Eu te amo. Capítulo 2: Toda história tem um começo.

Buenos dias!

M/A: vou continuar sim, podexá!

Alisson Pontes: Obrigado pelo conselho, vou continuar sim. Já tentei escrever minha história antes, mas acabei desistindo.

*** Elias Carlos ***: Vou tentar fazer o capítulo maior, demoro pra escrever que é uma beleza haha.

Deustch: Vou tentar fazer maior sim.

Kevina: Nem sei o que te dizer, prq eu tmb já desanimei de ler algum conto. Mas espero que continue lendo.

Martines e : Obrigado.

À todos obrigado, prometo tentar capítulos maiores. Vou tentar aumenta-lo e vcs vão me alertando. Ainda não tenho noção da quantidade de capítulos, mas farei o possível para deixar alguns sempre prontos para postagem. Bjos!

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Eu te amo. Capítulo 2: Toda história tem um começo.

6 anos atrás.

Definitivamente eu odiava (ainda odeio na verdade) acordar cedo. Minha aula na faculdade começava às 7:00h, e eu tinha que acordar às 6:00h (ou melhor, colocar o despertador do celular para tocar às 6:00, 6:02, 6:04... hahahah) para que houvesse tempo de tomar banho, tomar café e não me atrasar. Eu fazia faculdade de Direito, fazia mais para ocupar meu tempo. Nunca me preocupei muito com meu futuro, fiz por pressão da minha avó. Ela sempre dizia que o futuro é incerto e que a única coisa que não se perde é o conhecimento (Obrigado Vó!). Bom depois de ter me arrumado parti para a faculdade no meu amado carrinho.

Meu curso era numa faculdade particular, eu tinha aula todas as manhãs e algumas à tarde e eu já estava há um mês naquele curso. Devido à vários problemas administrativos na faculdade não tivemos sequer uma semana de aula, então o contato com os colegas ainda era escasso. Assim que cheguei tentei puxar assunto enquanto o professor não chegava.

Eu: - oi, bom dia. Meu nome é André.

Ricardo: -Oi, bom dia. Meu nome é Ricardo.

Eu: -E aí heim? Quando teremos aula de verdade?

Ricardo: -Verdade né? Pelo menos vamos pagar a mensalidade deste mês com um belo desconto, porque não tem sentido pagarmos sem termos aula.

Eu: -com certeza. Escolheu este curso porque?

Ricardo: -cara, eu amo direito! Sempre gostei das atuações dos advogados dos juízes e pretendo ser um. E vc?

Eu: -Eu to mais aqui pra não ficar sem fazer nada. Não me vejo como advogado, na verdade me vejo fazendo poucas coisas. Mas... vai que eu goste.

Continuamos conversando por um tempo sobre os mais diversos assuntos, depois chegaram dois amigos dele: o Felipe e a Carol. Felipe é lindo (pelo menos eu acho hehehe), branco, cabelos castanhos claros quase loiros, olhos escuros, 1.80m corpo malhado (não bombado). Carol também é muito bonita, morena, 1.75m (eu acho), um corpo “perfeito”, olhos castanhos e um cabelo lindo. Sem falar no seu bom gosto para se vestir.

Ricardo: André esses são Felipe e Carol. – Disse ele depois de dar um selinho na Carol, provavelmente eram namorados.

Eu: - Prazer. – Disse estendendo a mão para Felipe.

Felipe: Prazer. Vc chegou hoje? Nunca te vi por aqui.

Carol: Prazer. Verdade Lipe, nunca te vimos.

Eu: Quase não tivemos aula né? Hahahah Mas eu vim nos dias que teve.

Carol: Verdade rsrsr

Continuamos conversando. De forma natural aquele passou ser meu grupo na faculdade. Embora os três á se conhecessem e tivessem muito assunto pra falar eu não me senti deslocado entre eles. Na semana seguinte as aulas foram regularizadas e começou todo o corre corre de uma faculdade. O primeiro semestre seria bem leve em comparação aos seguintes, já que veríamos poucas coisas específicas de direito.

Naquele segundo mês de aula tudo seguiu tranquilamente (ahhh o primeiro semestre). Numa sexta feira à noite marcamos pra sair, fomos à um barzinho da nossa cidade, que era bem legal por sinal. Quando cheguei eles já estavam lá, todos sorridentes.

Eu: Boa Noite pessoas. Qual o motivo de tanta animação?

Ricardo: Eu a Carol acabamos de oficializar nosso namoro eheheh

Eu: então antes não era oficial?

Ricardo: a gente se pegava kkkkk. Mas não era um “namoro”.

Carol: Agora ele vai ter que se contentar apenas comigo hehe. E vc André? Namora?

Eu: Atualmente estou solteiro. Mas já namorei.

Carol: Qual o nome dela? E porque terminaram?

Eu: o nome delE (exaltei bem o E) é Marcelo, foi um namoro de adolescentes. – Quando eu disse isso todos me olharam com espanto, principalmente o Felipe. - Ele teve que se mudar, mas no fim das contas não sentíamos nada muito forte um pelo outro.

Sim, eu já era assumido. Contei para meus pais aos 15 anos (eles morreram quando eu tinha 17), eu nunca tive problemas com minha sexualidade e os meus familiares também não.

Carol: Como assim vc é gay? Desde quando?

Eu: Olha, acho que desde que nasci kkkkkkkkkkkk – Disse isso e todos começaram a rir.

Ricardo: Cara eu não sabia.

Eu: Normal, eu não costumo sair com uma placa dizendo que sou gay, embora já tenha feito isso.

Ricardo: Serio?

Eu: não hahahahahahaha

Ficamos ali por mais algumas horas falando sobre a faculdade, falando sobre festas, expectativas para o futuro.... enfim, sobre inúmeras coisas. Notei que Felipe tinha ficado calado a maior parte do tempo e não comentou nada sobre minha sexualidade. Imaginei que ele tivesse algum tipo de preconceito, mas como eu pouco me importava pra o que os outros acham ou deixam de achar nem dei importância.

Na semana seguinte tudo seguiu normalmente, mas percebi o certo afastamento do Felipe. Marcamos de sair na sexta novamente (universitário com vida social? Só no primeiro semestre hahah), fomos a um barzinho recém-inaugurado. Na volta Felipe pediu pra que eu o levasse pois ele tinha vindo com o casal e estes tinham planos para o fim da noite. Dei a carona e no caminho conversamos tranquilamente, ele não demonstrou nenhuma indiferença comigo. Chegamos à seua apartamento (que era no caminho oposto à minha casa -_-) por volta de uma da manhã e para minha surpresa ele pediu subisse.

Felipe: Você pode subir? Queria conversar contigo.

Eu: Tudo bem. Seus pais não vão se incomodar?

Felipe: Nem, eles estão viajando.

Eu: Então tá.

Subimos até seu apartamento, e este era lindo, muito bem decorado, grande...

Felipe: Senta aí.

Eu: Que apartamento lindo, muito bem decorado.

Felipe: Agradeça à meus pais, eles tem um ótimo gosto.

Eu: Que vc quer falar comigo? Tá ficando meio tarde..

Felipe: cara, nem sei por onde começar.

Eu: Reza a lenda que sou um bom ouvinte.

Felipe: Sabe, eu sou tmb sou gay\o/Mas eu não sei lidar com isso, não sei como aceitar isso. Quando você falou semana passada que era, agiu de forma tão natural que eu até te invejei, queria conversar contigo para ver se vc pode me ajudar de alguma forma.

Eu: Uau! Nem imaginava isso, quando notei sua surpresa em relação à minha sexualidade pensei que vc tivesse preconceito.

Felipe: De certa forma não deixo de ter. Mas ver vc falando com tanta naturalidade.. sei lá... eu queria saber como vc faz para se assim.

Esse foi um daqueles momentos em que vc fica surpreso com algo. Mas definitivamente eu não sabia bem o que dizer, para mim ser gay sempre foi algo muito natural, desde pequeno eu me via assim (não com todas as concepções de hoje, claro) e nunca tive nenhum problema com minha sexualidade.

Eu: Cara, não sei bem o que te falar. Para mim isso nunca foi um problema então não sei se a forma como vou te dizer vai te ajudar. Olha, o primeiro passo é vc se aceitar. Vc acha que é possível mudar?

Felipe: Não sei. Eu quero muito, mas não consigo.

Eu: Vc não consegue prq não é possível. Eu não vejo isso como algo possível de ser mudado.

Felipe: Mas eu não quero se assim. Vou ser rejeitado por todos que gosto. Eu já conversei com meus pais, e eles me falaram coisas terríveis. Disseram que se eu fosse gay eu poderia esquecê-los.

Eu: Eu sei que é muito complicado, mas tente entender que não foi uma escolha sua. Vc nasceu assim, não é como uma roupa dá pra mudar quando bem quiser. Primeiro vc tem que se aceitar, depois se valorizar mais e então contar para seus pais. Será difícil para eles, mas ele também terão que entender.

Estavamos sentados no sofá da sala dele, ele com olhar meio baixo. Quando ele olhou em meus olhos percebi que ele estava chorando. De repente ele me abraçou, um abraço apertado e meio desesperado.

Felipe: Obrigado pelos conselhos. Vou pensar em tudo que vc me disse.

Eu: Sempre que vc precisar conversar pode me falar.

Felipe: Muito obrigado.

Depois disso fui para casa e fiquei pensando na situação dele. Eu tinha que ajuda-lo de alguma forma, sei que é muito difícil a aceitação própria e ele precisa se aceitar como gayPor hoje é isso, espero que gostem. Se possível deem a opinião de vocês, sugestões...votem.

Bjos!