Comum & Extraordinário - Capítulo 12

Algumas horas já haviam se passado desde o meu repentino encontro com Caio. Bem, na verdade o repentino encontro dele comigo, já que eu estava em minha cama e ele veio me procurar. Mas apesar dessa minha indagação, eu ainda o sentia dentro de mim. Aquela sensação de me sentir um pouco desconfortável ao sentar ainda me rondava, e eu fazia o máximo para disfarçar aquilo, até porque, eu estava na sala com meus pais assistindo a novela das nove. Eles estavam sentados no sofá maior e eu estava deitado no de dois lugares, com minhas pernas esticadas. Quando Cora planejava mais uma das suas, sinto meu celular vibrar em meu bolso. Ainda prestando atenção na novela, atendo sem ver que era.

- Rainha da Babilônia, como a senhora está? - Era o Matheus, e ele parecia muito animado.

- Eu estou bem, e a senhora? - Digo e percebo meus pais olharem para mim. - O que deseja, Princesa de Escócia? - Eu havia me levantando e ido para a cozinha.

- Liguei para fazer um convite. A Carol já aceitou... E sim, eu liguei primeiro para a peituda porque eu sabia que ela toparia logo de cara.

- E qual convite seria esse?

- Bem, na verdade não é um convite, e sim uma intimação, porque se a senhora não aceitar, vou sambar de salto agulha na sua cara.

- Que horror! - Eu começo a rir.

- Mas é o seguinte. As dez e meia eu passo na sua casa para te pegar. Vamos a uma boate hoje, ferver um pouco. Estou precisando dançar e perder mais um pouco de minha dignidade.

- Matheus, meus pais não vão me deixar sair...

- Querida, estar comigo é estar com Deus. Além do mais, a Carol vai, então...

- Tudo bem. Vou ver o que faço aqui e depois de mando uma mensagem confirmando ou não.

- Se você desistir eu vou chamar a Gaganás para te derrubar.

- Ai... Tudo bem. Vou conversar com meus pais.

- Até daqui a pouco viado.

- Até...

Desligo o telefone e volto para a sala de televisão. Meus pais estavam tão compenetrados nos escândalos de Theo Pereira que quase desisti de os chamar.

- Posso perguntar uma coisa? - Volto a me sentar no sofá.

- Sim meu filho... - Minha mãe nem olha para mim. - Credo, que personagem horrível esse Paulo Betti está interpretando. Muito forçado. Não existe gay desse jeito, pelo amor de Deus. - Ela disse quando o jornalista armava mais uma das suas.

- Até aquele personagem do Ailton Graça é mais natural. - Sim, meus pais são noveleiros desde sempre.

- Posso falar? - Pergunto novamente.

- Claro que sim... - Meu pai diz.

- Me chamaram para ir a uma Boate... A Carol e um amigo meu também vão...

- Claro meu filho, pode ir... - Meu pai havia deixado sem ao menos questionar.

- Oi?

- Querido, a gente confia em você, e além do mais, seu pai acabou me convencendo. Você está novo e tem que aproveitar a vida agora, tem que errar agora, porque daqui a pouco as responsabilidades começam a aparecer e você terá que lidar com elas. - Essa não era a minha mãe.

- Ok... - Eu digo ao estranhar o que eles diziam.

- Não fomos abduzidos meu filho, só estamos te dando espaço, só isso. - Meu pai olha para mim.

- Só não chegue bêbado em casa... - Minha mãe comenta.

- Ou seja preso... - Meu pai completa.

- Tudo bem... Então eu vou subir, tomar meu banho e me arrumar.

Eu subo as escadas a medida que mando uma mensagem para o Matheus, confirmando a minha ida. Ele me responde dizendo que irá levar um par de roupas para que eu possa vestir, e como eu sabia que argumentar com ele seria em vão, apenas concordei. Quando cheguei no meu quarto, arrumei algumas coisas que estavam fora do lugar e coloquei meu computador para desligar, o que demorou uma eternidade, e isso é um saco. Depois de tudo pronto, fui tomar meu banho. Não demorei muito debaixo d’água, apenas o necessário. Quando saí, vesti uma cueca preta mais justa e voltei a enrolar a toalha na minha cintura, e assim que olho para a porta, Matheus e Carol estavam parados ali, me observando.

- Eu vi tudo! - Matheus ri junto com Carol e os dois entram em meu quarto. - Seu pai abriu a porta para a gente... Quer ter um irmão? - Ele diz em expectativa. - Porque eu adoraria ter um pai daquele...

- Sossegue seu facho Matheus. - Eu sorrio para ele.

- Enfim bicha. Eu trouxe sua roupa. Vamos de gêmeas Olsen hoje.

Matheus me entrega uma sacola grande e eu a abro. A primeira peça que vi foi um jeans preto. Peguei a calça, me afastei um pouco deles até estar praticamente dentro do meu guarda roupa e a vesti. A calça ficou justa no meu corpo, mas não apertada de mais a ponto de eu nem conseguir me sentar. Voltei até a sacola e peguei uma peça na cor azul royal. Quando abri, vi que era uma daquelas camisetas cavadas, mais largas e abertas, estilo aquelas que alguns caras que frequentam a academia usam, só que essa era muito mais bonita. Era lisa, apenas no azul.

Visto a peça e me olho no espelho. Quase se podia ver meus mamilos com aquilo, e eu não tinha certeza se deveria usar.

- Dá para ver meus mamilos... - Eu ainda olhava no espelho.

- Se cu que dá. - Carol diz.

- Bicha, a senhora está gatona, igual a mim. - Diz Matheus ao ficar do meu lado no espelho.

Ele vestia praticamente as mesmas peças que eu. Matheus usava um jeans azul escuro e a mesma camisa que havia me emprestado, só que na cor verde claro. Em seus pés estavam um par de coturnos incríveis. Ele realmente sabia como se vestir.

- Não disse que íamos de Gêmeas Olsen hoje... O se coturno também está na sacola. Vamos arrasar.

Depois de eu estar pronto, descemos as escadas. Carol estava no meio de nos dois. Assim que meus pais me viram, não falaram nada, apenas sorriram para todos nos. Me despedi deles, assim como Matheus e Carol e então saímos. Na porta da minha casa havia um SUV preto estacionado, e aquele carro era provavelmente do Matheus.

- Você não é nem um pouco discreto né. - Eu digo ao entrar sorrindo naquele carro enorme.

- Nunca fui querida.

Já estávamos na estrada há quase vinte minutos, e ainda não havíamos chegado ao tal local. De repente eu me lembro de um compromisso que eu havia marcado com Caio mais cedo e resolvo ligar para ele. Ele atende no segundo toque.

- Jonathan... - Eu sabia que ele estava sorrindo. - Que bom que você ligou. Vamos ter que desmarcar nossos planos para hoje a noite, me desculpa... - Ele realmente parecia lamentar.

- Por quê?

- Eu vou ter que planejar as aulas da próxima semana, e isso é mais complicado do que eu pensei.

- Eu também liguei para desmarcar... Estou indo a uma Boate com a Carol e com o Matheus.

- Sério? Você já foi alguma vez?

- Não... - Eu sorrio em expectativa.

- Só não deixe os caras ficarem passando e mão em você... E não beba muito...

- Pode deixar...

- Manda um abraço para eles para mim... Agora vou ter que desligar. Ainda tenho que criar um cronograma de aulas e de distribuição de pontos na etapa. Em que eu fui me meter... - Ele parecia cansado.

- Boa sorte para você... Até mais...

- Até...

- Era meu irmão? - Carol pergunta ao se virar para trás, e quando balancei a cabeça, ela fez outra pergunta. - O que ele queria hein Jonathan? - Eu percebia o sorriso no resto dela.

- Desmarcar um compromisso que tínhamos marcado para hoje...

- Sei...

- Parem de tricotar sobre o Caio vocês duas. Vou acabar ficando com inveja. - Matheus sorri.

Algum tempo depois, chegamos ao local que Matheus havia falado. O lugar era enorme. Do lado de fora havia uma fila quilométrica para entrar. Matheus estaciona o carro do outro lado da rua e então atravessamos. Quando ele foi direito para a portaria, eu me assustei, afinal, estávamos furando fila. Ele chegou perto do segurança, conversou algo com ele e então nos chamou. Passamos na frente enquanto todos os outros reclamavam.

- O que você disse para ele? - Eu pergunto.

- O que eu prometi para ele, no caso... - Seu sorriso era malicioso.

- O que a senhora fez? - Pergunta a Carol.

- Querida, estou pensando agora no que eu farei com aquele negão maravilhoso amanhã. Não atrapalhe minha mente mirabolante...

E foi nesse clima descontraído que entramos. Assim que abrimos as portas, o barulho da musica invadiu meus ouvidos. Tocava 7/11 da Beyoncé, e olhando para pista, se podia ver que todos estavam se divertindo ao som da música, imitando a coreografia. Sorrio para tudo aquilo e acompanho os dois a minha frente. Era muito novo para mim. Eu nunca havia entrado em um lugar como esse, mas logo de cara eu me apaixonei. Pessoas sorrindo, dançando, bebendo, conversando, se pegando. Alguns estavam descamisados, outros apenas de cueca. Aquilo era uma loucura.

- Eu vou deixar vocês duas sozinhas e ir procurar um hetero para mim. - Carol já estava toda rebolativa. - Eu sou persistente, sei que vou encontrar pelo menos um, eu sei... - E assim ela nos deixou.

- Está gostando? - Pergunta o Matheus ao se virar para mim.

- Estou amando... - Eu olhava maravilhado para tudo aquilo.

- Eu sabia que a senhora iria gostar. Agora vamos procurar um jeito de nos divertimos por aqui. - Diz Matheus ao se aproximar do bar. - Vou querer uma Vodka com suco de laranja, por favor! - Ele praticamente grita para o barman. - Vai querer o que? - Ele e pergunta.

- Apenas um energético... - Digo enquanto olhava para o local, maravilhado com as luzes e com o som.

- E um energético, por favor! - Ele grita mais uma vez.

Depois de termos bebido o que pedimos, fomos para a pista de dança. Pode parecer mentira, mas eu não estava com vergonha. Eu queria aproveitar aquela experiência nova sem me importar se eu estava dançando bem ou não.

Quando começa a tocar ‘Controversy’ da Natalia Kills, Matheus e eu começamos a dançar. Eu fazia ali o que eu queria, eu dançava da forma que eu queria, e eu estava me divertindo, eu realmente estava. Nos sorríamos um para o outro a medida que nos movemos. Eu me mexia, rodava, pulava, rodava novamente, e para mim, eu estava arrasando com aquilo. O Matheus ria, mas eu sabia que ele não se importava com a forma que eu dançava, tanto não se importava que passou a se mover loucamente igual a mim. E assim passamos nossos primeiros trinta minutos ali, dançando no meio de todo mundo como se nada mais importasse. Resolvemos então voltar para o bar e pedir mais alguma coisa.

- Vai querer outro energético? - Ele me pergunta depois de ter pedido outra Vodka, mas dessa vez com suco de amora.

- Vou sim...

Matheus e eu estávamos sentados no bar conversando e rindo dos outros que faziam palhaçadas na pista de dança quando alguém passa e derruba toda a sua bebida em minha camisa, me deixando com aquele cheiro horrível. Eu não sabia qual bebida era aquela, mas ela fedia de mais. Quando me viro para trás, uma surpresa, era o Thallison.

- Olha quem está aqui, as duas namoradinhas... - Ele debochava enquanto eu me preocupava com minha camisa molhada.

- Se não é a puta mor... - Matheus se levanta. - Já não basta o aprendiz de satanás nos incomodar na escola, ainda tem que aparecer por aqui. Acho que fui Judas na outra vida e agora estou pagando pela minha traição maior, porque olha...

- Me desculpa... Não foi a minha intenção derrubar minha bebida barata em você. Foi mal... - Ele ria da minha cara.

- Sim, a gente entende. Assim como não é sua intenção ser um vigarista e um filho da puta. - Matheus parecia possesso e disposto a partir para cima de Thallison, mas eu o segurei.

- Que medinho... - Thallison sai de perto de nos enquanto zombava da gente.

- Porque a senhora não me deixou unhar a cara daquela rapariga? - Matheus se recompunha.

- Porque se não seríamos expulsos, e eu não estou a fim de ir embora... O que é dele está guardado... - Eu olho para minha camisa... - O que eu faço?

- Tira, oras...

- Ficar sem camisa aqui? Você é doido? - Eu pergunto.

- Lógico que não Rainha da Inglaterra. Olha para os lados, tem um monte de gente sem camisa... Vamos mostrar os mamilos e a barriguinha lisa que a senhora tem.

- Eu não...

- Jonathan, você está com tudo em cima querida. Só não te pego porque não sou lésbica. - Ele começa a rir.

- Lésbica? - Pergunto.

- Sim querida. Para mim, amigos são como mulheres, eu não pego nunca.

- Que horror.

- Agora levanta os braços.

- O que? Para que?

- Levanta. - Eu faço o que ele pede, e assim que levanto meus braços, ele tira a minha camisa, me deixando exposto na frente de todo mundo. - Bem melhor. Pelo menos a senhora não vai ficar fedendo de bebida.

- Matheus! - Eu repreendo ele.

- Confia em mim. A senhora está muito bem assim.

E cá estava eu, apenas de calça e coturno na frente de todo mundo. Depois de um tempo com os braços cruzados enquanto Matheus me olhava com a cara séria, resolvo deixar aquilo tudo para lá. Assim que deixo a neura de lado, ele volta a me puxar para a pista de dança ao som de ‘Opulence’ da Brooke Candy. Dessa vez eu me soltava ainda mais, e realmente, eu recebia vários olhares, assim como Matheus, que sorria a todo o instante. Enquanto dançávamos, eu observava Thallison no bar. Ele estava sentado em um dos bancos olhando para um casal de homens que dançava perto dele. Deu para perceber que ele estava muito interessando nos dois caras que dançavam e se beijavam ao mesmo tempo. O vejo se levantar e ir em direção a eles, mas assim que ele chaga perto, os homens não fazem nem questão de o olhar. Sorrio quando o vejo voltar para o mesmo lugar, injuriado.

- Quer ser puta comigo ou eu vou ser sozinha? - Eu pergunto para o Matheus enquanto ainda dançávamos.

- O que a senhora está aprontando nessa sua cabecinha?

- Eu não disse que o que é do Thallison está guardado? Então. Ele acabou de ser rejeitado por dois caras e ficou puto com isso.

- Bem feito para aquela meretriz da Babilônia... E o que a senhora está tramando?

- Eu não sei se vou conseguir, mas eu quero ficar com pelo menos um dos caras.

- Puta! - Matheus grita e depois gargalha.

- Eu sei... - Eu estava um pouco sem graça com a minha própria atitude.

- Quando eu te chamo de puta não é uma ofensa querida. É uma forma carinhosa de tratar meus amigos... - Ele sorria.

- Eu sei Matheus. - Eu sorrio para ele. - Eu só não estou tão seguro do que o Thallison possa fazer contra mim...

- Querida, a situação já está feia, pior não fica. Seja linda, diva, vá lá e arrase... - Ele olha para os lados. - Cadê os boys?

- São aqueles ali... - Eu aponto para dois caras mais novos, provavelmente da nossa idade, dançando.

- Ai, eu não gosto de homens novinhos. Pode ir a senhora. Vou ficar te esperando. Boa sorte puta. - Ele ri mais uma vez.

E lá vou eu. Eu não havia pensando no que fazer ou no que deixar de fazer. Apenas chegaria perto deles, dançando. Se eu fosse dispensando, ótimo, mais uma experiência negativa para meu currículo da vida. Quando eu estava chegando perto de um deles, passando por Thallison, o filho de uma égua coloca o pé na minha frente, me fazendo cair, só que ao invés de ir de cara no chão, um dos rapazes que Thallison queria me segura, sorrindo para mim. Olho para o lado e Thallison ria da minha cara.

- Me desculpa... - Eu peço ao olhar para o cara oriental que havia me segurado.

- Não precisa se desculpar lindo... - Ele sorri para mim mais uma vez.

- Acho melhor eu ir. Seu namorado deve estar voltando... - Eu confesso que parte de tudo aquilo que eu dizia era falsa ingenuidade. - Ele não vai gostar de me ver aqui... - Eu olhava para baixo fingindo vergonha.

- Quanto a isso, não se preocupe, ele vai gostar de você também...

E ele me beija ao som de ‘Partition’. Puta que pariu. Eu não acredito que estava fazendo aquilo. Eu sabia que o cara namorava e eu estava o beijando. Nada contra quem faz isso, afinal de contas, cada um com seu cada qual, sem julgamentos, mas isso não era a mim. Além do mais, o beijo não havia me agradado. Sim, eu só havia beijado dois caras e não tinha muito com o que comparar, mas eu o beijaria apenas para fazer raiva no Thallison. Quando eu sinto alguém segurar minha cintura, paro o beijo e olho para trás. Era o namorado do oriental. O cara era um belo moreno de traços fortes, provavelmente de algum país sul-americano. Seu sorriso era incrível. Ele olha para o parceiro, que me cede a ele, e então me beija. Ao contrário do Oriental, ele beijava bem, mas não tão bem quanto eu esperava. Foi então que eu percebi que o fato de eu não ter gostado era devido a idade deles. Eles eram novos, quase da minha idade, e parecia que eu realmente gostava de caras mais velhos, mas eu não perderia a oportunidade de esfregar tudo aquilo na cara do Thallison nunca.

Depois de beijar aqueles caras por mais alguns minutos e dançar algumas músicas com eles, eles me fazem uma proposta completamente indecente, mas tentadora.

- O que você acha de sair daqui com a gente? - O moreno me pergunta.

- Eu não posso... - Digo enquanto sentia o oriental se relar em mim.

- Por que não? - O oriental me pergunta.

- Meus amigos me matariam se eu não voltasse com eles... Me desculpa...

- Você me olhando com essa cara, eu lhe desculpo até pelo que você ainda irá fazer no futuro... - O moreno sorri para mim. Ele era o mais simpático dos dois.

- Me desculpa, eu tenho que ir... - Eu digo depois que os dois estavam parados na minha frente. - Mas muito obrigado... - Eu sorrio para eles e então os deixo.

Caminho com um sorriso enorme no rosto. Era uma caminhada da vitória. Assim que paço por Thallison, ele segura meu pulso com força e me puxa, me encarando com ódio nos olhos.

- Você não sabe com quem está se metendo. - Ele praticamente grita.

- E eu digo o mesmo para você. - Resolvo me impor.

- Você acha que pode me humilhar assim que eu vou deixar barato? Você está enganado. Vou acabar com você.

- Thallison, você não me conhece, então eu vou lhe dizer apenas uma coisa. Não me provoque, porque você não sabe do que sou capaz de fazer para me proteger. - Eu era firme com minhas palavras.

- Eu não tenho medo de uma donzela indefesa como você. Não passa de uma puta arrombada.

- Thallison, querido... - Eu sorrio para ele. - Eu não sou você... Agora me solta. Estou com medo de pegar gonorreia ou coisa pior. - Puxo meu braço com força e me solto.

- Eu vou te matar seu viaidinho miserável! Espere para ver! - Ele grita na minha cara, a poucos centímetros de mim.

- Você pode até tentar, mas eu te dou um conselho... Tenha certeza de que estarei morto, porque se abrir os olhos, quem foderá com sua vida será eu. Agora me dá licença, tenho que ocupar minha vida com algo realmente interessante.

Eu saí de perto dele me sentindo um pouco estranho, eu confesso, mas eu não iria me deixar levar por tudo o que ele havia me dito. Eu não o conheço, ou seja, não sei do que ele é capaz, mas eu não sou uma donzela frágil que precisa de um homem para me defender. Posso muito bem cuidar de mim mesmo, e disso eu tenho certeza. Então eu espero que ele realmente tente cumprir suas promessas, porque aí sim eu terei bons motivos para finalmente explodir com ele.

Finalmente encontro Matheus, que estava no bar com a Carol. Conto tudo o que havia acontecido para eles e o Matheus pede para que eu tenha cuidado com o Thallison e eu tenho certeza que eu faria isso. Depois de tudo passado, voltamos para a pista de dança os três. Dançamos juntos por muito tempo. Suamos, rimos, dançamos, conversamos, falamos dos outros. Tudo estava incrível para mim, e eu poderia passar horas ali com eles, com meus irmãos, porque era isso que eles eram para mim, até mesmo o Matheus, que apesar de nos conhecermos a muito pouco tempo, eu sentia como se ele fosse meu amigo há dez anos, e isso era incrível.

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Bem, depois do capítulo de hoje, espero que estejam ansioso por tudo o que Jonathan ainda tem a mostrar no conto, porque é muita coisa. O Jonathan não gostou muito do que eu fiz com o personagem (O Jonathan de verdade, no caso), mas eu me recusei a fazer mais um personagem gay indefeso que precisa ser salvo de um castelo em chamas porque não sabe se defender sozinho, então já viram né, o Jonathan da história não é apenas mais um, ele é corajoso e nunca abaixa a cabeça... Mas em fim. Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, porque eu amei, assim como amo todos os outros.

Ai, mal vejo a hora de vocês conhecerem todos os outros personagens, inclusive um em especial, o Carlos... O Jonathan direito brinca comigo falando que o Rodrigo é dele, e eu falo que ele pode ficar a vontade, porque o Carlos é meu de qualquer forma, então... Rsrsrsrsrsrs.

Bem gente, no mais, fiquem bem. Um abração e um beijão para todos.


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Comentários

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18/07/2015 15:02:54
Ri muito com a proposta de menage a trois. Hahaha. Fico feliz de o Jonathan ter colocado a jararaca do Thalisson no chinelo e o melhor, sozinho, sem precisar de ajuda. Chega de clichês! Babilônia está prestes a dar lugar para A Regra do Jogo e os pais do Jonathan ainda estão assistindo Império? Hahahaha. Tão atrasados. Bom, deixo aqui meu dez para mais um excelente capítulo
16/07/2015 15:43:50
Eu amo os personagens e as personalidades que vocês criaram pra eles, os contos da CDC são bons, mas então ficando muito repetitivos e clichês...
16/07/2015 14:54:48
Legal
16/07/2015 13:30:41
D+. Gostei da forma que vcs criaram o Matheus e o Jonathan, ambos com personalidade fortes e que não têm medo de se impor e que tb sabe bater, o que pelo visto os que os subestimam irão aprender, ainda mais que junto com a Carol tb são inteligentes, o que significa que eles são adeptos do ditado de que a vingança é um prato que se come frio e pelas beiradas e o Thalisson que se cuide com suas atitudes bossais. Bjs
16/07/2015 08:49:32
O conto está maravilhoso. Ansioso pela próxima parte.


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