Em nome do amor! (2)

Um conto erótico de L.Augusto
Categoria: Homossexual
Contém 1978 palavras
Data: 15/11/2016 23:01:46
Última revisão: 15/11/2016 23:09:22

Foi aí que o vi. Juro que meu coração iria sair pela boca. Como ele havia mudado, estava mais forte, devia estar fazendo malhação. Caio, 21 anos, branco de olhos castanhos, com a mesma altura que eu,1,80, com uma barba por fazer. Ele estava vestindo uma camisa vermelha e uma calça jeans escura. Estava com um olhar assustado também. Mas como prometi para minha mãe, eu não iria caçar confusão. Então disse:

Eu: Tudo bom Caio?

Caio: Tudo – disse-me seco e já desviando o olhar.

Pedi licença e fui até meu quarto guardar minhas coisas. Ao entrar no quarto me joguei em minha cama, como ele estava diferente? Durante estes dois anos ele mudou completamente. Eu não esperava que aquele sentimento retornasse daquela forma. Meu coração continuava acelerado. “Pq eu estou assim? ” Era a única coisa que eu conseguia pensar naquela hora. Meus pensamentos são interrompidos por duas batidas na porta, quando abro, vejo Vanessa em minha porta.

Vanessa: Sua mãe está chamando, sua irmã chegou, então, estão se reunindo na cozinha para jantar.

Eu: ok, já vou – Digo, mas ainda atordoado.

Vanessa: Não se preocupe, minha mãe já conversou com o Caio, então, creio que a noite será tranquila.

Eu: ok, minha mãe também teve está “Conversa” comigo, digo dando uma risada.

Acompanho Vanessa até a cozinha, cumprimento Karina e Arthur e sento ao lado de Vanessa. Por sorte não fiquei em frente ao Caio, não queria ficar encarando-o. O jantar foi tranquilo, basicamente girou em torno dos detalhes da viagem de minha tia. Ela e minha mãe se falavam com frequência, então comentavam com mais detalhes tudo que já haviam dito ao telefone kkkkkk.

Quando terminamos, meu pai, Arthur e Caio foram para a sala assistir o jornal, enquanto que as mulheres ficaram ali na mesa conversando, pedi licença e fui até meu quarto, ainda tinha meu trabalho para terminar.

Em meu quarto, liguei meu notebook e peguei meu celular, olhei as mensagens para ver se o grupo havia comentado algo sobre o trabalho, li as msg e voltei ao trabalho. Tentava me concentra de qualquer forma, tinha que esquecer aqueles sentimentos, então coloquei minhas músicas para tocar e foquei no trabalho a realizar.

Horas depois, escuto minha mãe na porta do meu quarto:

Mãe: Sua tia vai dormir aqui esta noite. Amanhã ela irá ver se as coisas estão em ordem com a casa. – Minha tia morava no mesmo condomínio que nós antes de ir para a Alemanha. Sua casa ficou fechada todo este tempo, e como ela adiantou o retorno para nossa cidade, ela ainda devia verificar a situação.

Eu: ok, como será organizado os quartos?

Mãe: Ela irá dormir no quarto de hospedes com sua prima, e seu primo estou pensando em colocá-lo para dormir aqui.

Eu: Não vai rolar – falei de imediato – de jeito nenhum, eu até me comprometi em não caçar confusão, mas isso são vai dar certo.

Mãe: Vocês dois deveriam dar um fim nesta briga. Já passou da hora.

Eu: Não vou discutir coma senhora. Eu durmo no sofá se preciso – O sofá daqui de casa é desses bem grande e que se abre, ótimo para deitar e assistir filme.

Mãe: ok. Só espero que vocês parem com essa briga, vou falar com sua tia. Separa suas coisas, que irei acomoda-lo, devem estar cansados da viagem.

Eu separei minhas coisas que precisaria ao acordar no outro dia. Guardei o que estava fora do lugar, deixando meu quarto organizado. Eu estudo a noite e durante o dia faço estágio de 8 horas até as 13 horas. Coloquei minhas coisas no escritório de meu pai. Minha casa tinha quatro quartos, um dos meus pais, o meu, um que era de Karina e um de hospedes. Após o casamento de Karina há 4 anos, meu pai (que é advogado de algumas empresas da cidade) transformou o quarto dela em um mini escritório, assim ele não precisaria ficar o dia inteiro fora como antes. A casa era até grande, com dois pavimentos, sendo o primeiro a área de churrasco e garagem.

Fui até a sala e pude escutar:

Caio: Não preocupe tia, deixa que eu durmo no sofá. Não quero incomodar.

Mãe: Não se preocupe, Luiz está acostumado em dormir neste sofá Kkkkkk, tanto que ele faz isso direto. Você precisa descansar da viagem, então siga-me.

Eles passaram por mim no corredor, ele não olhou para mim e assim também o fiz. Minha tia já havia se retirado, Karina e Arthur já foram embora. Meu pai também já estava em seu quarto. Deito no sofá e ligo a televisão, ainda não estava com sono. Alguns minutos depois a casa já estava em silêncio e com todas as luzes apagadas. Até que escuto alguém chegando perto, quando olho para o lado era minha prima Vanessa.

Vanessa: Posso me sentar?

Eu: Claro, senta aí.

Vanessa: o que está assistindo?

Eu: Arrow, já assistiu? – Eu estava assistindo Arrow pela netflix.

Vanessa: Não, é sobre o que?

Eu: Arqueiro Verde da DC, conhece?

Vanessa: Agora lembrei, o Caio também assiste. – Ao escutar aquilo, lembrei que tínhamos os mesmos gostos, o que gerou um silêncio no ar.

Vanessa: Desculpe-me – disse-me sem graça.

Eu: Não se preocupe.

Vanessa: Você não o esqueceu né?

Eu: Sabe, eu achei que havia superado, mas ao vê-lo de novo, tudo veio à tona – Eu não liguei de responder, até pq eu sei que dos quartos ninguém poderia nos escutar – E não posso mentir que ele mudou muito.

Vanessa: Entendo você. Imagino ser difícil, não queria que a amizade que vocês tinham, terminasse deste jeito.

Eu: Pois é, fazer o quê né, seu irmão não confiou em mim.

Acordei na sexta-feira até um pouco empolgado, me alegrava era o fato que o final de semana estava chegando e assim poderia aproveitar com meus amigos. Tomei meu banho, meu café e parti para o estágio, onde permaneci até as 13horas.

Voltando para casa, estava com muita fome, cheguei, guardei minha moto na garagem e fui até meu quarto para deixar minhas coisas. Em casa, neste horário, normalmente só se encontra a dona Maria, nossa cozinheira.

Dona Maria: que bom que chegou Luiz, vai almoçar agora ou tomar um banho primeiro?

Eu: vou almoçar agora, estou varado de fome kkkkkk.

Dona Maria: Acho esse horário que você larga muito tarde para se almoçar meu filho – ela chama a todos de filho (a), até meus pais - Aposto que você só tomou seu café da manhã até agora.

Eu: realmente, hoje não deu tempo nem de lanchar.

Dona Maria: Brinca com sua saúde mesmo, vai brincando.

Naquele momento, escutei a porta se abrindo. Era tia Luiza, minha mãe, Caio e Vanessa.

Mãe: Que bom que chegou meu filho.

Eu: já almoçaram?

Mãe: já sim, após o almoço fomos até a casa de sua tia, estamos esperando a loja entregar os moveis que sua tia comprou hoje de manhã (Minha tia resolveu trocar alguns moveis de sua casa).

Tia Luiza: Trabalhou muito meu sobrinho?

Eu: Hoje sim, deu bastante serviço na empresa onde faço estágio. Mãe, a senhora vai trabalhar agora a tarde?

Mãe: Vou não, tirei folga para poder ajudar sua tia a organizar as coisas, pq, precisa de algo?

Eu: Sim, mas depois eu resolvo, não se preocupe.

Terminei de almoçar e fui até o meu quarto pegar algumas peças de roupa, iria tomar um banho. Ao chegar no quarto, encontro com Caio, ele estava trocando de camisa, ali pude ver seu abdômen definido, com alguns pelos na região do umbigo, indicando o caminho entre o umbigo e seu membro. Ao me ver, vestiu uma camiseta de forma rápida e saiu do quarto. Fiquei com aquela imagem na cabeça por um bom tempo, como ele estava gostoso. Na parte da tarde, aproveitando que minha mãe e tia Luiza, ficaram na casa de minha tia verificando a entrega dos móveis, aproveitei para ir até a academia.

Na academia, encontrei com Rafael, um cara muito gente boa, tem 23 anos, branco, olhos castanhos, deve ter uns 1,75 de altura, tem um físico muito atraente, nada exagerado, mas umas coxas que me deixava louco. Nos conhecemos na academia mesmo, depois descobri que ele estudava na mesma faculdade do que eu, fazia enfermagem.

Rafael: E ai Luiz, tudo bom?

Eu: beleza cara, e com você?

Rafael: tranquilo, consegui um estágio cara – Disse-me aquilo com um sorriso contagiante em seu rosto.

Eu: que massa, onde?

Rafael: Em um hospital daqui mesmo. É uma parceria da faculdade com a secretaria de saúde, meu período é sempre na parte da manhã, três vezes na semana.

Eu: Cara, que maneiro, é muito bom estagiar na área – Um estágio é sempre bom apara que está começando, e eu sabia muito bem disso.

Fizemos os exercícios, revezávamos nos aparelhos. Era até difícil ficar perto de Rafael, ele era um cara muito bonito, mas o que me chamava mais atenção era suas coxas: grandes, peludas e brancas. O filho da mãe vinha com um short acima do joelho, o que me deixava louco, imaginava como ele seria pelado, e isso já foi alvo de várias punhetas. Mas me controlava, evitava ficar olhando.

Eu: Rafael, amanhã estamos animando de ir para a boate, topa?

Rafael: Adoraria, mas infelizmente não posso, amanhã estarei viajando com meus pais para a casa de meus tios.

Eu: Beleza, marcamos uma outra vez. – Uma pena ele não poder ir.

Rafael: Com certeza kkkk.

Voltei para casa já que minha aula começa às 19 horas, então por volta das 18 já começo a me arrumar. Despeço de minha prima e vou para a faculdade. Chegando lá encontro Sara, Talita e Bruno.

Sara: E sua tia, fez boa viagem? Chegou bem?

Eu: fez sim, hj ela estava junto com minha mãe comprando alguns móveis novos e organizando a casa.

Talita: O trabalho deu tudo certo, agora é só terminar a formatação e podemos entregar na próxima aula.

Eu: ok, assim é até melhor, pois aproveitamos o final de semana e ficamos livres disso na semana que vem.

Bruno: realmente, bem melhor.

A primeira aula se passou normalmente, Talita e Sara não paravam de conversar por um segundo, e claro o professor chamou a atenção das duas, o que nos fez pegar no pé delas.

Na hora do intervalo, fomos até o refeitório.

Pedro: A Lívia ficou muito empolgada por sair conosco amanhã.

Otávio: Maristela também adorou, já até conversou com a irmã para que ela ficasse com a Júlia,

Eu: que bom, não vejo a hora de sairmos. Talvez eu leve minha prima Vanessa, se ela topar.

Sara: Mas, e o Caio? – Sara já sabia de minhas tretas com o Caio, não que eu gostasse dele, mas que brigávamos.

Eu: o que que tem aquele infeliz? Ele não vai, mal olha para minha cara.

Otávio: Quem é este ser?

Eu: esquece, não compensa falar disso – Digo mudando de assunto.

Voltamos para a segunda aula. Desde que percebi que gostava de Caio, eu vi que os homens estavam me atraindo mais, porem nunca havia ficado com nenhum em minha cidade. Já rolou uns pegas com dois carinhas em duas viagens que fiz no passado. Porém, nunca passou de beijos, e aliás, ninguém da turma sabe.

Ao chegar em casa, encontro com minha mãe e meu pai na sala.

Mãe: Hoje você já pode voltar a dormir no seu quarto, sua tia e seus primos já se instalaram na antiga casa.

Eu: ok, vou dormir, pq quero acordar cedo amanhã. Boa noite para os dois.

Fui para o meu quarto, tirei minha roupa e deitei (durmo apenas de cueca). Sinto um cheiro diferente em minha cama e meu travesseiro, até que me vem à cabeça de quem era: Caio. Dormir à noite inteira abraçado ao travesseiro. Sentindo o cheiro daquele que eu considerei como um irmão, aquele que despertou em mim sentimentos até então desconhecidos.


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Comentários

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O QUE SERÁ Q ESTRAGOU ESSA AMIZADE? O QUE ESTRAGOU ESSE AMOR? ESSA PAIXÃO? SEMPRE LEMBRANDO QUE AMOR E ÓDIO CAMINHAM LADO A LADO NOS RELACIONAMENTOS.

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O que o Caio escondeu do primo que acabou a amizade dos dois?

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