deverei seguir em frente?
olá, chamo-me joão nuno, tenho 22 anos, e sou cego. antes de contar a minha história, começo por dizer que as pessoas cegas mexem no computador ou no celular, como é dito aí no brasil.
tudo graças ao avanço da tecnologia. existem softwares informáticos de leitura de tela, que lêm em voz sintetizada e em braille o que se faz no computador.
agora vamos à minha história.
ando há algum tempo, a teclar com uma moça de valongo, distrito do porto. eu sou de lisboa. não nos conhecemos pessoalmente, só mesmo através da net. temos muitas coisas em comum. talvez a mais importante, a música. gostamos da mesma música, temos a mesma forma de pensar, e neste último festival do rock in rio aqui em lisboa, quase nos encontrámos, se não lhe tivessem roubado o telemóvel, a pesar de ela já ter outro. ouço muitas converssas por aí que não devo conhecer pessoas pela internet, porque é perigoso, etc. o que vocês acham em relação a isto? e o que fariam na minha situação?
quem me quizer escrever ou adicionar ao msn,
obrigado, beijos e abraços
joão.
bem, uma vez que é a primeira vez que estou a utilizar este site, para o meu texto ser publicado, tenho que escrever um pouco mais.
a minha primeira namorada
conhecêmo-nos num centro de enovação para deficientes, aqui em lisboa. começámo-nos por nos conhecer, chamava-se telma, tinha 19 anos, hoje temos os dois a mesma idade. não comecei logo a gostar dela, uma vez que namorava com uma outra pessoa de lá também. uns dias mais tarde, acabei com essa tal moça, porque estava a começar a perceber que era da telma que gostava. no início essa dita moça ficou bastante magoada comigo, o que é normal nestas situações, não é?
então um dia, sexta-feira, começámos a trocar as primeiras carícias, os primeiros abraços, mas vocês estão longe de imaginar que...
a telma andava com um rapaz da minha turma. esse rapaz era comprometido. a namorada estava a ser traída sem saber. eu gostava muito da telma. e comecei a tentar abrir-lhe os olhos. ela iludiu-me fazendo me pensar que ela acreditaria em mim. um dia, qual não é o meu espanto, veijo ela a beijar esse dito rapaz na boca há minha frente. vinguei-me dela. ela por seu próprio azar, deu-me o número de telefone de casa dela, onde vivia com os pais. liguei para eles, e contei tudo o que aconteceu. nunca fui apresentado à sua família. hoje veijo que a minha vingança só me deu forças para hoje sermos grandes amigos.
beijos e abraços.