No Velho Prédio
Quando saí do colégio ele estava no portão. Usava um surrado terno marrom, óculos Ray-ban, camisa bege e uma gravata que nem lembro o tom.
Era um tipo comum, de uns trinta e tantos anos, cabelo engomado, bigodinho fino, nem alto nem baixo.
Levava uma revista em quadrinhos em uma das mãos.
Espichei o pescoço para tentar ver o título e ele, observando meu interesse, perguntou:
- Gosta de gibi?
Diante de minha afirmativa deu um sorriso e afirmou:
- Tenho uma pilha de gibis na minha casa. Posso te dar alguns.
E assim falando estendeu a mão direita convidando-me para acompanhá-lo.
Lembrei dos conselhos de minha mãe e fiquei receoso, mas ao mesmo tempo pensei nas revistas que eu adorava. A dúvida foi dissipada pelo puxão mais forte e insistente de minha mão.
Percorremos duas quadras e numa praça entramos num velho edifício. Ele mora perto, pensei. Que bom. Assim pego as revistas e vou embora logo.
No entanto, aquele era um prédio de escritórios. Não vimos ninguém na entrada e nos corredores as portas estavam todas fechadas, pois era uma tarde de sábado.
Levou-me até o primeiro andar. No parapeito da escada encostou-me abraçando-me por trás.
Senti aquilo duro encostando em minhas nádegas. Começou a me encoxar dando estocadas em minha bunda.
Senti sua respiração ofegante em minha nuca. Tentei me afastar. Senti suas mãos mais fortes em meu quadril impedindo-me de me movimentar.
Agora suas mãos abaixavam minha roupa. Com a calça nos joelhos fiquei mais indefeso.
Suas mãos passeavam sobre o meu corpo. Cuspiu nos dedos e começou a molhar meu ânus. Seu dedo começou a penetrar em meu traseiro. Doía. Gemi baixinho.
- Não vai doer. Deixa que o tio vai por devagarzinho.
Senti seu pênis tentando penetrar em mim. Contraí os músculos do esfíncter.
- Relaxa. Solta o cuzinho. Deixa o tio colocar dentro. Você vai gostar. Só dói no começo.
Suas palavras calmas me fizeram relaxar por um instante, tempo suficiente para que ele, numa estocada, enterrasse tudo aquilo em minha bunda.
- Ai, ta doendo, gritei.
- Calma, já entrou tudo. Agacha um pouquinho, disse ele.
Ficou cinco ou seis minutos empurrando aquilo em mim. Então senti o líquido quente me inundando e escorrendo pelas minhas pernas.
Puxou um lenço do bolso e limpou seu pênis. Estendeu o lenço para mim.
- Limpa. Limpa suas pernas.
Limpei e devolvi-lhe o lenço. Apanhou o lenço e jogou no chão. Depois deu um chute no lenço atirando-o a um canto da parede.
- Vamos embora, disse ele.
Descemos as escadarias e já na praça ele disse para mim:
- Suba essa rua.
Andei uns 20 metros e olhei para trás. Ele se afastava em direção contrária. Embaixo do braço levava o gibi.