Um Amor de Outra Vida (Parte - 06)

No dia seguinte a minha descoberta sobre Max era um fim de semana, estava em casa sozinho e tocam na porta, vou atender e era quem eu imaginava, Emma.

Como sempre ela foi logo me roubando um beijo.

Eu: Emma, foi bom você ter vindo, quero falar sério com você!

Ela: Ah, lá vem... Já sei o que é, vai pedir para eu me afastar?

Eu: O extremo oposto, quero tentar um relacionamento sério.

Ela: Eu não estou acreditando! Sério?

Eu: Sim!

Ela: Já estava na hora!

Ela se jogou em mim, me beijando, me acariciando, apertando meu pênis e não sou de ferro, transamos. Combinamos de sair a noite...

A noite havia chegado, fui buscá-la em casa e a gente foi no bar onde conheci o Max, estava havendo um show de uma banda, tava legal...

Sentamos em uma mesa.

Ela: Estou tão feliz!

Eu: Também estou.

Na medida do possível estava mesmo, finalmente estava superando a Mila, sabia que ela estava tendo uma nova vida e esperava de coração que fosse feliz, como eu também iria tentar!

Pedimos nossa bebida e ficamos conversando, a noite estava agradável, quando vejo Max entrando com um garoto...

Ele era alto, cabelo loiro mel, olhos claros e bem forte...

Max entrava rindo e puxando o garoto pela mão, ele também ria, pararam no bar e o garoto o abraçou por trás, falou algo em seu ouvido e ele riu empurrando-o.

Max com seu jeito menino de sempre, bebendo seu drink com canudinho e rindo, extrovertido...

Max ria quando me viu, o vi falando algo ao cara e logo após apontando para mim...

Droga, eles estavam vindo para cá!

Max parou com o cara em frente a nossa mesa. - Olá gente?

Eu: Oi Max!

Emma: Olá!

Max: Legal vê-los aqui! - Olhou para o cara. - Ethan esses são meus professores Sam e Emma. E gente esse é o Ethan.

Eu: Prazer Ethan!

Emma: Prazer!

Ethan: O prazer é meu.

Max: Bem, vou deixá-los sozinhos... Divirtam-se.

Eu: O mesmo digo a vocês.

Ele saiu puxando o tal do Ethan pela mão e foram para perto do palco, ficava vendo-os, Max com aquele jeito muleque dançava com ele rindo bastante, abraçava seu pescoço, pulava e eu só observava.

Emma ficava olhando a banda. - Vamos dançar um pouco?

Eu: Vamos.

Começamos a dançar, estávamos perto do Max e automaticamente ficamos dançando os 4, fizemos um círculo, eu, ele, Emma e o tal do Ethan.

Certo momento fiquei meio cansado e fui no bar pedir mais uma bebida, com um pouco Max aparece...

Ele: Legal nos escontrarmos aqui mais uma vez, não é mesmo?

Eu: Sim.

Ele: Fico feliz por vocês, ela é legal.

Eu: Feliz?

Ele: Sim, ela me contou que vocês estão namorando! - Percebia seu tom meio triste.

Eu: Sim, é verdade! E você e esse carinha?

Ele: Lembra aquele dia que meu tel tocou e minha mãe me falou para ir?

Eu: Sim.

Ele: O Ethan é um primo meu, ele veio passar uns dias, ela me chamou para falar dele!

Eu: Mas eu vejo o jeito que ele te olha, acho que quer mais!

Ele: Sim, ele quer ficar comigo, mas não sei, tenho certas dúvidas!

Eu: Hum... Como assim?

Ele: Não sei. - Fez uma careta.

Eu: Fica Max, tenta!

Ele: Se eu te falar uma coisa, promete não rir de mim?

Eu: Claro, pode falar!

Ele: Algo me prende, eu ainda sou virgem.

Eu: Sério?

Ele: Sim. E não quero ficar com alguém só por sexo...

Eu: Mas você pode chegar a gostar dele!

Ele: Acho meio difícil, ele sempre foi à fim de mim... Desde nossa pré-adolescencia.

Eu: Ah, então não é de hoje?

Ele: Não mesmo!

Emma e Ethan apareceram, ela foi me abraçando e beijando e quando me soltou pude perceber um olhar triste dele.

Ele: Ethan vamos sair?

Ethan: Para onde?

Ele: Nenhum lugar, sair sem rumo, andar por aí.

Ethan: Vamos.

Olhei eles saindo, com um tempo saí dalí com Emma e todos já sabem o que aconteceu...

Alguns dias se passaram com tudo igual, eu com Emma, na universidade, Max nos vendo e triste...

Eu não sabia o que fazer mas não podia acabar com ela só por causa dele, talvez com um tempo ele acostumasse.

O via nos lugares com o primo também, só não sei se ele resolveu dá-lo uma chance ou não, porque se afastou de mim, creio que para tentar de alguma forma me esquecer, mesmo sempre nos vendo, pois sou seu professor.

Naquele dia estávamos na universidade, Max havia acabado de chegar, parou um pouco fazendo uma careta...

Eu: Está sentindo algo?

Ele: Só dor de barriga, a alguns dias estou assim, acho que comi algo estragado!

Foi para o fim da sala.

A aula estava correndo e eu prestando atenção nele, Max não prestava atenção, estava pálido e estranho, levantou e ia saindo quando passou por mim caiu no chão pegando na barriga e se contorcendo de dor...

Eu: Max, você está bem?

Ele: Não, estou sentindo uma dor insuportável!

Peguei nele e estava quente.

Eu: Vem, vou levá-lo a enfermaria.

Quando ele ficou em pé ia caindo novamente. - Não consigo ficar em pé, dói demais.

Eu: Como é a dor?

Ele: Do lado direito.

Eu: É melhor ir direto ao hospital, se for o que estou pensando! - E era mesmo.

O peguei nos braços e fui levando-o, o coloquei no banco e fomos...

Chegando ao hospital o levaram, fiquei com o cel e liguei para seus pais, com um tempo o médico veio me dizer que ele estava com apendicite e tinha que fazer uma cirurgia, seus pais apareceram...

Passei a tarde toda alí com eles...

A mãe dele veio falar comigo. - Se quiser pode ir para casa!

Eu: Não, quero vê-lo!

Ela: Obrigado por socorrer meu filho!

Eu: Não precisa agradecer, gosto muito dele!

Ela: A alguns dias vem sentindo essas dores mas nunca pensei ser apendicite, nem ele. Desculpe estou tão preocupada que nem me apresentei, Brittany...

Eu: Sam. - Demos as mãos.

O pai dele vinha com um copinho de água. - Teddy.

Eu repiti. - Sam.

De repente Ethan entra como um louco. - Como ele está?

Ela: Em cirurgia.

Ethan: Estava visitando uns amigos, obrigado por me avisar tia.

Ela: O importante é que você está aqui.

A noite ele já estava em um quarto e podiamos vê-lo.

Depois dos pais dele e Ethan irem, eu pude finalmente vê-lo, ele já havia acordado.

Abri a porta e ele me olhou...

Me aproximei. - Como você está?

Ele me olhava estranho. - Bem.

Eu: Fiquei preocupado!

Ele: Obrigado.

Eu: Algum problema?

Ele: Se te contar você vai achar estranho!

Eu: Não vou, pode contar!

Ele: Enquanto durmia, quando fui sedado, tive um sonho, com você!

Eu: Comigo?

Ele: Nós estavamos em um AP, nele tinham instrumentos musicais, livros, objetos espalados e ele era branco, tinha uma sacada enorme, nós estávamos nos beijando e você dizia que me ama. Era tão real, parecia mais uma lembrança.

Era realmente uma lembrança, mas não quis falar para ele.

Eu: Foi só um sonho por causa da anestesia!

Ele: Pode ser.

Eu: Como estão as coisas com Ethan?

Ele: Estamos namorando, resolvi dá-lo uma chance.

Eu: Legal.

Ele: Vou sair da universidade.

Eu: O quê? Porque?

Ele: Ethan quer me levar com ele, mamãe apóia, vou estudar em outra universidade, transferir o curso!

Aquilo foi uma surpresa para mim, o que sentir? Pensar? Não podia raciocinar naquele momento!

Ele iria para longe, Mila iria para longe, como assim?

Ele: O que me diz?

Eu: Sobre o quê?

Ele: O que sente quanto a isso?

Não respondi.

Ele: Sam, eu posso me entregar a ele, ir embora, ter uma vida longe, só quero que você diga se é isso mesmo que quer, se não sente nada mesmo por mim. Se disser que é isso que quer, então eu vou, me afasto, vou embora e talvez nunca mais nos vejamos... O que me diz?

Eu fiquei inerte, calado, olhando-o completamente perdido. Não estava preparado para uma relação homossexual, mas minha alma não estava pronta para perdê-lo.

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É isso gente...

Beijokas 💋💋