Desejo e degradação (parte 5)

Um conto erótico de Sahid
Categoria: Heterossexual
Data: 09/10/2010 17:07:27

Paixão e luxúria

Os anos passavam rapidamente e a cumplicidade entre chefe e secretária se solidificava cada vez mais. Eram grandes amigos e Abigail chamava seu superior hierárquico de Senhor apenas em presença de terceiros.

Em meados do segundo ano como colegas de trabalho, Cláudio passou a levar sua secretária em freqüentes viagens de negócios, e assim, o tempo que tinham para conversar se expandiu consideravelmente.

E foi numa dessas viagens que o inevitável aconteceu.

O gerente de departamento e sua fiel “factótum”, iriam representar a firma numa feira tecnológica em outro estado, e mesmo com a distância que superava os setecentos quilômetros, optaram por ir de automóvel, devido ao caos aéreo que se instaurara em praticamente todos os aeroportos do país e eclodira ao ápice justamente naquele mês.

Quis o destino, porém, que a viagem fosse interrompida em sua primeira metade por uma maciça tempestade, um tormenta que levara trechos inteiros de rodovias asfaltadas em torrentes colossais e borbulhantes. A fúria da natureza mostrando-se superior também, nas mais firmes encostas, derrubando-as por sobre estradas vicinais e montando barreiras intransponíveis ao transporte de Cláudio e Abigail.

O novíssimo e brilhante Corolla da empresa dirigido pelo gerente, oferecia entre outros acessórios, direção hidráulica, refrigeração e suspensão a ar independente, Abigail o comparava fabulosamente a um macio tapete voador das mil e uma noites, tal era o conforto proporcionado pelo carro. Mas naquele entardecer de céu coberto e pavoroso, ela o trocaria facilmente por qualquer jipe da segunda guerra mundial, sem capota e com tração integral, pois o Toyota ameaçava a todo instante deixá-los atolados naquela estradinha de terra tomada por Cláudio, na esperança de escapar à água que subia rapidamente e já inundava a rodovia principal.

Após uma hora inteira, sacolejando e ouvido a proteção de cárter do veículo sendo golpeada seguidamente pelo caminho irregular, Cláudio vislumbrou, pela área do pára-brisa que o limpador ainda mantinha livre de lama, pequenas edificações que formavam uma cidadezinha que sequer constava no mapa estadual, aberto por sobre as pernas de Abigail.

- Será que existe algum hotel por aqui? – Questionou a secretária.

- Se existe o pessoal daqui deve saber. – Respondeu o chefe, estacionando num decrépito e pouco iluminado posto de combustíveis.

Realmente havia uma pequena pensão no fim da rua, pelo menos foi o que disse o desgrenhado atendente da loja de conveniências, que folheava despreocupado uma revista pornográfica, aparentemente sem se importar com a trovoada que ribombava lá fora.

Ao entrar na tal pensão, constataram haver apenas um quarto de casal disponível.

- Acontece que muitas pessoas que estavam na autoestrada vieram se hospedar aqui hoje. Nunca tive tantos hóspedes. – Vangloriava-se a dona do estabelecimento.

De imediato, Cláudio se ofereceu para dormir no carro, deixando o quarto para a secretária. Abigail protestou dizendo que ambos poderiam dividir o cômodo e ainda assim, respeitar cada qual os limites do espaço alheio. Mas o chefe, irredutível, já voltava em direção ao estacionamento dizendo que utilizaria apenas o chuveiro do quarto na manhã seguinte.

Ao deitar sozinha na enorme cama, Abigail não estava nada sonolenta e ligou o aparelho de TV que, em todos os canais, mostrava apenas imagens borradas, fragmentadas e distorcidas. - Deve ser por causa da chuva. - Pensou com seus botões, desligando o monitor.

Ficou deitada de costas, olhando o teto do quarto, onde formas variadas dançavam enquanto o vento lá fora açoitava os galhos da árvore ao lado de sua janela. A claridade proveniente da iluminação pública e os relâmpagos ocasionais, faziam às vezes de pano de fundo para uma pantomima sem sentido, ou quem sabe, complexa demais ao entendimento limitado cérebro humano.

Abigail repassou a conversa que teve com Cláudio na estrada, pouco antes de serem surpreendidos pela tempestade. Ele parecia disperso e também triste. Ela insistiu em perguntas sobre o motivo daquele baixo astral e ele acabou abrindo o coração.

- Acho que nunca consegui satisfazer a minha mulher.

- Como assim?

- Quer dizer... Sexualmente falando, entende? – Ele estava visivelmente constrangido.

- Eu sempre achei que vocês tinham uma vida maravilhosa, pois você fala dela com tanta paixão e eloqüência.

- Deve ser esse o problema. – Disse Cláudio com um sorriso amarelo. – Creio que, desde o primeiro dia que a vi, eu a coloquei num pedestal, eu a “endeusei” demais. Ela era a rainha e eu, um humilde servo.

- Então, quando a rainha tornou-se esposa, você ficou com tanto medo de desagradá-la que nunca chegou a atingir todas as expectativas que criou em relação a si mesmo como o homem perfeito para ela, e blábláblá...

- Você entende muito de relacionamentos, para uma garota de vinte e um anos, solteira e sem namorado. – Concluiu Cláudio, rindo abertamente.

- E agora você desconfia que sua esposa possa ter uma relação extraconjugal?

O sorriso desapareceu de sua face, mas ele meneou afirmativamente a cabeça bem formada e coberta por uma elegante cabeleira grisalha.

A conversa fluía como os quilômetros no painel do carro e ele contou detalhes de sua vida particular e conjugal que ninguém mais conhecia. Escondeu apenas o fato de nunca ter oferecido à esposa uma ereção plena, mas confessou sofrer (às vezes) do mal da ejaculação precoce, que o fazia sentir-se diminuído em relação à Helena. Contou também que, em certa ocasião, na calada da madrugada, quando rolou seu corpo por sobre o dela, procurando o sensual aconchego de seu calor, foi atingido por uma acusação que bateu fundo em seu peito; - “Se for só pra me sujar é bom nem começar” - Dissera ela derrubando a sua “meia bomba”, para um estopim totalmente apagado.

Abigail não se fez de rogada, pontuou a conversa com observações concisas, deu conselhos, questionou nas horas certas, passou a mão em sua cabeça e também foi cruel quando necessário. Absteve-se apenas de lhe contar o que corria de boatos na boca pequena. Rumores de uma voluptuosa senhora, casada com um gerente todo-poderoso, que fazia todo tipo de peripécias sexuais com qualquer um que pudesse lhe oferecer um pau duro.

Abigail já admitia a si mesma o fato de que talvez estivesse apaixonada pelo chefe, e sofria com ele por sua situação.

Deitada ali, naquele quarto de pensão barato, numa cidade que nem sabia o nome, achava que deveria oferecer um pouco de conforto e ele, uma conversa agradável, ou um ombro para chorar, talvez.

O trovão que sacudiu o prédio naquele momento, fez com que ela tomasse a decisão definitiva de descer e exigir que Cláudio dividisse o quarto com ela.

Calçou os sapatos e se vestiu rapidamente.

Se ele ainda se negasse a vir para o quarto, ela diria estar com medo de ficar sozinha. Faria qualquer coisa, mas não o deixaria solitário, num habitáculo apertado, naquele momento tão difícil.

Depois de atravessar o quarto pisando firme, ela abriu a porta decidida, e deu um breve grito de susto e surpresa ao ver Cláudio ali parado, com a água da chuva ainda escorrendo pelo rosto.

Os dois estavam ofegantes e sem dizer uma palavra sequer, se abraçaram e beijaram avidamente. Cláudio a empurrara gentilmente em direção a cama enquanto fechava a porta com um coice desajeitado.

Já de madrugada, enquanto Abigail repousava, ainda desperta, com a cabeça aninhada no peito de Cláudio que dormia há horas, ela recordava o ato de amor que tiveram; ele levou cerca de cinqüenta segundos para se livrar das roupas ensopadas e mais quarenta segundos para gozar.

Mas acima de tudo, ela o amava profundamente.

Sabrina e Rodolfo

Após muita reflexão acerca do que lhe sugerira a mãe, Sabrina decidiu que, se Rodolfo quisesse namorar sério, ela o apresentaria oficialmente em casa.

Intimamente sorria ante a perspectiva de dormir com ele nos fins de semana, e de ser deliciosamente amada em sua cama cheia de bichinhos de pelúcia, pois já admitia a si mesma que também estava farta de sua própria poligamia e que gostaria de ter alguém que ficasse para sempre com ela. Um homem com quem pudesse dividir toda a sua vida e não apenas os momentos de prazer.

Um dia antes de a filha trazer o futuro genro para namorar em casa, Helena encontrava certa relutância ao tentar convencer Cláudio de que esta era a melhor coisa que poderia acontecer.

- Meu amor, você não disse que estava cansado de ver sua filha trazer, todos os dias, um novo namorado pra casa?

- Ah há. – Respondeu Cláudio num sussurro, enquanto a esposa, deitada entre suas pernas, o masturbava gostosamente.

- Então! – Continuou ela, dando uma lambidela em sua glande. – Deixe que ela o apresente, deixe que durma aqui em casa com ela algumas vezes por semana. Você verá que é um bom rapaz.

E assim Helena convenceu o marido, presenteando-o naquela noite com uma memorável chupada e deixando que ele a penetrasse de quatro apoios, posição que não praticavam há muitos anos, desde o dia em que ele tentou enfiar o pau no cú dela.

- Nunca mais tente uma coisa dessas! – Rugiu ela, na época.

- Desculpe amor, eu achei que...

- Achou o que seu desgraçado? – Ela estava de pé ao lado da cama, ameaçando atirar uma enorme plataforma no marido. – Pra começar você nem conseguiria fazer essa merda de pau mole entrar na porra do buraco do meu cuuuu! – Gritou a plenos pulmões.

Ele saiu apressado do quarto, pois a vizinhança inteira deveria estar ouvindo os gritos histéricos da esposa.

Cláudio passou um mês inteiro dormindo no quarto de hóspedes.

Agora, ao ver a esposa novamente naquela posição, achou seu corpo ainda mais lindo do que no passado, aliás, nunca deixava de tecer milhares de elogios diários ao físico dela, sempre dizendo que era a mais perfeita das criaturas e que até mesmo a discreta cicatriz logo acima de seu cotovelo direito, dava-lhe ares de uma gata selvagem e indomável.

Cláudio nem imaginava o quanto as suas observações eram libidinosamente exatas.

- Vem meu amor. – Ela estava sussurrando. – Me fode pra valer.

Cláudio passou a mão pela bunda enorme da esposa e a penetrou bem devagar, quando estava todo dentro dela, segurou-a firme pela cinturinha fina e começou o lento movimento de vai-e-vem.

Foi uma das melhores transas que teve com Helena, pois ele quase conseguiu uma ereção total... e o ato durou quase dois minutos.

Rodolfo passou o fim de semana em casa de Cláudio, mas ele e Sabrina praticamente só saíam do quarto para as refeições e, vez por outra, para pegar algumas garrafas de Smirnoff Ice da geladeira.

O gerente apareceu segunda-feira na firma com olheiras e arrastando os pés, passou o dia entre assinaturas de memorandos e breves cochilos. Abigail, com sua costumeira competência, conseguiu remarcar a maioria das reuniões, dando tempo para o chefe se recuperar.

Cláudio ficou no escritório até tarde da noite, não para comer a secretária, mas porque, quando esta entrou em sua sala, ao fim do expediente, o encontrou prostrado sobre a mesa, roncando alto e babando sobre a pilha de relatórios que faziam às vezes de travesseiro.

Durante a tarde ele havia comentado um pouco sobre o fim de semana terrível e sobre o futuro genro incansável. Relatando como é difícil dormir, ouvindo os gritos e gemidos da filha adolescente sendo fodida a noite inteira pelo namorado.

- Mas o pior aconteceu no domingo à tarde. – Disse Cláudio. – Resolvemos aproveitar o sol e curtir um pouco a piscina lá do clube quando, pasmem, o casalzinho de coelhos no cio, também resolveu sair da toca.

- Vai ver estavam finalmente exaustos. – Comentou Abigail rindo. – O que fizeram no clube?

- Pois bem, fomos os quatro para a piscina. Helena e eu demos um breve mergulho e procuramos duas cadeiras de praia, onde ficamos bebendo e tomando sol como a maioria das pessoas que ali estavam. Sabrina e Rodolfo, claro, permaneceram na água com mais alguns jovens. Mergulhavam e davam um beijinho, nadavam um pouco e davam outro beijinho. Depois encontraram outro casal de jovens namorados e resolveram empreender uma ridícula competição para ver quem beijava por mais tempo debaixo da água.

- Coisas de início de namoro. – A secretária ainda sorria.

- Passou-se um bom tempo. – Continuou Cláudio. - E eles finalmente pareciam ter cansado desses joguinhos idiotas. Foram então para um canto isolado da piscina onde não havia mais ninguém. Minha filha colocou os braços cruzados na beirada e apoiou o queixo sobre eles, olhando para longe. Rodolfo, como esperado, não pôde ficar muito tempo longe dela, aproximando-se e abraçando-a por trás. Nessa hora eu fui buscar mais bebidas e quando voltei, os dois continuavam naquele canto, ele mordiscava sua orelha e beijava seu pescoço. Parecia falar coisas engraçadas, pois às vezes, Sabrina ria muito...

- E você quis saber qual era a piada? – Gracejou Abigail.

- Foi então que percebi a marola que os dois produziam. – Continuou Cláudio, relevando a impertinência da secretária. - Olhei novamente o rosto da minha filha e ela estava de olhos fechados, mordendo o lábio inferior...

- Uauu!

- Ela estava com os dedos crispados, arranhando a beirada da piscina.

- Jovens fazem isso o tempo todo.

- Não na presença dos pais e em praça pública! – O gerente estava perplexo.

- Falando nisso, a Helena percebeu também?

- Acho que ela percebeu antes de mim, pois quando olhei para o lado, a vi roçando sua barriga com uma das mãos, enquanto a outra acariciava um dos mamilos por sobre o biquíni.

- Não sei não! – A secretária estava séria agora.

- E ela também mordia o lábio inferior da mesma maneira que a filha. Percebi então, que as duas tinham o mesmo tique quando estavam excitadas.

CONTINUA...


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10/10/2010 02:05:47


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