mtu bom
A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 05X15 - "O PLANO"
As feridas causadas durante a nossa vida demoraram a cicatrizar, algumas mais que outras, mas um dia elas saram. O que não podemos evitar é ser surpreendidos por uma faca que um dia já nos furou o peito. Meu irmão, Fernanda e Osvaldo estavam em casa colocando o plano em ação. Minha mãe passa por eles, pois, estão concentrados e não prestaram atenção na campainha tocando. E quando abre a porta, a única reação é gritar e dizer...
- Não acredito! – gritou minha mãe com um enorme sorriso no rosto.
- Então gente... eu chego lá e... e...
- Meninos... – falou minha mãe interrompendo o raciocínio de Fernanda.
- Adivinha quem está aqui? – perguntou dona Paula.
- Quem? – perguntaram todos em coro.
Os olhos de Phelip quase saltaram das orbitas. Era ninguém mais... ninguém menos do que Duarte. Ele estava diferente... o ar dos Estados Unidos mudou ele. Os cabelos negros deram lugar a loiros fios. Seu físico também estava diferente. Mas era o Duarte. Fernanda não se conteve e correu para abraçar o amigo. Osvaldo também o abraçou. Phelip se aproximou e esticou o braço.
- Que bom te ver. – disse meu irmão sorrindo.
- Menino... porque você não me ligou? – perguntou Fernanda.
- Queria fazer uma surpresa... eu... cheguei ontem... soube do acidente do Pedro...
- Sim... eu contei para sua mãe. – falou minha mãe. – Vamos entrem...
Duarte contou a todos sobre os estudos e a vida nos Estados Unidos. Phelip permaneceu distante por vários minutos. Ele realmente estava preocupado com seu namorado.
- Bem... gente... o papo está ótimo, mas... Fernanda... precisamos terminar aquele negócio... – ele disse se levantando.
- É... podemos fazer depois... então amigo? Me conta mais... estava com tanta saudades...
- Fernanda... Osvaldo... precisamos ir... tenho que... precisamos ir.... – repetiu meu irmão.
- Amigo... precisamos ir ali... e... – disse Fernanda parada olhando fixamente para Duarte.
- O que foi? – ele perguntou.
- Eu sou a maior gênia... vamos... – ela disse puxando Duarte.
Na clinica eu mostrei a novidade para Rogério. Ele me carregou no colo e por uns segundos ficou me olhando nos olhos.
- Roger... não... não podemos. – disse olhando para baixo.
- Tudo bem... um homem pode sonhar né? – ele falou sorrindo.
Depois de algumas horas de treino fiquei cansado e pedi para ir à piscina. Ele entrou comigo e ficamos tomando banho pro alguns minutos. Tereza apareceu e disse que precisava sair mais cedo. Ela fechou a porta e ficamos brincando na água. Por causa dos exercícios fiquei com o braço mais tonificado.
- Ei barco... quero ir até a outra ponta. – falei me segurando na costa de Rogério.
- Está mal acostumado. – ele disse nadando até o outro lado.
- Acho que já deu. – falei rindo.
- Deixa eu pegar uma toalha para você. – disse saindo da piscina.
Rogério foi até a bolsa e pegou uma toalha. Ao chegar perto da piscina ele caiu feio e ficou desacordado no chão.
- Rogério!!! – gritei. – Rogério levanta... não tem graça... Rogério!! Socorro!!! Socorro!!! – gritei até perder a voz, mas estava preso na piscina.
Longe dali, Ezequias era forçado a fazer vários trabalhos. Desde ajudar um pedreiro até varrer e limpar do o complexo da instituição. Ele conversou com outro colega que explicou mais um pouco do lugar.
- Aqui vem vários jovens homossexuais... igual a nós... e ficamos aqui até aprendermos a ser homens.
- Isso é loucura...
- Eu sei... – disse o jovem varrendo o chão.
- E o que acontece... como saimos daqui?
- Quando o diretor decidir... que estamos aptos... – disse o jovem olhando para o céu.
- E a quanto tempo você está aqui? – perguntou Ezequias.
- Dois anos... – respondeu o jovem sem olhar para Ezequias.
De volta a cidade, Duarte e Fernanda estavam irreconhecíveis. Eles bateram na porta da casa de Ezequais e quem atendeu foi Eleonora. Simpática a senhora os convidou para entrar.
- Boa tarde... – disse Fernanda atendendo pelo nome de Maria dos Anjos. – Somos missionários da Igreja Apostólica dos Anjos e Arcanjos. – Estamos distribuindo no bairro panfletos da nossa missão.
- Posso ver? – perguntou Eleonora.
- Na verdade a missão é voltada para os jovens... sabe... nesse mundo existe muita corrupção... drogas... prostituição... homossexualismo... – disse Duarte atendendo pelo nome de Miguel.
- Sim é verdade... – disse ela tentando não chorar.
- Você tem filhos? – perguntou Fernanda.
- Sim... um casal... mas o meu filho precisou fazer uma viagem.
- E presumo que a senhora tem uma filha? – perguntou Duarte sorrindo. – Podemos conversar com ela?
- Claro... vou chama-la... ela está no quarto estudando... – disse Eleonora subindo as escadas.
- Ou melhor presa... – disse Fernanda.
- Fernanda... quem é esse menino? – sussurrou Duarte.
- Ele é um amigo nosso... durante esse tempo que você ficou fora algumas coisas aconteceram... – disse Fernanda.
- Entendo... ei... lá vem a mulher...
Daniele estranhou e sentou na poltrona. Eleonora perguntou aos jovens se eles aceitavam alguma coisa.
- Eu aceito um chá de Camomila... – disse Fernanda.
- Hummm... – disse Duarte pensando em uma receita que demorasse alguns segundos. – Eu aceitaria um chá de Hortelã.
- Uau... tão jovens e com um gosto encantador para bebidas. – disse Eleonora indo em direção a cozinha.
- Daniele... – falou Fernanda.
- Como você sabe meu nome? – perguntou a jovem.
- Sou eu... Fernanda... amiga do Ezequias... precisamos saber para onde seu pai o levou.
- Eu não sei... o meu pai não disse, mas eu creio que há uma pista no quarto deles...
- E como podemos achar essa pista? – perguntou Duarte.
- Um de vocês vai ter que subir e procurar. Rápido... – pediu a jovem.
Fernanda não hesitou e correu para o segundo andar. Duarte e Daniele ficaram se olhando sem saber o que fazer. A jovem revirou em várias gavetas e nada de encontrar a tal pista.
- Vai... me ajuda.... – ela disse torcendo para encontrar.
Eleonora surgiu assustando Daniele e Duarte. Ela perguntou por Maria dos Anjos.
- Ela foi no banheiro mãe... está com problemas de meninas. – disse Daniele rindo.
- Então... Daniele... como eu falava... ehh... existe uma diferença muito grande entre pecar e funicar... – disse Duarte sabendo que estava fazendo papel de bobo.
Meu peito estava vermelho e com vários arranhões, eu não conseguia o impulso necessário para subir para a beira da piscina. Nadei até a escada e procurei novamente uma oportunidade.
- Rogério... acorda droga!! – gritava enquanto tentava subir.
Juntei todas as minhas forças e com um grito abafado de dor subi. Descansei por alguns segundo e me arrastei até ele.
- Ei... acorda... – disse até que percebi uma mancha de sangue vindo de baixo dele. – Droga... Socorro!!! – gritei enquanto me arrastava até a porta.
Como de costume não alcancei a maçaneta. Peguei um banco e coloquei próximo a porta e subi. Tive que fazer isso com as outras duas portas. Me arrastei por vários corredores até achar sinal de vida. Avisei o que havia acontecido e alguns enfermeiros seguiram para a piscina. Algumas pessoas me sentaram em uma cadeira. Estava sujo e preocupado com Rogério.
- Como eu ia dizendo... se um homem ama uma mulher... e a mulher sente a mesma coisa pelo homem... não se podem dizer que os dois estão afim... tipo... de um namoro celestial... – falou Duarte tentando ganhar tempo.
- E a sua amiga? Está demorando muito no banheir... vou ver se ela precisa de alguma coisa...
- Não precisa... estou bem. – disse Fernanda com um enorme sorriso no rosto.
- Que bom... – disse Duarte aliviado.
- Bem dona Eleonora... agora precisamos ir, mas que Deus fiquei e abençoe vocês...
- Esperem... vocês não vão fazer uma oração para abençoar o meu lar? – perguntou Daniele com um sorriso no rosto.
- Bem... é... é... Jesus amado... quero te pedir... abençoe todos que moram aqui. E mesmo que um dia um pecado venham cometer... ajude a encontrar o caminho do céu.... bem é isso... agora adeus e fiquem com o cara lá de cima. – disse Fernanda saindo em disparada.
Graças a Deus que o tombo de Rogério foi apenas um susto. Ele estava bem e nada aconteceu de errado. Depois que foi liberado ele me agradeceu e me deu um beijo no rosto.
- Obrigado você salvou a minha vida. – ele disse.
- Nada... graças a você... depois de tudo o que passamos... estou sentindo a minha perna novamente. – falei me emocionando.
- Que ótimo... vamos falar para os outros e...
- Não... eu quero que continue sendo uma surpresa... vamos intensificar os exercícios... vou treinar em casa também... eu é que te agradeço... – falei retribuindo o beijo.
Minha mãe estava deixando a Priscila maluca. Ela decidiu assumir as rédeas do casamento. Afinal era o primeiro casamento de Priscila... a filha única. Então deveria ser especial.
- Mãe... eu não quero nada chamativo...
- Não... seu casamento será espetacular... você é especial minha filha... você não me deu o prazer de fazer seus 15 anos... vamos fazer o casamento do meu jeito...
Em casa, os meninos subiram as escadas correndo. Phelip e Osvaldo esperavam no quarto.
- Pera aí? Esse que passou correndo foi o Duarte? – perguntou Priscila.
- Sim... ele vai passar uns dias aqui...
- Nossa que legal...
- E ai? Conseguiram alguma coisa? – perguntou Osvaldo.
- Melhor que isso... conseguimos o endereço e o horário de visita... – falou a menina sorrindo e sentando no computador.
- Então... esse tal de Ezequias é tipo... teu ficante? – perguntou Duarte para Phelip.
- Ele é mais do que isso... ele é o amor da minha vida.
- Que estranho... você dizia isso para mim antigamente... – disse ele baixando a cabeça.
- Muitas coisas mudaram... sofri muito, mas o Ezequias me trouxe de volta a vida. – falou Phelip se aproximando do computador. – E então?
- É o seguinte... ele está em uma clinica de reabilitação... nossa! – exclamou Fernanda. – Eles prometem “curar” o homem do homossexualismo.
- É a coisa mais ridícula que eu já ouvi... – disse Osvaldo.
- Precisamos ir lá. – disse Phelip.
- Você é louco? – perguntou Fernanda.
- Devemos muitas coisas para ele... não estou falando como namorado... estou dizendo como amigo... ele fez você Osvaldo se entender com o teu pai... ele sempre foi carinhoso com você Fernanda... finalmente encontramos a cola do nosso grupo e não podemos ficar de braços atados.
- Eu concordo com ele. – falou Duarte. – Esse menino precisa da nossa ajuda.
- E como faremos? – perguntou Fernanda.
- Precisamos conhecer o local... podemos dizer para os nossos pais que vamos levar o Duarte para passear ou algo do tipo... vamos partir hoje a noite.
- Pode ser essa semana quase não temos aulas... vamos sim... vou avisar a minha tia. – disse Osvaldo.
- E eu aos meus pais. – disse Fernanda.
- Bem... então vamos amor? – perguntou Osvaldo. – Precisamos organizar nossas coisas.
- Claro... Tchau gente... Duarte é bom ter você de volta. – disse Fernanda o abraçando antes de sair.
Duarte ficou observando algumas fotos de Phelip e pegou um porta retrato que estava perto de sua casa.
- É esse o meu substituto?
- Claro que não... você foi único na minha vida... mas as coisas mudam...
- Oi meninos. Atrapalho alguma coisa? – perguntou Priscila entrando.
- Claro que não. – falou Phelip. – A mãe está lá em baixo?
- Sim...
- Vou lá... pode ficar a vontade. – ele disse descendo.
Sim... Phelip estava totalmente fissurado em tirar Ezequais do Centro, mas não seria uma batalha fácil... ahhh não séria....
Comentários
Aii meu deus esta mas que perfeito!!!!!E com a volta do duarte ficou aquele ar de nao saber o que vai acontecer com a historia entre os tres!!!!Tipo eu APOSTO NO DUARTE!!!!ksksksks
E pelo geito o Duarte nao supero nao
Que hora pro Duarte chegar hein... Nota 10.
Ótimo capitulo. Adorei.Grandes emoções nos aguardam no próximo capitulo.
To gostano de ver o phelipe não deixou se abater cm a chegada de duarte to torcendo pro phipe ficar cm o ezequias e que eles consegam tirar ele desse lugar.
Conta mais.
To gostano de ver o phelipe não deixou se abater cm a chegada de duarte to torcendo pro phipe ficar cm o ezequias e que eles consegam tirar ele desse lugar.
perfeito
O Duarte esta muito diferente.
MARAVILHOSO como sempre ,olha só quem reaparece o lindinho do Duarte,cont logo nota 10.
gay