Família Montegrande - Cap. 10
A todos,
Boa noite!!!
Segue para vocês a continuação e desculpa a demora, estava corrido aqui. Beijos e boa leitura. <3
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Tudo transcorreu bem, acabamos que todos dormindo ali mesmo depois do filme. De manhã o Marcos tinha preparado o café com o pai e ele não entendeu porque todo mundo dormiu no meu quarto. O Caio meio que disse que todo mundo capotou depois do filme e ficou por isto mesmo. Ele deu risada dizendo que a criançada de hoje em dia e fraca que na época dele a noite era uma criança para os amigos. Todo mundo deu risada dele e ele meio que se sentiu bem em contar como era antigamente um pouco. Às vezes, esquecemos de notar o quanto nossos pais já viveram, o quanto de segredos que eles têm, mas que o sorriso deles está ali na frente para nos alegrar todos os dias. Eu me pergunto por que nunca cheguei, a saber, como meu pai era quando jovem, se ele já sofreu o que eu estou sofrendo como ele lidou e o que aconteceu com o amor dele com a mamãe. Eu sei que os dois se amavam demais, mas hoje em dia nem se falam direito a não ser por causa de nos. São todas as coisas guardadas que simplesmente eu não posso me deixar abalar por causa de um cara, meu pai esta aqui na frente me mostrando força e eu preciso seguir a dele.
- Maninho quer cereal? – Falou o Caio.
- Quero sim, passa aê.
- Beleza!
- Ju, já falou com sua mãe né?
- Já falei sim, se não tivesse falado com ela com certeza eu ia ser a próxima manchete da TV de pessoas mortas neste país.
- Que horror miga, ela nunca faria isto contigo.
- Se que pensa meu filho.
Rimos e conversamos um pouco, depois a Ju foi para casa e eu fui ver meu telefone, acredito que agora seria a hora de falar com ele, mas acabei ouvindo uns gritos em baixo no primeiro andar e fui ver.
- Cara, sai da vida do meu irmão você é um otário e não devia nem ta aqui.
- Meu Caio, eu sei que tu ta bravo comigo, mas eu quero falar com seu irmão. Eu entendo o motivo velho, mas eu preciso ver ele.
- Entende porra nenhuma, se tivesse entendido não teria nem aparecido nesse caralho. Eu odeio quando zoam com meu irmão e não é você que vai fazer isso com ele. – Entrei logo no meio da conversa se não a briga só ia aumentar.
- Mano, por favor, me deixa falar com ele, eu preciso somente fala e depois ele vai embora daqui.
- Você tem certeza maninho? Tem certeza se é isso que você quer mesmo?
- Tenho sim, preciso resolver isso se não num vai adiantar de nada.
- Tudo bem, vou deixar esse merda entrar, se ele te irrita me avisa que acabo com ele.
- Caio, calma.. vai pro quarto que tu ta muito bravo.
- Ta bom maninho, to um pouco mesmo.. E você cara toma cuidado com meu irmão se não daqui tu sai pra porra do hospital. Carlos, me chama qualquer coisa ouviu?
- Ta bom..
Ele subiu as escadas e bateu a porta do quarto dele com força, ele esta muito bravo e sei que a vontade dele era de quebrar a cara do Ricardo, mas não podia fazer isso. Eu nem podia deixar que isso acontecesse. Precisava entender a história e seria agora.
- Pode sentar aí e falar o que tem para falar para mim.
- Não tem problema de ser aqui na sala?
- Não tem problema não.
- Então, eu falei com o Ian e ele disse que o Caio perguntou da minha ex-namorada.
- Então agora ela é ex-namorada?
- Na realidade ela é deste antes as minhas férias, mas é que eu não disse nada para minha família porque meus pais gostam muito dela.
- Entendi, e o que me faz acreditar nisto?
- Eu estou sendo sincero contigo Carlos.
- Mesmo que esteja sendo agora, você não deve ter sido no primeiro dia que saiu comigo. Porque que eu me lembre você disse que não namorava com ninguém há muito tempo em vista de ser problema e que só namorou uma vez na vida. De repente, esse seu MUITO TEMPO era duas ou uma semana, quem sabe até um dia antes da sua viagem o término do seu relacionamento.
- Eu sei naquele dia eu não queria falar dela porque ela me irrita pra caralho e eu já tinha descartado ela da minha vida e fingido que ela não existe.
- Mesmo que isso tudo seja verdade Ricardo, você mentiu para mim duas vezes. O que me faz não acreditar em você e que na realidade nem quero acreditar em você pra ser específico eu pretendo evitar você.
- Carlos, por favor, não faz isso. Eu to gostando muito de você velho você não tem noção. Você é muito perfeitinho e eu não queria acabar com o que nós estamos tendo.
- Estávamos Ricardo, você não vai acabar eu já acabei. Eu não vou voltar atrás porque sinceramente eu não to confiando em nada do que você diz. Eu sou assim, eu odeio quando quebram minha confiança porque eu não sei concerta ela de novo.
- Meu não tem porque disto.
- Ricardo, por favor, é melhor respeitar.
- Caramba Carlos, tudo bem. Saiba que eu to pronto pra conversar ok? E por favor, não para de falar comigo.
- Nós vemos isso no decorrer do tempo, eu só quero ficar só.
- Tudo bem, desculpa por tudo, pelas mentiras iniciais. Fica com Deus então, vou ir para o trabalho que to meio atrasado já.
- Bom trabalho.
Vi que ele saiu com uma cara de choro e eu também queria chorar, mas eu fui grosso e arrogante e senti que eu seria assim com ele um bom tempo da minha vida, então já tinha certeza que mesmo se eu perdoasse essa minha magoa iria ficar e uma hora eu iria soltar essa graça para ele de novo. Então é melhor evitar, assim não desgasta uma coisa que nem começou direito e não acaba fazendo com que duas pessoas tenha ódio um do outro por nada.
Meu irmão desceu e venho falar comigo, me pediu desculpa pelo jeito que ele tratou o Ricardo, mas falou que ele não se controlou por ter visto que ele teve a cara de pau de aparecer aqui. Eu disse que tudo bem e que na realidade eu que deveria agradecer por ele me proteger, reclamo e reclamo dos meus irmãos e suas proteções, mas se não fossem por eles não saberia como me proteger. Ele veio e me deu um abraço e pediu para que eu me acalmasse e que isso logo passaria, me aconselhando conforme tinha me aconselhado no dia anterior.
Acabamos que indo para a escola para poder entregar o trabalho junto com o pessoal, sabemos que devido a ser segunda a professora ia querer uma apresentação de tudo e foi isto que vimos e fizemos. Estávamos super preparados e não tivemos problemas em nada, no final nossa nota foi 9,5 a melhor da sala. O grupo funcionou bem e pelo jeito este deveria ser o grupo da próxima tarefa.
Eu aproveitei o clima e fui falar com o Pedro, perguntei por que ele estava tão quieto e tão nervoso e ele disse que era por causa da família e outro afim que não queria explicar muito. Eu entendi tudo e tentei ajudar ele no que pode, ele foi e aproveitou e perguntou para mim porque eu tinha fingido passar mal na casa do Ian, eu expliquei para ele um pouco do assunto e ele me entendeu também. Ele falou que eu me meti em uma enrascada e nós acabamos foi dando risada da minha desgraça.
Ele é muito gente boa, gosto de ficar deitado no colo dele durante intervalo e essas aulas vagas, mesmo ele sendo hétero e ficando com garotas. Ele nunca ligou de fazer isso comigo ou com a Ju, às vezes eu deitava em uma coxa dele e a Ju na outra e dai em diante conversávamos. Hoje em dia mudou um pouco devido ele esta quieto, mas estávamos tentando volta ao modo antigo e a Ju venho logo para tentar resolver também. Espero que de tudo certo no final e que ele volte ter a confiança em nós para contar as coisas, por causa, que ninguém do nosso grupo agüenta ver o outro sofrer atoa. E neste instante temos eu e ele para resolvermos nossas pendências pessoais.