Corações Acorrentados II ... Parte 1.2

Depois da discussão com o Guilherme eu resolvi tomar um banho.

O Guilherme veio todos os dias me ver mas não falava muita coisa apenas coisas como Você está melhor? , Está sentindo algo? e coisas do tipo.

A semana passou rápido.

E eu cheguei em casa.

Era muito bom estar de volta a minha casa dormir na minha cama e tudo mais. Eu sentia que depois daquela discussão o Guilherme ficou diferente, ele estava mais quieto, mais sério que o comum.

Meu Pai deixou ele passar a primeira semana em casa. Mas ele não falava nada comigo. Me dava apenas selinhos e um sorriso forçado.

- Guilherme aconteceu alguma coisa? - eu perguntei para ele.

- Não porquê?

- Você está bravo comigo?

- Não, você sabe que eu nunca vou ficar bravo contigo apenas estou cansado. Não estou dormindo direito. Não se preocupe. - ele disse sorrindo, mas eu sabia que ele estava mentindo.

Deixei ele pensar que eu tinha acreditado. Voltei para a escola.

Todos vieram ver como eu estava, bom o que eu fiquei preocupado era que eu tinha perdido muito tempo na escola. Bom segundo meus boletins eu tinha fechado a pontuação para eu passar de ano. Mas eu fiquei muito tempo em coma e isso me deixou atrasado já estávamos no 4 ° Bimestre.

Eu peguei toda a matéria com o Guilherme. Mas eu fiquei pensando que a média final sem as provas irão cair minha média.

Na hora de ir embora Meu pai veio me buscar Eu liguei para o Guilherme falando que o meu pai tinha acabado de chegar mas ele não atendeu.

- Vamos filho tenho que passar em um escritório antes da 13:00.

- O Guilherme ainda não apareceu.

- Serve aquele ali atrás?. - disse meu pai apontando para alguém.

Eu olho para trás e vejo o Guilherme.

- Onde o senhor foi? - eu perguntei bravo.

- Eu não estava te traíndo apenas fui ao banheiro. - ele disse entrando no carro me deixando ali parado sem me dar um selinho .

Eu entrei e bati a porta do carro e cruzei meus braços e fiquei olhando para fora do carro.

- O carro não tem culpa de vocês estarem brigando ouviu Jonas. - disse meu pai ligando o Carro.

O carro foi em silêncio até em casa, eu e Guilherme saímos do carro e meu pai foi resolver um negócio dele.

- Vou preparar algo para comermos. - Eu disse indo para a Cozinha.

- Tá - foi o que o Gui falou.

Ele subiu para o quarto tomar banho e eu fiz nosso almoço. Parecia um velório. Só que ninguém chorava. Era um silêncio. Ele terminou de comer e foi para a sala. Escuto meu pai abrir a porta.

- Filho eu não vou almoçar tudo bem. Olha qualquer coisa me liga. Eu e o Guilherme estamos indo para o escritório. 18:00 estamos de volta. - ele disse pegando uma maçã e dando um beijo na minha testa.

Então fiquei sozinho em casa e isso era muito Bom. Comecei a estudar e adormeci e acordei com meu pai me chamando. Já era 18:00 então eu tinha que sair um pouco e aliviar um pouco o Guilherme. Mas descubro que ele pediu para meu pai deixar ele na casa dele.

- Ele não quis dormir aqui ou o senhor falou alguma coisa?

- Não queria colocar os seus problemas de casal em mim, ele pediu eu apenas deixei ele lá daí você que resolvam.

Eu pedi para meu pai levar eu até a casa dele. Meu pai meio bravo aceitou e me deixou na frente da casa do Guilherme.

Eu bati na porta e ninguém atendia.

Bati de novo e escuto a voz do Gui.

- Já estou indo.

Quando ele abre a porta sai um fedor de álcool. Ele olhou para mim assustado.

- Jonas o que tu faz aqui?

- Não sei eu vim procurar meu namorado.

- entra - ele disse abrindo espaço para eu entrar.

Eu entrei na sala e estava uma bagunça, tinha um monte de latinhas e litro de cerveja no chão. E na mesa uma garrafa de uísque.

- Então não quis me chamar para a festa? - eu perguntei para ele.

- Não está tendo nenhuma festa. E eu falei que me ligasse antes de vir para cá.

- Porque para você limpar todas essas coisas?

- Não as ruas são perigosas.

- Meu pai me trouxe aqui. - eu respondi.

Estava tentando me segurar mas ver ele naquela estado era muito ruim.

- Eu não entendo Guilherme...

Ele me interrompe.

- Lá vem Sermão.

- Não eu não vou dar Sermão Guilherme porque você é de maior. Eu apenas queria saber o porque de tudo isso. Você que sempre odiou bebida alcoólicas. - Eu perguntei.

- A por favor Jonas, Olha você não sabe pelo que eu estou passando e pelo que eu passei beleza então PARA. Eu sei me cuidar. - ele disse ficando nervoso.

- Se eu não sei me conta eu sou teu namorado e esse é meu trabalho, Minha obrigação. Te ajudar a passar por momento difíceis. Ou você prefere ficar igual ao teu Pai.

Parece que eu falei uma coisa proibida. Ele me olhou com uma cara de ódio e começou a Gritar.

- Se quer saber mesmo. Ele não é me Pai beleza. Eu descobri que ele não é meu pai e o Pior eu descobri que minha mãe foi uma puta.

- Guilherme.

- É isso mesmo amorzinho, Minha Querida Mãe traiu seu esposo com outro. Não sei se fiquei feliz por saber que não sou filho daquele desgraçado ou se fico triste por saber que minha mãe pulou a cerca e eu não saber quem é meu verdadeiro pai. Jonas eu tenho apenas 19 anos e descobri que o cara que criou ou tentou criar eu todos esse anos não é meu pai, saber que aquela mulher que eu criei na minha cabeça era a pessoa mais pura deste mundo, Na verdade era uma puta. E depois pensar que meu namorado quase morre por minha culpa. Cara eu não tinha outra escolha. - ele começou a chorar.

Eu não sabia o que fazer.

Eu o abraçei. Ele me apertou e falava chorando.

- Me perdoa eu não queria que você se machucasse.

- Está tudo bem não foi sua culpa Gui.

Eu solto dele e segurei seu rosto.

- Melhor você tomar um banho enquanto eu arrumo essa sala pois você está fedendo.

Ele foi para o quarto tomar banho e eu fiquei limpando a sala.

Continua...

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