Amor Incondicional ? 2°Fase Cap.18

Cap.18

Olhava para um, para outro, e via o mesmo tipo de rosto estampado neles. Um rosto de Quem é ele !?

- Marcelo, esse é Diego, meu ex namorado. Diego, esse é Marcelo, meu melhor amigo.

- Desde quando sou seu ex namorado ? Não lembro de termos terminado - a cara que Marcelo fez ao ouvir aquilo foi enigmática.

- Ficamos dois anos separados, sem trocar uma palavra e para você isso não significou o fim do relacionamento.

- Não... Porquê eu continuo apaixonado por você mesmo depois do tempo em que ficamos separados - dizia ele, aumentando ainda mais a minha confusão.

- Já vi que entrei de penetra no meio de vocês dois - falou ele, saindo rapidamente da mesa.

- Não, Marcelo ! - ele não me escutou.

- Foi esse o garoto que te fez me superar ?

- Não... Entende uma coisa Diego... Eu... Eu... Foi o tempo que me fez adormecer... Foi o tempo ! Agora me dê licença porquê eu tenho que ir atrás dele.

Sai correndo pela escola, a procura de Marcelo. Esse era o meu mal. Eu não gostava de deixar ninguém magoado por minha causa. Isso iria me corroer, caso seja necessário que eu tome uma decisão entre eles dois.

- Marcelo ? Onde você está ? Marcelo ? Vamos conversar Celo... - subi as escadas do teto rapidamente, e quando cheguei nele, a primeira pessoa que vi foi ele escorado na beirada - Marcelo !? - ele me olhou quando ouviu minha voz, e então continuou olhando o horizonte.

- Volte para o seu namorado !

- Ele não é o meu namorado !

- Como ele mesmo disse, vocês não terminaram...

- Mas ficamos muito tempo longe um do outro... - quando me aproximei, percebi que ele estava lagrimando - porquê estás chorando ?

- Porquê algo surgiu dentro de mim, por você... E eu não queria sofrer. Não de novo...

- Não fica assim. Não quero que chore por minha causa - falei, massageando os seus cabelos.

- Que história é essa ein ? De repente você aparece com um garoto que eu nunca tinha visto antes...

- Eu e ele namoramos um tempo. Ele foi o meu primeiro namorado. Estudavamos aqui já a um bom tempo. Certo dia o pai dele descobriu e o obrigou a sair da cidade. Eu gostava dele... Mas, com o passar dos meses o sentimento acabou adormecendo dentro de mim.

- Você ainda sente algo por ele ? - não consegui mentir. Eu sabia que sentia... - sabe o que mais me faz sofrer. Que chance tenho eu, que te conheço a menos de seis meses, contra um garoto que já tem uma história formada contigo. É como dizem, quem ama sofre. E muito...

- Mas espera, isso não significa que eu não sinta nada por você...

- Como assim ?

- Eu não sei... Mas você acelera o meu coração tanto quanto ele. Pode parecer cafonisse, mas é dessa forma que eu descubro se alguém mexe comigo ou não...

- Eu só te peço uma coisa Michel... Não minta para mim, nem omita nada, por favor. No momento em que eu não tiver mais chance, me avise. Eu não quero alimentar falsas esperanças. Não quero sofrer ! - falava, enquanto mais lágrimas caíam de seus olhos.

- Eu serei verdadeiro. Mas se você parar de chorar por minha causa

- Tá bom - circulava o olhar pelo terraço, até parar numa roseira que estava no canto do terraço. Fui até o mesmo e delicadamente extirpei a flor igualmente delicada. Entreguei a ele, que timidamente sorriu ao ver.

- Retribuindo o presente - falei, beijando o seu rosto. Vi seu rosto corar com o ato. É, eu estava confuso, não podia negar. Tinha sentimentos por duas pessoas.

MAIS TARDE

Estava saindo da escola quando uma voz me chama.

- Michel ? - me viro e vejo Diego vindo em minha direção.

- Oi...

- Posso te acompanhar até sua casa ?

- Tudo bem... - começamos a andar por alguns segundos em silêncio, até que ele quebra o gelo

- Você quer sorvete ?

- Sorvete, mas eu ? - e então ele me arrastou para dentro da sorveteria como fazia várias vezes enquanto éramos namorados - aí Diego, você sabe que eu sempre detestei quando você faz isso !

- Não reclame, você sempre gosta do que eu compro para você !

- Mas eu não queria sorvete...

- Ah, mas eu quero - falou, fazendo beiço.

- Você não mudou nada ein...

MINUTOS DEPOIS

Agora já com sorvete voltavamos para a minha casa. Não demorou muitos segundos para que ele falasse de novo.

- Você teve algo com aquele garoto ? - perguntou, chamando a minha atenção.

- Nada demais...

- Eu ainda faço seu coração acelerar ?

- Faz - isso foi o suficiente para ele se alegrar.

- Então eu não desistirei de te ter. Não vou ! - dizia, se alegrando e novamente assumindo a personalidade Diego de ser.

DIAS DEPOIS

Havia chegando o dia do acampamento de profissões. Seriam ao todo 5 dias em que ficaríamos num lugar afastado da cidade, e que eu não fazia a mínima idéia do que poderia acontecer. Os dois iriam, e agora, o que fazer ? Fui um dos primeiros a chegar no ponto de encontro. Havia terminado de arrumar a minha bagagem. Estava prestes a subir no ônibus quando olhei para um lado e vi Marcelo com uma mochila nas costas, trajando uma roupa bem casual, mas estilosa. Olhei no outro, e via Diego vir com uma mala de mão, com um óculos estiloso, uma regata meio largada e um short.

- Michel ! - os dois falaram ao mesmo tempo, dando um aperitivo do que seria aquela viagem.

Continua

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