Os Opostos se atraem... será? O Recomeço 2
Genteee! Vocês são muitos fofos, muitos especiais! Mesmo!
P.s: Eu falei que cada um que não comentasse uma mensagem pra mim eu ia demorar um dia.
Sou bandido e maléfico.
Adoro vocês demais>·<
Ok.
Aquela cena foi estranha.
Tayna deburrubou Amanda pelas costas e estava segurando o cabelo dela.
-Ah. É? Voce gosta de bater po!r trás? Vadia traiçoeira. - Amanda ria.
Sim. Ria.
-Você vai aprender a parar de me humilhar. - disse Tayna trincando os dentes.
Amanda sorriu.
Ela fincou as unhas na pernas nuas de Tayna e subiu por cima.
-Agora ? E AGORA? - disse Amanda sorrindo.
Amanda repetia uma cena que eu já vira antes. Com a falecida Ana Paula.
Amanda deu vários tapas na cara de Tayna , que gritava.
-Tenho nojo de você. Até uma PUTA DE ZONA, Tem mais dignidade. - Amanda disse.
Ela começou a dar tapas frenéticos em Tayna.
Felipe subiu em cima dela , tentando separa-la da Tayna.
Ele conseguiu.
Mas Amanda virou um murro no braço dele.
Ele a encarou com olhar de puro ódio.
-Fique com as SOBRAS do Luca. Vaquinha de leilão. E se você me pegar de costas de novo. Eu juro, mas eu juro. - Amanda forçou os punhos. - Que eu te arrebento. - todos no shopping a encaravam. Eu acho que nenhum segurança foi acionado. Porque ninguém veio.
Eu precisava digerir aquilo ainda.
Rà.
Amanda era demais.
Deu na cara da segunda vadia consecutiva.
-Foi demais! - eu disse a abraçando por trás.
-Porque não foi voce. Ela grudou no meu cabelo. E ai, doeu. - Ela disse com um tom de irritação.
Eu apenas ri.
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Bem. Eu cheguei em casa e guardei minhas sacolas. Sim. Eu estava ficando compusivo. Toda vez que eu ia no shopping saia com alguma coisa.
Eu tava devendo até as calças pra pagar. Meus pais estranhavam. Mas não ligavam muito.
Eu não comprava coisas tão caras. Não. Eu só, comprava.
Era sábado. Amanhã seria aniversário de Bruno.
Awn.
Que saudades do meu chatinho.
Meu coração doia tanto.
Eu lembrava de cada momento nitidamente.
Eu ainda estava escutando 'Half Of Me' da Rihanna. E chorando igual um porco pra ser morto.
Nós nos falavamos todos os dias. Sem exceções. Ou por Facebook. Ou skype. E não. Não rolou camXcam , porque eu sou santo.
Puro.
Bem. Ele já me provocou. Mas sei la. Era estranho. Demais. E eu não queria sair no Red Tube como ' Ninfeto brasileiro na bronha '.
Talvez eu estivesse sendo rude demais. Mas não sei. Eu confiava nele. Mas... eu precisava pensar sobre aquilo. Foi difícil ver aquela barriguinha com uma bermuda de futebol por baixo. Me provocando. Mas eu me controlei.
Respirei fundo e pensei ' Luca, aqui não é bate papo da uol ' .
Naquele dia eu fiquei acordado até meia-noite. Queria ser o primeiro a dar feliz aniversário pra ele. Eu tirei uma foto com um caderno na mão escrito ' Feliz aniversário , te amo!' E escrevi um texto enorme , que aposto que seria nota máxima no enem de tao divino que ficou.
Eu babei no teclado esperando ele ficar online.
Mas não.
Af.
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Domingo.
Eu acordei, fiz minha higiene pessoal, e desci para tomar café. Meus pais estavam na mesa. Eu cumprimentei os dois e me servi.
Cara.
Eu parei na hora
O pão estava em formato de pênis.
Credo.
Eu suspirei e encarei o pão.
-Filho. Tudo bem? - minha mãe perguntou.
-Ah... mãe. Em que formato está o pão? - eu franzi as sobrancelhas.
-Em formato de pão! - minha mãe riu.
-Haha' Boa piada mãe! - eu ri.
Ela me encarou sem entender nada.
Tá.
Isso estava estranho.
Meu pai me olhou sem qualquer reação esperada.
'Eu não vi um pênis em formato de pão.' Não mesmo.
Eu tomei café e subi para o meu quarto
Meu domingo se resumiu em estudar e esperar Bruno dar alguma notícia.
Já era fim de tarde, quando recebi uma ligação.
-alô ? - eu disse.
-Oi... Luca? - disse uma voz masculina. Grossa.
-Ah... depende. - Eu respondi.
-É o Julio. Eu queria saber... quer sair hoje a noite? Estou precisando conversar. - Ele suspirou e parecia aflito.
-Ah. Claro. Onde? - eu sorri. Meu amigo.
-Não sei. Na hora a gente vê. Posso te buscar em quanto tempo?
-Eu... me arrumo em 15 minutos. - Eu disse.
-Ah. Então em 20, 25 eu passo ai. - ele disse.
-Tudo bem. - Eu desliguei.
Eu me arrumei. Eba. Alguém pra me tirar do tédio.
Eu me arrumei e avisei aos meus pais que iria sair com Julio (que eles amavam. Aposto que eles queriam me vender, suspeitavam que eu era gay, e queriam que eu pelo menos ficasse com um médico, to ligado).
Eu peguei algumas uvas na geladeira e logo escutei busina la na frente. Dei tchau a meus pais e saí com as uvas na mão. Favelado? Jamais. Xique. Era uva , não goiaba.
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-Oi! - Eu disse entrando no carro.
-Oi Luquinha. - Ele sorriu.
Eu talvez já até tinha esquecido de como ele era deus grego.
Estava com uma pollo preta e uma calça jeans branca.
-Quer uva? - eu ofereci.
-Perae. - Ele sorriu. Estava dirigindo.
-Não para. Eu coloco uma na sua boca. Só não se acostuma. - Eu ri.
Coloquei uma uva na boca dele.
-Humm, bem docinha. - ele sorriu.
-Uhum. Meu pai sempre vai ao Atacadao, eu faço ele ir la sempre na verdade. - eu disse comendo uma e colocando outra na boca dele.
-E ai, onde vamos? - ele perguntou.
-Não sei, não faço a mínima. Em Shopping não. Pelo amor de Deus. - Eu disse rindo. E comendo a última uva.
-A gente podia ir... deixa eu pensar... - Ele parou em um sinal vermelho.
-Tá. Pode ser em shopping. Está anoitecendo. Mas vamos passar pela praça de alimentação. Nada de compras. Eu acho que estou ficando compulsivo. - Eu coloquei as mãos na boca.
Ele riu.
-Como está a faculdade ? - eu perguntei.
-Ah. Estudando bastante. Estou tendo que ler apostilas em inglês. - Ele sorriu.
-Credo.- eu fiz cara feia.
-É a vida. - Ele entrou no estacionamento do shopping.
Nós descemos e eu deixei minha jaqueta la. Não estava calor.
Eu e ele entramos.
Ele era quase o dobro da minha altura. E mais forte também.
Vi várias piranhetes dando piscadas e olhando com cara de ' me come' .
O shopping estava bem movimentado. Nós sentamos de frente a um lugar que vendia comida japonesa.
-Eu não estou com fome ainda. - Eu avisei.
Ele sorriu.
-Eu também não. - ele fez beicinho. - Bem. Acho que , pelo menos alguma coisa pra tomar. - Ele se levantou. - O que que você quer? - Ele perguntou olhando pra mim.
-Um suco. De uva. - Eu sorri.
Ele se foi e depois de um tempo voltou com dois copos. De chopp e um de vitamina.
-Você vai beber só esse porque eu não nasci pra ser preso na estrada, muito menos pra morrer em um acidente de carro. - Eu apontei para o chopp.
-Relaxa e para de ser chato. - ele sorriu novamente.
Quase que eu falei ' Cara, para de sorrir, seu sorriso ofusca meus olhos.' Sim. Os dentes dele eram brancos pra caramba. Os meus também eram. Eu uso Oral B 3D White 2bjos
-Então. O que você queria conversar? - eu perguntei, apoiando meu braço na mesa.
-Ah. É tipo, uns problemas de família. - Ele engoliu em seco.
-O que?
-Eu briguei com a minha mãe. Ela está traindo meu pai. E eu descobri. - ele apertou os punhos. - E meu irmão de 14 anos escutou. - Ele fez cara feia. - E contou pro meu pai. E ai, houve um quebra pau do caraio em casa. - Ele encarou meus olhos e eu fiquei mudo por uns instantes.
- Digamos que não é normal a mãe trair o pai. - Eu sorri.
-Não mesmo. Nem me fale. Altos rolos. - ele tomou um pouco do seu chopp. -Mas por favor, vamos mudar de assunto. - ele sorriu novamente.
-Sim. Você escolhe.
-Como está a escola?
-Uma bosta.
-Por que?
-Ah. Tem umas pessoas na minha sala que eu detesto. - Eu suspirei.
-Qualquer problema me avise. - ele disse.
-Não. - Eu disse.
-Por que? -ele parecia surpreso.
-Eu sou independente, sei resolver meus problemas sozinho. - Eu ri.
-Aham. Então tá. - ele riu.
-Bem... é. Eu sou pequeno. Porém já estou velho. - Eu franzi as sobrancelhas.
-17 Aninhos? - ele apoiou os braços na mesa. - Imagina eu? Que vou fazer 19!
-Ah. Desculpa. Eu não quis ofender! - Eu sorri.
-Ainda são 19h, quem sabe a gente não consegue jogar alguns joguinhos ?
-Seria legal... - eu coloquei as mãos no queixo.
-Então, levante-se jovem! - ele se levantou e terminou seu chopp em um gole só.
Para alguns que talvez não saibam, alguns shoppings, próximo ao cinema, tem tipo, um monte de jogos, tipo, fliperama e essas coisas.
Nós jogamos por quase uma hora, foi bem legal, na verdade, eu adorava sair com Julio, ele e Amanda eram os únicos que me faziam esquecer da vida.
Nós lanchamos depois e conversamos sobre coisas banais.
Quando estávamos indo embora, uma chuva forte caiu. Estava tudo branco. Entramos no carro. O trânsito estava horrível. Mesmo.
Mas ele me levou até em casa , cheguei uma hora depois, mas ta.
-Ah. Droga. Como eu vou pra escola amanhã? - eu perguntei encarando a chuva da janela. - Não vou acordar meu pai cedo na chuva. Eu acho que não vou. É. uma ótima desculpa. - eu sorri.
-Não. Eu venho buscar você. Sério. Eu te levo na escola e vou pra faculdade. - ele disse me olhando.
-Na ... - eu ia continuar.
-Eu não aceito não. Não mesmo. Ou seja. Você vai. - ele sorriu.
-Droga. Você é um chato. Eu queria faltar amanhã na escola. - eu fiz cara feia.
-Não. Amanha eu passo aqui as 06:50, em 5 minutos a gente chega. - ele riu.
-Droga. Tá tchau. - eu disse e dei um abraço nele.
Foi um abraço demorado.
Era como... se ele estivesse desabafando com aquele abraço.
Eu abri a porta do carro.
-Amanhã. 06:50. - Ele sorriu.
-Tá. Até. - Eu bati a porta do carro e corri até o portao da minha casa. Abri e entrei correndo.
Cheguei em casa e meus pais estavam na sala. Vendo Fantástico e comendo pipoca. Eu peguei a toalha e avisei que ia tomar um banho. Estava todo molhado.
Eu tomei meu banho, peguei o notbook e desci para baixo, me sentei no sofá ao lado do que os meus pais estavam.
-Filho. Eu e seu pai temos uma novidade pra te contar! - minha mãe sorriu.
Eu a encarei.
-Pera. Deixa eu respirar. - Eu respirei. - Pronto. Que foi?
No momento que eu abri o facebook e li uma mensagem, minha mãe começou a falar.
-Então é assim! Filho da puta!!! - Eu revirei os olhos e gritei, minha mãe me encarou espantada.