Style. 7

Acordei na sala do meu pai. Ele segurava minha mão. Gustavo estava em ao lado da porta. Minha cabeça doía. Tentei me levantar.

- A quanto tempo eu to desmaiado. – falei.

- 20 minutos. – falou Gustavo. – bom Sr. Alberto, eu acho que eu já vou pra minha sala. – ele olhou pra mim. – Qualquer coisa mandem me chamar.

- Tudo bem. – falou meu pai. – Pode ir.

Ele saiu e eu lembrei da nossa conversa no elevador, da Sabrina falando que estava grávida. Grávida. Isso realmente mexeu com meu emocional. Meu pai olhava pra mim preocupado, como que se quisesse se desculpar de alguma coisa. Ele tem o direito de ser feliz, não? Mesmo que seja com a Sabrina, a amante que virou esposa. Eu vi isso muito em novela, e nunca, jamais passou pela minha cabeça que isso aconteceria.

- Eu preciso ir. – falei tentando me levantar.

- Calma. – falou ele me ajudando a sentar. – Eu já liguei pro Fernando. Ele já veio aqui e te esaminou. Tá tudo bem com você, foi só uma queda de pressão. Eu vou te levar pra casa.

- Não precisa pai. – falei. Estava de cabeça baixa, não conseguia encara-lo. – Tá tudo bem, eu pego um taxi.

- Era também sobre isso que eu queria conversar com você. – falou ele. Sentou ao meu lado e segurou minhas mãos. – Eu resolvi te dar um carro. Você já é de maior e precisa de uma coisa só sua, quando precisar sair. Eu já conversei com sua mãe e ela apoiou.

- Serio? – falei. Olhei nos olhos dele. – Obrigado.

Ele me abraçou.

- Vamos? – falou. Pegou minha mão e nós fomos saindo. Sabrina estava do lado de fora esperando.

- A onde vamos? – falou ela se levantado. Chegou perto do meu pai e me empurrou de leve. Pegou a mão do meu pai que estava segurando. – Quero ir no shopping fazer compras pro enxoval do nosso bebê.

Ela olhou pra mim.

- Eu vou deixar o Fed na casa dele. – falou meu pai. – E a gente nem sabe o sexo do bebê.

- Eu também vou. – falou ela. – Mas com certeza vai ser um menino. Um homem igual o pai dele é.

Ela falava e olhava pra mim.

- Espero que o senhor peça um teste de DNA. – falei. Ia pegar o celular do bolso e lembrei que ele tinha caído da minha mão. – Pai, viu meu celular?

- Filho, não começa com a implicância. – falou. Ainda estávamos na recepção. A secretaria olhava pra gente curiosa. – Seu celular quebrou e eu tirei o chip. Joguei ele fora. Se quiser a gente passa no shopping e compra outro, aproveitamos e almoçamos lá.

- Tá. – falei.

- Você não tem obrigação nenhuma de dar um celular pra ele, amor. – falou Sabrina. – Ele já é de maior e se quiser trabalha.

- Você não trabalha e ele te dá um monte de cartão. – falei. – Você que é uma vag...

- Chega os dois. – falou meu pai. – E Sabrina, eu compro o celular que eu quiser pra meu filho.

- O mais caro né pai. - Ri vitorioso.

- O que você quiser. – falou meu pai rindo pra mim. – Agora vamos.

Entramos no elevador. O silencio reinou. Apesar de ser terça-feira, o shopping estava lotado. A primeira coisa que eu fiz foi correr pra uma loja de celulares. Meu pai tentava me acompanhar. Eu parecia uma criança indo comprar um brinquedo. Chegamos na loja e uma moça nos atendeu. Acabou que eu comprei um Iphone 5 e um monte de capinhas. Meu pai ria. Sabrina fazia cara de nojo do nosso lado. Almoçamos e meu pai me levou pra casa. Tinha que arrumar meu material pra faculdade.

Fernando buzinava pra eu descer. Estávamos atrasados. Desci as escadas correndo. Peguei meu celular em cima do sofá e tranquei a casa.

- Você demora demais. – falou Fernando. – Isso tudo é pro João ou pro Gustavo?

- Palhaço. – falei. Fernando dirigia rápido. A faculdade era um pouco longe de casa. – Seus problemas vão acabar. Vai poder sair direto do hospital pra faculdade. Papai vai comprar um carro pra mim.

- Legal. – falou. – Posso te ajudar a escolher?

- Claro. – falei. Chegamos em cima da hora. Corri pro elevador e graças a Deus veio rápido. Uma mulher gritou e pediu pra segurar o elevador. Ela veio rápido. Tinha um monte de livros grossos.

- Obrigado. – falou ela. Vi que os livros estavam muito pesados. Me ofereci pra ajudar e ela aceitou. Eram pesados mesmo.

Fomos caminhando pelo corredor até a sala. Vi que ela ia pra mesma direção que a minha.

- Então você é minha professora? – falei.

- Ester Wolkoff. – flou. – Professora de desenho.

- Federico Abrahão. – falei. – Prazer.

Entramos na sala e todo mundo olhou. Coloquei os livros em cima da mesa dela e ela agradeceu. Ela cumprimentou todos e todos e pegou uma lista. Falou o nome de todo mundo. A aula era super começou e ela foi passando uma lista de materiais pra comprarmos. Era muita coisa. Os livros que ela carregava era sobre desenhos. O tempo passou e muitos outros professores entraram na sala. Teve um intervalo e fomos pra cantina. Eu conversava com Lukas no caminho. Luana me mandou uma mensagem avisando onde estava. Procurei na cantina toda e avistei ela. Estava com Fernando, Julia e o João. Fui até eles. João olhou pra mim e sorriu, me abraçou e beijou o canto da minha boca.

Ouvi umas gritarias e todos olhavam pra uma mesa. Estava a cinco mesas depois da nossa. Gustavo estava nela com seus amigos e uma menina gritava com ele. Era a namorada dele. Ele parecia nem se preocupar. Ele me viu o olhando. Riu pra mim. Ri de volta. A menina virou pro lado e me viu, veio correndo em minha direção.

- Você é o tal do Federico? – falou ela apontando o dedo pra minha cara. – Eu vou acabar com essa sua cara.

- Primeiro abaixa esse dedo. – falei. Dei um tapa na mão dela. – Você pensa que tá falando com quem?

- O meu namorado terminou comigo. – falou.

- E o que eu tenho a ver com isso. – falei. Todos olhavam pra nós. – Não consegue segurar o homem dela e vem por a culpa em mim. – Todos riram.

Ela me deu um tapa na cara. Ninguém nunca tinha me dado um tapa. Dei outro e ela me olhou com raiva. Pegou meus cabelos e puxou. Puxei o cabelo dela e a blusa. Caímos os dois no chão. Ela chutou me estomago e doeu pra caralho. Dei um chute em sua barriga também. Ela puxou meu cordão. O cordão que o Patrício tinha me dado. Puxei o sutiã dela e rasquei. Fernando veio e me puxou. Gustavo agarrava ela pela cintura.

- O Gustavo falou que tava apaixonado por outra pessoa e falou que era você. – gritou ela.

- Eu não tenho culpa se sou melhor que você. – falei. Ela tentou avançar. Gustavo a segurou.

- Isso não vai ficar assim. – falou. – Me solta Gustavo.

Gustavo soltou ela e Fernando me soltou. Todo mundo olhava pra mim. Arrumei meu cabelo e peguei o cordão do chão.

- Eu vou pra casa. – falei.

- Se quiser eu te levo. – falou João.

- Eu levo ele. – falou Gustavo encarando João.

- Acho você deixar ele em paz. – falou João. – Você causou isso tudo.

- Quem é você pra falar assim? – falou Gustavo avançando. Fernando entrou no meio e separou. Eles ficaram se encarando.

- É melhor vocês pararem antes que venha alguém da direção aqui. – falou Fernando. – E o Fed que decide quem vai levar ele.

- Eu vou de taxi. – falei. Fui saindo em direção a sala. Peguei minha bolsa e fui embora.

Não passava nenhum taxi. Estava tudo escuro e vazio. Um carro parou a minha frente. Era um Hilux branca. Gustavo.

- Entra no carro. – falou ele sério.

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*ale.blm: Vadia msm né? A hora dela ainda vai chegar. Obrigado por ler mais uma vez. Bjs.

*Awillz7: Adoro!! Já adiantando que a gravidez da Sabrina é.... brincadeira. Prometo que será uma surpresa pra todos.

Espero que sim, né. Obrigado por commentar e vlw por ler . Bjs.

*MikePedroB: Obrigado pelo elogio. Escrevo o necessário. Bjs.

*Geomateus : Obrigado.

*chacon bebe: Obrigado lindo, fofo. Sempre comentando. Adoro vc. E lembra que se passaram 201 dias da primeira transa do Gustavo e do Fed. Foi tempo demais pra pensar. E sobre a morte do Patrício, eu acho que o Fed, apesar de ser muito cedo, ter superado. Ele é jovem, tem uma vida toda pela frente. Bjs.

*Talys: Obrigado por comentar lindo.

*M/A: Vc ainda vai mudar seu pensamento sobre a Sabrina. Ela também não da um tempo pro Fed, né? Bjs e obrigado por comentar.

*Atheno: Respeito muito seu comentário e a forma como vc interpreta o personagem. Talvez eu o tenha criado para ser fresco ou mimado. Ninguém é diva 24 horas por dia. Fed é sensível sim, ele tem um temperamento forte. É muito cedo ainda pra julgar algo. Mesmo assim obrigado pelo comentário. Bjs.

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Obrigado pelos comentarios gent. Amo vcs Bjs e até o proximo.