Galera, gosto muito dos comentários de vocês e quero deixar claro que tenho as rédeas do conto, sendo ele muito bem pensado e já tenho até o final em mente. Sei até onde cada um vai, mas isso não quer dizer que eu não faça alterações. Porém, a base está pronta e realmente espero que gostem. Tenho aprendido muito a cada dia aqui e espero estar fazendo bem o que gosto: contar essa história pra vocês. Obrigado e boa leitura...
Cheguei á porta e vi Bruno sentado no sofá, sorrindo e despejei:
- Bruno, por favor. Eu preciso de umas respostas agora, sem rodeios.
- Calma. Nem vai cumprimentar a visita?
Olhei ao lado e vi um homem de aproximadamente 30 anos, extremamente lindo, cabelo castanho, olhos cor de mel e um sorriso perfeito. Seu corpo não era sarado, mas era forte, com uma leve barriguinha. Era lindo. Meu olhar de incógnita o fez aproximar soltar, numa voz grave:
- Prazer, Gustavo.
Cumprimentei por educação, mas a contra gosto. Me virei para Bruno esperando respostas e ele entendeu o recado:
- Carlos, o Gustavo, o Guga, é meio amigo lá do trabalho.Ele foi o primeiro que conversou comigo e se tornou um amigão.
- Engraçado, nem sabia que você tinha amigo aqui.
- Pois é, eu tenho.
Minha cabeça ainda não acreditava nessa “amizade”, mas deixei a conversa rolar. Mais uma vez ouvi aquela voz grave de
Gustavo:
- O Bruno costuma falar muito de você, cara.
- Imagino.
Estava sendo seco com ele, eu admito. Mas eu estava de frente para uma grande ameaça, a meu ver, muito mais atraente que eu. O cara era perfeito. Mas Bruno deixou as coisas mais claras:
- Então Carlos, eu trouxe o Guga aqui pra você conhecer meu amigo, claro, mas pra você tirar da cabeça o mal entendido dessa noite.
Meu olhar foi de reprovação. Como ele estava falando isso perto de outra pessoa? Bruno era louco?
- Calma Carlos. O Gustavo já sabe de tudo. Há alguns dias eu decidi confiar nele e ele tem guardado bem esse segredo.
Eu ficava cada vez “assustado” com a situação. Era muita surpresa pra mim. Me sentei e Gustavo veio ao meu lado, falando de uma forma bem serena:
- Eu não vou julgar vocês. O Bruno é um cara fantástico e você deve ser também. Nesse momento ele me tocou e eu percebi uma coisa que me deixou mais aliviado: uma aliança em sua mão.
- Você é casado?
- Sou sim. Minha esposa se chama Marcela. Qualquer dia vocês irão conhecê-la.
- Então você e o Bruno nunca...
- Não, jamais. Eu gosto de mulher porra.
Isso nos descontraiu. Bruno estava no outro sofá, esperando uma reação minha e de certa forma se vangloriando dos meus ciúmes.
- Entendido agora Carlos?
Bruno disse confirmando minhas ideias: ele queria uma resposta. E eu tinha entendido o suficiente. Era hora de deixar isso tudo pra trás e demonstrar meu amor por ele:
- Mais que entendido amor.
Corri até ele e o beijei. Foi O beijo! Ficamos nos beijando por alguns segundos pra só depois nos tocarmos que Guga estava na sala. Larguei Bruno morrendo de vergonha, mas fiquei mais calmo ao ver Gustavo nos olhando tranquilamente.
- Bom, acho que vou deixar o casal se acertar sozinhos né.
Rimos juntos e eu tinha que me desculpar.
- Gustavo, eu quero te pedir desculpas. Desculpas pela forma como te tratei seco quando cheguei e por ter pensado tudo que eu pensei. Eu exagerei e tirei conclusão precipitadas.
- Tudo bem. Que nunca né? Eu aguardo a presença de vocês dois na minha casa na semana que vem, ok?
- Claro, eu levo meu ogro até lá.
Rimos mais uma vez e ele se despediu, nos deixando sozinhos.
- Bruno – ele já estava me agarrando – só não entendi porque chamar o nome dele naquele momento só nosso.
- Amor, eu não fiz por querer, saiu. Eu só tenho olhos pra você, mesmo você tendo me traindo, eu tenho uma parcela de culpa e eu sei disso.
- Não. O erro foi meu.
- O erro foi nosso e nós dois vamos consertar. Eu preciso aprender muito e você também, mas vamos aprender juntos, combinado?
- É, meu ogro tem seu lado fofo.
E dá-lhe beijo. Ficamos juntos naquela tarde. Tudo parecia um mar de rosas. Lanchamos juntos, vimos filme, até que algo ressurgiu na minha mente.
- Amor, eu num quero estragar o clima, mas eu preciso te perguntar.
- Lá vem ele. Fala Carlos.
- É sobre o Leandro!
- Sério que você quer falar disso agora?
- Eu preciso Bruno. Isso tá martelando na minha cabeça. Você armou tudo pra eu voltar pra cá mesmo? Se você fez isso, me explica o porquê disso tudo.
- Fiz e faria de novo. Cada vez que fosse necessário. Satisfeito?
- Não. Mas assunto encerrado então.
Voltamos pro quarto aos beijos e fizemos o que fazemos melhor juntos: nos amamos. Como nunca.
Nos curtimos bastante e dormimos juntinhos, como nos primeiros dias, como deveria ser.
Seria bom se continuasse assim, mas a vida não é tão simples.
CONTINUA...