Por que tem que ser assim? 18 Cão e Gato.

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3096 palavras
Data: 21/06/2016 14:34:24
Última revisão: 21/06/2016 15:19:20

Arthur - vai me bater? bate! mas essa vai ser a ultima vez. ( O olhei sério).

Barão soltou um sorriso cínico.

Puxei tudo o que havia na garganta e cuspi no rosto do barão.

De olhos abertos fiquei aguardando o soco, que não aconteceu.

Barão passou a mão no rosto e limpou o local do cuspe.

- Você quer que eu seja o vilão né, Arthur? Pois eu serei o vilão.

Olhei para o barão, que olhou para mim, e em questão de segundos ele afastou-se.

Barão pegou os sapatos que estavam no chão e os colocou em seus pés, em seguida colocou a camisa e começou a abotoa-la em seu corpo.

Queria perguntar o que ele estava fazendo, mas a resposta já era obvia, barão estava se arrumando para ir embora.

- ele não podia ir embora!(era o que eu pensava). Ele não pode desistir assim de mim. Ele tem que ser mais insistente.

Barão recolheu seus objetos que haviam deixado em cima do criado mudo, e depois solicitou a conta.

xxxXXXX

- Te arruma aí. Vou te esperar no carro! (disse ele após pagar a conta).

E saiu pela porta do motel.

No mesmo instante eu sentei na cama, e comecei a me desesperar.

- Como assim me esperar no carro? (eu pensava). Simples assim?

Coloquei minha camiseta no ombro e saí. Assim que entrei no carro o barão deu partida. Parecia estar apressado.

Olhei para trás e não vi o carro do Benjamim.

Durante todo o percurso, o Barão não se comunicava comigo.

Eu abria minha boca várias vezes buscando palavras, mas não sabia o que falar, e tinha medo de acabar piorando as coisas.

Barão estacionou o carro assim que chegamos em casa.

- Você precisa de ajuda?

Arthur - Não! (Eu estava me sentindo estranho, como se eu tivesse perdendo algo que nunca tive).

Barão - beleza!

Barão saiu do carro, e apressadamente entrou em casa.

Eu apenas o observava sem poder fazer nada.

Desci do carro e entrei em seguida.

xxXXX

Juliano estava no sofá assistindo algo na tv.

- E aí, Arthur.

Arthur - e aí! (respondi a seco).

Juliano - e as pernas, tem sentindo muitas dores?

Arthur - nas pernas não. Na coluna sim. (falei enquanto subia as escadas).

Juliano - Em pouco tempo essas dores irão desaparecer, basta você seguir as sessões à risca.

Arthur - vou fazer isso. (falei enquanto chegava ao final dos degraus). Boa noite, Juliano!

Juliano - boa noite, Arthur!

xxXXX

Parei na porta do quarto, mas hesitei em entrar. Caminhei um pouco mais a frente, ate chegar ao quarto do barão. Minha mão lentamente foi girando a maçaneta.

- Entrar ou não entrar?

Abri a porta, vagarosamente, e vi barão tirando sua roupa.

Barão - fala! (disse ele bastante grosseiro).

Arthur - posso entrar?

Barão - vai dormir, Arthur!

Arthur - quero só conversar. (estava parado na porta do quarto).

Barão - não temos nada pra conversar.

Mesmo contra a vontade do barão, entrei no quarto e tranquei a porta.

Barão pegou uma toalha e enrolou em seu corpo.

Arthur - eu não sei bem o que ta acontecendo entre a gente.

Barão - não ta acontecendo nada entre a gente. (disse ele entrando no banheiro e deixando a porta aberta).

Arthur - mas o senhor disse que estávamos juntos. (o acompanhei).

Barão - esquece o que eu disse, Arthur! (disse ele me olhando nos olhos). Aliás, esquece tudo o que aconteceu entre a gente.

Barão colocou sua toalha em um cabide, e entrou no box.

Pela vidraça vi ele tirando a cueca, abrindo o chuveiro e deixando a água percorrer pelo seu corpo.

Arthur - então é isso? Não irá rolar mais nada entre a gente?

Barão - Arthur presta atenção. (disse ele colocando a cabeça do lado de fora do box). Você ta livre de mim.

- livre dele? como assim livre dele? (falava em meu pensamento).

Barão - amanhã eu te devolvo pra sua mãe.

Senti minha garganta seca.

Arthur - mas eu ainda não estou totalmente recuperado.

Barão - não se preocupe com isso, continuarei pagando as despesas do seu tratamento.

Barão voltou para debaixo do chuveiro e eu fiquei ali mais um tempo tentando entender tudo aquilo.

xxXXX

Retornei a meu quarto e era nítido meu desespero. Eu tinha mesmo perdido o barão. Quando ele disse que seria um vilão, não sabia que ele mudaria tanto comigo.

Deitei sem tomar banho, e pensando no barão, acabei dormindo.

xxXXX

No dia seguinte fui acordado pelo Fred.

- Acorda chefe! (falava ele rindo).

Me espreguicei sem abrir os olhos.

Arthur - que horas são agora? (falei ainda deitado).

Fred - já passa da hora de você tomar seu remédio.

Arthur - ainda não acabou?

Fred - não. Faltam dois comprimidos.

Fred já estava com a pilula e um copo com água na mão.

Fred - agora desce pra comer alguma coisa. (disse ele após eu engolir o remédio).

Arthur - to sem fome.

Fred - mas tem que comer cara.

Arthur - não da não. (levantei da cama e percebi que eu estava vestido conforme a noite anterior).Fred, quanto você cobraria pra cuidar me mim na minha casa?

Fred - resolveu voltar pra casa?

Arthur - sim. To voltando, hoje.

Fred - melhor decisão cara.

Arthur - pois é. (falei desanimado). Mas e ai, vamos fechar um valor suave pra mim?

Fred - me paga quanto você puder Arthur!

Arthur - também não quero pagar miséria mano. Só quero um desconto que caiba no bolso da minha mãe.

Fred - entendi. Pode deixar que eu faço um preço camarada pra voce.

Arthur - vlw, Fred.

Fred - E a que horas você vai?

Arthur - vou só arrumar minhas coisa e to saindo fora já.

Enquanto eu colocava minhas roupas na mala, Fred, sentou na cama e ficamos conversando sobre coisas da vida.

xxxxXXX

Arthur - obrigado pela hospitalidade, Maria.

Maria - por nada meu filho. (disse a mulher me abraçando). O Nícolas pediu que eu te entregasse isso. (disse ela me entregando uma caixa).

Arthur - o que é isso?

Maria - não sei. Ele pediu para que você abrisse apenas quando já tivesse em casa, e pediu também para o Damião o levar.

Arthur - não precisa Maria. O Fred vai me deixar em casa.

Maria - ah é? (disse ela olhando para o Fred).

Fred confirmou o que eu havia dito.

Maria - então só me resta lhe desejar sorte.

A mulher abriu os braços e me fez carinho.

Me despedi também de Juliano.

Juliano - tu sabe que eu não fiz nada por mal né!?

Arthur - tranquilo po. Eu não guardo mágoas.

Juliano me estendeu as mãos e eu o cumprimentei.

Juliano - ah, antes que eu esqueça, me passa teu endereço, vou continuar te acompanhando.

Arthur - Não tenho dinheiro pra continuar as sessões.

Juliano - não precisa se preocupar com isso, o sr Nícolas já combinou tudo comigo.

Arthur - o sr Nícolas é?

Juliano - sim!

Arthur - precisa não cara, daqui pra frente eu me viro sozinho.

Juliano - cara, tu vai brincar com tua saúde por causa de orgulho?

Arthur - o Fred vai cuidar de mim.

Juliano olhou para o Fred, que soltou um sorriso cínico.

Juliano - o Fredson não é fisioterapeuta.

Fred - não quer dizer que eu não possa indicar um dos bons.

Juliano - então o problema sou eu?

Fred - ainda pergunta? baba ovo do caralho.

Juliano partiu para cima do Fred, que apenas se esquivou.

Fred - não quero confusão cara. (disse Fred lhe olhando sério).

Arthur - bora nessa, Fred?

Fred - bora sim.

Juliano - vou falar pro Nícolas que tu ta dispensando a ajuda dele.

Fred retornou e acertou um soco na cara do Juliano.

Fred - vai lá falar. Lambe botas. (disse ele, enquanto o fisioterapeuta passava a mão no local onde Fred acertara).

Enquanto Maria socorria o sobrinho, aproveitamos para sair dali.

xxXXXX

Dentro do carro trocávamos poucas palavras. Eu percebia que Fred sempre me olhava como se quisesse perguntar alguma coisa.

Arthur - o que foi po? (tive que perguntar, pois já estava ficando incomodado).

Fred - se importa de eu fazer uma pergunta?

Arthur - charo que não. Fala aí.

Fred - qual é o rolo entre você e aquele cara?

Arthur - qual cara? (sabia que ele falava do barão).

Fred - O Nícolas.

Arthur - Não rola na ué.

Fred - E que relação complexa é essa de vocês? Depois que vi Juliano e a Maria se despedindo de tu, percebi que a decisão de sair daquela casa não foi só tua.

Fred me olhou e eu fiquei calado.

Fred - se você não quiser falar, de boa, eu vou respeitar. (dizia ele enquanto guiava o carro).

Arthur - é que pra mim é um pouco constrangedor falar sobre isso.

Fred - tranquilo, Arthur, foi só uma curiosidade mesmo. Relaxa.

Fred estava sendo um bom amigo, mesmo eu o conhecendo a pouco tempo.

xxxXXX

- então é aqui que você mora? (disse ele assim que estacionou o carro).

Arthur - é aqui que eu me escondo. (falei soltando um sorriso). Quer subir pra conhecer minha mãe e acertar logo o valor com ela?

Fred - agora eu não posso. Vou em casa tomar um banho e descansar, passei a noite no hospital.

Arthur - entendo. Mas agora que você já sabe o local, quando quiser é só passar aqui.

Fred - eu venho hoje a noite ver como você ta. Pode ser?

Arthur - pode sim.

Fred - beleza.

Arthur - falou Fred. Obrigado aí pela carona cara.

Fred - que isso. Precisando é só ligar.

Arthur - valeu.

Despedi-me de Fred com um aperto de mão e saí de seu carro.

xxxXXX

- Mãe? (falei abrindo a porta). Julia?

Aparentemente o pequeno apartamento estava vazio. Era bom estar de volta. Sentia falta ate daquele cheiro de limpeza que minha mãe usava ao fazer faxina em nosso lar.

Sentei no sofá, coloquei a caixa que eu havia recebido do barão na mesa de centro e estiquei minhas pernas, as apoiando em uma pantufa que estava á minha frente. Peguei o controle da tv que estava a meu lado, e apertei ''on''. O aparelho ligou e eu fiquei mudando de canais procurando por algo que prendesse minha atenção.

Fora o barulho da tv, o apartamento estava silencioso demais. Até o momento em que:

- Acorda porraaaa. ( Vozes saindo do meu quarto me despertaram).

- o aleijadin voltou. (disse Gabriel sorrindo).

Eu apenas ria. Até minha mãe e minha irmã estavam metidas no rolo.

Joana - meu amor que saudade de você.

Arthur - também estava mãe. (falei levantando e dando um abraço nela).

Joana - por que não contou a novidade?

Arthur - queria fazer surpresa. (mentira! com toda aquela confusão eu esqueci de falar com minha mãe).

Joana - eu ainda não to acreditando. (disse minha mãe começando a chorar).

Arthur - choro agora não mãe, se não vou chorar também.

Benjamin - o nenezinho vai chorar? Ahhhhh!

Todos tiraram onda.

Daniel - e aí guerreiro.

Arthur - fala mestre. (Daniel apertou minha mão e em seguida me deu um abraço).

Daniel - como tão essas forças?

Arthur - superando a cada dia.

Daniel - é isso aí, não esperava outra coisa de você.

Arthur - oss. (falei como forma de agradecimento).

Daniel - oss. (retribuiu ele).

- oss. (todos falaram em coro, tirando onda de nós dois).

Arthur - saí daí seus cagões. (falei sorrindo).

Nando - e aí Arthur, quando tu volta pra academia pra eu poder te dar outra surra?

Nando era um atleta da academia. Daniel sempre nos colocávamos para praticar submission.

Arthur - até parece hen mano. Mesmo aleijado eu consigo finalizar você em dois tempos.

Gabriel - calma terrorista. (falou Gabriel).

Começamos a rir.

Minha mãe nos convidou até a pequena cozinha, onde foi servido uma torta com refri.

xxXX

- velho. Temos que conversar né!? (disse Benjamim, enquanto eu engolia um pedaço da torta).

Arthur - Era você no carro, ontem?

Benjamim - claro né!? Que porra vocês foram fazer no motel?

Arthur - brigar.

Benjamin - hen? (falou ele sem entender).

Arthur - depois te explico melhor.

Benjamin - e aproveita me paga o dinheiro do motel também né!?

Arthur - que dinheiro do motel?

Benjamin - que dinheiro do motel? (disse ele me imitando). O motel que eu tive que pagar só pra bater punheta.

Eu comecei a rir.

Arthur - porque é cuzão.

Ben - cuzão é meu ovo esquerdo.

xxxxXXX

Após todos terem se retirado, eu e o Ben fomos até a praia.

Sentados na areia, enquanto tomávamos sorvete, conversamos sobre a noite anterior, e eu aproveitei para contar tudo o que havia acontecido esses dias na casa do barão.

Ben - cara, se eu não tivesse visto vocês entrando no motel, eu não teria acreditado.

Arthur - pois é mano, e eu, ainda não consigo acreditar. (falava enquanto desenhava na areia com um graveto).

Ben - e o que tu sente pelo barão, na real?

Arthur - eu acho que eu gosto dele.

Ben - acha?

Ben me olhou e depois olhou para o chão. Sem perceber eu havia escrito o nome do barão na areia.

Ben - acha né?

Arthur - eu to confuso.

Ben - você talvez esteja empolgado pelo status de poderoso do barão.

Arthur - é mais forte que isso. Eu sinto falta dele, sinto falta do corpo dele, sinto falta ate das grosserias dele. Eu queria poder voltar no tempo e fazer as coisas diferentes. Sabe o que ele me disse ontem?

Ben - o que?

Arthur - que eu faço dele um vilão, e que ele iria fazer por onde ser esse vilão. Eu achei que ele fosse me agarrar com força, me jogar na cama, e me foder até saciar sua vontade, e pra falar a verdade era isso que eu queria.

Ben - mano, isso não é normal.

Arthur - eu sei. (falei o encarando). Mas me diz quem no mundo é normal?

Benjamim apenas sorriu.

Arthur - mudando de assunto, como ta o Loupan?

Ben - estável, mas continua no hospital. Quem tem dinheiro não morre fácil.

Arthur - é cara, esse é o lado bom do dinheiro.

Ben - todos os lados do dinheiro são bons, Arthur. (disse Benjamin me acertando a mão na nuca).

Arthur - é. Tem razão! (falei sorrindo).

Ben - se quando o Loupan sair do hospital, confirmar que o barão foi seu agressor, não sei como vai ficar o clima na empresa.

Arthur - e o que isso tem haver com a empresa?

Ben - eles são os dois maiores acionistas. Como é que eles vão se bicar depois disso?

Arthur - eu achei que o Loupan fosse banqueiro.

Ben - o pai dele que é.

Arthur - que complicação.

Ben - eu queria ter essa complicação na minha vida.

Rimos.

Quando o sol ameaçou se esconder, resolvemos voltar para casa.

O caminho era curto, então iamos a pé.

xxXXX

- Aquele não é o carro do barão? (falei quando passávamos em frente a um importante restaurante).

Ben - ta parecendo.

Arthur - então o barão deve tá aqui dentro. (falei apontando para o restaurante).

Ben - você não ta pensando em entrar aí né!?

Arthur - claro que não.

Ben - atitude sensata essa.

Arthur - vou esperar ele aqui fora.

Ben - falei cedo demais.

Arthur - preciso conversar com ele. Têm muitas coisas que não foram acertadas.

Ben - pelo que você me falou já ta tudo acertado ate demais.

Arthur - eu não acho cara. Eu não acho.

Ben - então você vai mesmo esperar pelo barão?

Balancei a cabeça que sim.

Ben - e se ele não quiser falar contigo?

Arthur - ele não precisa falar. Só me ouvir.

Ben - não faz isso, Arthur. Esquece esse cara e parti pra outra.

Arthur - não da não cara.

Ben - ta certo, mas eu não vou ficar com você. Ainda tenho esquema pra hoje a noite.

Arthur - pode ir na frente.

Ben - beleza. Vou passar lá pelo seu apê pra pegar meu carro.

Arthur - vai lá. Valeu aí pelo papo.

Ben - falou.

Benjamim saiu e eu fiquei na frente do restaurante esperando pelo barão.

Sentei, fiquei em pé, andei para todos os lados, e nada dele sair.

O Fred ficou de ir na minha casa, mas eu só sairia dali depois que falasse com o barão.

xxXXX

Enfim depois de muito esperar o barão resolveu sair do restaurante. O observava de longe enquanto ele se despedia de algumas pessoas.

- Sr Nícolas? (gritei antes que ele chegasse ao carro).

Barão olhou em minha direção.

- Arthur?

Arthur - eu queria conversar com o senhor.

Barão - nós não temos nada o que conversar, Arthur.

Arthur - então ouve apenas o que eu tenho pra falar.

Barão - falar o que? que eu não presto? que eu não valho nada? que eu sou um monstro? ou você quer dar outra cusparada na minha cara?

Barão falava comigo calmamente.

Arthur - eu gosto do senhor. (foi a única coisa que eu consegui falar).

Barão aproximou-se de mim.

- eu também gosto de você, Arthur. (disse ele). Você é um garoto bom, por isso mesmo eu to saindo da sua vida.

Arthur - mas eu não quero que o senhor saia da minha vida.

Barão - isso agora não é mais possível. Eu tenho que ir nessa. (falou ele querendo encurtar a conversa).

Arthur - o senhor vai pra casa?

Barão - talvez.

Arthur - deixar eu ir com o senhor.

Barão - você ta sozinho aqui?

Arthur - sim. To vindo da praia.

barão - você não pode ta andando por aí sozinho, Arthur. Se faltar os movimentos das pernas, e aí como é que fica? (disse ele meio grosseiro).

Eu sorri por dentro. Aquele era o barão bonzinho e não o vilão.

Arthur - eu já estou bem melhor. Me sinto até melhor fazendo essas caminhadas.

barão - mesmo assim não é seguro.

barão tirou a carteira do bolso, e me deu uma nota de cem reais.

Arthur - pra que isso?

Barão - pra você pegar um táxi.

Arthur - eu não quero. (falei recusando a cédula).

barão - aceite. Já ta ficando tarde, e não é seguro você voltar caminhando.

Arthur - eu quero ir com o senhor.

barão - vamos para lugares diferentes. (disse ele impaciente).

Arthur - eu vou até sua casa, de lá eu pego um táxi.

barão - Arthur entenda, nós não podemos continuar com essa saga de gato e cão.

Arthur - mas o risco é meu.

barão - Não! (disse ele rude).

Barão colocou a nota dentro do bolso do meu short, e tentou chegar até o seu veículo.

Arthur - então ao menos me deixa em casa. (minha última tentativa).

Barão se virou calmamente e veio em minha direção, novamente.

Barão - não posso, não posso...

Nesse momento ouvimos uma grande explosão vindo do carro do barão. As chamas eram tão próximas que chegaram a nos esquentar.

Não sei dizer se aquela explosão foi acidental ou proposital.

Barão olhava para o carro, ofegante. Depois olhou para mim, e seu rosto estava sem reação alguma.

Barão passou a mão na testa, e limpou um pouco do suor que pingava. Enquanto alguns corriam para longe, outros se aproximavam para ver o que estava acontecendo.

- então é isso? (perguntou ele olhando para mim).

Barão falava como se quisesse encontrar ar para respirar.

Arthur - o que?

Barão - você vai estar sempre salvando minha vida?

Pela primeira vez vi uma lágrima escorrer dos olhos do barão.

Continua...


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Comentários

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não estou crendo no que estou lendo socorooo critooo

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O Barão está mudando, isso é bom, e ele tem que tomar cuidado porque se ele ficar sem o Arthur pode acabar morrendo. O Arthur mesmo sem perceber está salvando a vida dele de todas as formas. Falta só ele se aproximar do filho do Barão pra derreter de vez esse coração e vê se o Barão deixa de ser tão estúpido

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Adorei o capitulo, Arthur se redimindo e sempre salvando o barão... vamos ver se agora o casal engrena, bjos lindo

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Não abandona a gnt por favor...... continua postando seus contos. Vamos sentir muita falta

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O Arthur tá cheio de graça, querendo ser pego de jeito!! E o Barão até que se controlou. Imagina a explosão que será esses dois juntos!! Perfeito!!!

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Porra o Barão vai ter que encontrar uma paciência de nem sei onde, se quiser ficar com o Arthur, eita garoto complicado rsrsrs

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eitaaaa. que se não fosse a insistência de Arthur Nícolas tinha virado churrasquinho... acredito que isso seja cem resposta ao Loupan ter parado na UTI....

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