Mulheres Vacinadas

Um conto erótico de Jorge Paranhos
Categoria: Grupal
Contém 11351 palavras
Data: 25/04/2005 12:09:32
Assuntos: Grupal

A tarde de quarta-feira estava muito quente, olhando-se pelas janelas podia-se sentir o peso da névoa úmida que transformava o dia numa imensa sauna gratuita, na qual as pessoas que iam e vinham eram obrigadas a suportar vestidas, apressadas em sua lida diária. Podia-se imaginar que qualquer uma delas sonhasse com uma piscina, ou mesmo uma banheira cheia, para refrescar-se.

Marcos é um homem muito atraente e interessante. Com vinte e oito anos, continua solteiro por absoluta convicção, mas coleciona namoradas que invariavelmente não chegam a comemorar um mês com ele. Com um metro e oitenta e sete de altura, porte atlético, cabelos lisos negros e fartos que mantém sempre compridos abaixo dos ombros e um vigor sexual que chega a exalar pela pele, enlouquecendo facilmente muitas mulheres. Costuma sair sozinho à noite durante a semana quando está sem namorada fixa, mas quase sempre regressa acompanhado de alguma presa capturada nos barzinhos da moda, por onde anda. Mora sozinho num espaçoso apartamento na Tijuca, não conseguiu completar nenhum curso superior e acabou tornando-se um digitador "free-lance" de razoável sucesso. Trabalha em casa e não tem muita dificuldade para sustentar-se bem, embora os amigos mais próximos o considerem meio "pão-duro".

Naquela tarde editava o texto com os dedos suados sobre o teclado do computador, escutava CD's de jazz enquanto trabalhava, o circulador de ar ligado à toda soprava apenas ar morno. Lastimou-se uma vez mais por ainda não ter instalado um aparelho de ar condicionado na sala, onde trabalha. Prometeu a si próprio que o faria na próxima semana, quando entregasse ao editor aquele trabalho pronto e recebesse o pagamento. O preço ajustado havia sido bom demais para ele, devido à pressa do editor. Acreditou que certamente não se arrependeria do investimento e que poderia mesmo procurar uma daquelas empresas de refrigeração, que recondicionam e revendem aparelhos usados, com garantia e tudo. Certamente seria esta a melhor solução para o problema, mas isto não suavizava o calor que sentia então. Ainda divagava ao mesmo tempo que mecanicamente digitava, quando o tilintar do telefone o trouxe de volta à realidade.

- Alô!?

- Alô! É o Marcos? - Perguntava uma voz feminina.

- Ele mesmo, quem é?

- Oi Marquinhos! Não sei se você vai lembrar de mim. A gente se conheceu no ano passado, em circunstâncias um pouco ahn estranhas. Você me deu seu número então e aqui estou eu finalmente, meu nome é Sílvia.

- Sílvia? Bem, desculpe, mas não estou associando

- OK! Eu imagino que não seja muito fácil mesmo, acho até que fiquei um pouco encabulada agora, se é que isto ainda me aconteça. Que posso dizer então? Bem, acho que o jeito é abrir logo o jogo com você; eu sou amiga do Alan e da Patrícia e estava naquela festa na casa deles em maio do ano passado. Lembra agora?

- Mas é claro! Como iria esquecer daquela festa e de alguém como você? Lógico que lembro de seu jeito meio meigo, parecendo assustada.

- E nem podia ser de outra maneira. Ta certo que eu nunca fui nenhuma santinha, muito menos CDF, mas toda a minha vivência sexual anterior àquela noite era a de uma garota normal moderna, com os namorados. O primeiro foi aos dezessete anos, com quem cheguei talvez a ter uma dúzia de relações em quase um ano de namoro; eu tinha muito medo e ele não passava de um garoto. Depois veio um carinha com quem namorei por quase dois anos, mas sexualmente nunca passamos do "café-com-leite". Finalmente foi o namorado que tinha na época da festa; a gente até já falava em casamento, estávamos namorando havia mais de dois anos.

- Puxa! Como sua imagem está clara em minha mente agora. Você realmente parecia não fazer parte daquele ambiente; havia algo que parecia não se ajustar. Lembro que a dado momento a vi dando conta de três caras, você parecia enlouquecidamente depravada. Mais tarde fizemos amor com certa ternura até e a perdi novamente de vista; pela manhã nos reencontramos na hora de irmos embora e você então me parecia mais um anjo.

- É Marquinhos, era mais ou menos assim mesmo que eu estava me sentindo. Patrícia tinha me convidado e eu achei a coisa mais natural do mundo aceitar ir a uma festa sozinha, pois queria distrair-me um pouco, a idéia de um casamento iminente estava me assustando, só não sabia porque. E tudo indicava que seria uma senhora festa, aqueles dois sempre foram grandes anfitriões. A casa é um verdadeiro palacete que eles herdaram há uns seis anos e decidiram restaurar para morar. O bisavô de Patrícia a construiu na década de vinte. Mas os dois vêm de famílias muito ricas.

- É realmente um casarão cinematográfico, acho que nunca estivera em um assim antes; ali então, na subida do Alto da Boa Vista, com toda a floresta da Tijuca ao redor. Lembro bem da decoração da festa.

- É! Tinha tantas flores em arranjos lindíssimos por todos os lados. E as garçonetes, todas uniformizadas, servindo champanhe, uísque e canapés; a música parecia estar por toda a casa, estava tudo muito bonito mesmo. E tinha toda aquela gente muito interessante. Eu fiquei um pouco curiosa quando notei aquelas bandejinhas de prata circulando entre as pessoas, já estava um pouco alta por conta do champanhe, mas pude ver que aspiravam as trilhas de pó branco sobre elas, usando os canudinhos de cristal.

- Eu também vi, e havia muito. Foi um amigo meu, o Cláudio, quem me convidou para ir com ele, disse que os donos da festa o haviam estimulado a levar um amigo, pois haveria muita gente bonita, mas nem ele sabia o que estava por acontecer naquela noite.

- Pois é. Acho que só aqueles dois safadinhos sabiam. Eu nunca tinha tido qualquer contato com drogas antes, o que acho que foi uma sorte; mas senti curiosidade de experimentar, embora com as pernas tremendo, não queria parecer careta, acho que a bebida facilitou também. Imitei os gestos dos outros e aspirei uma trilha em cada narina. O que aconteceu logo depois não consigo lembrar, o restante das imagens está claro em minha mente, embora as seqüências estejam meio embaralhadas como num turbilhão alucinante. A primeira coisa de que lembro deve ter sido uma meia hora depois de aspirar o pó, eu estava quase nua; ou melhor, estava nua, porém com a saia toda embolada abaixo dos seios e o soutien aberto e pendurado em um dos braços, estava estirada para trás numa imensa poltrona e sentia uma coisa maravilhosa entre as pernas abertas, era o Felipe, marido da Suzaninha, me beijando a tetéia. Ele me enlouquecia brincando com a língua no meu grelinho, calafrios de tesão me percorriam o corpo todo. Fiquei assustada, mas percebendo o que rolava ao redor com as outras pessoas, resolvi entregar-me àquele prazer, estava muito bom.

- Nossa! Aquilo estava uma loucura!

- Só me deixei levar pelo tesão incontrolável que sentia e o resto foi acontecendo, por toda a noite. Eu já não sentia a menor vergonha, nem vontade de parar, queria mais e mais. No amanhecer, quando te encontrei catando as roupas para sair, entre aquele monte de gente espalhada dormindo nuas por todo lado, exaustas e bêbadas, lembro bem que sentia algo estranho. Estava orgulhosa de mim mesma por ter-me permitido vivenciar aquela experiência louca, sentia-me mais inteira do que nunca, livre dos preconceitos que tinham guiado minha vida até então. Andava completamente nua pelo salão, com o corpo todo melado de suor e porra, meus orifícios ardiam, principalmente o do bumbum, virgem até aquela noite, e que ainda escorria. Procurava minhas roupas quando te encontrei fazendo o mesmo, lembrei que tínhamos transado no deck da piscina durante a noite, estávamos sós então. Um pequeno calafrio avisou-me de que eu iria me envergonhar de você me ver assim ali, você era a primeira pessoa que eu encontrava depois da loucura toda e tinha que encarar, nus ainda; mas a sensação foi totalmente outra, parecia que tudo aquilo era absolutamente habitual para mim e foi assim que aceitei sua companhia até o carro depois que nos vestimos. Guardei seu cartão e as boas recordações.

- Que incrível, minha história se parece com a sua; eu também nunca havia experimentado uma coisa daquelas antes. Já havia fumado uns baseadinhos com os colegas na adolescência, mas prometera a mim mesmo manter-me longe de drogas dali para a frente, por isso não aspirei nenhuma daquelas trilhas naquela noite, deixei apenas o uísque me relaxar o suficiente para embalar. Quando o tempo esquentou e as pessoas começaram a se arretar, tirando as roupas, pensei comigo mesmo que seria um barato vivenciar aquela experiência. Logo, o tesão que tomava conta do ambiente me turvou a mente e eu me entreguei à sacanagem. A primeira mulher com quem fiquei foi a própria dona da casa, o marido estava logo ao lado, devorando aquela cantora lourinha. Lembra dela?

- Ih! É mesmo. Tinha até esquecido do show que deu antes da suruba começar, ela deve ser profissional, canta muito bem, só que nunca mais a vi.

- Pois é, foi na hora do show dela que eu primeiro reparei em você, fiquei encantado com a sua graça, você usava uma mini-saia clarinha e uma blusa preta.

- Hum! Que boa memória! Meu soutien e calcinha desapareceram. Lembra que não encontramos nenhuma peça de lingerie feminina em nossa busca? Acho que algum fetichista as recolheu durante a noite.

- É mesmo! Lembro de quanto reviramos e remexemos e não havia nenhuma calcinha nem soutien.

- Quando cheguei ao prédio em que moro, um vizinho subiu comigo no elevador desde a garagem. Eu morria de medo que ele estivesse percebendo escrito na minha cara o que eu tinha passado a noite fazendo. Só na frente do espelho de meu quarto, nua de novo, é que fui avaliar os estragos, a tetéia estava inchada como o punho de um boxeador, os pentelhos estavam duros de porra seca; aliás, eu tinha placas de porra seca coladas por várias partes do corpo, como se fosse cola. Minha tetéia ardia um bocado, mas o que doía mesmo era o bumbum. O Jorge, veja só, meu amigo havia anos, me pegou por trás quando eu estava galopando um carinha que nem sei quem era e fazendo sexo oral em um outro. Deve ter sido quando você me viu com três, pois foi a única vez assim.

- Foi isto mesmo que eu vi.

- Lembro que ele ajoelhou atrás de mim e apontou o pinto duro contra meu traseirinho, eu segurei o pinto que chupava e olhei sobre os ombros quando ele usou as duas mãos para escancarar as bochechas da minha bundinha, cuspiu na cabeçorra que já forçava a entrada e se enterrou praticamente de um golpe só. Gritei alto. A dor foi alucinante, parecia que eu tinha sido rasgada em duas. Tanto ele quanto o cara que estava na minha tetéia ficaram parados no fundo de mim por um longo tempo. Senti vontade de desvencilhar-me deles, mas não conseguia mover um músculo sequer. Aos poucos fui relaxando e quando me senti melhor, ainda arfando, beijei e tornei a engolir o pinto que segurava, eles então voltaram a mover-se primeiro lentamente, daí o prazer foi superando toda a dor e eu alucinei. Mais dois caras comeram meu pobre bumbunzinho naquela noite. O incômodo durou umas duas semanas, andava com as pernas meio abertas, parecia uma pata, e era um suplício ir ao banheiro, usava pomada cicatrizante todos os dias. Nunca mais deixei nenhum homem fazer aquilo.

- Puxa Silvinha, estas lembranças daquela noite estão me acendendo, já achava que nunca mais a veria de novo, agora gostaria de revê-la, afinal levou muito tempo e eu não esqueci a sua imagem. Já que estamos nos conhecendo melhor

- Você tem razão, estamos nos conhecendo melhor. Também eu mesma passei a me conhecer melhor depois daquela festa. Acho que só tive a ganhar com aquela loucura toda; cresci e me libertei de tabus, me tornei uma mulher segura e feliz. Hoje o sexo ocupa o lugar certo em minha mente, antes era uma coisa feia e proibida, transar com meus namorados já me fazia sentir uma perfeita putinha sem vergonha. Meus pais me ensinavam isto, insistiam na velha história de casamento virgem num altar; aliás, eu só pensava mesmo era nisso, tinha que chegar ao casamento para não ficar solteirona como uma prima de minha mãe. Depois daquela festa minha vida mudou, desmanchei aquele namoro e não tive outro; não tenho mais planos de casamento, a menos que o destino faça acontecer. Hoje saio com os homens que quero, janto fora, vou a barzinhos, boates, festas. Se encontro um carinha interessante, saio com ele e até o levo para a cama se valer mesmo a pena. Os homens são tão bobinhos, a maior parte deles acredita que está me comendo, quando na verdade sou eu quem os está comendo.

- Que barato! Nunca ouvi uma mulher me falar assim. Deve ser muito legal assumir-se assim sendo mulher, não dando ouvidos aos padrões morais da sociedade, só atendendo sua própria consciência. Acho que não são muitas as mulheres que atingem este grau de maturidade tão cedo como você, embora até acredite que este número venha crescendo. Gostaria muito de revê-la.

- Pois é, e foi por este motivo que te liguei. Uma amiga nossa, a Regininha, vai se casar no domingo. Veja só, casar! E já que ela é uma pessoa muito legal, mas muito inexperiente também, resolvemos fazer uma despedida de solteira inesquecível para ela. Imagina quem são as organizadoras do evento? Ninguém mais nem menos que eu e a Patrícia. É claro que a Regininha não estava naquela festa e por tudo que conhecemos dela achamos que se parece muito comigo daquela época. A gente a adora, daí resolvemos fazê-la experimentar um pouquinho de depravação em seu último dia de solteira.

- Incrível! E o que vocês pretendem fazer?

- Bem, o projeto é vendá-la depois de alguns uísques e fazê-la adivinhar o presente que teremos escondido. Como já é tradicional, a cada erro ela vai perder uma peça de roupa, como ela nunca vai poder imaginar, quando estiver nuinha em pêlo, a gente vai levá-la ainda vendada para o quarto onde o presente estará, e este será um belo homem também nuzinho e de preferência com o pinto bem duro. Vamos colocá-la sobre a cama e deixar rolar a maior transa, com todas as amigas assistindo. Patrícia já tem quase tudo arranjado, vai ser na casa de praia deles em Arraial do Cabo; a casa é super isolada num terreno imenso de frente para o mar bem lá no finalzinho da praia Grande. E é aí que você entra, Pati sugeriu que você fosse o nosso homem para despedir a solteirice da moça, e é claro que eu concordei logo. O que você me diz?

- Uau! Nem sei o que dizer

- E olha que a menina é a maior gata, mais ou menos um e setenta, uns sessenta e poucos quilos bem distribuídos, cabelos compridos castanhos claros e olhos verdes. Imagina! Outra coisa, já me confessou que só teve o noivo até hoje e tem vinte e dois aninhos, um pouco mais nova que eu.

- Fechado!

- Ótimo! A Pati vai passar por aí para te apanhar na sexta à tardinha, por volta das seis, vocês vão antes para acertar os detalhes, eu e as meninas só vamos chegar sábado por volta do meio dia. Tudo OK?

- Tudo bem, mas e quanto a nós, quando vamos nos encontrar a sós?

- Calma menino! Tudo indica que logo vamos ter oportunidade de nos encontrarmos algumas vezes. Já lhe disse que agora sou uma mulher sexualmente livre; passei mesmo a ser uma "habituée" da casa de Pati e Alan, depois daquela festa algumas outras pequenas reuniões acabaram em divertido sexo. Não gosto da idéia de ser esperada por um homem em especial, tenho boas lembranças de você mas não quero ir muito além disto. Depois, se você começar a freqüentar a casa deles, a gente vai certamente se encontrar muitas vezes e vai poder conversar, talvez até transar deliciosamente como foi da primeira vez, esteja certo disto.

- Certo! Acho que você tem razão, posso visualizar a coisa por seu prisma e acho espetacular sua postura. Quantas mulheres assim haverá no mundo?

- Obrigada, você parece que vai ser um eterno cavalheiro, ainda que nu com o pinto enterrado na dona da casa, ao lado do marido dela Bem, acho melhor desligar agora, ainda tenho uma pilha de trabalho; sou secretária executiva do diretor-presidente da empresa onde trabalho, o homem já passou dos setenta e tantos e depende de mim para tudo. Ele está na Europa, com a esposa, mas a diretoria anda a mil, eu preciso manter tudo em ordem. Tchau Marquinhos, um beijo! A gente se vê no sábado.

- Tchau Silvinha! A gente se vê lá, se Deus quiser. Outro para você!

- Não mete Deus nisso não menino! Pelo amor de Deus! Ha! Ha! Ha! Tchau!

Marcos ainda ficou alguns instantes com o fone suspenso junto ao ouvido esquerdo enquanto massageava o membro duro de tesão, que quase despercebidamente sacara para fora da bermuda de malha durante a conversa. Logo a seguir, algo chamou sua atenção à direita, num reflexo rápido voltou o rosto para aquela direção e sua respiração chegou a parar com o susto. Sua vizinha estava em pé, com as costas apoiadas contra a moldura da porta de entrada do apartamento a pouco mais de dois metros de distância dele.

Laura tem vinte e cinco anos, mora com o marido Tony no único apartamento que divide o sexto e último andar do prédio com o de Marcos há dois anos. Ele e Tony tinham se tornado grandes amigos desde que Marcos os ajudou voluntariamente na mudança quando chegaram, freqüentam juntos o Maracanã todos os domingos em que seu tricolor joga lá. O amigo é médico formado há três anos e trabalha em dois hospitais, sendo praticamente impossível encontrá-lo em casa durante a semana, pois normalmente sai muito cedo e só retorna, quando não está em algum plantão, por volta de meia noite. Mas sempre se reúnem nos finais de semana e programam juntos suas saídas. Tony e Laura nunca se importaram com a alta rotatividade de namoradas de Marcos, que os acompanham nos programas, tendo mantido sempre um altíssimo nível natural de respeito entre eles. Nas cervejinhas que tomam no caminho de volta do estádio para comemorar as vitórias ou afogar as derrotas do Flu, a conversa entre os dois nunca foi sobre mulheres ou sacanagem, uma vez que Tony sempre deixou muito claros seu amor e fidelidade à esposa.

Ela trabalha numa empresa de consultoria jurídica e chega em casa por volta das cinco e trinta diariamente. Sempre bate à porta de Marcos ao chegar, para convidá-lo a um "coffee-break" com as delícias quentinhas que traz da padaria próxima, ficam conversando animadamente por uma meia hora e depois ele retorna a seu trabalho. Laura é uma mulher muito bonita, cabelos negros curtos, olhos acinzentados, tipo "mignon", com seios fartos e rijos, coxas roliças, uma bonequinha. Marcos nunca a olhara com qualquer intenção libidinosa e era sincero nisto, tal o grau de respeito da amizade com os vizinhos.

Cada andar do prédio onde vivem tem apenas dois apartamentos, os elevadores e a escada de serviço são isolados dos "halls" social e de serviço dos apartamentos por portas fechadas a chaves mantidas apenas pelos moradores, responsáveis pela limpeza destas áreas. O hall social fica do lado do prédio onde há um pequeno bosque e tem uma janela por onde entra uma brisa mais fresca em corrente com a janela da sala de Marcos. Por conta de ainda não ter ar condicionado na sala, ele costuma trabalhar nos dias mais quentes de verão com a porta de entrada do apartamento totalmente aberta. Nem percebera que já havia passado da hora de Laura chegar, tampouco a escutara, distraído que estava na conversa com Sílvia, que o enlouquecera de tesão pelas lembranças da magistral e inesperada suruba de quase um ano antes. Não podia nem avaliar por quanto tempo a vizinha o estivesse observando dali, perdido em seus devaneios. A voz suave em tom macio dela quebrou a tensão:

- Puxa Marquinhos, nunca te vi assim, tão excitado!

Ele não sabia o que fazer com o enorme volume do membro muito duro na mão direita e o fone ainda na mão esquerda. Tentou enfiá-lo de volta por baixo da barra da bermuda largando o fone sobre o teclado. Ela riu da situação e enquanto se aproximava falou de novo:

- Acho que você não devia tentar guardá-lo assim, pode machucar; afinal, não sou nenhuma frágil bonequinha de cristal e já estava admirando seu tesão fazia tempo. Desculpe, mas não pude resistir e nem quis quebrar sua concentração; somos amigos, esqueceu? Liberte-o, orgulhe-se dele por ser tão bonito e vigoroso; depois, com o tesão que você está visivelmente sentindo, merece mesmo é um orgasmo. Não acha? Posso acariciá-lo para você?

Marcos estava ainda mais atônito com a atitude dela do que com o susto que levara instantes antes. Mecanicamente, sem mesmo entender o que estava acontecendo, liberou o membro viçoso e rijo. Ela sorriu, ajoelhou-se entre as pernas dele aconchegando-se nelas e começou a acariciá-lo mansamente, com as pontas dos dedos, segurou e arregaçou toda a pele do prepúcio fazendo saltar a cabeça que estava arroxeada de tanto tesão. Admirou-o por instantes com visível ternura, beijou-o repetidas vezes, começou a lambê-lo e o foi engolindo até tocar a garganta, bem devagar. Marcos não podia acreditar no que seus olhos viam, a amiga, esposa de seu melhor amigo, sugando seu membro com tanta volúpia. Os espasmos do orgasmo não tardaram a tomar todo o seu corpo e tudo rodou em sua cabeça enquanto ela o sorvia todo como um bebê mamando no seio da mãe.

Ele ficou prostrado na cadeira, ela carinhosamente lambia todo o membro como se o limpasse. Depois ergueu-se em frente a ele e tomou sua mão dizendo:

- Vem comigo!

Ele a seguiu meio apalermado, ela empurrou a porta do banheiro e começou a despir-se lentamente, com um sorriso doce nos lábios, num sensual "strip-tease" exclusivo. Ali estava Laura, despindo-se para ele, quis sair correndo e fugir dali e da tentação encarnada na esposa de Tony, mas suas pernas não obedeceram. Ela entrou no boxe convidando-o a acompanhá-la e abriu a ducha, ele sentiu as últimas resistências ruindo, pediu perdão silencioso a sua própria consciência, despiu-se e entrou atrás dela.

Laura o recebeu com outro enorme sorriso e oferecendo-lhe o sabonete:

- Dá um banhinho na sua amiguinha, dá!?

Achou-a pela primeira vez imensamente linda com sua pele lisa e macia que parecia atraí-lo como um poderoso imã, deteve-se ensaboando carinhosamente os seios redondos que ela apertou entre os braços, fazendo com que eles recebessem toda a ducha enxaguando-os, então ergueu-se nas pontas dos pés e ele entendeu sua oferta, passou um braço por trás de seu corpo apoiando-a pelas costas e curvou-se para a frente para beijar, mordiscar e chupar seus seios e mamilos. Com a outra mão, foi descendo acariciando-a até atingir os pêlos molhados de seu imenso tufo negro mantido quase natural. Os dois receberam o mesmo choque de milhares de volts quando os dedos dele encontraram o clitóris já bem intumescido e totalmente sensível. Ela apanhou o sabonete, ensaboou delicadamente as mãos e tomou o membro dele entre elas, acariciando-o de novo, devolvendo-lhe aos poucos a rigidez enquanto devoravam literalmente um à língua do outro num longo e apaixonado beijo.

A certa altura, ela desvencilhou-se calmamente dele e fechou as torneiras da ducha, empurrando-o para fora do boxe e tornando a guiá-lo, desta vez para o quarto, onde desabaram na cama ensopados como estavam. Ela rodou o corpo sobre ele, abrindo as pernas enquanto sentava sobre seu rosto como se montasse um potro, oferecendo-lhe a vulva à boca enquanto voltava a chupá-lo. Ficaram neste sessenta e nove por bem mais de uma hora, ela entregou-lhe quatro suculentos orgasmos quase seguidos. Mas a cada vez que o corpo dela estremecia em espasmos de um novo orgasmo e ele sentia o sabor deles na língua, Marcos não conseguia evitar pensar em Tony por um instante, quase chegando a brochar, contudo a visão e o sabor daquela vulva impunemente depravada o enlouqueciam de novo. Finalmente, ela virou-se novamente sobre ele, segurou seu membro entre as duas mãos e começou a sentar-se nele dizendo:

- Me faz tua mulher Marquinhos!

E o tomou todo para dentro de si em instantes, enquanto se beijavam ensandecidos.

Marcos acordou assustado, estava muito escuro, sentiu a mulher relaxada em seus braços e recordou num lampejo os acontecimentos daquela noite, olhou rápido na direção da mesinha de cabeceira, o digital marcava dez e dezoito, acordou-a enquanto acendia o "abat-jour", ela espreguiçou-se lenta e longamente, ele perguntou:

- A que horas chega Tony?

A pergunta soou tão banal para ele mesmo, como se procurasse pelo amigo à porta de sua casa. A resposta foi ainda mais banal:

- Por volta da meia noite, como sempre.

Olharam-se nos olhos por um longo tempo e beijaram-se afetuosamente, ao se separarem entenderam que haviam se tornado amantes. Beijaram-se de novo e ela levantou-se, recolheu as roupas no banheiro, despediu-se dele com um alegre boa noite e saiu nua e sorridente do apartamento.

Marcos tomou outra ducha, fechou a porta da entrada, lanchou rapidamente e voltou ao trabalho no micro, tentando entregar-se por inteiro a ele. Mais tarde escutou os ruídos de portas e compreendeu que o amigo chegara, sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha. Parou de digitar e ficou imaginando o que estaria acontecendo no apartamento ao lado, percebeu que a sensação era de ciúmes pela possibilidade de estarem se amando. Desligou a máquina e foi para a cama tentar dormir, mas as idéias fervilhavam em sua mente. Depois de algum tempo, decidiu não permitir que aquilo tornasse a acontecer, Laura era a dedicada esposa de seu melhor amigo e sua própria amiga, e tinha de continuar assim, eles não tinham o direito de se amar. Se ela tinha resolvido entregar-se àquela transa louca, algum outro motivo deveria haver. Uma mulher linda como ela, casada havia tão poucos anos com um cara que a ama tanto, porque teria escolhido justo a ele, vizinho e amigo, para aquela aventura? Seria porque assim a cumplicidade seria perfeita? Desta forma ficava claro para ele que ela não se entregara por amor, talvez então por alguma necessidade, o carinho ficara por conta da amizade entre eles. Finalmente encontrou alguma paz para adormecer.

Já era tarde quando ele acordou, o calor fora do quarto já era grande, tomou uma ducha, preparou um bom desjejum pois morria de fome, e correu de volta ao micro mergulhando no trabalho ao som dos grandes nomes do jazz, sua predileção. Por volta das duas da tarde a fome voltou a incomodar, foi para a cozinha e preparou o tipo de comida que adora no verão, uma salada de alface, tomates, pepinos frescos, pimentões, palmito e azeitonas, seguida de uma suculenta bisteca preparada na chapa. Como bebida, um copo duplo de leite bem gelado. Foi comer na sala, assistindo a um noticiário pela TV a cabo, pela porta aberta entrava uma suave brisa, mas ainda assim fazia calor.

Voltou ao trabalho com tal disposição que nem percebeu as horas passarem voando, já eram quase sete horas quando escutou o ruído da porta do corredor e Laura apareceu à sua porta, sorridente como sempre. Tinha com ela várias sacolas de supermercado cheias, achou-a linda metida num conjuntinho de malha verde-claro.

- Como é que passou o dia esse menino "gotoso"? - soprou-lhe um beijinho no ar e continuou - Espere só até eu guardar estas compras e tomar um superbanho , então volto para conversarmos.

Disse isto e saiu pelo corredor, deixou as sacolas no chão junto à sua porta e voltou em seguida:

- Mas o que é que eu estou dizendo? Muito melhor se você vier me dar este banho, como ontem, só que desta vez lá em casa. Vou largando as compras e te espero. Tudo bem?

Marcos nem pensou duas vezes, esquecera de pronto sua decisão da noite anterior.

- Claro! Vou desligar a máquina e já te alcanço!

Salvou o texto e desligou o micro, saiu atrás dela entrando pelo apartamento deles. Ela estava na despensa, Marcos invadiu a suíte do casal e viu a cama arrumada com esmero, só então vieram à mente os pensamentos da véspera quando tentava dormir, mas fugiu deles entrando no banheiro e começando a se despir. Eles tinham uma banheira lá.

Laura estava ainda mais fogosa que na véspera, ele lembrou-se de nunca a ter visto assim tão leve e bem disposta antes, apesar de nunca tê-la visto desanimada também. As loucuras que fizeram na banheira prosseguiram depois no quarto, sobre a cama em que ela dorme com o marido. Amaram-se muito, o ar condicionado ligado aumentou ainda mais a resistência física de ambos. Quando passavam das nove e meia estavam deitados aconchegados um ao outro, fazia até um pouco de frio, mas estavam bem, ele a abraçava por trás e tinha o membro amolecido, mas guardado dentro dela desde que gozaram juntos pela última vez havia uma meia hora, ela o mantinha assim forçando o bumbum contra o corpo dele. Estavam em silêncio por todo este tempo, Marcos brincava com os mamilos dela entre os dedos enquanto pensava meio distante, mas ela pareceu interpretar seus pensamentos interrompendo o silêncio:

- Marquinhos, meu querido, acho que é muito importante tentar esclarecer algumas coisas; imagino como deve estar sua cabeça de ontem para cá, eu também estive pensando muito.

- Você quer mesmo falar sobre isto? - perguntou ele sussurrando em seu ouvido direito.

- Quero! Eu e Tony somos bastante felizes juntos, ele é um ser humano fantástico e está se tornando um cirurgião respeitável apesar do pouco tempo de formado. É um excelente companheiro, você sabe disso, nosso casamento tem tudo para manter-se feliz, menos por um aspecto, o sexo. Tony foi meu primeiro e único homem até a noite passada, nos conhecemos e namoramos desde a puberdade, foi meu único namorado. Quando nos casamos há três anos, ainda vivíamos o mesmo paraíso sexual da época de noivado, fazíamos amor até no hall dos elevadores do prédio onde morávamos, no meio da noite, havia muita volúpia sempre. Com uns seis meses de casados, a coisa começou a rarear aos poucos, salteando dias, depois semanas, e cada vez com menos fogo. Aí ele arrumou o emprego no segundo hospital e o sexo foi desaparecendo de nossa relação, que hoje é quase essencialmente platônica. Mas nos amamos muito e temos consciência disto o suficiente para ter certeza de que vamos seguir sendo felizes juntos. Como ele tinha sido meu único homem, eu não experimentei nenhuma repulsa pelo fato, aceitava sem perceber que a cada dia me tornava mais amiga de meu marido, na mais pura acepção da palavra amizade.

- Eu não podia imaginar, seria capaz de jurar que vocês levassem uma excelente vida conjugal

- É. Acho que isto se deve ao fato de nunca termos discutido o assunto, o sexo desapareceu por completo de nossa relação e eu não ousei sequer discutir o problema com ele, talvez por medo de magoá-lo. É mais ou menos como se assim é que fosse o certo, a gente continua se amando como sempre, mas tesão que é bom, "neca de pitibiribas"!

- Mas me desculpe Laurinha, acredito em tudo o que você está me contando, mas é que você parece uma mulher tão experiente em sexo. É bem verdade que bastante apertadinha, contudo faz coisas e pratica posições alucinantes

- Ah, isto! Acontece que de um tempo para cá comecei a sentir angústia pela falta de carinho sexual, sabia que não era rejeitada pelo meu marido, mas que o sexo entre nós tinha acabado por algum motivo. Comecei então a me masturbar com cada vez mais freqüência e passei a apanhar fitas pornográficas na vídeo-locadora diariamente. Eu as assistia diversas vezes quando estava sozinha à noite, depois que você saía, prestava muita atenção a todos os detalhes e me masturbava intensamente até a exaustão. O fato de você passar aqueles momentos aqui sozinho comigo, com eu sabendo que tinha a fita na bolsa para assistir e me masturbar logo que você saísse, foi determinante para que você começasse a protagonizar minhas fantasias. Nós ficávamos aqui em casa sozinhos, tomando café com "croissants" ou biscoitos e eu desejava que você facilitasse as coisas adivinhando meus pensamentos e me assaltasse. Provavelmente esta situação iria durar para sempre, pois você me tratava com tanto respeito que eu não teria jamais a coragem de tomar a iniciativa. Mas quando entrei ontem e vi você conversando distraído ao telefone, massageando este instrumento maravilhoso que tenho agora aqui bem dentro de mim

Contraiu a musculatura vaginal apertando o membro flácido ao dizer aquilo e prosseguiu:

- Bom, daí deu no que deu. Acho que o mais importante agora é não magoar você sob hipótese alguma, uma vez que eu o estou apenas usando como um amante ideal. Moramos praticamente juntos e ficamos horas isolados e sozinhos aqui todas as noites. Quero te pedir para ser meu amante, Marquinhos, você me faz sentir mulher de novo, preciso disto, mas quero continuar a dedicar todo o meu amor ao Tony, a quem ele pertence.

Felizmente para ele, Laura não podia ver as lágrimas que lhe rolaram dos olhos enquanto ela falava. Suas palavras o tinham tocado profundamente e ele a podia entender e admirar pela lealdade e praticidade como dera uma solução a seu problema sem abalar sua relação matrimonial. Sentiu que ela decidira ser completamente feliz ao lado do marido a quem ama, sem dar chance às mágoas, ressentimentos, preconceitos e culpas. Como o destino lhe pareceu grandioso neste caso, por ter criado todas as condições de que ela precisava, até para quebrar o gelo com ele na véspera. Levantaram-se os dois, sabiam que nem mesmo precisavam vestir-se, ela perguntou:

- Nos vemos amanhã à tardinha, meu querido amigo?

- Amanhã não, uns amigos vêm me apanhar para passar o final de semana em Arraial, receio que a gente só se veja de novo na segunda à tardinha.

- Ótimo! Aproveite bastante, acho que domingo eu e Tony vamos passar o dia em Petrópolis, faz tempo que não passeamos um pouco.

Lancharam juntos e despediram-se com beijos carinhosos, Marcos voltou ao trabalho, pensava muito na conversa que tinham tido, concluiu que Laura estava certa, não podia compreender o porque de tantas pessoas complicarem tanto suas vidas quando outras eram tão práticas e simples. Pensou em quantas mulheres no lugar dela teriam mergulhado em profunda depressão por se julgarem rejeitadas, até traídas; outras iam buscar solução na separação; a maior parte viveria de forma psicopática a partir daí, tornando-se neurastênicas. Não podia também entender o porque de tantas mulheres agarrarem-se a tabus e preconceitos sociais como um afogado a seu salvador, impossibilitando o próprio salvamento e morrendo junto com eles. Trabalhou até tarde, muito depois de escutar a chegada do amigo, mas quando deitou-se dormiu logo.

A sexta-feira voou e outro grande acontecimento alegrou Marcos, o trabalho que ele previra terminar pela segunda-feira, para entregar terça cedinho, teve seu ponto final digitado às três e quinze da tarde. Feliz, foi buscar uma cerveja na geladeira e atirou-se no sofá saboreando-a. Festejava também os acontecimentos dos últimos dias, a ligação de Silvia, a relação com Laura e a próxima chegada de Patrícia que vinha buscá-lo para outra louca aventura. Decidiu que contra as mulheres, era preciso muito mais que simples força bruta, que além de possuir muita fibra, o "sexo frágil" era extremamente inteligente e até ardiloso, por isso mesmo era preciso muita cautela para lidar com elas. Mas completou seus pensamentos com uma frase que chegou a entoar orgulhoso em voz alta, a caminho do banho:

- Eu certamente prefiro viver perigosamente, se é para estar ao lado delas!

Às cinco Patrícia ligou avisando que estava de saída e que o apanharia em quinze minutos em frente a seu prédio. Marcos apanhou a mochila que preparara com o essencial, fechou o apartamento e desceu cantarolando, não esperou muito. Ela chegou dirigindo um carrão importado, ele a reconheceu logo, apesar de só terem se visto naquela festa. Patrícia é o que se pode chamar de uma bela e sensualíssima mulher, com seus um metro e setenta e poucos, cabelos longos tingidos de vermelho, unhas longas e bem cuidadas, pintadas de carmim como os lábios, pele muito clara com algumas sardas bastante charmosas, cintura muito fina, corpo malhado, pernas lindas, seios pequenos mas muito bem desenhados com mamilos escuros e bem salientes. Mas o que ainda chamara mais a atenção de Marcos eram seus pés, que ele não cansara de beijar e lamber, ajoelhado enquanto a penetrava, deitada de costas no tapete do salão, com as pernas para cima como um franguinho assando. Ele decepcionou-se por ela estar calçando tênis, desejava logo rever aqueles pezinhos esculpidos por deuses. Marcos adora mulheres de pés bonitos, costuma dizer aos amigos que as mulheres poderiam até ser feias, desde que os tivessem lindos.

Patrícia o recebeu com um beijo, assim que ele entrou no carro, que não deixava dúvidas de suas intenções; depois deu-lhe boa tarde sorridente e partiram. Ela falava pelos cotovelos, nem dando a ele a menor chance de dizer nada. Quando atravessavam a ponte, apreciando a vista maravilhosa da baía, tomou a mão esquerda dele e a colocou sobre a coxa direita, dizendo:

- Adoro dirigir com muito tesão Marquinhos, dê aí um trato na motorista para ela ficar bem feliz, vá!

O rapaz foi acariciando toda a extensão da coxa até empurrar a barra da mini-saia que ela usava para cima, quando teve de parar para soltar uma boa risada, ela estava sem calcinha, o pequeno e desenhado tufo negro apareceu inteiro, ela percebeu a razão do riso:

- Que foi? Parou porque? E porque esta cara marota?

- Você é bem depravadinha mesmo, não?! - disse isto enquanto começava a fazer caracóis nos pelinhos finos aparados curtos - Silvinha contou-me que a casa de vocês é um templo das mil-e-uma-noites de prazer.

- Silvinha é muito exagerada. Na verdade, havia muito tempo que eu e o Alan sonhávamos em experimentar algo como aquela festa em que nos conhecemos, mas faltava coragem aos dois para ousar, não tínhamos a menor experiência sexual extraconjugal, só vontade. Lemos uma reportagem numa revista francesa que falava de um efeito da cocaína sobre a libido de muitas mulheres, liberando-as. Também não tínhamos nenhuma experiência com o pó, só com os baseados que a gente fumava no Alto com a galera nos tempos da adolescência. Na verdade, temos até hoje uma convicta posição contrária às drogas, mas ficamos curiosos, e quisemos ver o que acontecia de fato. Alan conseguiu um pouco e eu cheirei tudo. Nossa! Uma pomba-gira desceu imediatamente em mim e eu queria mais e mais e mais. Aí o pobre cansou e eu ainda queria mais, decidimos que era a hora de experimentarmos a transa extraconjugal, ligamos para o Duda, um grande amigo nosso, ele veio voando, a gente já tinha sacado que ele me olhava com desejo fazia tempo, e sempre que tocávamos no assunto de sexo extraconjugal o nome dele vinha à baila. Viramos a noite transando, era um e outro, quando um cansava eu partia para o outro, foi uma deliciosa loucura. Pela manhã tivemos a idéia da festa e aí começamos a programar tudo. Até o último momento, só nós três sabíamos das reais intenções da festa. Contratamos as garçonetes para o serviço em agências de modelos, e quando já estava tudo pronto, antes de chegarem os convidados, daí as reunimos e contamos que as pessoas que viriam eram muito mente-aberta e que poderia rolar alguma sacanagem, dissemos que se elas ficassem chocadas, ao começar a farra poderiam ir embora, mas se ficassem toda a noite receberiam triplicado. Acabaram não só ficando todas, como algumas até participaram.

- É mesmo, eu até transei com uma delas, uma moreninha muito sacaninha.

- De lá para cá, algumas das pessoas presentes passaram a freqüentar nossa casa e a cada duas ou três semanas há pequenas reuniões onde sempre acaba rolando uma transa legal, nada como aquela memorável festa, que talvez nunca se repita, e sem drogas também, pois nos convencemos de que não há necessidade delas, um pouquinho de uísque é o melhor tempero. É isso aí seu bobinho, eu vim sem calcinha porque queria mesmo que você viajasse acariciando minha tetéia e porque quero ser sua de novo logo mais. Por falar nisso, ta bom, não pare.

A noite foi uma loucura na confortável casa de praia, Patrícia sabia tudo sobre sexo, transaram por toda parte. Pouco antes da meia noite saíram nus para um banho de mar na noite quente e muito escura, sem lua. Atravessaram o imenso jardim arborizado guiando-se pela calçadinha e pelo barulho do mar, cruzaram o portão e atravessaram a rua praticamente tateando enquanto os olhos se acostumavam aos poucos à escuridão. Uma vez na areia, correram juntos para a água onde brincaram por muito tempo nas ondas mornas, quando saíram abraçados, tropeçaram e caíram juntos na areia, de onde não levantaram antes de se amarem de novo, lambuzando-se de areia até as almas. Depois de um tempo transando, ficaram deitados juntos descansando e apreciando as estrelas, milhões delas.

Levaram ambos um imenso susto com dois repentinos lampejos de faróis sobre eles. Só então perceberam que havia um carro parado de frente para onde estavam, a menos de dez metros, na parte mais sólida da areia. Concluíram que deviam ter passado bem ao lado dele quando chegaram cegos pela escuridão. Os faróis tornaram a lampejar e Patrícia já estava agarrada a Marcos, acuados como animais pegos de surpresa na toca. Conseguiram levantar-se, mas continuaram parados ali abraçados um ao outro; podia ser a polícia, ou mesmo assaltantes, de qualquer forma estariam os dois em problemas. As duas portas do veículo se abriram ao mesmo tempo, fazendo acender a luz interna do mesmo. Uma enorme sensação de alívio os envolveu quando viram que saía do carro um jovem casal e que ambos estavam tão nus quanto eles próprios. Os dois jovens se deram as mãos em frente ao carro e vieram caminhando decididos na direção deles. Chegaram sorrindo e o rapaz foi o primeiro a falar:

- Oi! Prazer. Tudo bem? Eu sou o Bira, esta é Carmem, somos noivos, viemos namorar na praia para aproveitar a escuridão. Levamos um susto quando ouvimos as vozes de vocês se aproximando e os vimos, percebemos que vocês não tinham nos visto e achamos lindo vocês dois brincando no mar e depois se amando aqui, sem querer assustá-los acabamos assistindo tudo e ficamos muito excitados e orgulhosos, como se vocês nos tivessem convidado a participar de sua intimidade. A gente discutiu um bocado se devíamos ou não nos apresentar, concluímos que quando vocês fossem embora nos veriam e iam perceber que os tínhamos assistido, daí decidimos vir nos apresentar assim, em igualdade de condições. Fizemos mal?

Patrícia desatou a rir, mas o riso dela era também de desafogo pelo susto que tinham passado, depois conteve-se e respondeu:

- O prazer é todo nosso. Se bem que vocês mereciam umas boas palmadas pelo susto imenso que nos pregaram

- Perdoem-nos, - replicou o rapaz - não tínhamos esta intenção.

- Não faz mal. Eu sou Patrícia, este é meu amigo Marcos. Eu sou casada e é claro que meu marido sabe onde estou e o que estou fazendo, ele é um cara genial e adora que eu me divirta, tenho muito orgulho disto e é isso que nós estamos fazendo aqui, nos divertindo. Minha casa fica logo ali; que tal um drinque?

- Eu adoraria! - saltitou Carmem - Afinal, esta é a primeira vez na minha vida em que me apresento pelada a estranhos também pelados, em plena praia, ainda que numa noite escura. Nós custamos muito a decidir se saíamos ou não do carro, agora quero aproveitar ao máximo esta sensação alucinante.

- Carmem tem razão, nunca tivemos uma experiência destas, agora vamos fundo, aceitamos o drinque!

Caminharam juntos para a casa, Patrícia e Marcos tomaram uma ducha no chuveiro do jardim, junto à casa, para livrar-se da areia. Logo que entraram, Marcos foi com Bira apanhar gelo e copos, Patrícia levou Carmem com ela para conhecer a casa e trazer toalhas para secarem-se. Quando os dois deixavam a cozinha, toparam com a garota esbaforida:

- Amor! Amor! Eles têm a maior piscina no jardim dos fundos, vamos lá dar uns mergulhos!

Levaram bandejas com copos, gelo, salgadinhos e uísque para fora, não demorou muito para que os dois casais estivessem transando separadamente à beira da piscina, as transas rolaram por algum tempo, depois foram caindo na água, onde brincaram livremente, roçavam os corpos uns nos outros, tocavam os sexos, beijavam-se já despudoradamente com as parcerias trocadas, riam muito. Carmem era a que mais vibrava, dava gritinhos, jogava água para cima. Logo estavam brincando de cavalo-de-batalha, a jovem sentada sobre os ombros de Marcos, que sentia a quente vulvinha molhada contra sua nuca, e Patrícia sobre os ombros de Bira. Riram até cansar e saíram da água para mais uma dose de uísque. Marcos aconchegou-se com Patrícia numa das espreguiçadeiras e os noivinhos juntaram-se em outra, conversaram animadamente por algum tempo até que Carmem quis saber as horas, explicou que se comprometera com o pai de voltar antes das quatro, tinham inventado uma festa de aniversário para escapar.

Marcos acompanhou-a ao interior da casa para procurarem um relógio, encontrando um digital na cabeceira da cama da suíte principal, eram duas e quarenta. Enquanto conversavam, Marcos sentiu o abandono do corpo dela ao lado do seu e bastou envolvê-la num abraço para caírem na cama e começarem a transar. Era nítida a diferença entre as experiências das duas mulheres, mas era visível que Carmem esforçava-se ao máximo para parecer o mais liberada que possível, tomava atitudes, mostrava-se depravada. Depois de algum tempo gritou:

- Estou vindo Marquinhos! Vem! Mete com força meu macho! Me fode gostoso! Ai! Vamos juntos! Ai! Aaai!

E tiveram mesmo um orgasmo juntos, o homem a inundou grunhindo. Tanto que quando ela se levantou da cama, onde estivera deitada de costas, ouviu-se uma golfada e a vulvinha expeliu porra como se ejaculasse, sobre o piso do quarto. Foram juntos ao banheiro limpar-se e trouxeram uma toalhinha para limpar a porra do chão. Depois foram abraçados para fora e lá encontraram Patrícia de quatro na grama, recebendo Bira por trás. Marcos preparou uma dose dupla de uísque e foi sentar-se na espreguiçadeira para apreciar a cena, Carmem sentou-se em seu colo e bebericou com ele enquanto Patrícia gritava alto, alucinando o rapaz que não demorou a explodir dentro dela. Quando ele finalmente saiu da mulher e levantou-se, a noiva foi ter com ele, abraçando-o com ternura. Depois sentenciou que tinham que ir.

Marcos e Patrícia os acompanharam até o carro levando uma lanterna, Patrícia ajudou Carmem a vestir-se, arrumar os cabelos e esboçar uma maquiagem, depois despediram-se e partiram. Ficaram os dois ali abraçados até as lanternas do carro desaparecerem na distância. Voltaram de mãos dadas como namorados, tomaram um banho juntos e foram dormir exaustos.

Marcos acordou sobressaltado com um ruído que vinha da sala, lembrou-se de que poderiam ter deixado portas e janelas abertas quando foram deitar-se, o que efetivamente acontecera. Saltou da cama e correu para a sala, onde encontrou uma jovem descalça, usando um vestido curto branco de bolinhas vermelhas já bastante surrado mas protegido por um avental, cabelos muito compridos castanhos-escuros presos por um elástico na altura da nuca. A moça cantarolava alguma canção muito baixinho, quase sussurrada, enquanto passava um rodo, com um pano que molhava num balde, sobre o piso cerâmico. Os dois estancaram diante das surpresas; ele por ter encontrado a faxineira trabalhando, quando tinha como certo que iria encarar algum ladrão oportunista, ela pela aparição súbita e inesperada de um homem tão bonito completamente nu. Ficaram congelados se olhando por um interminável par de segundos, Marcos percebeu na expressão da jovem que sua nudez ao contrário de chocá-la a divertira; antes de virar-se, ou cobrir o membro com as mãos, decidiu agir com ares de naturalidade e esticar o espetáculo que oferecia a ela:

- Desculpe moça, ouvi um barulho, pensei que fossem ladrões. Patrícia ainda está dormindo.

A moça, apoiada displicente no rodo, sorriu maliciosa antes de falar.

- Não faz mal moço, já estou acostumada. Seu Alan está aí também?

- Não, só estamos eu e Patrícia, - o sorriso malicioso no rosto da faxineira aumentou enquanto Marcos falava, os olhos dela quase não desgrudavam do membro dele, que começou a se enrijecer - a gente foi dormir tarde e esqueceu tudo aberto.

- É, dona Patrícia telefonou avisando que ia vir, parece que vai ter uma festa hoje. Eu já deixei tudo limpinho ontem, agora só tenho que passar o pano e depois olhar se os cristais estão em ordem.

A garota já respirava acelerado, olhos fixos no membro rijo. Marcos gostava da situação e a menina era bem interessante, pés naturalmente bem desenhados como ele adora, e um quadril avantajado. Ele não podia ver o bumbum, mas podia avaliar pela largura das ancas e pelas coxas roliças. Percebeu que estava fazendo o mesmo que ela, que devorava seus atributos físicos com os olhos, sentiu-se então mal, achou que estava fazendo algo que não devia e que era necessário colocar um ponto final na cena, seu membro perdeu a rigidez de um instante para o outro, começando a amolecer rapidamente, houve um momento de desencanto no ar entre os dois, o ar de malícia da garota foi logo substituído por perplexidade e desapontamento visíveis. Completamente sem graça, o rapaz só pediu licença e voltou rápido para o quarto, onde encontrou Patrícia já em pé e apressada:

- Bom dia querido! Temos muito ainda por arranjar para a festa, vamos à luta!

As mulheres começaram a chegar por volta de uma da tarde, eram doze, todas amigas íntimas da noiva que só chegaria mais para o final da tarde. Agitaram muito, algumas na cozinha cuidando dos salgadinhos que haviam trazido em grandes caixas de papelão, outras na decoração da sala e da suíte com muitas flores e bolas multicoloridas, Patrícia e Sílvia corriam de um lado para o outro coordenando tudo e repassando os planos com as outras, às vezes uma saía de carro para buscar algo que faltava.

Marcos achou Sílvia ainda mais bonita do que quando a conhecera, percebeu que seu coração se acelerava na presença dela de forma não usual desde sua chegada, quando trocaram um longo e quente beijo, separado à força por Patrícia, entre enciumada e apressada para tocar os preparativos. Por volta das três horas, as mulheres que tinham estado envolvidas com os preparativos da cozinha estavam livres, Patrícia conclamou-as a todas para cuidarem juntas de Marcos. Ele não entendeu o que aquilo significava, mas num instante se viu envolvido por todas, que o despiram, banharam, barbearam, massagearam com cremes e óleos, perfumaram. Sentiu-se como um sultão sendo tratado por suas odaliscas, flutuava no ar, nunca na vida sequer imaginara passar por algo como aquilo. Quando terminaram, o homem estava ainda muito mais bonito do que normalmente era, levaram-no para a suíte, Sílvia e Patrícia repassaram com ele todos os planos e finalmente o deixaram só, fechando a porta atrás da última que saiu desejando-lhe boa sorte. Sílvia lhe trouxera um livro de presente, que ele já havia começado a ler enquanto elas trabalhavam nos preparativos da festa, retomou então a leitura. Era um livro daqueles que ficam em pé, mas a leitura já havia prendido sua atenção desde as primeiras páginas, o título: "As Mulheres Que Correm Com Os Lobos", de Clarissa Pinkola Estés, Marcos estava fascinado.

Durante o "banho", pensara nos motivos que levavam aquelas mulheres a estar fazendo tudo aquilo, nove entre as doze eram casadas e haviam deixado seus maridos e famílias para lançar-se naquela brincadeira erótica cujas conseqüências não podia nem imaginar. Lembrou-se de Laura, achou que fosse pelo mesmo motivo, mas não fazia sentido pois sabia que Patrícia e o marido se adoram e Sílvia é solteira convicta e sexualmente bem resolvida. Não conhecia às outras, mas todas foram apresentadas como muito bem casadas em termos de relacionamentos bem resolvidos. Patrícia contara a ele que a maior parte delas fazia parte de um grupo de estudos e debates sobre o papel da mulher no casamento, na sociedade moderna, patrocinado por uma instituição a que eram associadas. Depois de muito procurar razões em vão, decidiu que elas só faziam aquilo por mera diversão, pelo prazer de brincarem livremente com o sexo, um tabu assustador para a maior parte das pessoas.

Ouviu a algazarra quando a noiva chegou e a festa começava oficialmente, podia escutar tudo do quarto, porém sem distinguir nada, uma vez que eram muitas mulheres conversando em voz alta quase ao mesmo tempo e com muitas gargalhadas. Mais tarde entendeu que a brincadeira começara, foi para a cama e começou a masturbar-se lentamente, imaginando a chegada da noivinha, lembrou também do olhar sequioso da faxineira pela manhã e orgulhou-se de seu membro tão viril que parecia fascinar as mulheres, a julgar pela hipnose que causara em Laura e na faxineira, além de outras mulheres ao longo de sua longa experiência sexual tão precoce, iniciada ainda na pré-puberdade, nas brincadeiras de médico com a prima, no porão alto do casarão de sua avó no subúrbio.

Foi entre estes devaneios, massageando o membro rijo, que Marcos foi surpreendido pela abertura súbita da porta. Patrícia e Sílvia rebocavam a moça nua e vendada com uma grossa faixa negra de veludo, uma por cada mão, trazendo-a até a cama. A noivinha era mesmo linda, um bálsamo para os olhos do rapaz, seios rijos pontiagudos, ventre esculpido e pernas longas belíssimas. Não podia ver, é claro, os olhos verdes, mas imaginou que só faltava aquele detalhe para completar a deusa, e ele era o homem escolhido para gozar com ela seus últimos momentos de solteira. Pensou nas mulheres que tinha tido nos últimos quatro dias, Laura, Patrícia, Carmem, tinha ali aquela deusa nua à sua frente, sendo trazida ao "sacrifício", Nas últimas semanas tinha atravessado uma das piores estiagens sexuais de sua vida. Antes de Laura, a última vez que transara tinha sido mais de duas semanas antes, com Simone, que conhecera numa lanchonete do "shopping" um dia antes, lembrou-se que ela era casada e que no dia seguinte seguiria de mudança com o marido para a Argentina.

Percebeu então que todas as iniciativas tinham partido, e continuavam a ser, das mulheres. Sentiu-se uma peça de jogo: despedida do país para Simone, solução do problema para Laura, diversão para Patrícia, aventura erótica para Carmem, carrasco para Regina. Só não podia entender a razão de aquela garota estar sendo conduzida ao "cadafalso".

Colocaram-na de joelhos sobre a cama, de frente para ele que também estava ajoelhado, sentado sobre os calcanhares, com o membro duro apontando para os seios dela. As outras mulheres espalharam-se pelo quarto à procura das melhores posições para assistir ao espetáculo, traziam consigo copos, baldes de gelo, garrafas de uísque. Marcos sentiu o membro latejar quando Sílvia o tomou nas mãos e começou a acariciá-lo, arregaçando-o todo. As mulheres vibraram como uma torcida, diante da visão da imensa cabeça arroxeada exposta por Sílvia. Patrícia pediu silêncio e começou seu discurso, embolando a língua o suficiente para perceber-se que o uísque corria em suas veias.

- Regininha, suas melhores e mais fiéis amigas estão aqui para te entregar o melhor presente de despedida de solteira que uma mulher poderia sonhar receber. Não é um presente que você possa levar para usar em sua cozinha, como os presentes habituais nestas festas - interrompeu-se para rir, no que foi acompanhada pelas demais; Sílvia, mais sóbria e ainda massageando a peça de orgulho do rapaz, pediu a Patrícia que prosseguisse - Vai ter que usá-lo aqui! Este presente vai ser muito útil e importante para fazê-la amadurecer um pouco, antes de dar o passo que vai dar amanhã, para que o faça mais segura de si e seja muito feliz ao longo do casamento. Foi escolhido cuidadosamente por nós para o seu prazer

Neste momento, as duas tomaram as mãos da moça e as conduziram até o instrumento à sua frente. Ela ainda o apalpou por um instante, até concluir do que se tratava. Ato contínuo largou-o e arrancou a venda apavorada vendo Marcos nu à sua frente. De um salto, voou para fora da cama e correu para a porta, mas não conseguiu alcançá-la, foi interceptada por várias garotas, inclusive Patrícia, que uma vez contida a noiva e virada de frente para o homem, improvisou um novo discurso emocionado:

- Olhe aqui Regina! Nove de nós somos mulheres casadas e muitas fazem parte do grupo de estudos que você conhece. Ouvimos todos os dias os depoimentos de mulheres casadas de todas as classes sociais, lamentando-se do descaso sexual de seus maridos após uma média de um ano de casamento. A maior parte destas mulheres acaba atrofiando sua sexualidade, relaxando com seus corpos e saúde, envelhecendo ranzinzas, neurastênicas. Outras destroem seus casamentos e suas vidas apaixonando-se pelo primeiro gavião que as souber cantar, sem imaginar a dor das desilusões que vêm na esteira destes relacionamentos extraconjugais, onde na verdade são apenas usadas por suas fragilidades e carências. Nós, suas amigas, não fazemos parte destes grupos, somos felizes, realizadas enquanto mulheres liberadas, conscientes de nossa própria natureza. E queremos o melhor para você também. Escolhemos este homem por ser evoluído e gostoso, ele não vai lhe fazer nenhuma cobrança nem causar-lhe nenhum mal. Armamos esta festa e a trouxemos aqui para que você aprenda que seu noivo não é o único homem do mundo que pode lhe dar prazer de verdade. Dona desta consciência, a relação de vocês só vai poder ser melhor, ainda que você nunca mais deseje ou sinta necessidade de transar com outro homem por toda a vida. Agora, se você pensa que vamos deixá-la decidir se vai ou não transar com o moço aí, está muito enganada, nós somos doze para te agarrar se for necessário, e aqui neste quarto você pode gritar e espernear à vontade que ninguém virá em seu socorro. Portanto queridinha, trate de ir subindo naquela cama e de ser bem carinhosa com ele, que é um carinha muito carinhoso e gentil que jamais te faria nenhum mal. Você conhece o ditado: "Se o estupro é inevitável, relaxe e goze!" Vamos lá!

Regina olhou em volta timidamente, ainda cercada pelas amigas, compreendeu que as palavras de Patrícia exprimiam o pensamento de todas, olhou fixamente nos olhos desta, o coração aos pulos. Marcos achou que as mulheres tinham ido longe demais e estavam forçando uma barra muito pesada para aquela menina, mas não ousaria dizer ou fazer qualquer coisa contra. Sílvia não deixara em nenhum momento de continuar masturbando-o de mansinho. Ele olhou para a noivinha e surpreendeu-se com o que viu então, ela esboçava um sorriso, depois respirou lenta e profundamente, abraçou Patrícia e beijou seu rosto já com um sorriso mais largo estampado na face. Caminhou de volta para a cama ajoelhando-se novamente em frente a ele, Sílvia largou o pau duro e ela o tomou nas mãos com carinho. As outras trataram de voltar a seus lugares e servir novas doses de uísque.

A transa foi muito bonita e intensa, Marcos estava tão excitado e Sílvia tinha passado tanto tempo acariciando-o, que copulou com a garota em todas as posições imagináveis, alegremente incentivados pela torcida que sugeria as posições diferentes, soltando gritinhos, gesticulando, aplaudindo. Depois de muito tempo, Regina estava completamente relaxada, tomava iniciativas, ria-se das palhaçadas das amigas, curtia o que estava fazendo, até que a dado momento concentrou-se galopando o rapaz e alcançou seu primeiro orgasmo. Primeiro, pois logo vieram vários, ela os tinha seguidos, quase ininterruptos, aos urros, levando as outras mulheres à loucura. Transaram por mais de duas horas sem parar, Marcos não teve nenhum orgasmo, a princípio divertia-se com as brincadeiras, mas depois que Regina começou a gozar sem parar, foi aos poucos sentindo a exaustão tomar seu corpo como se fosse tirando dele todo o controle sobre o mesmo. Até que literalmente desmaiou. O fato fez com que a farra das mulheres aumentasse, e Regina se aproveitasse para continuar cavalgando-o por algum tempo. Depois de mais um orgasmo, mesmo com o rapaz sem sentidos, deixou o corpo cair para a frente, esticou lentamente as pernas para trás para evitar que o membro escapasse de dentro de si, e aconchegou o corpo todo sobre o dele, dando beijinhos pelo rosto do desacordado. As amigas foram levantando e deixando o quarto, até que a última a sair desligou a luz e fechou a porta atrás de si.

Acordaram com os raios de sol que invadiam a janela aberta e banhavam seus corpos nus sobre a cama. Quase instintivamente beijaram-se, a princípio ternamente, depois foram esquentando e logo estavam transando de novo, mas de uma forma totalmente diferente da véspera, sem brincadeiras, curtindo-se um ao outro de verdade, ele por cima, ajoelhado na cama com as pernas dela sobre seus ombros. Chegaram a ao orgasmo tão juntos que pareciam ser um só, exatamente no mesmo momento em que, coincidentemente ou não, a porta se abriu e as amigas foram entrando, em algazarra total. Algumas estavam completamente nuas, outras só de calcinhas e duas vestiam apenas camisetas. Todas traziam flores nas mãos, que jogavam sobre o casal na cama enquanto a rodeavam. Sílvia foi a primeira a falar:

- Bom dia pombinhos! Esperamos que tenham passado uma excelente noite, o café da manhã está servido na sala, mas gostaríamos de fazer à noivinha um par de perguntas antes de irmos para lá.

- Bom dia amigas! - cantarolou em voz alta e animada Regina, ainda na mesma posição em que acabara de gozar - O que é que as inocentes e queridas meninas querem saber de mim? - ela fazia contrações da musculatura vaginal enquanto esperava pelas perguntas, provocando choquinhos elétricos no rapaz, que ainda estava dentro dela.

- Bem, - prosseguiu Sílvia - a julgar pelas aparências as perguntas já nem mais fazem sentido, estão respondidas, uma delas é que estávamos curiosas para saber se você estaria puta conosco.

- Gente, - Regina retomou a palavra continuando a divertir-se com as reações de Marcos às contrações - é claro que vocês me assustaram para valer. Acho que todas vocês são íntimas o suficiente para saber que eu nunca tinha namorado outro homem; mas agora, aqui, ainda brincando com o pinto do Marcos dentro de mim, penso que seria muita hipocrisia não admitir que adorei o presente e a lição que vocês me deram. Lembro bem das palavras da Pati ontem à noite e quero agradecer a todas por isso, sinto-me estranhamente bem e segura de mim mesma agora, é mais ou menos como se uma porta muito importante tivesse sido aberta, ou um túnel tivesse sido iluminado. Vou me casar daqui a pouco; por falar nisso, - assustou-se - acho que estou atrasada, minha mãe deve estar desesperada atrás de mim!

- Calma! Não se assuste menina. - atalhou Alice, uma das amigas - Já ligamos para seus pais há pouco, contamos a eles que seu "chá-de-panelas" foi muito divertido. Dissemos que vínhamos acordá-la para te levar de volta logo, parece que você tem hora especialmente marcada no salão ao meio dia. Estarão esperando por você lá, há tempo suficiente, são quase sete e meia agora.

- Tudo bem, como ia dizendo, vou me casar hoje e acho que a idéia de vocês está certa, eu precisava mesmo vencer aquele tabu horroroso. Paulo é certamente muito carinhoso e gostoso na cama, e a gente se ama legal, mas nada disto diminuiu de forma alguma o prazer e o carinho que estou tendo aqui com o Marcos. E já que tocamos neste assunto, posso ficar com o telefone do moço? - fez a pergunta rindo-se muito, apertando a vulva outra vez, com os olhos nos olhos dele.

- Na, na, ni, na, não! Nem pensar! - cortou Paula, outra das amigas casadas, que continuou docemente - Se um homem é mais ou menos gostoso que o outro, se tem um pau maior ou menor, não importa de verdade, o que realmente conta é que a partir de agora você sabe que é a única dona de seu corpo e de sua mente. Viva as delícias e asperezas de seu casamento, que há de ser muito lindo e duradouro, a julgar pela maneira tão linda como vocês dois se amam.

Patrícia, que tinha estado calada até então, finalizou:

- Desculpem-me, a ressaca do uísque está braba. Mas gostaria de dizer que há diferentes tipos de maridos, e você só vai poder saber como será o seu, de verdade, daqui a um ou dois anos no mínimo. Alguns são pacatos nas aparências, mas mantém relações satisfatórias com suas mulheres por décadas, são bem mais raros também. A maioria é fogosa no início, transam loucamente todos os dias durante os primeiros meses, com menos entusiasmo e falhando alguns dias a seguir. Depois passam a alternar os dias, com muito pouco entusiasmo, já por volta de um ano para a frente. Há até os que param completamente. - Marcos lembrou de Tony - Esta grande maioria subdivide-se ainda em outras categorias. Há os machistas que passam a arrumar mil aventuras fora de casa, sem admitir sequer pensar que suas mulheres/escravas pudessem fazer o mesmo. Outros são tão frouxos, que apesar de machistas, não têm capacidade nem para arrumar aventuras e simplesmente esquecem por completo o sexo, deixando suas mulheres a ver navios pelo resto de suas vidas. Nestes dois casos, uma boa parte das mulheres, quando esclarecidas o suficiente, arrumam amantes bem ocultos e anulam o problema; outras, bem pouco inteligentes, apaixonam-se pelo primeiro gavião, melam seus casamentos e logo, abandonadas por ambos, mergulham em total depressão. Também há as que aceitam passivamente seus carmas, tornando-se freiras dentro do casamento, ou masturbando-se pelo resto de suas existências. Mas o bom mesmo é quando o marido é como os nossos, que nos amam e respeitam integralmente como seres humanos, e preferem aceitar a liberdade sexual para eles e nós, mantendo-nos a todos sempre bem. A liberdade sexual significa também a liberdade total de princípios, respeito à individualidade e companheirismo pleno. Afinal, ninguém pode ser propriedade de ninguém, permanecendo juntos por amor, não por obrigação moral de espécie alguma. Você agora sabe que esta é nossa filosofia de vida, não queremos fazer a isto nenhuma apologia, mas temos certeza de que você vai saber encontrar seu caminho, seja o que for que lhe aconteça no casamento.

Regina fez um gesto de que queria levantar-se, Marcos a ajudou a desvencilhar-se e sair da cama, ela abraçou cada uma das mulheres presentes, todas estavam emocionadas, chorando. Foi Marcos quem interrompeu a choradeira:

- Como é gente? Tô morrendo de fome!

No caminho de volta, no carro com Patrícia e mais duas das garotas que voltavam com eles, Marcos pensava enquanto elas conversavam. Lembrou de Laura e entendeu o porque das mulheres terem levado Regina ao "cadafalso", queriam vaciná-la contra um problema real que existe há tanto tempo e a sociedade não tem coragem de discutir. Teve naquele momento a certeza que ainda lhe faltava de que as mulheres são realmente seres superiores, muito mais evoluídos que os homens, principalmente pela grandeza e liberdade de seus sentimentos, mas infelizmente não todas, e muito longe deste ideal, apenas as vacinadas contra os tabus e medos impostos pela sociedade historicamente patriarcal. As que não tiverem coragem de romper seus grilhões, vão passar pela vida sem saboreá-la. Se o sexo é uma manifestação humana tão prazerosa e gratificante, fazia sentido agora o desejo delas de encarar o machismo coercitivo e libertar-se para a luz. Marcos sentiu orgulho de si mesmo por estas conclusões, mais ainda por ter sido convidado por elas a participar daquela iniciação, mas sabia que apesar de toda esta consciência que agora tinha adquirido, ainda havia um longo caminho a percorrer para poder certificar-se de não ser mais um dos machistas a que elas se referiram, contra os quais estavam vacinadas.


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