Boa noite caros leitores, realmente queria ter visto essa era de ouro da CDC, sabemos que sempre haverá os que não entendem ou não apreciam uma boa leitura, aqueles que querem a ler a putaria nua e crua, até gosto, mas um erotismo envolvido com uma trama é sempre mais interessante, instiga a nossa mente e nos envolve com as personagens, sentimos mais intimamente as cenas e descrições. Eu poderia escrever simples contos de putaria sem um romance, como até a própria CDC deixa subentendido “se quer escrever um romance vai para o site tal...”, mas se um romance já é prazeroso, um romance erótico é bem mais. Pode demorar uns capítulos para rolar algo mais quente, mas quando rola nos excitamos já no primeiro parágrafo. Boa leitura a todos e qualquer dúvida, deixem nos comentários que terei o maior prazer de responder. Boa noite e até amanhã. Sz
6 A Distância Não Apaga
Acordei no dia seguinte com uma disposição inacreditável. Fazendo uma comparação boba, é como se meu mundo preto e branco tornara-se colorido. Mandei uma mensagem de bom dia para ele ainda na cama, mas sabia que ele não responderia, pois não era nem 7h da manhã.
Após minha higiene matinal, me arrumei e sai para a autoescola. Fui o primeiro a chegar, e como sempre, peguei meu livro e fui lendo até começar a aula. A turma foi chegando seguido da instrutora, minutos depois chega um garoto, nunca o vi antes então era aluno novo. Dito e feito. Ele se apresentou: Bernardo o nome dele. Era bonito, parecia ter pouco mais de 1.70m, branco e uma barba por fazer, cabelos negros com uma franja de lado. Ele estava no 3º período de medicina em uma faculdade particular daqui, o que causou suspiros e a admiração de todos da sala. Ignorei o alvoroço e continuei minha atenção no vídeo que assistíamos.
Ao fim da aula fui o último a sair. Sempre fui lento para guardar minhas coisas. Na verdade gostava de fazer as coisas com calma. Terminava de fechar minha bolsa quando meu celular toca, era Nick.
– Amor, já saiu da aula?
– Já sim Nick, está tudo bem?
– Está sim, queria saber se não gostaria de almoçar comigo hoje?
– Agora? Onde?
– Vem aqui em casa, vou preparar algo pra nós, pode ser?
– Claro, daqui a 15 minutos eu chego ai.
– Ok, eu estou te esperando.
– Nick, espera... – disse pensativo. – E a sua mãe?
– Não se preocupe, ela está no trabalho, só chegará à noite, ok?
– Ok, até.
Desliguei. Eu estava feliz com o convite, apesar de não me sentir muito confortável de voltar lá, mas por ele eu faria qualquer coisa. Eu já ia saindo da sala quando esbarro com Bernardo. Sempre andei distraído então nem fiz muito caso, apenas pedi desculpas.
– Opa, desculpa ai Bernardo. – disse sorrindo.
– Está tudo bem, esqueci minha apostila na mesa. - Falou ele entrando na sala.
– Ok, eu vou indo nessa, falou. – disse indo embora.
Peguei o ônibus até o prédio de Nick e interfone para ele avisando que já estava na portaria. Segundos depois o portão foi aberto, subi e fui recepcionado por ele já na porta do elevador.
– Queria tanto te ver – disse ele me puxando para dentro do apartamento.
– Eu mais ainda, fiquei surpreso com seu convite...
Mal terminei a frase, ele fechou a porta e me roubou um beijo, lento, mas intenso. Prendendo-me contra a porta, sentia seu corpo me pressionando. Segurei seus braços, o girei e agora eu o prendia contra a porta. Beijava sua boca como se fosse a última coisa que eu iria fazer na vida. Desci e fui beijando seu pescoço, sentia seu cheiro suave. Subi com a língua deslizando pelo seu pescoço até a sua orelha, ele gemeu baixo e senti seus braços arrepiarem. Voltei a beijá-lo. Segurei sua mão e fui passando-a pelo meu peitoral, descendo, o fazendo sentir os gomos da minha barriga, quando chegou ao volume ele deu um leve aperto. Parou o beijo com um selinho, e olhou para mim.
– Animado como sempre. – disse ele sussurrando.
– E a culpa disso é sua. – disse me aproximando de seu ouvido.
– Agora chega, vamos almoçar - falou ele saindo dos meus braços caminhando para a cozinha.
– Ah, você me excita e vai me deixar assim? – perguntei segurando novamente em seus braços e o prendendo contra a parede.
– Vamos almoçar e depois pensarei no seu caso. – disse ele sorrindo.
Fiz uma cara de cachorro pidão, mas ele nem deu bola. O cheiro na cozinha estava muito bom. Ele preparou os pratos na mesa da cozinha mesmo, me sentei em quanto ele finalizava os pratos.
– Aqui está. – disse ele me servindo. - Escondidinho de carne moída.
– Nossa se o cheiro está bom assim, e foi feito por você, então imagine como deve estar o sabor. – falei admirando seu dom culinário.
– Não imagine, coma. – disse ele rindo.
– Já sabe o que eu prefiro comer. – disse com um sorriso malicioso.
– Para com isso, vamos comer. – disse ele já vermelho de vergonha.
O almoço realmente estava muito bom. Conversamos sobre muitas coisas durante a refeição. Contei sobre minha família e ele sobre a dele. Falamos sobre música e ele tentar me ajudar no violão. Assim o papo foi fluindo. Eu acabei de comer o terceiro prato, e ainda queria mais, mas já havia raspado a travessa. Como muito e somado a ele ser um talento na cozinha resultou nisso.
– Nossa, pensei que não pararia de comer.
– Sou magro de ruim. – disse mostrando a barriga e sorrindo.
– Eu comeria mais, mas acabou, estava muito bom mesmo Nick.
– Fiz especialmente para você.
– Bonito, inteligente, engraçado, fofo, sabe cozinhar, toca violão... Eu peço para você casar comigo ontem ou agora? – disse me ajoelhando e segurando sua mão.
– Para amor, está me deixando com vergonha. – disse ele vermelho.
– Nunca falei tão serio na minha vida, sei que não tem nem dois dias que descobrimos os sentimentos um pelo outro, mas não quero ficar longe de você nem um segundo. O que eu sinto é tão forte, você me devolveu a alegria que eu não sentia há muito tempo. Se fosse antes e com qualquer outra pessoa eu não faria o que estou prestes a fazer, mas não preciso tirar mais duvidas de que é você que eu quero para o resto da minha vida.
– Você está falando sério? – disse ele com um mega sorriso no rosto.
– Nicholas, você aceita namorar comigo?
– Nem se eu quisesse não conseguiria dizer não. Lógico que eu quero meu amor. – disse ele me levantando com um beijo cinematográfico.
– Vou te fazer a pessoa mais feliz do mundo. – falei em seu ouvido.
– Você é meu mundo – disse ele bem baixinho.
Os beijos se intensificaram, peguei-o no colo e o levei para seu quarto. Fechei a porta com o pé e o coloquei na cama com todo o cuidado. Tornei a beijá-lo, agora mais suavemente, aproveitava cada segundo dos beijos. Suas mãos deslizavam em minhas costas enquanto as minhas: uma segurava sua cabeça e a outra deslizava sobre seu corpo.
Lentamente fui retirando sua camisa, ele estava lindo, me levantei e comecei a subir a camisa, fazendo um lento strip-tease. Retirei a camisa, rodei-a no ar e joguei para ele, ele deu uma risada gostosa de ouvir. Desabotoei a calça e a baixei o zíper, o volume já estava marcante e ele não tirava os olhos.
Abaixei lentamente a calça, eu estava com uma cueca CK vermelha com detalhes em azul claro. A marca da minha excitação era gritante com uma pequena área molhada do liquido pré-gozo, Nick ainda olhava em um estado de transe. Me aproximei dele, ele ficara com o rosto bem próximo ao meu dote, ele olhou para mim.
– Nunca fiz nada disso, você sabe. – disse ele com uma voz doce.
– Amor se você quiser ir mais devagar eu entendo não se preocupe. Quero que seja tão perfeito para você quanto será para mim. – falei enquanto acariciava seu rosto.
– Muito obrigado amor, não se preocupe, pois vai acontecer. – disse ele. – Mas tenho medo, é meio grande demais, tem quantos centímetros? – completou brincando.
– Relaxa, você é meu namorado, tenho a vida inteira para isso... E amor nem é tudo isso, tem 20 cm. – falei dando uma pegada no volume.
– Lógico que é. – disse ele olhando minha excitação.
– Já que você ainda não está pronto, eu posso fazer uma coisa então? – disse malicioso.
– Claro amor – assentiu ele.
Abaixei-me e arranquei um beijo intenso de sua boca, enquanto o beijava fui desabotoando sua bermuda e a retirei bem devagar, ele estava com uma cueca azul marinho, parei o beijo com um selinho.
– Você confia em mim? – perguntei olhando fixo em seus olhos, como um gavião e sua presa.
– Confio. – disse ele me dando mais um selinho.
Segurei seus braços e o deitei de bruços, deitei por cima de seu corpo, com meu pau extremamente duro roçando em sua linda bundinha, nossos corpos faziam um lindo contraste, moreno com branco. Fui beijando suas costas fazendo uma trilha até sua nuca, passei a ponta da língua nela seguido por uma leve mordida, ouvi seus suspiros se intensificarem, cheguei até seu ouvido e fiz a mesma coisa, seus gemidos aumentaram.
– Eu te amo Nick. – sussurrei em seu ouvido.
– Eu te amo John. – ele sussurrou de volta.
Ia começar a abaixar sua cueca, já pronto para deliciar minha língua naquele cuzinho. De repente a porta se abre, a mãe de Nick olha sem acreditar no que via. Eu levei um susto e rolei para o canto da cama, Nick levanta.
– O que esta acontecendo aqui Nicholas? – disse ela furiosa.
– Mãe não é o que você está pensando. – disse ele desesperado.
– Como não é? Vocês dois de cueca. Esse daí em cima de você. Nicholas você é gay? Não posso acreditar, e ainda virou mulherzinha desse vagabundo. – disse ela olhando diretamente para mim, eu ainda estava me recuperando do choque, e nada falei.
– Mãe eu sou gay, e não fala assim do John, eu amo ele... – Nick foi interrompido com um tapa muito forte em seu rosto, ele caiu no chão.
Corri da cama em direção a ele, o abracei enquanto as lagrimas caiam de seu rosto vermelho do tapa.
– Por que você fez isso? Você é doida? – gritei com ela.
– Cala essa boca seu marginal e volta para aquela favela que você sobrevive.
– Eu amo demais seu filho para deixá-lo sozinho com um monstro como você. – as lagrimas começaram a cair do meu rosto. Nick ainda estava chorando e nada conseguia dizer.
– Ama? Você deve ter interesse. Dinheiro é isso o que você quer? Eu pago para você sumir.
– Não quero nada que venha de você. Só quero amar ele, e isso você não vai me impedir. – fui interrompido com um tapa. Senti meu rosto queimar.
– Não faz isso mãe, amor você está bem? – disse Nick saindo do silêncio, me dando um selinho e levantando-se.
– Que nojo de vocês. Nicholas nós vamos conversar sério, e você bandido, some daqui, vai embora da minha casa!
– Não vou deixar ele sozinho. – falei me impondo.
– Amor, por favor, se veste e vai para casa, eu vou ficar bem. – disse ele enxugando as lágrimas.
– Não posso te deixar assim, não vou! – disse ainda chorando.
– Vai, vou resolver tudo, quando tudo estiver bem eu te ligo. Agora, por favor, vai para casa, eu te amo.
– Esta bem, eu te amo.
Recolhi minhas coisas e sai. Ainda pude a ver fuzilar-me com os olhos. Já no hall eu me vesti rapidamente, queria muito voltar, mas ele pediu para ir, talvez ele consiga domar ela. Ainda com os olhos vermelhos caminhei até o ponto e fui para casa. Tomei um banho bem quente, fui para a cama e fiquei aguardando Nick ligar.
A noite passou, e ele não ligou. Passei o sábado tentando falar com ele, mas o telefone só caia na caixa postal e no Facebook ele estava off-line. No domingo criei coragem e fui até o prédio dele, interfonei varias vezes para o apartamento, mas não havia ninguém em casa. Fui caminhar um pouco pelo bairro, talvez ele tivesse saído. Andei umas duas horas sem rumo até parar novamente na portaria, interfonei mais algumas vezes, mas nada. Resolvi ir embora, e continuei a ligar madrugada adentro, quando cai no sono sem perceber.
Acordei no dia seguinte sem disposição nenhuma de sair da cama, mas não podia faltar a autoescola. Fiz o trajeto ligando para ele, mas nenhuma mudança das tentativas anteriores. A aula foi entediante, enquanto eles ainda estavam na euforia do aluno novo, eu estava na última cadeira, encostado na parede, pensando no que houve com meu baixinho. A aula passou, como sempre fui o último a sair, novamente esbarrei com Bernardo, já ia continuar andando, sem falar nada, quando ele segurou meu braço.
– John, espera, está tudo bem? – disse ele preocupado.
– Estou por quê? – disse ríspido.
– Não, você não está bem. Você ficava sempre sorrindo e agora está triste, qual o problema?
– Não é nada, desculpa o esbarro. – me virei e sai.
Caminhei uns 20 minutos até o prédio do Nick, interfonei algumas vezes e nada, minutos depois vem chegando uma moradora.
– Com licença senhora, eu estou procurando um amigo meu, mas ninguém atende o interfone, saberia me dizer se aconteceu alguma coisa?
– De qual apartamento ele é? – disse ela atenciosamente - Ah deve ser apartamento da Kátia. Só ela tem filho mais novo aqui. – parei para pensar que não sabia o nome dos pais de Nick. – Ela e o filho foram viajar, eu moro no apartamento 404, e ouvi uma confusão, umas duas horas depois eu os vi saindo com umas malas.
– Entendi. Bom, obrigado e tenha um bom dia. - eu falei dando um sorriso forçado, ela sorriu e entrou.
Comecei a andar na direção da praia e caminhei pela areia um tempo. Fiquei pensando para onde eles foram, por que ele não me ligou ou o que ela fez ou está fazendo com ele. Milhões de dúvidas e teorias passaram pela minha cabeça. Onde ele estaria neste momento?
– Continua –