Amor de Felipe Cap.13
Cap.13
Nessa hora me percorreu até um calafrio sobre o meu corpo. Tentei olhar mais atentamente, pra acabar com essa duvida. E nessa hora até me assustei. Era ele mesmo, o meu padrasto, que a mais de 21 anos não via.
- É você- falei
- Sim Felipe. Sou eu, seu padrasto.
- Tirem ele daqui, agora- falei, me lembrando da morte do Leo.
E passei direto, não aguentava olhar na cara dele. Mas assim que entro na minha sala, vejo o Leo novamente.
- Você não devia ter feito isso- falou ele
- Ahhhh, vai ficar me assustando toda hora- falei
- Ele pode ter feito muito, mas não se deve guardar rancor Felipe. Manda ele vir pra cá agora.
- Mas ele...
- Mas nada. Manda trazerem ele.
- Tá bom- liguei pra recepção, e falei pra eles mandarem o Jorge entrar- satisfeito agora. Eu posso até dar alguma coisa pra ele, mas não espere uma ajuda enorme que eu não vou dar. Ele causou muito mal, tanto pra mim, quanto pra você.
- Tá- falou ele desaparecendo.
Pronto, agora o Leo viria opinar em tudo o que eu quisesse fazer, pensei
- Eu também posso ler seus pensamentos- falou ele, aparecendo novamente.
- Pronto, agora fudeu tudo.
Logo o Jorge entrou. Fui vê-lo.
- Tragam um café pra ele, e mais alguma coisa, por favor- logo os funcionários foram atrás- o quê você está fazendo aqui- falei, mas ele não respondeu- você não me ouviu, o que você está fazendo aqui.
- Minha família me abandonou. E eu tenho que passar agora o tempo todo na rua, e não sabia pra onde ir. Sei que você conseguiu sucesso. E vim pra cá. Com a esperança de que você me ajudasse.
- Fique sabendo que eu só vou te ajudar, em memória do Leo. Se fosse por mim, eu te escorraçava a vassouradas- falei. Logo trouxeram a comida, e ele começou a comer como um condenado- pega- falei tirando 7000 reais do bolso- espero que dê pra você ao menos alugar algum lugar pra morar. Se você quiser trabalho, eu posso te ajudar. Mas é só isso Jorge.
- Eu quero o trabalho
- Você trabalhava como advogado. Vai então passar a ser advogado do nosso escritório. Mas eu vou estar de olho vivo em você Jorge.
- Tudo bem.
Nessa hora voltei pra meu escritório. Logo, fui ver o teste da minha filha. Ela foi muito bem. E o diretor disse que se eu autorizasse, ela estaria na nova novela das 7. Eu autorizei, e ela ficou super feliz.
- Ai pai, eu nem acredito que vou poder me tornar atriz como eu quero.
- Tá, é bom mesmo. Mas tem que se empenhar. Ande, vamos logo que nós ainda temos que ir no restaurante do seu pai.
- Ok
Logo eu fui pra casa. Assim que cheguei lá, vi meu filho Leonardo jogado no chão.
- O quê houve Leo- nessa hora ele se levantou e saiu correndo em minha direção, e me abraçou
- Ela me deixou pai, a Alana me deixou- falou ele, chorando
- Poxa meu filho, que pena- falei o abraçando- mas vai existir muito mais mulheres na sua vida, ela é só uma mais. Você é bonito, lindo. Vai arranjar uma nova namorada rapidinho, que vai te valorizar, deixa ela pra lá. Agora ela é passado- falei, passando a mão sobre o seu rosto- animação Leo, vamos logo, o seu pai tá nos esperando lá no restaurante- nessa hora ele levantou a cabeça, e limpou as lágrimas. Logo nós entramos e começamos a nos arrumar, pra ocasião. Seria uma festa de aniversário que um amigo nosso tinha organizado, e nós iriamos até o restaurante, e de lá, iriamos para a festa. Logo estávamos todos prontos.
Saímos em direção ao restaurante. Assim que chegamos lá, descemos e fomos ver se ele estava bem.
- O Crítico já veio Alberto- falei, indo abraça-lo. O ruim de ser famoso era que os flashs eram posicionados para você a toda hora. Então você não tinha praticamente uma hora do dia em que não tivesse gente tirando fotos suas. Em todo lugar, a toda hora era assim. Me incomodou no inicio, mas me acostumei
- Já, está ali. Só estou esperando ele sair. Pelo jeito ele gostou muito- logo em seguida, o critico chamou ele.
- E aí- perguntei
- Ele adorou- falou ele me abraçando de novo
- Que bom. Agora vai, anda logo, te arruma, tá aqui tua roupa, o André está nos esperando.
Logo ele estava arrumado e nós já estávamos indo em direção a festa. Chegamos lá.
- Oi Felipe, vocês vieram que bom
- Logico, acha que eu iria faltar a festa de vocês nunca
- Alberto, Leonardo, Judith, quem mais veio.
- Só eles mesmo.
Logo, estávamos conversando muito, e rindo muito. E só tempo depois, que eu fui prestar atenção que o Leo estava bebendo bastante.
- Você não acha que já bebeu demais Leo- falei
- Eu vou beber, até esquecer daquela vadia- falou ele
- Que isso garoto. Você já está bêbado- falei- vamos embora
- Ah não
- Vamos embora agora Leonardo- falei- você vai ficar Alberto
- Não vou com vocês- falou Alberto.
Logo fui embora pra casa. Leo nunca foi de beber tanto. Ele sempre bebia bem pouco. Nunca foi exagerado. Logo que chegamos, eu vi uma caixa jogada na frente de casa. Entrei com o carro e fui ver o que era. Escutei choro de criança e me desesperei. Sai correndo, e logo que abri a caixa, tinha uma criança chorando, e uma carta ao lado dela.
“ Me desculpe. Mas eu não posso criar meu filho. Não tenho condições pra isso. Dói tanto no meu peito, ter que deixa-lo, mas infelizmente, nada posso fazer. Sei que vocês vão poder dar uma educação melhor a ele, e ele nunca vai passar necessidade com vocês. Cuidem bem do meu filho”
Continua
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