Cap.27
A partir daquele momento nós nos afastamos um pouco. Não houve um fim, mas o clima estava ruim dos dois lados. Foi como dar um tempo. Passei a sentar mais longe dele, e somente ficava o observando. Eu gostava muito dele, não podia negar, mas não conseguia namorar com um rapaz que não confiava em mim...
- Porquê você não faz as pazes com ele ? – Ihasmyn perguntava, sentada do meu lado durante as aulas. Eu, durante as aulas ficava o observando, sentado um pouco mais a minha frente.
- Eu não sei se ele já se tocou que estava exagerando – dizia eu, irredutível...
- Vocês deveriam conversar direito, sabia ? Poxa, eu não acho que ele age assim por não ter confiança em você... Acho que ele tem insegurança... Eu sei que ele gosta de você...
- Eu também tenho as minhas inseguranças Ihasmyn... Morro de medo de que apareça uma garota que faça o lado hétero dele ressurgir e eu tenha que sofrer, mas nem por isso passo a agir como um babaca com ele – dizia eu, girando o lápis no meu dedo – ele me deve desculpas...
- Tenha mais paciência com ele – ela dizia – você já sabia que era assim, ele não, entendeu ?
Eu estava sim chateado com ele... Mas sentia que logo voltaria atrás.... Eu sentia muito a falta dele... Era sempre assim... Fiquei reparando nele por diversos minutos, até que vi ele se levantar rapidamente e começar a andar em direção ao lado de fora. Estranhei, mas não fiz nada.... Entretanto fiquei pensando naquilo....
NARRADO POR JOÃO PAULO
Como sempre, ficar longe dele era muito ruim. Eu me sentia mal, sem vida, sem sentido. Não sabia direito o que fazer, tinha uma rotina toda com ele e sem ele por perto eu ficava perdido. Me perguntava, e se um dia terminassemos ? Como seria ? Eu demoraria muito para me recuperar... Era em momentos como esses que eu via o quanto eu gostava dele...
- Ele está muito chateado com você – Ihasmyn me dizia, no dia seguinte ao acontecido. Ela notava que eu o observava sentado longe de mim no intervalo.
- Eu sei... – dizia eu, olhando agora para ela – mas bem que ele podia ser mais compreensível também... Qual é o apaixonado que não se sente inseguro na presença de uma outra pessoa ? – ela sorriu.
- Eu entendo como você se sente, mas acho que ele quer que você confie nele... Se ele disse que não aconteceu nada, é porquê não aconteceu nada... Você deve confiar, entendeu ?
- Sim, eu entendo....
Eu sabia que ele tinha razão, mas tinha as minhas razões para me sentir assim. Eram ciúmes ? Eram... Eu tinha medo de que alguém o levasse de mim... Algo que eu sabia que não suportaria de forma alguma... Mais ou menos na mesma época em que ficamos separados, coisas estranhas começaram a acontecer comigo...
- Não se esqueça que eu e sua mãe não voltaremos pra casa hoje, porquê vamos visitar sua tia – meu pai dizia, enquanto eu descia a escada.
- Tudo bem pai... – por algum motivo naquela manhã me sentia fraco. Estranhava, pois sabia que havia dormido bem... Quando me aproximava do último degrau, senti uma leve tontura, me desequilibrei e quase cai...
- O que foi isso ? – ele perguntou...
- Não foi nada – falei eu, me colocando de pé enquanto tentava me recuperar... – não foi nada...
Esses sintomas começaram a aparecer quase que de repente... E não era só isso... A minha garganta começou a infeccionar frequentemente, eu comecei a me sentir fraco quase todos os dias, me via mais pálido, sentia algumas dores, era estranho...
- O que será que está acontecendo comigo ? – me perguntava, me olhando num espelho. Procurando por respostas na internet, comecei a suspeitar de algo... Porém estava com medo daquele diagnóstico. De modo que preferia eu ficar quieto, esperando ver se melhorava... Entretanto eu não melhorei... A gota d'água chegou quando aconteceu aquilo na aula...
- Vocês não devem esquecer disso de forma alguma – o professor dizia, enquanto eu prestava atenção um pouco sonolento. Até que de repente começei a sentir o meu nariz escorrer de uma forma estranha. Logo levei a mão até ele, e vi um líquido vermelho saindo de lá. Ao ver aquilo, arregalei os olhos e fui rapidamente para o banheiro. Quando cheguei lá, logo comecei a lavar. Usei algumas técnicas para tentar parar aquele sangramento e comecei a me olhar no espelho. Eu via que não estava bem... Precisava procurar um médico !
NARRADO POR LUCAS
- Você viu o João por aí ? – perguntava eu a Ihasmyn... Fazia alguns dias que ele não aparecia na faculdade desde que saiu correndo daquela forma das aulas... Eu já estava começando a ficar preocupado...
- Não – ela dizia, me olhando.
- Acho que vou procura-lo na casa dele...
- Sério ? Mas vocês não estavam brigados...
- Sim... Mas ele não costuma se ausentar desse jeito... E se tiver acontecido algo ? Nós brigamos mas ainda somos namorados e eu gosto dele...
- Então é... – ela falou, me olhando também com cara de preocupação...
Eu começei a criar coragem para ir vê-lo, entretanto não foi necessário. Quando eu menos esperei, logo o vi novamente andando pelos corredores da faculdade... Porém daquela vez não tinha uma feição de alegre... Estava triste, preocupado, eu podia sentir...
- Não é ele ali ? – ela falou, o olhando.
- Me parece ele – falei eu, sorrindo por o ver novamente, porém intrigado pela forma que ele andava. Ele andava devagar, cabisbaixo. Parecia doente...
- O que aconteceu com ele ? – ela perguntava... Eu via ele andar lentamente, até que praticamente de repente, caiu no chão como uma pena... Me desesperei na mesma hora o ver aquilo.
- João !
Sai correndo até ele e logo o peguei nos meus braços...
- João ? João ! – começei a tentar reacorda-lo, mas não conseguia... Ali, de perto, percebi que ele estava diferente. Estava pálido, com algumas marcas roxas pelo corpo... Aquilo era estranho, eu nunca o via visto assim... Logo apareceram alguns médicos da faculdade para socorre-lo.
- O que foi que houve com ele ? – perguntaram.
- Ele desmaiou, caiu como uma pedra – falava eu preocupadissimo...
- Vamos levar ele pro Pronto Socorro...
E assim foi. Eu acompanhei ele até o pronto socorro, avisei os pais dele... Entretanto estava preocupado... Eu sabia que ele não estava bem... Logo ele acordou...
- Lucas ? – me olhava, assim que acordou – o que está fazendo aqui ? Onde eu estou ?
- Calma... Você desmaiou... Nós estamos indo pro hospital – falei eu, segurando a mão dele...
- Lucas... Eu sinto que estou muito doente.. – ouvir aquilo me deixava desesperado...
- Não fale assim... Você vai ver que não é nada demais...
MINUTOS DEPOIS
O médico conversou com ele... Ele falou o que andou sentindo... Fez alguns exames... E quando o médico viu o exame, arregalou os olhos...
- E então doutor ? O que eu tenho ?
Continua
E aí ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor.
Tonny: Eu nunca passei por uma situação dessas, não sei como reagiria kkk
VALTERSÓ: Eu também acho...
Teuss: As vezes as pessoas pensam demais...
Bonifácio: Que bom que gosta :)
BRUNO NEGAO: <3
Dhiren: Fico feliz por você :)
Smile.Smile: Também acho kkk
Rogean: Que bom que você gosta.
Ru/Ruanito: Também acho kkk
Geomateus: Verdade <3
P.G: Pois é... Fico feliz que gosta :)
Beijos