Histórias de Isac Cap.4

Um conto erótico de históriasdeisac
Categoria: Homossexual
Contém 1359 palavras
Data: 29/08/2014 23:27:38

Cap.4

Ficamos mais uns minutos ali e tivemos que voltar pra sala. Não consegui prestar atenção, só estava tentando entender como Edu tinha feito aquilo. A tarde caiu. Como naquele dia Edu tinha treino de xadrez, e eu não queria ficar lá, decidi ir pra sala de música. Eu sabia tocar piano, e de vez em quando o fazia. Cheguei lá, estava vazio. Andei, olhei ao redor, estava tudo um brinco. Fui até o piano, estava afinado. Então decidi tocar um pouco. Algumas notas foram saindo, e uma música extremamente relaxante se formou. Me deixei levar pelos pensamentos, que acabaram levando para Edu e seus cabelos ruivos. Até me assustar com a porta abrindo.

- Até que você toca bem !- Pablo dizia, entrando com algo nas mãos.

- Aposto que você toca melhor- falava, arrumando minhas coisas e já me preparando pra sair. Até ele botar a mão na frente e impedir a minha passagem

- Ei, calma ai, eu nem falei o que tinha pra falar. Soube que você está no quarto com o Edu não é ?

- É sim, porque ?

- Sendo assim, eu tenho que me adiantar.

- Como assim ?

- Você é tão fofinho !- falava, tentando passar a mão no meu rosto, mais eu não deixei

- Não diga bobagem- falava, tentando passar, mas ele colocou a outra mão e me apertou contra a parede- deixa eu passar !- falava, já um pouco nervoso.

- Você quer sair comigo ?

- O que ?

- Perguntei se você quer sair comigo.

- Porque eu iria querer sair com você Pablo, você só me fez mal desde a minha chegada aqui.

- Nesse tempo eu acabei me apaixonando por você. Vamo, aceita logo, é só uma vez- falou, chegando ainda mais perto. Minha respiração foi ficando ofegante.

- Não, eu não vou sair com você Pablo, deixa eu passar !- falava, tentando sair, mas ele era mais forte.

- Nem se eu fizer isso- colou seu corpo no meu e me beijou. Eu não conseguia pensar em nada. Estava com falta de ar, não tinha forças pra reagir. Parecia que eu iria reviver todo aquele trauma que passei com meu tio. Sentia meu corpo todo queimar. Queria sair dali, mas não conseguia mover um centímetro. Até que, algo tira ele de cima de mim. Eu não conseguia me mover, estava estagnado. Só voltei ao normal quando ouvi uma voz.

- Você está ficando maluco Pablo !- era Edu, que havia o tirado de cima de mim- vai embora, antes que eu reporte isso aos diretores !

- Eu não vou desistir, viu Isac, não vou- falou, indo em direção a saída.

- Você está bem, ele fez alguma coisa com você ?- sentia sua mão em meu rosto. Foi quando percebi que o perigo já tinha passado. E estava me surpreendendo novamente por estar deixando ele me tocar.

- Edu ?- olhei pra seu braço- minha fobia...- olhei pra ele, sorria- como você consegue fazer isso ? Já passei por mais de 10 psicólogos, nenhum conseguiu ao menos chegar perto de mim, e você, com 2 dias, consegue... tocar meu rosto.

- Eu não sei, não faço nada demais- falava, sorrindo e surpreso igual eu- vamos, troque de roupa, o jantar vai ser servido logo.

Subimos para o quarto, tomei um bom banho e vesti uma outra roupa, pra poder jantar. Peguei a comida, e fomos para o observatório, como tínhamos feito na noite anterior. Lá, estava Hanz. Ao nos ver, ele sorriu.

- Vamos procurar outro lugar- Edu falou, pensando que eu não iria querer ficar lá.

- Não, vamos ficar !- falava, subindo as escadas.

- Mas...

- Tudo bem. Eu conheço ele- falava, chegando perto do banco- Olá.

- Oi- falava Hanz, abrindo espaço- que bom que você veio pra cá, ao menos não vou me sentir tão solitário. Você é o Edu né ?- falou, olhando pra ele.

- Sim, sou eu, pele, osso, e cabelos ruivos- rimos, e ele o cumprimentou.

- Hanz- comemos o nosso jantar. Pela terceira vez em toda a minha estadia ali, eu não me sentia ameaçado. E assim foi durante as próximas noites. Éramos nós três, ali, rindo e conversando durante a noite. Havia chegado o primeiro domingo. Aqueles que moravam próximos, podiam sair e visitar seus pais. Mas como a maioria não era dali, quase todo mundo ficava no colégio. No domingo, não estudávamos. Podíamos tomar banho no riacho, usar a sala de vídeo para ver filmes, podíamos fazer festas, usar as piscinas e quadras pra lazer, e passear por Cabo Frio. Acordei eram umas 09h30.

- Ei, você é um fofo dormindo mas se não acordar agora a gente vai perder o café- Edu dizia, olhando pra mim, sentado na beira da minha cama. Sorri ao vê-lo.

- Tudo bem, já vou acordar- falava, limpando os olhos.

- Eeeeee- falava, se levantando e indo pentear o cabelo. Fui para o banheiro, tomei um bom banho e troquei a roupa. Fui arrumar meu cabelo e vi ele me olhando

- Que foi ?

- Ei, vem cá, você gostaria de sair comigo ?- sorri.

- Pra onde ?

- Sei lá, pro shopping, vamos ao cinema ?

- Só a gente ?

- É.

- Que horas ?

- A tarde.

- Nossa, mas faz tanto tempo que eu não vou no shopping com alguém.

- E daí, vai ser legal, vamos ? A gente vai se divertir, ou você prefere ficar pra festa dos meninos ?- festa dos meninos=amontoado de gente=pessofobia=isac não vai.

- Tudo bem. Vamos sair.

- Sério ?

- É. Desistiu ?

- Não. Vamos sair !- ele parecia muito feliz com a minha resposta. Descemos para o café e depois fomos para o riacho. Já estava cheio de garotos- você não quer entrar ?

- Tá cheio de gente- falava, chamando Hanz.

- Vamos descer um pouquinho então. O povo geralmente fica aqui porque é mais central.

- Vamos então- Hanz veio com a gente- pode ir, depois eu entro. Me sentei numa pedra e fiquei observando ele nadar- E ai, está gostando daqui ?- perguntei a Hanz.

- Um pouco, estou me sentindo um pouco sozinho, não falo com quase ninguém.

- Acho que por ser primeiro dia é assim. - E então, porque que você veio pra cá.

- Sabe, minha vida não é muito boa fora daqui. Meus pais morreram quando eu era criança. Fiquei arrasado ao perceber que não teria mais eles por perto. Até hoje não me recuperei bem disso. Não tinha mais avós, então acabei tendo que ficar com meus tios. Mas eles não ligam pra mim. Nem um pouco. Por isso decidi vir pra cá, na esperança de fugir de todo aquele ambiente ruim, e tentar ter momentos felizes aqui. Fazer bons amigos, e quem sabe, um amor- rimos- ei, o Edu, gosta de você não é ?

- Hã ? Como você sabe ? Eu estou na boca do povo por acaso ?- perguntei, assustado

- Não. É que, sei lá, ele parece tão atencioso com você, vocês não se desgrudam desde o primeiro dia, e eu não sou idiota né, percebi logo.

- Ah- ainda estava me acostumando com tudo aquilo

- E você não gosta dele ?- falou, vendo Edu se aproximar de nós.

- Não sei- me surpreendi com essa resposta.

- Iai, vão me deixar nadar sozinho ?- falou, jogando água em nós.

- Claro que não- falei, tirando minha roupa- quem chegar por último é a mulher do padre !- todos começamos a correr, em direção ao riacho. Estava começando a gostar daquelas amizades.

HORAS DEPOIS

Estava me arrumando pra sair. Como era domingo, não era necessário permissão. Só tinha que informar pra onde iria, e que horas voltaria. Estava nervoso, e não sabia porque. Primeiro, indecisão pra descobrir a roupa. Depois, frio na barriga, o que aquilo significava. Decidi usar uma calça jeans, um sapato social, e uma camisa azul de botão e mangas longas, encobrindo uma regata que usei por baixo. Ajeitei me, e estava aceitável.

- E aí, já está pronto ?- falou, aparecendo no quarto de repente- nossa, você está lindo- senti meu rosto corar.

- Obrigado Edu. Mas tem certeza que estou legal ?

- Claro que sim- falou ele, se aproximando e ajeitando meu colarinho. Ainda tinha algumas restrições quanto ao seu toque, mais na maioria das vezes eu deixava ele me tocar- sabe, esse Isac sorridente e feliz que eu estou conhecendo agora está me deixando ainda mais apaixonado.

Continua

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