intercâmbio. Quando elas chegaram lá, encontraram Felipe, Kaity e John arquitetando um plano para inocentar o namorado de Guilherme. Mais uma vez, John precisou contar toda a história, o que causou um certo ódio em Paris.

Paris: - Acho que conseguimos fazer sozinha. Não precisamos da sua ajuda.

John: - Olha… eu já pedi desculpa do Felipe… eu sei que eu pareço o vilão, mas…

Paris: (olhando bem nos olhos de John) – Vai… tomar… no… cú.

John: - Claro. Bem típico de você… a educação em forma de gente.

Paris: - E porque esse arrependimento momentâneo?

John: - Eu amo o Guilherme, sou louco por ele, mas não seria capaz de acusar alguém inocente de roubo… eu armei e arquitetei, mas apenas para separar os dois. E eu sou leal a Leopold Thompson desde quando eu tinha 15 anos… não seria por 30 mil euros que eu sujaria minha reputação.

Paris: - Não me convenceu, mas… o que vamos fazer?

Nariko: (levantando) – Espera… ontem… ontem eu estava treinando com a minha lente nova… e eu tava no campus perto do escritório… (saindo correndo)

Kaity: (entrando) – Consegui o cartão do Felipe.

Felipe: - Ótimo…

Paris: - Entendi. Vocês vão ver o extrato do Felipe… para provar que não houve nenhuma transação próxima a 30 mil euros…

John: - Touché. (acessando o notebook)

Felipe: - Paris? Nenhuma notícia do Guilherme?

Nariko olhou todas as fotos e conseguiu achar mais uma prova para a inocência de Felipe. Ela correu como uma desesperada pelos corredores da escola e esbarrou em Dylan.

Nariko: (pegando o cartão que caiu longe)

Dylan: (levantando do chão) – Você está bem?

Nariko: - Estou. Vem. (puxando Dylan e levando até o escritório)

Kaity ao ver Dylan ficou retraída. E mais uma vez eles explicaram a situação de Felipe.

John: - Cada vez que alguém entrar nessa sala… tipo… cada vez, a gente vai ter que explicar essa história?

Paris: - Se isso te lembrar de quão babaca você é… (pensando) – Sim. (sorrindo) - Vai Nariko conecta esse chip no computador. Eu estou me sentindo tão CSI.

Nariko: - Como eu disse… ontem eu fiz umas fotos do Wang…. E captei essa imagem…

(Todos olhando para a tela)

Paris: - O sorriso do Wang é perfeito.

Dylan: - Verdade. Ele usou aparelho?

Kaity: - Esse é o sorriso de uma pessoa que não engravida ninguém.

Felipe: (com cara de paisagem)

John: - Sério, pessoal? Mesmo? (com uma voz engraçada)

Nariko: (aumentando o zoom) – Olha quem tá aqui no fundo.

Felipe: - Espera… eu não lembro de ter saído do meu dormitório ontem.

John: - Ele te dopou… ele te dopou e te arrastou até o escritório e…

Nariko: - Colocou suas digitais por todos os lugares.

Paris: - Que garoto burro… (rindo) – Até eu sei que isso é burrice.

Dylan: - Espera… esse é o Nick? (rindo) – Caralho. Temos que nos apressar. (correndo da sala)

(todos com cara de paisagem – Dylan volta correndo)

Dylan: - Eu sei onde ele tá. Vamos para o meu carro e avisamos a polícia no caminho. Vamos! (corredo)

(todos correndo atrás de Dylan)

Todos ficaram apertados no carro de Dylan, mas seguiram caminho. John ligou para a polícia e explicou toda a história. O coração de Felipe batia forte, ele só queria resolver sua situação com Guilherme. Ao chegarem no hotel, o grupo encontrou Nick fazendo o check-out.

John: - Ei, ladrãozinho.

Nick: (virando assustado)

John: - Você achou que ia longe, né? (se aproximando)

Nick: (jogando a mochila em cima de Jonh que se desequilibra e cai no chão) – Nunca vão me pegar. (correndo)

Paris: (tirando a alça de sua bolsa, amarrando celular, balançando e jogando na direção de Nick)

Nick: (celular bate na cabeça de Nick que cai no chão)

Felipe e Dylan: (correm e segurança o rapaz)

Nick: - Me soltem!

Felipe: - Eu acreditei em você…. Eu tentei ser o teu amigo…

Nick: - Me solta. (tentando se soltar)

Felipe e Dylan: (seguram firme)

Nariko: - É a polícia. Eles estão aqui.

Paris: (pegando o celular) – Gente… o celular não quebrou. Estou impressionada. Mas ao mesmo tempo é uma pena, eu queria comprar outro.

Felipe: (olhando para Paris) – Obrigado.

Aquela tarde foi movimentada. A polícia interrogou Felipe, John e Nick. Depois que Nariko, Kaity, Dylan e Paris mostraram as provas, Felipe e John foram liberados, mas precisariam retornar para responder mais perguntas. Eles passaram por uma das salas e viram Nick. Ele estava algemado, John se aproximou dele e saltou um riso sarcástico.

Nick: - Incrível como os ricos sempre se safam, né?

John: (rindo) – Às vezes, ainda bem que eu soube o momento certo para mudar de time.

Nick: - E você vai fazer o que? Desistir? (rindo)

John: - Você não me conhece nem um pouco, né? Eu não vou desistir. Houve apenas um revês no meu jogo, mas a peteca ainda não caiu. Você poderia ter tido tudo, mas quis se sujar por causa de uma merreca. Eu também vim do nada, Nick, porém sabe qual é a única diferença entre nós?

Nick: - Você vai me contar mesmo que eu não diga nada, não é mesmo?

John: - (soltando um riso) – A diferença entre nós é que eu sou paciente… e no momento certo vou dar a volta por cima. Agora fica aqui tá. (batendo no ombro de Nick) - Aproveita a companhia dos teus colegas de cela. Tchau. (saindo)

Felipe: (falando com um delegado)

Dylan: - Ei. Podemos conversar?

Kaity: - Dylan. A minha cabeça está explodindo e… nós precisamos ir até o hospital, o Guilherme ainda tá lá.

Dylan: - Kaity. Eu te amo, e sempre vou te amar. Espero que você entenda que as coisas que aconteceram nos Estados Unidos não tem nada a ver com você. E isso não vai afetar a nossa relação, eu prometo.

Kaity: - Eu entendo.

Felipe: (terminando de conversar com um guarda, segue até John) – Ei…

John: (colocando papéis na bolsa) – Oi?

Felipe: - Que loucura, né?

John: - Felipe. Não vamos ser hipócritas, eu não gosto de você, nem você de mim. O Guilherme ele é um bom menino, ele merece ser bem cuidado, ele merece tudo do bom e do melhor. Você não pode dar isso para ele. Antes de você chegar… a gente ia se acertar, ele veio pra ficar comigo. Você apareceu, você é o intruso na nossa história. Você tenta me pintar como o vilão, mas quem é o verdadeiro vilão aqui é você.

Felipe: - Uau. Quando eu penso que posso ter uma conversa com… (respirando fundo)

John: - Quando o seu Leopold souber do seu passado… nossa… ele vai…

Felipe: - Você não teria coragem de…

John: - Você me conhece muito pouco, não é mesmo? Nunca causaria um transtorno tão grande para ele. O pai do Guilherme é como se fosse o meu pai também. (olhando para o celular) – Vamos? Precisamos ir até o hospital.

O caminho até o hospital foi uma tortura para Felipe. Tanta coisa precisava ser dita, ele amava o Guilherme, mas tinha um passado que queria esquecer antes. O grupo encontrou a família toda de Guilherme na sala de espera. O médico chamou Leopold e Anastácia. Os gêmeos ficaram com Kaity, Nariko, Paris, Dylan e John, Felipe decidiu ir atrás de Guilherme. Depois de muito procurar, ele o encontrou dormindo em um dos quartos de exames.

Felipe: (se aproximando e pegando no rosto de Guilherme) – Te amo. Te amo tanto. (se emocionando)

Médico: (abrindo a porta, mas não entrando no quarto)

Felipe: (se escondendo dentro de um dos armários)

Médico: - Podem entrar… ele está dopado agora.

Anastácia: (chorando)

Leopold: - Não… deve haver outro jeito. Eu não permito uma coisa dessas. (alterando a voz)

Anastácia: (beijando Guilherme) – Meu bebê não, por favor. (chorando copiosamente)

Médico: - Infelizmente… não existe um tratamento… um recurso…. Esse tumor está localizado em uma parte de difícil acesso. Mexer nele é impossível.

Leopold: (com a voz embargada) – Não me interessa. Eu quero especialistas no caso do meu filho… ele tem apenas 18 anos… eu não aceito! (batendo contra a parede)

Anastácia: - Podemos pagar os melhores médicos.

Felipe: (lagrimando e tentando ficar quieto) – O que?! Não… (respirando com dificuldade)

Médico: - Esse tipo de tumor é muito agressivo. E ele tende a piorar. Posso juntar uma banca médica, mas eles vão dizer a mesma coisa. Fizemos todos os exames possíveis.

Anastácia: - E quanto tempo ele tem?

Leopold: - Não fala uma besteira dessas. Nosso filho tem o tempo que ele quiser.

Médico: - Nesse estágio… eu diria que uns seis meses.

Leopold: - Não… não… (saindo do quarto)

Anastácia: (chorando e beijando Guilherme)

Médico: - Sra. Thompson. Vou ligar para uns amigos imediatamente. Assim que eu tiver uma resposta sobre a reunião venho até vocês. (pegando na mão de Anastácia) – Eu sei que é um choque, mas o Guilherme vai precisar muito de vocês. Não vai ser fácil. Com licença. (saindo)

Anastácia: (chorando) – Não… não…

Felipe: (sentando no chão do armário e chorando)


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Comentários

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22/04/2017 03:52:09
Bom. Esse conto morre pra min agora mesmo.
22/04/2017 00:44:56
TAVA BOM DEMAIS PRA SER VERDADE. FALEI CEDO DEMAIS QUE OS PLANOS DE JOHN E NICK NÃO TINHAM DADO CERTO. E AGORA ESSE TUMOR. MEU DEUS. MISERICÓRDIA. E AINDA JOHN SE FAZENDO DE BONZINHO NA FRENTE DOS OUTROS E MOSTRANDO AS GARRAS PRA FELIPE. ESPERO QUE FELIPE SE SAIA BEM DESSA.


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