Estocolmo 11
Capitulo 11 – A Estrada da Perdição
Eu tinha certeza quase absoluta que Alexei sofria de distúrbio de personalidade. Não havia outra explicação para a maneira na qual ele passou a me tratar. Antes ele era um sequestrador frio, depois passou para amante caliente, e agora virou um psicopata. Nos últimos três dias ele se dedicou a transformar meu cativeiro em um inferno. Foram-se os dias em que considerei essa ilha um paraíso.
Depois de quase me estrangular na praia Alexei me carregou até o chuveiro e me deu um banho, eu acordei com a água fria batendo em meu rosto. A face de Alexei era uma mascara, nada legível. Ele me confinou no quarto onde passei o resto da noite, no meio da madrugada fui surpreendido por Alexei abrindo a porta do quarto, fiquei quieto na minha fingindo estar dormindo, mas pelo olho semi aberto vi ele parado na porta, olhando para mim pensativo, então ele trancou a porta pelo lado de dentro e ouvi seus passos pesados no chão de madeira se aproximando da cama, eu fazia meu melhor para não tremer, a noite havia esfriado e não havia cobertor ou sequer lençol no quarto cativeiro e eu ainda estava nu.
Eu estava deitado de lado, encolhido em posição fetal para procurar me esquentar, Alexei deitou-se ao meu lado e me puxou para junto de si, seu corpo quente me trazendo alívio na mesma medida que me trazia preocupação. Quando ele começou a beijar meu pescoço o fez com tanta ternura que eu não tive como não baixar minhas defesas. Sua mão percorria meu corpo enquanto ele beijava meu pescoço, nuca e rosto. Não percebi quando ele levantou minha perna direita.
-Assim que eu gosto de você anjinho, bem calminho, me desculpa pelo que eu to fazendo, mas é preciso, você precisa aprender que não existe ninguém lá fora que se importe com você mais do que eu.
Sua mão passou entre meu pescoço e peito e me ancorou a si, meu único aviso foi a forte mordida que ele deu em meu pescoço ao mesmo tempo em que tentava estocar seu membro de uma só vez em mim. Claro que pelas dimensões era impossível ele fazer aquilo, mesmo estando lubrificado, sinal de que ele pré planejara aquela ação.
Eu gritei e tentei fugir, mas era impossível fugir da força de Alexei, isso parecia o excitar ainda mais a medida que eu gritava ele respondia urrando e falando obscenidades em meu ouvido, eu perdi a conta do tempo em que ele ficou atrás de mim segurando minha perna para o ar enquanto o monstro que ele carregava entre as pernas me arregaçava, eu sentia que seria partido ao meio a qualquer segundo, mas ainda assim a sessão de sexo brutal continuou. Ele largou perna e montou encima de mim.
-Arrebita essa bundinha gostosa Phil, anda vai.
Com a esperança que aquilo terminasse depressa acabei cedendo a seu pedido.
-Isso meu putinho, se entrega todo para mim, caralho, meu pau tá roxo de tesão.
Ele brincava tirando e colocando o pau em mim, apoiado em minhas costa me prensando na cama. Eu não tinha como negar que aquilo me dava tesão também.
Fomos surpreendidos quando a cama quebrou nos atirando no chão, sorte que o colchão foi o suficiente para nos proteger dos destroços. Alexei pareceu nem se importar com o acontecido e continuou com sua tarefa, pelo quarto agora havia cessado o ruído da cama e tudo que sobrava era nosso gemido e o som de sua virilha batendo contra minha bunda. Após um longo tempo ele gozou urrando e se extenuando ao máximo, utilizando toda suas forças nas bombadas finais enquanto me preenchia com seu leite.
Ele se deitou ao meu lado novamente e me puxou contra si, estávamos ambos suados e esgotados.
-Não vai levar muito tempo para domar você, meu anjinho, você já está doido por mim, de qualquer maneira que eu te foda você vai apreciar, ola só o quanto você gozou.
Quando olhei para o colchão abaixo de mim havia uma pequena poça, que denunciava que eu não havia alcançado apenas um clímax, mas vários.
Aquilo não foi o fim, Alexei ainda me acordou varias vezes durante a noite para transar (ou punir, não sei bem a diferença na cabeça dele), as vezes eu acordava já com ele bombando dentro de mim, ao gozar ou se cansar o suficiente para continuar ele adormecia engatado em mim, seu mastro era grande o suficiente para se ancorar dentro de mim mesmo amolecido.
Pela manhã quando retornei a mim ele estava me erguendo e colocando outro cochão abaixo de nós.
-Não faz sentido colocar outra cama aqui não é anjinho, a gente ia acabar quebrando ela mesmo.
Os dias foram esfriando e o único calor que eu sentia era quando alemão retornava ao quarto, pois quando saia ele levava as cobertas com ele, me deixando nu e sem nada para me proteger do frio, que nem era tanto assim, mas o psicológico me fazia ter a sensação de abandono e isso que era a pior parte.
No segundo dia eu já estava treinado a sentir alivio quando ele entrava pela porta, os momentos que ele passava comigo significavam que eu teria alimento, calor e carinho. E sexo. Alexei era um deus na cama, insaciável, atencioso.
Suas mudanças bruscas de temperamento haviam sumido, e com o passar do tempo achei que tivesse sido tudo coisa da minha imaginação, o homem que vinha a cada 3 horas me visitar durante o dia não podia ser o monstro que assassinou a sangue frio na base da porrada duas pessoas.
O jeito que ele entrava no quarto, largava o que quer que houvesse trazido de lado e se inclinava sobre mim, seus olhos brilhavam e ele me beijava, com o passar do tempo passei a abrir os braços para dar-lhe boas vindas, da terceira vez que fiz isso ele se deitou sobre mim e abriu minhas pernas e seu dedo penetrou meu anel que estava inchado do abuso intensivo dos últimos dias e igualmente de excitação.
-Não existe mais ninguém além de mim Phil. Você pertence a mim, e só a mim, para sempre.
Eu olhei em seus olhos, não era apenas uma ordem, era uma súplica. Alexei estava tão cansado dessa história quanto eu.
Apenas acenei positivamente. Algumas horas depois, cobertos pelo nosso próprio suor e porra ele voltou a me beijar ternamente. -Eu odeio ter que te deixar preso aqui, você acredita em mim, não é? Nada me deixaria mais feliz do que ver você andando por ai, explorando, se banhando no sol, mas eu tenho medo Phil.
-E-eu não posso te deixar, Alexei.
Ainda não se eu disse aquilo por não poder realmente sair da ilha ou se foi porque eu me sentia ligado a ele. A resposta o agradou, mas mesmo assim ele se foi, a solidão daquele quarto era esmagadora, eu deseja ansiosamente que Alexei retornasse.
Mais dois dias se passaram nessa rotina. Então um dia Alexei entrou eufórico.
-Acabou meu anjo, você está livre.
Eu me sentei e olhei confuso para Alexei.
-Deu no jornal hoje que eles encerraram as buscas pelo seu corpo, concluíram que os sequestradores te mataram depois de receber o resgate. O ultimo grupo de busca passou pela ilha a dois dias atrás, sem nem ao menos parar.
Eu estava boquiaberto, então eu estava morto para o mundo? Alexei se ajoelhou ao meu lado e me beijou ardentemente, parecia ridículo, mas eu imaginava quanta sorte eu tinha em tê-lo para mim, em ter sido sequestrado por ele.
-Você e eu estamos livres para recomeçar Phil, vamos dar um tempo por aqui, e depois nós vamos sair do país. Eu te amo.
-Eu te amo também Alexei, cuida de mim, por favor...