Eu já havia perdido a repiração no momento em escutei a porta se abrindo. Quando ouvi a voz de Manoel na porta, meu coração quase parou e saiu pela boca.
Rodrigo me olhou nos olhos e vi seu desespero. Ele estava confuso e não sabia o que fazer, muito menos eu.
Respirei fundo e consegui me acalmar. Ele fez o mesmo.
-Anda, tô esperando uma explicação. - Gritou Manoel.
-Saia do quarto, pai! - Respondeu Rodrigo, no mesmo tom.
-Eu quero uma...
-SAiA DO QUARTO, EU JÀ DISSE! - Gritou Rodrigo.
Manoel saiu, batendo a porta com força, fazendo cair os livros da estante. Nós continuavamos na mesma posição, Ele por cima de mim, e eu com os braços o envolvendo.
-Acho que chegou a hora. - Disse à ele.
-Sim, chegou! - Ele disse, passando a mão em meu rosto.
-Você tá com medo? - Perguntei.
-Sim, estou. Mas não vou desistrir do nosso amor por causa do preconceito idiota do meu pai. Eu nunca vou desistir de você, meu amor!
-Digo o mesmo. Te amo! - Disse, beijando-o.
Depois de nos beijarmos, nos trocamos... Um na frente do outro. Ele me olhava e eu também. Seu corpo era - e ainda é! - perfeito. Sua pele morena, da cor de chocolate, só que um pouco mais clara. Seus músculos definidos, mas não exageradamente. Seu cheiro... Tudo me deixava excitado, mas não era hora para isso!
Nos vestimos e descemos as escadas juntos.. De mãos dadas.
Manoel estava na sala com nossas avós.
-Se acalma, meu filho! - Dizia Mariana.
-Não pode ser. Meu filho é um baitola. Que desgraça!
-Sim papai, eu sou um baitola. E com muito orgulho! - Disse Rodrigo, aos prantos.
Eu o olhava perplexo.
-Como você consegue dizer isso na minha cara, seu maldito?
-Simples... É o que eu sou, e pnto final.
-Q que você fez com meu filho? Tranformou ele em um viadinho como você? - Manoel agarrou meu braço.
-Solta ele. AGORA! - Gritou Rodrigo.
Manoel se afastou e colocou as mãos na cabeça.
-Desde quando? - Perguntou ele.
-Desde quando o que? - Rodrigo rebateu.
-Desde quando você é viado?
-Desde sempre!
-E há quanto tempo estão assim?
-Desde que o Lúcio chegou... - Rodrigo me olhou - Papai, eu o amo. Me desculpe, mas a partir de agora eu sou dele e ele é meu.
-Como você pode dizer uma coisa dessas?!
-Eu o amo e ponto final. Ou você aceita ou eu caio fora. Ele disse, voltando a segurar minha mão.
-Ótimo... Então a partir de agora eu não tenho mais filho!
Ele saiu com pressa.
Ricardo chorava e eu o abracei.
-Fiquem calmos, tudo vai se resolver. - Disse minha avó.
-Por favor, não nos julguem, vovó. - Eu disse, ainda abraçado à Rodrigo.
-Querido, nós já sabiamos. E os apoiamos. - Disse Mariana.
-Como descobriram? - Perguntei.
-Vimos vocês juntos na varanda. - Disse minha avó.
-Não há nada de errado em duas pessoas se amarem. E nós apoiamos o amor de vocês. - Disse Mariana.
Rodrigo não parava de chorar, então decidi levá-lo para o quarto.
-Vamos pro quarto, amor.
Subimos abraçados e deixamos nossas avós conversando na sala. Entramos no quarto e eu o deitei na cama. Deitei do seu lado e ele me abraçou.
-Eu te amo! - Ele disse.
-Eu também te amo!
-A partir de agora somos só nós dois.
-Eu sei. Mas enquanto tivermos um ao outro, tudo vai ficar bem.
Nos beijamos.
Depois de algum tempo ele adormeceu. Estava exausto pela confusão de mais cedo...
CONTINUA!
DESCULPEM-ME PELA DEMORA, ESPERO QUE GOSTEM DESSE CAPÍTULO. SEI QUE FICOU CURTO, MAS É DE CORAÇÃO!
