Eu não sou gay,eu só me apaixonei por outro cara! (História Real) 20
Fiquei ali não sei quantos minutos e quando eu voltei pro quarto o Rafael e o Guga dormiam na cama, só me restava dormir no colchão inflável. O cansaço me fez apagar, mas me espantei com o Rafael deitando do meu lado.
— Quero dormir contigo, cara! — e voltei a dormir, só acordei porque o Rafael tava praticamente deitado em cima de mim — Vai pra lá, Príncipe!
Eu o empurrei, ele só fez vira pro outro lado. Tentei dormir, mas não consegui. Acabei me levantando e fui pro banheiro, aproveitei e tomei banho. Fui ver se tinha alguém acordado, mas não, então eu vi que ainda era 9 da manhã.
O dia tava lindo, aproveitei e saí pra comprar algo pra comer, depois fui dar um volta pela praia. Quando voltei pra casa o Rodrigo já tava acordado.
— Bom dia! – ele disse.
— Tomara que seja! – me sentei no sofá e liguei a tv, ele sentou do meu lado.
— Queria te pedir desculpa por ontem. Tu tá certo, tu não tem que me dar satisfação de nada!
— Tu me amou algum dia?
Ele fez uma cara de que não esperava que eu dissesse aquilo.
— Por que isso agora?
— Me responde, tu me amou ou tudo que tu dizia que sentia por mim era mentira?
— Tu ainda tem dúvidas do que eu sentia por ti?
— Sinceramente tenho!
Nós ficamos nos olhando, ele tava tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim.
— E tu? Me amou?
— Infelizmente ainda amo, Rodrigo!
— Então porque tu tá com o Príncipe?
— Porque eu gosto dele!
— Gostar, não é amar.
Sabe quando tu tenta responder, mas nada que tu tente falar é o suficiente?
— Sabe o que o Rafael me falou ontem?
— O que?
— Que ele tá disposto a levar a relação de vocês pra algo mais sério.
— E eu também.
— Porra, para de te enganar cara, e enganar ele. Sou eu que tu ama e não ele!
— Doente, tu é doente!
— Doente não, eu sou racional. Tu acha que o que tu tá fazendo um dia não vai fazer alguém sofrer?
— Quem é tu pra fala em sofrer? Ah, tu é especialista nisso, né? – me levantei do sofá e ele levantou junto. Pode não aparecer, mas a nossa conversa era baixa, sem voz alta.
— Vai fugir né? Sempre é assim, quando tu tem medo tu foge, seu fraco!
Virei e dei um soco nele, fazendo-o cair no sofá.
— Tu nunca mais me chama de fraco! – fui pra cima dele no sofá e fiquei segurando o rosto dele.
— Se eu quisesse, quebrava a tua cara, aliás, é isso que tu precisa, apanhar pra ver as merda que tu tá fazendo — ele disse isso e ficou me olhando.
Eu tava tão perto do rosto dele e fui me aproximando mais, a respiração dele e a minha eram fortes. Quando senti meu nariz encostando na boca dele, até que meus lábios tocaram os dele, sentir ele de novo naquele momento foi algo incrível. Então eu o beijei pra valer, quando senti ele sugando a minha língua, retribuindo o beijo. Parecia que era o nosso primeiro beijo, as sensações que o toque dele me causava, ele passava a mão pelas minhas costas me arrancando gemidos e fazendo meu corpo arrepiar. Até que ele me empurrou e levantou do sofá.
— Nunca mais faz isso!
Ele foi pro quarto e me deixou no sofá com o gosto do beijo dele na minha boca, mas logo depois veio o arrependimento por ter feito aquilo. Eu tinha que tira-lo da minha cabeça.
Voltei pro quarto e os dois ainda dormiam, deitei do lado do Rafael e fiquei olhando pra ele que tinha um sorriso na boca. Passei a mão pelo cabelo dele.
O resto do fim de semana foi bom, o Rodrigo parou de tentar forçar uma amizade, falava comigo só o básico. Na volta o Rafael disse que tava cansado e perguntou se eu queria dirigir, eu aceitei e vim dirigindo o carro, nós vínhamos conversando e rindo, às vezes ele passava o dedo na minha orelha fazendo carinho. Até que nós ficamos calados ouvindo a música e a chuva que caía, ele olhava pra estrada.
— Pensando na morte da bezerra?
— Mas quando? – ele riu e me olhou – Tu não ficou curioso em saber o que eu conversei com o Rodrigo?
— Tá me chamando de fofoqueiro, é isso?
Ele riu.
— Claro que não cara. Sei lá, é que tu não me perguntou, achei estranho.
— Cara, a conversa foi tua e dele, porque eu ia querer saber?
— Tudo bem então! – ele voltou a olhar pro horizonte.
Quando nós chegamos ele disse que tava cansado, que iria pra casa dele e que amanhã a gente se falava. Fui comer algo e logo depois meu celular tocou. Era o Renato.
— Fala malandro, sumiu né?
— Malandro? É o trabalho meu caro, mas e aí cunhado? Quais as boas?
— Ex-cunhado, ex. Cara, tudo na paz. E contigo?
— Tudo também, porra vocês ainda tão nessa frescura?
— Não é frescura, só que não deu certo, ele seguiu a vida dele e eu tô seguindo a minha!
— Quando eu chegar a gente conversa, baixinho.
— E por falar nisso, quando tu chega Renato?
— Início de agosto, cara!
— Caralho!
Nós ficamos conversando mais um pouco.
Julho passou muito rápido e quando eu vi já era agosto. Meu relacionamento com o Príncipe tava mais concreto, já com o Rodrigo se resumia a um bom dia, boa tarde e boa noite. As aulas da faculdade retornaram e com isso passei a vê-lo com mais frequência, e numa dessas eu tava na cantina comendo quando ele apareceu rindo e sentou do meu lado.
— O Renato chegou hoje — disse ele.
— Porra, que legal!
— Ele mandou perguntar se tu não tá a fim de sair pra comer algo.
— Não, mas valeu.
— Tu não vais porque eu vou, né?
— Não, essa fase de querer te ignorar já passou, aliás, tudo já passou. Eu só não vou porque vou sair com o Príncipe.
— Príncipe? Sei... E como vão as coisas entre vocês?
— Tudo bem, a mesma coisa, por quê?
- Hum, beleza, vou indo nessa. Tchau — ele levantou e foi embora.
Cinco minutos depois meu celular tocou, era o Renato.
— Vai me trocar pelo Rafael mesmo, cara?
— Cara, já tinha combinado com ele.
— Desmarca! Porra, a gente não se vê há mais de um mês. Será que o Rafael é mais importante do que eu?
— Não é isso.
— É sim.
— Mas o Rafael é meu...
— Amigo, cara! E eu sou teu cunhado, ganhei!
— Não só amigo, a gente tá tendo um rolo!
— Rolo, como rolo?
— Rolo cara, a gente tá ficando!
— Mas que porra! Desde quando, esse caralho?
— Mais de um mês!
— E tu me falas só agora, caralho?
— Mais ulha, né que eu digo?
— Beleza, tu não vais... Falou! – e desligou, nem deixou eu me despedir.
O Rafael me pegou na faculdade.
— Oh meu Deus, tá muito arrumado, todo príncipe!
— Tenho que honrar meu título.
Dei um abraço nele e cheirei o pescoço dele.
— Cheiroso! - e dei outro. Ele me olhou e me beijou, um beijo que só era dele.
— Já disse que tu beija bem? — ele disse.
— Já e tô começando a acreditar!
— Vem cá, vem — ele bateu no colo dele, e o que foi que eu fiz? Fui né? kkkk Sentei de frente pra ele.
— Moleque, como tu é gostoso!
— Sou é? — passei a língua pela boca dele e fui até o ouvido — Tô com um tesão puto em ti!
— Também tô.
— Vem pra cá — fui pro banco traseiro e ele veio atrás.
Tirei a minha camisa e ele passou a língua pelo meu peito, desabotoei a calça dele, tirei o pau pra fora e não perdi tempo, coloquei na boca e comecei a chupar. Ele deu um gemido abafado e segurou minha cabeça fazendo o pau dele entrar e depois puxou meu rosto e me beijou. Tirou a camisa e forçou a minha cabeça no peito dele. Passei a língua e vi que ele foi se arrepiando e depois fui pro pau e fiquei chupando. Passava a língua pelas bolas e ia até a cabeça, ele segurava a minha cabeça e ficava metendo o pau dele.
— Me come! — pedi.
Ele foi até a carteira e pegou uma camisinha, tirei minha calça ficando nu ele fez o mesmo, agora imagina isso num carro! Ele encapou o pau e eu fui pra cima. Coloquei na entrada e fui descendo, ele abria a minha bunda e chupava meu pescoço. A cabeça entrou me rasgando, mordi o ombro dele pra ele sentir dor junto! O pau dele tava dentro de mim e eu comecei a rebolar dando pra cima pra ele meter, foi o que ele fez, segurou minha cintura e foi metendo em mim.
— Seu puto do caralho! Era isso que tu queria, não era? Então pede!
— Mete em mim, vai!
Ele segurou meu rosto.
— Meu macho, fala!
Aquela dominação dele me fazia pirar.
— Me fode, meu macho!
Ele me beijou e começou a meter a rola em mim, segurava a minha cintura e forçava meu corpo pra baixo e logo depois ele segurou meu pau e me deixou controlar o ritmo. Eu subia e descia no pau dele e ele me punhetava, tudo tava bom, mas o que me dava mais tesão era o fato de tá transando no carro e no estacionamento da faculdade. Ele me deitou no banco e começou a meter em mim de frango assado, nós já suávamos, ele batia uma pra mim e metia com uma maestria, não aguentei muito tempo.
— Caralho, vou gozar! — e gozei na minha barriga.
Ele tirou o pau, tirou a camisinha e gozou também em cima de mim, gemendo alto. Eu via o corpo dele tremer todo. A gente respirava forte, exaustos, mas felizes.
— Caralho, foi perfeito!
— Porra, assim tu ainda me mata! — disse o Príncipe.
Nos limpamos, nos vestimos e fomos jantar. Na volta ele me convidou pra ir pra casa dele eu aceitei. A gente ficou vendo filme.
— E qual é dessa barba, Príncipe?
— Tô deixando crescer!
— Hum...
— Não gostou? Eu tiro.
— Cara, não falei nada. A barba é tua, faz o que tu quiser!
— Vou tirar, eu sei que tu não gostou.
— Se tu tirar, não falo mais contigo.
— Não vai mais falar, é? – ele veio pra cima de mim e prendeu meus braços – Vou fazer cosquinhas em ti até tu falar comigo.
— Não, eu tô normal contigo, Rafael
Ele beijou meu pescoço e passou a barba em mim.
— Não, não faz isso, por favor!
— Tá com cosquinha, é?
— Não, tá me dando tesão de novo.
— Seu tarado! – ele meteu a mão dentro da minha calça e segurou meu pau – Vou quebrar essa pra ti.
E colocou meu pau pra fora e começou a me masturbar.
— Chupa, vai! — pedi.
Ele riu e começou a me chupar, ele sugava a cabeça do meu pau me fazendo contorcer de prazer.
— As bolas, vai!
Ele segurou e começou a chupar, uma de cada vez e ao mesmo tempo batia uma pra mim. Resumindo, em cinco minutos tava gozando.
— Vou gozar, não para! – gozei melando toda a minha barriga.
— Pronto, tá feliz né, tarado?
— Melhorou.
— Agora vai te limpar.
Levantei da cama e fui pro banheiro.
— Vou te esperar lá embaixo, viu?
— Tudo bem.
Ele saiu do banheiro e eu fiquei lá. Esse tempo que a gente ficou juntos serviu pra nós ficarmos mais próximos.
Saí do banheiro e fui pro quarto quando vi na cama uma caixa preta com um envelope junto. Peguei o envelope e li. Até hoje sei de cor o que tinha escrito nele.
Quem diria cara hein, eu e tu! (risos) mas a vida é assim, as coisas acontecem e com a gente não foi diferente. Agradeço a cada dia por ter o melhor amigo do mundo e agora eu quero ter o melhor namorado do mundo! (risos)”.
Não acreditei que tava lendo aquilo, abri a caixa e tinha um relógio e outro papel.
Achei melhor um relógio do que anel, anel era muito gay, cara!
O relógio era lindo, coloquei ele ainda não acreditando no que eu tinha lido, o Príncipe tinha me pedido em namoro. Vesti minha roupa e desci. Ele tava sentado no sofá olhando pro chão e balançando a perna, visivelmente nervoso.
— Só não vai fazer um buraco no chão.
Ele virou pra mim e riu.
— Pois é!
— Pois é, a gente vai ter que sair de novo, cara!
— Sair? Por quê?
— Comemorar, né?
Ele ficou me olhando até que riu, parecia que a ficha tinha caído nele.
— Não acredito!
— Por que não?
Ele veio até mim e segurou meu rosto.
— Tu tem me feito muito feliz, Vinícius!
Ele me encostou na parede da escada e me beijou fazendo a barda dele passar pelo meu rosto.
— Prometo te fazer muito mais feliz!
— Dorme hoje comigo?
— Durmo.
Naquela noite a gente fez sexo de novo.
...
No mesmo mês o Renato fazia aniversário, dia 10 pra ser mais preciso, e nesse dia ele fez uma festa pros mais chegados dele.
— Parabéns Renato!
— Brigado, cunhado!
— Não sabia que tu era irmão do Rafael.
— Por quê? Não vai me dizer que vocês tão...?
— Namorando? Sim!
— Só faz merda, mas a gente conversa depois.
A festa dele foi bem legal, eu fiquei a noite toda com o Rafael e o Rodrigo tava com a Brena, que veio falar comigo.
— Oi Vinícius, tudo bem?
— Oi, tudo. E contigo?
— Bem. Vim me despedir de ti.
Quase me entalei com o que ela falou.
— Como assim?
— Tô voltando pros EUA.
— Mas por quê? E o Rodrigo? Vocês?
— O Rodrigo é um amor, mas a gente viu que não ia dar certo. Mas não é por isso que eu tô indo, é porque tô com saudades dos meus pais!
— Saudade é foda!
— Muito. Então, foi um prazer te conhecer e queria pedir desculpa por tudo!
— Desculpa?
— É, por tudo. Eu posso de dizer uma coisa?
— Claro!
— Espero que vocês possam se entender, do fundo do meu coração! – ela me deu um beijo no rosto e saiu. Aquilo era pra mim e pro Rodrigo? Ela sabia? Fiquei sem entender!
Os dias passaram, ela foi embora, eu e o Rafael estávamos bem felizes, até que teve um dia que eu cheguei em casa e a mamãe tava nervosa.
— Quem morreu? — perguntei.
— O pai do Rodrigo.
— O quê?
— Ô menino, não morreu! Mas ele passou mal e foi levado por hospital, tá internado.
— Meu Deus, mãe!
Na hora me veio o Rodrigo na cabeça ele, era alucinado pelo pai.
— Tô indo lá com a Silvia.
— Eu vou com a senhora.
A mãe do Rodrigo disse que ele tava dormindo e que os médicos tavam fazendo os exames pra saber o que era. Logo ela começou a chorar.
— Tia, e o Rodrigo? Onde ele tá?
— Lá nó quarto, vai lá com ele.
Fui subindo a escada e do corredor dava pra ver a porta do quarto dele aberta. Ele tava deitado na cama de costas pra porta.
— Posso entrar?
Ele se virou e eu vi que ele tava com os olhos vermelhos.
— Vinícius? Entra aí!
Ele passou a mão no rosto e deu um sorriso, me sentei na cama de frente pra ele.
— Como tu tá?
— Cara, parece que te algo apertando meu peito — ele olhou pras mãos e depois olhou pra mim, agora com os olhos cheios de água — Meu pai, cara! – e começou a chorar.
Vendo ele assim me deu um nó na garganta, me aproximei dele e o abracei. Ele me abraçou de volta e começou a chorar, eu tentava consolar dizendo que tudo ia dar certo, que o pai dele ia sair dessa, até que ele parou de chorar e me olhando disse:
— Fica comigo, não me deixa sozinho!
Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad / Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.
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