O amor pede passagem- Capitulo 15

- Não é nada... Estava falando de outra pessoa... – Falou ele nervoso.

- E porque está tão nervoso?! – Falei chegando perto dele.

- Nada de mais... Vamos entrar? – Falou ele.

- Vamos. – Falei indo atrás dele. Eu não tinha engolido aquela historia o que será que era? Eu vou descobrir de qualquer maneira. Mas, primeiro iria aproveitar minha noite. Arrumamos uma mesa e logo o garçom apareceu para fazer nossos pedidos.

- Amor, eu queria conhecer seus pais. – Falou ele olhando pra mim.

- Pra que? – Perguntei.

-Ah, a gente ta junto e vamos para Nova York... Então, queria conhecê-los.

- Minha relação com eles não é muito boa. – Falei bebendo um pouco de vinho.

- Porque não?

- Por eu ser gay, ah... Envolve muitas coisas.

- Já tentou se aproximar deles? Tipo, viajando com eles?

- O que você ta querendo comigo?! – Falei com raiva. – Se quiser saber deles, vá falar com eles.

- Calma... Eu só to querendo saber. – Falou ele pegando na minha mão.

- Eu vou embora! E não venha atrás de mim. – Falei bufando. Como eu sou burro! Ele deve estar investigando alguma coisa dos meus pais e está me usando. Entrei num taxi e mandei uma mensagem para ele.

- “Quero você longe da minha vida, Felix”

- “Não faz isso com a gente.” – Respondeu ele.

- “Você mesmo fez isso, por mentir e tudo mais...” – Passou alguns minutos e ele não me respondeu mais, deveria ter cansando, eu estava gostando dele. Minha cabeça estava um zona que só Deus sabe. Cheguei em casa e adormeci, teria um longo dia amanhaAcordei com meu celular vibrando, era da corretora.

- Senhor Luiz?!

- Eu mesmo.

- O seu apartamento já esta pronto. Pode ir quando quiser para ele.

- Ta bom... Obrigado. – Até que enfim iria sair daquele inferno de casa, estava pulando de tanta felicidade.

- Bom Dia! – Falei para meus pais.

- Porque essa alegria toda? Deu pra alguém ontem? – Falou meu pai.

- Não, apenas vou sair dessa casa hoje. – Falei pegando uma maça e saindo aos olhos de meus pais. Estava livre, finalmente! Cheguei no apartamento, e deitei no sofá. Era muito grande para apenas uma pessoa, eu estava adorando!!! Sai de casa, e fui para o mercado, precisava comprar comida para a casa.

Fui comprando algumas bobeiras, não sabia cozinhar, iria contratar uma empregada para cuidar. Comprei doces, refrigerantes, enlatados, pães, e produtos para limpeza, iria tirar a sujeira de tudo.

- Luiz?! – Alguém fala meu nome. Não podia ser... Era Christian!

- Oi, tudo bem?! – Falei tentando ser educado.

- Eu to bem... O que deu, está fazendo compras?

- Agora eu to morando sozinho e... – Ele me interrompe.

- Morando sozinho? Seria um prazer conhecer sua casa. – Falou ele sorrindo.

- Ahh... Claro. Só vou passar no caixa. – Falei com um sorriso forçado.

- Deixa que eu pago!

- Não precisa. – Falei olhando pra ele.

- Faço questão. – Falou ele dando o dinheiro pra mulher do caixa. Levamos as compras até o carro e fomos para o meu apartamento.

- O que foi fazer no mercado? Não comprou nada e ta sem carro...

- Eu estava caminhando e te vi entrando, ai vim atrás. – Falou ele sorrindo.

- Entendi. – Falei, estacionando o carro. Descemos e levamos as compras.

- Belo apartamento. – Falou ele olhando tudo.

- Obrigado. – Falei atrás dele.

- Você sempre teve bom gosto. – Falou ele chegando perto de mim.

- A onde quer chegar? – Falei me afastando.

- Aqui. – Falou ele me segurando e me beijando. Empurrei-o.

- Sai da minha casa. – Gritei.

- Por quê? Você estava gostando. – Falou tentando me dar outro beijo.

- Eu tenho nojo de você. – Falei abrindo a porta e colocando ele para fora. Era apenas um beijo, mas que viria com um pouco de nostalgia, do tempo que estávamos juntos. E eu não queria isso, eu queria paz para meu coração. Ele ficou batendo na porta por alguns minutos e foi embora, pedi para o porteiro, nunca autorizar a entrada dele. Era 14:00 de sábado. Apenas segunda feira iria arrumar uma empregada. Não tinha nada para fazer, resolvi ir para a casa de Pedro. Chegando lá a surpresa...