Evan, O Escravo do Rei 6 parte 2

Parte 2

Os dias passaram rápido, entre tantas tarefas a serem acertadas na matilha, acabei me envolvendo de cabeça no dia a dia da matilha, acabou que muitos tinham negócios próprios e eu acabei virando o consultor deles, além de conselheiro sentimental de outros, os lobos se abriam facilmente comigo, talvez porque Max nunca tivesse dado abertura para isso antes na matilha eles tivessem essa carência. Eu fiz meu melhor e pelo visto deu resultados.

Salvador estava namorando uma policial, ele tinha esperança de que fosse algo duradouro. Melissa e Dior dançavam um ao redor do outro, usando a fachada de amizade, mas tanto um quanto o outro já havia me confidenciado estar sentindo algo mais, eu procurava uma maneira de abordá-los e colocar a situação em pratos limpos. Acabei conhecendo diversos outros membros da matilha, como a família que tinha problemas por um de seus filhos não ser um lobo, era tipo uma mutação, caso raro entre eles. Acabei conhecendo também a segunda beta, que tomou o lugar de Dior. Julia era uma guerreira nata, porem muito feminina, fazia o tipo de femme fatale, quase sempre com um vestido e cabelos soltos, de qualquer maneira era extremamente sexy.

E mesmo entre toda essa agitação Max me mantinha perto o quanto podia, eu ligava para Tom, e por enquanto conseguia mantê-lo calmo. Eu ainda não saia do castelo, mas já saia para minhas corridas matinais e noturnas, sempre acompanhado de Max e Ric.

Eu também saia às noites para assistir as transformações dos lobos da matilha, e algumas vezes eu me juntava a eles com Max. Eles ficavam maravilhados e temerosos ao mesmo tempo, nosso lobo não era de maneira nenhuma natural, tinha altura igual a de um elefante e velocidade sobrenatural até mesmo para um lobo. E mesmo que eu e Max não estivéssemos pensando hostilidades ele sempre emanava uma aura de fúria. Eu achava que era minha culpa, pois Max não tinha controle sobre ele, enquanto estávamos transformados eu sentia Max fundido a minha alma, mas os movimentos do lobo eram exclusivamente minha responsabilidade, e para minha surpresa não sentia ressentimentos por parte de Max, ele parecia aliviado em entregar o controle nessa hora.

Quanto a Ric, era cada dia mais difícil ficar um ao lado do outro, mesmo assim não conseguíamos nos afastar, mesmo não nos tocando. Foram quatro meses dessa agonia infindável. Nesse período Ric se tornou muito querido na matilha, ele era divertido, despojado, diferente, excêntrico. Todo dia ele aparecia com algo diferente para animar a todos, seu jeito de playboy conquistava e cativava. Ele era o oposto natural de Max, que sempre fora sério e autoritário. Ric conseguia que todos ao seu redor fizessem suas vontades sem que ele pedisse.

As noites de lua cheia eram uma festa, todos ficavam no topo da selvageria, exceto por Max, que tinha um controle maior do seu lobo. E eu, que não tinha um lobo próprio.

Nessas ocasiões Ric ficava praticamente descontrolado, bebia e dançava muito, fazendo a festa entre a mulherada da matilha, ele sempre dava um jeito de seduzir alguma e trocar uns beijos com ela, meu senso humildade me impedia de pensar que ele fazia isso para me provocar, mas o resultado era o mesmo, apesar de ainda manter a fachada sorridente por dentro a ciúme me corroía e com ele a culpa, afinal, Max estava ao meu lado.

Eu secretamente odiava cada uma que ele se esfregava e o que me confundia ainda era que meu amor por Max não diminuíra, era como se Ric apenas ocupasse um lugar que fora dele e continuava reservado.

Mas essa não era a pior parte dessas festas, a pior parte (e a que secretamente eu ansiava) era a parte em que Ric me encurralava em algum canto qualquer e me pressionava contra a parede, eu podia sentir a força de seu corpo, em noite de lua cheia ele exalava poder, dos seus olhos eu via seu lobo, faminto, excitado. Ric não abusava de mim, nem sequer me beijava sem minha autorização, ele era doce quando tinha controle sobre si proprioe assim que ele se comportava, mas eu sentia seu controle por um fio que esmaecia cada vez mais.

Ele apenas me prendia contra a parede, sentia seu hálito quente enquanto ele me cheirava, mas como eu não me movia para toca-lo ele se afastava e sai de perto, soltando um som parecido com um ganido. Ele estava frustrado, estava usando todas as suas armas para me conquistar, seu sexy apeal, seu estilo de vida, e nessas encurraladas até sua força, sua dominância, mas eu estava resoluto, frio como uma pedra, pelo menos por fora.

O primeiro grande acidente ocorreu naquele dia, um pouco depois do café da manhã, enquanto Max estava fazendo ligações no escritório eu estava na mesa ao lado, trabalhando em alguns projetos quando Ric entrou pela porta.

Max não deu importância, mas eu me alarmei, eu sempre me alarmava quando Ric entrava no mesmo cômodo que eu. Eu tinha que olhar para ele, se não poderia tê-lo eu simplesmente olharia, até o elo se desfazer e ele seguir em frente. Mas aquele dia ele tinha o olhar diferente, seus olhos caramelo agora estavam dourados, brilhantes.

“Você não vai me negar mais!” sua voz ressoou pela sala, minha pele ficou arrepiada e eu não ousei olhar para Max, mas ouvi quando o celular caiu da sua mão. “Você é meu por direito Evan, não vai mais fugir de mim!” Ric estava encima de mim antes de eu poder reagir, mas antes dele tocar em mim foi empurrado para trás. Eu reconheci a onda de energia como a mesma que Max tinha usado para banir Salvador durante uma das minhas primeiras noites ali, mas Ric não caiu pelo portal atrás dele, o portal sumiu antes.

“Evan? O que você está fazendo?” a voz de Max era uma mistura de suplica e confusão e raiva.

“E-eu não fiz nada Max.” E pelos céus, eu realmente não havia pretendido fazer o buraco sumir, mas a voz na minha cabeça sussurrou ‘nenhum matêe será banido presença do ômega’.

Eu dei um passo para trás quando Ric, ignorando Max, avançou novamente em mim. Eu senti Max tentar me puxar para formarmos o super lobo, mas a voz novamente falou ‘ele não, o outro’ e meu corpo resistiu. Mesmo assim Max com um salto no ar aterrissou na minha frente como um lobo antes de Ric me tocar, forçando o irmão a recuar. Ele deu uma rápida olhada para trás, e mesmo como lobo eu podia sentir seu ressentimento. Ric também tomou sua forma de lobo também, os dois lobos se circularam, Max voltou ser o lobo preto e branco, muito parecido com King (aparentemente a cor do lobo mudava de acordo com suas emoções) e Ric era um grande lobo rubro, não tão grande como Max, mas tinha um certo tom primal nele, como se ele fosse uma criatura pré histórica.

Os dois lobos uivavam um para o outro enquanto circulavam se encarando, eu não podia deixar eles se matarem, eu não podia deixar meu amor morrer, mas naquele ponto eu temia por quem?

Eu puxei Max para mim, forçando nossa transformação para o super lobo, eu tinha que levar essa batalha para longe do castelo, então saltei pela grande janela e em um salto estava de pé no jardim na parte detrás da casa, o lobo Ric me seguiu e eu fui em direção à floresta.

Eu sentia Max dentro de mim, ele usava a conexão com o lobo para vasculhar minha mente em busca da verdade.

“Eu não te traí.” Era minha única defesa. Estávamos de volta naquela sala negra, eu já havia conseguido iluminar grande parte dela, já não tinha mais a camada negra cobrindo os móveis, mas enquanto eu olhava Max sentado a sua poltrona do lado oposto do cômodo eu via a sala se escurecer e a poeira negra se assentar novamente.

“Não em corpo, mas você ansiava por ele em sua mente.” A dor em sua voz me machucava. “Você ansiava por ele enquanto eu te possuía.” Uma lagrima escorreu pelo eu rosto, quase envolto em sombras agora.

“Eu não controlo isso, se eu pudesse esqueceria isso tudo, mas eu não consigo, olha por você mesmo, meu amor por você não diminuiu, olha!”

Então eu mudei o cenário, mostrando a ele a sala mais secreta da minha mente. Era um campo, cercado por uma floresta, ali Max era King, o campo era um espaço onde ele poderia se divertir e se sentir seguro, assim como todos que eu amava.

“seu lugar no meu coração não diminuiu.”

O cachorro olhou para o horizonte, em uma faixa do campo que estava desfocada, embaçada. A voz de Max saiu dele.

“Eu entendo, mas agora existe um lugar para ele também, uma distorção tão grande no seu coração deveria ter te levado à loucura a essa altura Evan.”

Eu olhei a distorção, e enquanto eu observava ela crescia, destruindo as plantas verdes ao seu redor lentamente, mesmo a luz era devorada por ela.

“Você tem suportado isso em silencio, Evan?”

Eu não tinha o que falar. “Eu não quero te magoar, Max, eu nunca faria nada para te magoar.”

Do lado de fora nosso lobo fora acuado pelo lobo de Ric, eu não iria ataca-lo, mas também não deixaria ele entrar em embate com Max. Eu recuava e atrás de mim um rio violento corria, eu não tinha como fugir mais. Num salto ric estava em minhas costas.

“O que ele vai fazer?” perguntei confuso a Max.

“Eu acho que ele vai...”

“Não! Perae, isso não!”

Ric estava tentando forçar nosso lobo à submissão, para isso ele forçaria a cópula.

No pânico eu desfiz o lobo, eu caí para um lado e Max para outro, enquanto Ric ficou confuso no meio, seu lobo balançou a cabeça pra se livrar da tontura mas logo notou minha presença e começou a avançar contra mim, eu tentei recuar, estava sentado no chão e usei meus cotovelos para tentar me afastar dele, que avançava lentamente. Daquela posição eu via seu membro, que estava exposto da pele, gigante e vermelho.

Eu estava prestes a ser violentado por um lobo gigante, minha mão começou a tatear o leito do rio sob mim a procura de algo para me defender.

“Nãaaaoooooooo!” Max gritou atrás de nos e da minha posição vi seus pés humanos sumirem e as patas de seu lobo aparecerem, eu não podia mais evitar a batalha.

Max avançou em Ric, o impacto fez os dois serem lançados por cima da minha cabeça, eu evitei ser atingindo me encolhendo no chão ainda mais. Antes mesmo de tocarem no chão os dois eram uma bola de pelos, dentes, garras e sangue. No meu desespero eu peguei pedras no chão e comecei a atirar contra eles.

“Parem, Max para, Ric, não!” eu gritava e chorava enquanto atirava pedras, mas os lobos nem sequer me davam bola e continuavam a se devorar. Eu não sabia dizer quem estava ganhando, os dois não se separavam, quando um mordia o outro mordia mais forte, quando um rasgava com as garras o outro devolvia. Eu comecei a correr em direção dos dois, minha intenção era tentar parar a luta com minhas próprias mãos, quando do canto do olho eu vi um portal se abrir, mas do contrario dos meus portais e de Max, esse era branco, parecia ser feito de luz.

“Você vai entrar no meio deles? Você é idiota?”

O ouvir a voz eu parei e olhei para a forma que emergia do portal.

Um rapaz loiro alto emergiu do portal, usava vestes brancas e azuis, ele pareceria um anjo se não fosse o tem cínico de sua voz. Um vulto vermelho o seguiu pelo portal, se moveu como um borrão e agarrou o lobo que era Ric, os dois se chocaram na margem oposta do rio, antes que eu me virasse para vê-los outro vulto branco saiu do portal, que se fechou, o vulto branco agarrou Max e o jogou encima do lobo Ric., as duas criaturas pairaram sobre os dois lobos confusos. Aquela foi uma cena que eu nunca iria me esquecer em toda minha vida.

O que era o vulto vermelho agora revelou ser algo muito próximo a um anjo, mas com asas negras e pele vermelha, mesmo da outra margem do rio eu sentia a hostilidade que ele emanava, o que era o vulto branco era sim um anjo, da minha posição eu via seus cabelos loiros e suas asas brancas, sua pele era alva como o marfim, usava uma túnica branca.

Os dois lobos se olharam e então ficaram de costas um para o outro, forjando uma aliança para combater o inimigo recém-chegado.

“Não acredito, eu falei para os dois conterem os lobos, só conter, agora eles vão caçar briga, quanta dificuldade em seguir uma simples orientação.” O loiro estava agora parado ao meu lado, observando a cena do outro lado do rio.

Ele ergueu a mãos e irradiou uma luz fortíssima, muito semelhante a que a feiticeira Vivian lançou na noite em que a conheci na clareira.

Quando consegui abrir novamente meus olhos estávamos na sala do trono, no castelo dos lobos. Max e Ric estavam de volta a forma humana, nus, pois a roupa deles havia desintegrado quando viraram lobos. O anjo e o demônio os cercavam, isolando os do rapaz loiro e de mim, que estava ao lado dele.

“Acho que aqui é um ambiente melhor para conversarmos...” então ele ficou vermelho quando percebeu que Max e Ric estavam nus. Os dois ainda estavam confusos, mas não baixaram a guarda em frente as duas criaturas místicas a sua frente.

Eu me dirigi ate um armário discreto que tinha ali e retirei dois paras de moletons simples, Max me disse que mantinha eles espalhados pela casa no caso de necessidade.

Eu entreguei para Ric sem olhar em sua cara, ainda ressentido pela confusão e envergonhado. Max pegou a roupa da minha mão mas não olhou na minha cara.

“Desculpa, acho que chegamos na hora errada.” O rapaz loiro disse.

“Eu acho que nós chegamos na hora certa.” O demônio retrucou, seus olhos eram prateados e do seu sorriso eu podia ver seus dentes felinos afiados. Ele estava nú também, mas não tinha vergonha nenhuma disso, seu corpo era coberto por tatuagens azuis luminosas e um rabo vermelho pontudo balançava preguiçosamente atrás dele, não olhei para o meio de suas pernas, mas ele olhou para mim enquanto olhava-o e deu um sorrido que transparecia sacanagem. “Querem continuar a disputa agora, vira-latas? Eu posso levar essa belezinha como premio e vender ele nas ruas.”

Eu ainda assimilava as palavras daquele ser maligno, mas Ric me puxou para trás de sí.

O anjo colocou a mão sobre o ombro do demônio. “Não viemos caçar confusão, Luc. Viemos pedir um favor.” Sua voz era cheia de simpatia e compreensão, eu me aclamei imediatamente, mesmo contra minha vontade relaxei.

O demônio pareceu se irritar. “Tira a mão de mim, penoso.” Mas mesmo assim não fez menção de remover a mão do outro.

“Desculpa pelos maus modos do capeta aqui, meu nome é Hector.”

Hector estendeu sua mão e eu sai detrás de Ric e a segurei, em sinal de paz.

“Eu sou sobrinho de Vivan, espero que ainda se lembre dela.”

Como eu poderia esquecer a feiticeira que lançou e livrou Max da maldição.

“Eu vim aqui te pedir um favor, eu preciso que seu lobo crie um elo entre meus dois parceiros.” Ele apontou o anjo e o demônio.

“Vocês três são matêes?” Max perguntou atônito.

“Eu sou a ressonância de ambos, mas o elo entre eles é fraco demais, seu lobo tem a capacidade de criar elos, então eu queria tentar, se você quiser, claro. Acho que você é minha ultima esperança.”

O anjo então chegou perto de mim, segurou meu queixo olhou nos meus olhos. Atrás de mim Ric e Max rosnaram, mas o demônio se colocou no caminho deles. “Calminha vira-latas, vocês querem um ossinho?”

“Eu vou arrancar um osso da sua perna, maldito.” Max rosnou de volta.

“Luc! Pelo amor dos céus, não provoca eles, eu sinto muito senhor alpha. Demônios não são conhecidos por sua racionalidade.” Hector estava estressado, e o demônio olhou para ele com algo muito próximo a arrependimento e recuou.

“Acho que chegamos cedo demais, Hector. Ele ainda não está conectado ao segundo matêe dele.” O anjo largou meu queixo e deu seu diagnostico com um susporo de desapontamento.

“Oh... e agora?” ele lançou um olhar sofrido para o demônio e uma lagrima escorreu pelo seu rosto.

“Por favor, Hector, você acha que eu tenho medo do inferno? A gente está perdendo tempo procurando uma solução enquanto deveríamos estar curtindo encima de uma cama.” O demônio agarrou Hector e tentou beija-lo, Hector desviou-se e colocou a mão em seu peito para mantê-lo longe.

“Evan, eu sei que você tem medo de uma união tripla, mas eu vejo em você o potencial para lidar com essa situação.” A voz do anjo transmitia sabedoria, era o mesmo tom que um pai usa com seu filho, para lhe explicar alguma coisa.

Hector se livrou do demônio e se aproximou de mim. “Eu também tive que me desdobrar em dois para lidar com essa dupla aqui, o importante é que um de vocês tenha cabeça feita o suficiente para lidar com os outros dois, tirando isso o amor de vocês vai cuidar do resto.”

Então o anjo se virou para Max. “Eu sei o que se passa na sua cabeça, mas a união entre seu irmão e Evan vai trazer benefícios não só para sua matilha, mas para todos os lobos, ele vai unir todas as matilhas em uma só sob a sua liderança, Max.”

“Será que o blá blá blá acabou? Eu quero ir embora, quero curtir um pouco meu feiticeiro.” O demônio abriu um portal.

Quando olhei para Hector ele olhava para um ponto distante do outro lado do salão do trono. Eu segui seu olhar mas só havia uma parede lá.

“Nós temos mesmo que ir embora, esse lugar...”

O anjo se moveu rapidamente e envolveu Hector com os braços. Hector afagou as mãos do anjo e veio em minha direção, me abraçou e sussurrou no meu ouvido.

“Cuidado com o fantasma, ele não é o que parece.”

Ele foi puxado dos meus braços antes de dizer qualquer coisa, o demônio Luc o atirou sobre os ombros, deu um forte tapa em sua bunda e saiu carregando-o através do portal.

“Chega dessa ladainha besta! Os vira latas que se fodam.”

O anjo seguiu, antes de sumir pelo portal virou para nós e desculpou-se.

O portal sumiu, deixando somente nós três, atônitos.

Após alguns instantes Ric saiu porta afora, sem falar nada.

Eu também não tinha coragem de olhar para Max, me virei para sair quando ele me agarrou pelas costas e me apertou forte contra seu peito.

Senti lagrimas escorrerem pelo meu ombro, caindo dos olhos de Max, eu não pude conter as minhas próprias.

“Não me deixe.”

Sua voz estava áspera, rouca, quase não saiu, eu me virei de uma vez e o apertei contra meu corpo enquanto o beijava em todos os lugares possíveis. “Nunca, nunca nunca, Max. Eu morreria antes de te deixar. Você sabe disso, você viu isso na minha alma.”

“Eu morreria antes de te magoar, meu pequeno.”

Passamos muito tempo sentados no tapete do salão, somente nos tocando, nos assegurando de que um estava ali pelo outro, nos confortando. A pele de Max estava quente e seus olhos demonstravam sua fragilidade, eu daria qualquer coisa para ver meu alpha livre daquela agonia.

“Me possua, Max, me faz seu novamente.” Ele grunhiu, mas não tomou atitude. “Eu preciso de você Max, por favor.”

Ele me soltou e se levantou, me olhou com cara de raiva. Eu achei que ele iria sair dali, mas então ele me disse.

“Tira sua roupa.” E esperou que eu obedecesse a sua ordem.

Eu abaixei a cabeça e comecei a despir, mostrando minha submissão ao meu lobo alpha.

Quando eu estava nú olhei para ele, que me devorava com os olhos. Mas não se mexeu.

“Ajoelha.”

Eu vi a enorme tenda que se formava sob a calça do moletom, ele não tinha colocado o casaco, somente a calça.

Eu me ajoelhei aos seus pés e olhei para cima, esperando suas ordens, minha cabeça estava um pouco abaixo do volume entre suas pernas. Eu sentia o calor e o cheiro gostoso de excitação que emanava dali, mas não o toquei.

“Abaixa minhas calças, pequeno.” Eu o obedeci e deixei que seu membro batesse em meu rosto com força quando o despi. Isso arrancou um urro dele.

“Agora brinca com ele.”

Eu manipulei seu membro grande e grosso, minhas duas mãos não eram o suficiente para circundá-lo, era sempre maravilhosamente espantoso segurar o pau de Max,e quando sua excitação escorreu em um fio longo eu fiz menção de coloca-lo em minha boca.

“Não!” então ele deu um passo atrás saindo do meu alcance, olhei para ele com cara de magoado. “tsk, tsk, você não me obedece Evan, como você quer sua recompensa se você não me obedece?”

Enquanto ele falava ia mexendo seu membro, produzindo mais do seu néctar. Aquele jogo estava me deixando louco.

“Por favor meu alpha, eu prometo te obedecer, só me deixa provar.”

“Não, agora você perdeu sua chance de colocar isso aqui na boca.” Max balançou o pau, então se agachou na minha frente e disse no meu ouvido. “Mas eu ainda posso colocar no seu rabinho, você quer?”

Eu gemi de tesão, quase gozei ali mesmo. “Sim Max, por favor, eu faço qualquer coisa!”

“Hummm. Qualquer coisa é? Interessante.”

Eu balancei a cabeça e os olhos de Max estavam faiscando, ele estava se divertindo com aquela situação toda. Ele se sentou a minha frente e abriu as pernas, manuseando o monstro entre suas pernas lentamente, para me provocar. Eu achei que ele tinha mudado de ideia e me deixaria chupa-lo, mas...

“Fica de quatro, mostra esse rabo para mim vai.” Eu o obedeci, abri bem as pernas e expus meu anel para ele.

“Isso, agora enfia um dedo para eu ver.”

Aquilo era tortura, meu pau estava a ponto de estourar de tão duro, saber que Max estava atrás de mim me vendo brincar comigo mesmo estava me levando a beira do precipício.

“isso, bem devagar, abre ele bem para receber meu pau, você quer receber meu pau, não quer Evan?”

“Sim, meu alpha, por favor.”

“É... quem sabe... agora enfia outro dedo, vai.” Eu sabia que ele estava me provocando, mas meu medo de que ele saísse da sala sem querer finalizar o que começamos foi real.

O segundo dedo me abriu ainda mais, eu começava a arfar de tesão. Eu ia gozar sem nem mesmo tocar no meu pau, quando senti movimento atrás de mim, Max posicionou seu pau acima da minha bunda e deixou seu néctar escorrer lambuzando meu dedo e meu anel.

“Isso, agora vai mais rápido, usa seus dedos como você quer que eu use meu pau nessa delicia de rabo, Evan. Enfia outro dedo vai.”

O seu néctar explodiu em mim quando me tocou, me fazendo cair com o peito no chão e empinar ainda mais a bunda.

“E-eu não aguento mais Max, por favor, soca logo em mim, por favor.”

Ele ficou de quatro sobre mim, cobrindo meu corpo, mas quase não me tocando, seu pau caiu pesado sobre minhas costas e ele rosnou em meu ouvido.

“Você vai aprender a me obedecer Evan! Agora enfia outro dedo e faz o que eu te mandei.”

Sem escolhas eu enfiei outro dedo em mim, e comecei a movimenta-los com força, como meu alpha queria.

“Isso, assim que você tem que me obedecer, pequeno.” A tortura que Max me impunha piorou quando ele começou a lamber meu pescoço, ocasionalmente deixando seus dentes roçar em minha pele.

Eu já estava derretido no chão, só mantinha meu traseiro no ar por que ele estava em contato com o pau de Max, o seu pau enorme, pulsante e quente, que derramava uma enxurrada em minhas costas.

Repentinamente, com violência Max retirou minha mão e a segurou acima da minha cabeça.

“Olha só como você me deixa, filhote” então, meus céus, eu vi estrelas, sua cabeça tocou meu anel, já sensível depois do trabalho com os dedos. Max não perdeu tempo e foi enfiando, eu coloquei força nos joelhos para me manter na posição enquanto aquele macho com corpo enorme e vara colossal entrava em mim.

“Você acha que eu só estava te torturando? Você não sabe o quanto foi difícil me segurar enquanto você brincava com o que era meu Evan, tão sensual, eu não vou durar muito tempo meu pequeno, goza enquanto eu entro em você.”

Eu balancei a cabeça afirmativamente, mas eu não estava em posse dos meus sentidos, todo meu ser era aquela pica rasgando caminho dentro de mim.

“Isso é uma ordem, Evan, goza.” Max gritou antes de morder meu pescoço com força e mergulhar de vez e com força em mim.

Ele deve ter atingido algo em mim, pois sem me tocar eu despejei meu sêmen no chão, lutando para manter a força nos meus joelhos, Max só teve força para terminar de enfiar, quando senti suas bolas tocarem minha bunda também senti seus jatos poderosos me preencherem enquanto seus dentes renovavam a marca em meu pescoço.

Eu perdi os sentido e fui ao chão, com Max tremendo todo encima de mim. Quando acordei estava em nossa cama. Max estava me observando dormir.

“Eu tomei uma decisão, Evan.”

Eu me alarmei e sentei na cama. Ele estava serio.

“Eu não vou ficar entre você e Ric, Evan. Mas eu vou provar para você que eu sou a melhor escolha, eu sou o único homem na sua vida.”

“Eu nunca duvidei disso, Max.”

“Mas o destino duvida, seja lá qual a força que governa esse mundo, ela duvida que eu seja o suficiente para você, porque colocou Ric como seu matêe também, eu vou provar isso para ele, no final eu vou ter você só para mim, e ainda vou encontrar um jeito de manter meu irmão entre nós, mesmo que com outro parceiro.”

Eu agarrei Max com força, vi a angustia marcada em seu rosto, crescendo como um buraco negro em sua alma.

Passamos o resto do dia nos beijando, eu tentava confortar Max, no inicio da noite ele saiu para cuidar da matilha e eu tomei um banho. Eu queria evitar encontros com Ric, então fiquei deitado, lendo um livro qualquer até Max retornar. Eu teria me alimentado melhor se soubesse que aquela noite estava apenas começando.