Minha Vida - Capítulo 11

Um conto erótico de Gabriel Ferreira
Categoria: Homossexual
Contém 1816 palavras
Data: 24/01/2016 23:39:55

MINHA VIDA

CAPÍTULO 11

Mamãe estava chorando, no colo de Fabiana e Kleber continuava me olhando atravessado (Meu pai internando e eu me preocupado com o jeito que o namorado de minha irmã me olhar). Papai tinha sofrido um infarte em casa logo após o jantar, e até agora estava desacordado no hospital com a respiração muito baixa. Já não saiam mais lágrimas de meus olhos. O que mais me deixava triste era ver o desespero de mamãe enquanto soluçava de tanto chorar.

- Como ele está? - Fabrício veio desesperado ao meu encontro na recepção hospitalar, a mulher dele, Inês estava junto. Meu irmão estava com os olhos vermelho de lágrimas.

- Ele ainda não acordou - disse pesaroso.

- Meu Deus! - Fabrício se desesperou e começou a puxar o cabelo.

- Fabrício, amor, calma, seu pai vai ficar bem - Inês estava tentando acalmar meu irmão.

Sai de perto dos dois e fui para a lanchonete do hospital, me sentei a uma mesa escondida, a lanchonete estava quase vazia. Eu já tinha ligado para Fátima, mas ela não atendia, eu precisava desabafar com alguém. Em um ato de desespero, eu liguei para Fátima, na esperança que ela atendesse, mas como era de se esperar deu caixa postal. Com uma luz que veio em minha cabeça, resolvi ligar para Patrick.

- Alô - ele atendeu sonolento.

- Patrick, desculpe eu ligar a essa hora - disse começando a chorar - Mas eu preciso de você.

- Fernando, me diz o que aconteceu - ele ficou agitado pelo celular - Onde você está?

- No hospital.

- HOSPITAL? - ele gritou - O que houve com você? Você esta bem?

- Estou - disse choramingando - O problema foi com meu pai...

Expliquei para meu chefe tudo o que tinha acontecido com meu velho e disse para ele em que hospital eu estava com minha família. Ele disse que já vinha para o hospital e me mandou esperar na recepção por ele.

Sai da lanchonete depois de alguns minutos e caminhado pelos corredores do hospital, comecei a pensar na vida, em meu pai, os momentos com ele, o carinho exagerado dele e pensando nele eu acabei entrando em uma salinha de orações. Bem no canto da sala havia uma enorme imagem de Nossa Senhora das Graças, a imagem estava com os braços estendidos acolhendo quem entrava ali,adentrei a sala e me ajoelhei em um pequeno altar bem no centro do recinto.

- Sabe Deus, eu não sou muito de rezar, não sou muito de pedir a te e nem de agradecer, mas hoje peço somente pelo meu pai, olhe por ele - estava chorando enquanto rezava ali naquela sala.

Não sei quanto tempo fiquei na salinha de orações do hospital, apenas sei que chorei muito, rezei muito e quando sai de lá, já estava me sentindo um pouco melhor, não estava mais chorando, me sentia mais leve. Fui caminhando pelos corredores até a recepção. Patrick estava lá me esperando, ao ver ele, abri um pequeno sorriso, fraco, mas verdadeiro. Ele me viu e veio caminhando em minha direção e em um piscar de olhos, eu estava com a cabeça sobre seus ombros, enquanto seus braços me envolviam em um abraço.

- Você estava onde, cheguei aqui a um bom tempo, mas nada de você aparecer - disse Patrick segurando meu rosto.

- Estava por ali - disse para ele que me fitava com seus enormes olhos castanhos - Estava pensando na vida e nos mementos juntos com papai.

- Eu sinto muito - disse ele voltando a me abraçar.

Não demorou muito para o médico aparecer onde estávamos, todos ficamos em volta dele para receber notícias do estado de saúde do meu pai. Patrick estava segurando a minha mão, quando o médico começou a falar.

- O paciente Raimundo Duarte - disse o médico se referindo ao meu pai - Acordou e passa bem, mas apenas dois de vocês poderão visita-lo hoje.

- Eu vou, preciso ver me marido - disse mamãe enxugando as lágrimas.

- Eu também vou - disse Fabiana seguindo mamãe e o médico pelo corredor, até o quarto onde papai estava internado.

Eu estava com muita vontade de ir ver meu pai, mas como minha mãe era esposa e tinha direito e minha irmã é a caçula resolvi não me intrometer. Patrick me puxou, ele ainda segurava minhas mãos.

- Vamos a lanchonete? - ele convidou.

- Vamos.

Fomos de mãos dadas até a lanchonete do hospital, que estava praticamente vazio. Voltei para a lanchonete com meu chefe, ele escolheu uma mesa perto da entrada do lugar e sentamos a ela.

- Vou buscar um café - avisou ele - Vai querer alguma coisa?

- Água. Quero água - disse a ele esboçando um sorriso.

- Volto já - disse ele saindo de perto de mim e caminhando até o balcão onde tinha café, água e outras coisas.

Fiquei ali naquela mesa olhando Patrick colocar o café e comprar a água, ele fazia tudo com perfeição, com dedicação. Quando ele terminou de fazer o que tinha que fazer na cantina, caminhou de volta em minha direção com um largo sorriso estampado em sua face.

- Só tinha água sem gás - disse ele me entregando a garrafinha.

- Obrigado - disse pegando a garrafa.

- Você se sente melhor? - ele perguntou com um semblante claro de preocupação em seu rosto.

- Estou melhor sim - abri um sorriso para ele - Papai melhorou, agora quero apenas ver ele.

- Que bom - ele segurou minha mão - Vou passar a noite com você e fique sabendo que eu vou esta com você toda vez que você precisar.

- Obrigado - disse ficando rubro de vergonha.

Ficamos conversando por alguns minutos até que ele e eu voltamos para a recepção. Mamãe já tinha parado de chorar e estava até sorrindo falando com Inês. Quando ela me viu, veio sorrindo em minha direção e me abraçou.

- Mãe a senhora esta me apertando - disse reclamando do abraço dela.

- Eu sei - disse ela bagunçando meu cabelo - Estava com saudades do meu bebê e queria te apertar.

- Nossa! Seu bebê já tem vinte e cinco anos - falei.

- Você pode ter cem anos, mas sempre será meu bebezinho - disse ela rindo e apertando minha bochecha.

Patrick olhava para a gente e apenas ria da situação, foi quando minha mãe me largou e olhou para ele da cabeça aos pés.

- Opa! Quem é esse moço bonito? - perguntou mamãe a ele.

- Sou Patrick - disse ele.

- Prazer meu nome é Luísa e sou mãe do Fernando - disse ela abraçando ele.

- Mãe. Patrick está ficando constrangido - disse para minha mãe, reclamando da demora do abraço dela.

- Oh! Céus, desculpe meu bem - disse mamãe largando Patrick.

- Ótimo - disse.

- Ótimo o que? - perguntou mamãe - Você está namorando esse moço, Fernando?

- MÃE! - a repreendi.

- O que? - ela se virou para Patrick - Diga meu bem, você esta namorando meu filho?

- Não senhora - disse ele.

- Ah! Esta perdendo tempo, pois se eu fosse você, já tinha começado a investir - disse ela para Patrick.

- MÃE!!!

- O que? - ela se virou para mim - Estou te ajudando a desencalhar.

- A Dona Luísa, bem que eu já tentei coisa mais séria com seu filho - disse Patrick entrando na onda de mamãe.

- Pois apoio da sogra você já tem, gostei de você - disse ela batendo no tórax dela - Ele tem que esquecer aquele lá e nada melhor do que um novo amor, principalmente um tão bonito como você, para esquecer quem não nos merece.

- Olha Fernando, escuta mamãe, pois ela é sábia - disse Fabiana se metendo na conversa.

- Até tu Brutus - acusei Fabiana. Que começou a rir.

- Olha, eu vou ali beber um café, mas não se esqueça Patrick - disse mamãe olhando para meu chefe - Seja homem e der um jeito de pegar meu filho.

- MÃE!!!

- Olha a ingratidão Fabiana, eu aqui arranjando um namorado para ele e esse ingrato fica só me repreendendo - disse segurando o pulso de Fabiana e levando ela para longe - Vamos beber café minha filha.

Quando mamãe saiu de minha vista junto com minha irmã, eu me virei para olhar para Patrick, este estava vermelho só de sorrir.

- Sua mãe é muito hilária - disse ele rindo.

- E você ainda entra na dela né, safado - disse dando um murro de leve no ombro dele.

- Ai! - ele resmungou.

- Vou bem ali falar com meu irmão - disse a ele e depois caminhei até Fabrício.

Ele estava sentando e um pouco menos abatido do que horas antes, quando ele tinha entrando no hospital. Inês estava dormindo em uma poltrona.

- Oi feio - disse.

- Oi Mano - ele se levantou do sofá e me abraçou - Com essa correria toda, mal tinha falado com você.

- Verdade, mas graças a Deus papai esta bem.

- Verdade - disse meu irmão apontando para Patrick, que estava sentando em um cadeira olhando distraidamente seu celular - Quem é ele?

- Meu chefe - disse.

- Chefe é - disse Fabrício abrindo um sorriso sacana - Um chefe com poderes especiais sobre seu funcionário.

- Cala a boca!

- Mas diz ai, o que vocês dois tem?

- Estamos nos conhecendo melhor - disse a ele.

- Hum! Depois tenho que falar com meu futuro cunhado - disse Fabrício - Tenho que mostrar para ele o que acontece com quem faz algo de errado com irmão meu.

- FABRÍCIO!!!

- Brincadeira mano!.

- Hum! Agora vou embora, pois preciso descansar, avisa para a mãe que eu volto amanhã cedo para visitar papai - disse.

- Ok, aviso sim - disse ele.

Voltei para onde Patrick estava, ele me olhou e se levantou na cadeira.

- Vamos embora? - perguntei.

- Vamos!

Ele foi dirigindo em seu carro e eu fui no meu, ao chegar em casa, nos dois colocamos o carro na garagem.

- Bom, Fernando, eu acho que já vou embora - disse ele.

- Não vai - por impulso eu pedi que ele ficasse - Fica aqui comigo, você já até colocou seu carro na garagem - disse mostrando o carro dele - E já esta tarde para você voltar para casa.

- Tá bem, vamos dormir - disse ele.

Eu peguei sua mão e o conduzi ao meu quarto. Tirei a roupa, ficando apenas de cueca e ele também fez o mesmo. E depois deitou-se na cama junto comigo. Nós já estávamos deitados a alguns minutos, já pensava que Patrick dormia, quando ele me chamou.

- Fernando!

- O que?

- Sabe o que eu quero? - disse ele.

- Fernando, seu safado, quem te viu quem te ver - disse virando para olhar ele - Querendo fazer sexo no meio da madrugada.

- Você me mata - disse ele gargalhando - Sexo até que cairia bem, mas eu quero é dormir de conchinha com você.

- E quem disse que eu dormir agora - disse subindo em cima dele e dando um selinho demorado nele - Eu quero outra coisa, um coisa que eu também sei que você quer.

- É, eu quero - ele me beijou.

CONTINUA???

Bom gente, esta semana ficarei sem postar nada, pois estarei viajando para a Casa de meus pais, mas na outra semana, prometo postar alguma coisa.

Kankuro Malfoy: Não, eu não vou sumir. Kkk.

Atheno: Calma rapaz, toda história tem começo, meio e fim.

CrisBR1: É sempre bom, ouvir uma crítica, até meu companheiro estava reclamando de minha escrita atual, disse que o conto estava muito vago e precisava de algo a mais. Detalhes entre outros.


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Comentários

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Amei o capítulo! Até agr ñ consegui ter confiança no Patrick!

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Adorei,olha e segura esse boy magia hein,ele é te de bom :) Continua

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Cada capítulo postado, me prendo cada vez mais. Mal posso esperar pra você postar mais um rsrs.

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ai Jesus ele apareceu *-* suma mesmo não esta ótimo

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Acho que o caminho é esse mesmo... Investir na aproximação dos dois, inclusive para que eu possa torcer por eles. rsrs Espero que consigo não demorar a postar. Abraço

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