Sexo em alta velocidade

Um conto erótico de Teobaldo
Categoria:
Contém 2093 palavras
Data: 22/01/2002 14:36:09
Assuntos:

À reta de uma estrada, na escuridão, o corpo esguio de mulher, percorria, em alta velocidade, as curvas arqueadas do seu corpo. Os faróis denunciaram-se. Ainda incógnita, interrompeu o orgasmo, abaixou o vidro para ouvir o que a excitava.

- A senhora estava a 200 km/h. Neste trecho da rodovia é permitido apenas 80km/h.

O vidro automático abaixou-se mais um pouco, madeixas castanhas ficaram visíveis. Velou o batom cor-de-boca, um par de proeminentes lábios e, ao sorrir, o bloco de multas caíra das mãos do guarda rodoviário. Antes mesmo que o buscasse, sentiu o peso do corpo, arrastado pelo cinto da calça, ir de encontro à janela do carro. Ouviu o som metálico do zíper. Seria violado, quisesse ou não. Em velocidade videoclíptica, o pênis possuído por uma língua, suave e tenaz, com frescor de canela, perfumava o orgasmo que viria... Um desfalecer. Uma pedra, um desmaio.

Na porta da madrugada, viaturas policiais chegavam ao lugar do ocorrido. Colegas tentavam reavivar o corpo jogado no asfalto aclarado de amarelo e vermelho. Batera a cabeça numa pedra. O cheiro de eucalipto, aos poucos, o trazia de volta à compreensão. Estirado, avistou as rodas da moto, ao seu lado, a caneta gotejada de sêmen. Já sabia quem era, e sorria. A calça e a cueca desapareceram. Os companheiros não comunicariam às autoridades o caso até que soubessem o que realmente acontecera. Esperariam o sol acordar, poupando assim esposa e filhos... Essa seria a primeira ocorrência na Rodovia Sanches Abreu de uma série de outras no decorrer das próximas horas. Seminu, os colegas colocaram-no dentro da ambulância e, a alguns quilômetros dali...

A outra mão movia-se devagar no câmbio como se este fosse um falo.

... Nina. Vinte e poucos anos, sem passagem pela polícia, dirigia sua novíssima Porsche Boxter, verificando se, sobre a mercadoria, não havia propaganda enganosa. Dentro do carro, o som esmurrava os vidros, querendo sair para corromper o vento. Abriu o porta-luvas. A mais de duzentos por hora, queria gomas de mascar. Naquele mesmo momento, não avistou a polícia rodoviária, e tampouco, o guarda que sinalizava, ao longe, para encostar-se ao acostamento. Violentamente, saiu da sexta marcha, reduziu. Parou um pouco adiante do posto policial rodoviário. Pelo espelho retrovisor, encarou o homem de uniforme se aproximar. Com as mãos na cintura, estrategicamente, apoiava-se em seu cacetete. Sozinho naquele quilômetro, bateu no vidro que, lentamente, revelou a miragem. A pergunta foi calada nos primeiros instantes. Olhou para os lados, viu apenas uma estrada deserta, olhou para o céu, a lua cheia, e através do vidro, uma transgressora nua que, há alguns segundos, na velocidade em que se encontrava, poderia chegar ao Japão, em um dia, ultrapassando a barreira do tempo, dirigindo um veículo esportivo de mais de duzentos e cinqüenta cavalos. A contemplar, viu carícias sobre os mamilos rosáceos, afirmando a identidade sexual. Confortavelmente, o traseiro assentado no couro rubro, a outra mão movia-se devagar no câmbio como se este fosse um falo pronto para tragá-la... A pergunta:

- Algum problema, seu guarda?

Imaginou que estivesse assistindo aos filmes americanos, ou que talvez o excesso de café que ingerira para atravessar a madrugada desperto no seu fatídico ofício começasse a surtir efeitos alucinógenos, ou não, talvez fosse apenas um sonho, com os olhos bem abertos. Aquelas pernas lisas e alvas se movimentando, convidando-o, eram reais, de carne e osso.

- Nada que não possa ser resolvido - respondeu, gaguejando.

- Quer ver minha habilitação?

- ... Sim.

- Não estaria no seu bolso?

Destravou a porta, e a empurrou com os pés descalços. Sentiu o asfalto quente da borracha dos pneus. Suas pernas, fora do carro, os joelhos olhavam curiosos. Colocou a mão no bolso da frente, sentiu o forro altivo. Estático, o policial suspirou. A insígnia viril e tesa brilhava, não queria mais ficar guardada. O botão da calça abriu-se sozinho. Mãos masculinas cintilavam, queriam tocar os delicados mamilos. Não deixou, apenas Nina podia se tocar, mas como recompensa, permitiu que salivasse o proibido. Apertou, suavemente, e acariciou o pênis. O prazer dobrava. Nada o machucaria, seu sexo estava suficientemente dilatado. A corrente sangüínea, veloz. A mão da garota o transportava até Vênus e depois o trazia de volta a Terra. O corpo evidenciava sinais de prazer, o pêlo ereto, a sensação estranhamente glacial no estômago, tensão em todos os músculos... A vertigem! Acompanhado de um choro hesitante, gozou entre os seios. Lágrimas misturaram-se com o líquido jorrado, lambido, por ele, para a assepsia da ocasião. Acolhendo para si o prazer na culpa, afastou-se, deixou que a jovem continuasse o trajeto, ao destino que ela desejava, em paz. O corpo, leve, as pernas flutuavam, mal conseguiam carregá-lo de volta à guarita. Render sentinela! Com esforço, sorrindo, chegou a sua cadeira. Transformara-se em poltrona. Sonhava de olhos abertos que trabalhava afortunado.

Nina deslizava os dedos na direção e a acariciava como se fossem músculos definidos de um tórax, deixava os seios encostar-se no volante, e, imediatamente, os mamilos ficavam rijos. O motor logo atrás do assento, fazia o corpo desnudo vibrar, içando a excitação. Ligou o ar e o posicionou para baixo. As coxas em contato com o couro umedecia o banco de suor. Já retocara o batom, e estava quase na velocidade máxima permitida, 240km/h. Sentia o poder de guiar seu próprio destino. O mundo pertencia a ela. Já o conquistara. Orgasmos vociferavam-se em suas entranhas. A estrada, o silêncio, ocupava sua alma aventureira, festejando a loucura e o prazer. Não era mulher nem homem, apenas desejo, que, a sucumbia à sua desgraça de passagem. Ofegava, sedenta por encontrar outro guarda rodoviário. No trecho da rodovia que a alta velocidade deixara para trás, não encontrara uma alma ou corpo a ser vitimado. Apenas a poeira, de carona em sua capota. Domava sua urgência, entre obstáculo e deleite haveria de ter mistério... Aquela era noite de sorte. Avistou uma estrela cadente e, em seguida, luzes alaranjadas rebatiam no painel. Um pick-up rodoviário perseguia-a. Deu a ele uma chance. Parou o carro. A caminhonete encostou-se logo atrás da Porsche. Ofereceria a ele adrenalina. Acelerou, e em menos de seis segundos já estava a 100km/h. Atrás dela só o vulto do horizonte deslumbrado. Era covardia o que fizera, daria uma segunda chance ao guarda. Desacelerou. Tranqüilamente pegou um isqueiro. Foi para o acostamento. Acendeu uma cigarrilha. Desligou o motor. Calçou as sandálias, saiu para tomar ar. Encostou-se na traseira do carro e seduziu o sereno. Esperou pacientemente. A noite estava terna...Vaga-lumes ao redor do calor assustaram-se! Freou o pick-up, cantando pneu. A cigarrilha caíra no chão. Logo, Nina permitiria ser algemada. Sem roupas, não havia revista. Vasculhado o carro, o guarda apenas encontrou chicletes e camisinhas. De enérgico, voltou à sã consciência. Algemara uma mulher nua, de sandálias, que, por livre e espontânea vontade parara o carro, esperando-o. Defendeu-se: "teve problemas com o acelerador, no instante em que fora solicitada a parar". Seria solta, se concordasse em vestir-se. Mas não havia roupas. O guarda rodoviário concordou em tirar as algemas, mas fora interrompido no meio de sua boa ação. Nina correra para o meio do mato. Sem arma, foi atrás, ciente de que se tratava de uma maluca, rica e mimada. Procurou-a por longo tempo e não a encontrou na escuridão. Retornou a viatura para recorrer a uma lanterna. A rapidez do vento lhe trouxe novidades. Nina estava comodamente sentada no banco da caminhonete. As chaves sumiram. Irritado, abriu as mãos da infratora e encontrou apenas uma camisinha. Nina ria, divertindo-se com as bochechas rosadas e enraivecidas do rapaz que, ao contrário dela, não sabia se julgava engraçado ou trágico o molho que preparava com seus miolos. Bateu as mãos no volante, sabia que estava tirando-lhe de otário, usando de artimanhas para conseguir o que queria, com sua aparente calma.

Comunicaria-se através do rádio. Nina o fez pensar: "como explicaria aos seus superiores que perdera a chave do próprio veículo com uma 'fora-da-lei', nua e algemada"? Estava encurralado. Nina concluiu, e o chantageou: "era um pervertido, mas se fosse generoso, sentia frio, a aqueceria". Sem olhar o pecado, o corpo nu, tirou a camisa e, em ato de misericórdia, cobriu-a. Sentia-se exausto. Perdera a coragem, desistira de falar ao rádio. Nina olhava o peito sem pêlos. Sua mente era suficientemente saudável para se divertir sem usar as mãos. Tentador fazê-lo. Beijou o jovem guarda, peito, mamilos, barriga. Com os dentes desabotoou a calça, sem encontrar a menor barreira. Vencia-o pelo cansaço. Sentia prazer, iria ter uma ereção, a retina atenta em qualquer coisa que reluzisse, que não fossem algemas e sim as chaves. A sugestão era ir para a caçamba. Alucinou permitindo entregar-se a uma das fantasias mais antigas do seu inconsciente. Mas fantasias eram para ser fantasiadas e não realizadas. Estava confuso. Viu-se nos olhos dela. Procurou ternura em Nina. A íris era colorida, ou não, talvez fosse assim que a via. Lábios macios aproximaram-se dos seus, trêmulos.

Ele estava afogado na contradição do desejo. Olhos selados pela luxúria

Abrigou-se na caçamba protegendo-se dos olhos de Deus. Alisou os seios, o ventre. O orvalho sob a lona refrescava o anseio. O guarda estava afogado na contradição do desejo. Olhos selados pela luxúria. Pernas lisas enlaçavam seus joelhos, a vulva ardente encostava-se ao pênis ereto. Calou-se a fraqueza de seu ânimo, estava pronto a entregar-se ao Diabo... Um gelo na palma... As chaves! Nina colocara-lhe em suas mãos. Devolvera a camisa. Não o molestaria. Uma paixão, por mais ligeira que fosse, a atrasaria a chegar ao seu destino. Seguiu para a Porsche. Célere, arranjou uma desculpa para ir atrás dela. Como dirigiria com os pulsos presos? Olhos indagados, apanhou as mãos, de dedos longilíneos. Mágica ou truque, já estava sem as algemas. A garota era rápida demais e ele apenas um sonso. Ninguém a deteria. Porém, agora, madrugada se transformava em manhã. Corujas e morcegos de volta às grutas. Fora arrastada pelo cabelo até o pick-up. O guarda rodoviário, entre mordidas e tapas de Nina, içou o carro esportivo e o guinchou. Fingiu insanidade, e a convenceu a dirigir. Apontou uma arma em sua cabeça, nunca a usara, se preciso talvez usasse. Excitou-a dirigir naquela situação sinistra, mas estava realmente incomodava com o desconforto da "lataria". Curiosa, queria saber aonde o novato chegaria. Em breve, a Rodovia Sanches Abreu não teria mais o nome de seu avô, que morrera num competição automobilística de velocidade, e não poderia vingá-lo. Num vacilo do rapaz, ágil e segura, puxou o freio de mão. Impacto. Desarmou-o. Caíram num barranco. A Porsche se soltara do guincho. Nina recebeu um tapa na face e devolveu a agressão, adorando as conseqüências. O pênis erigiu ao mesmo tempo em que o Sol, no encontro com a Terra, surgiu, testemunhando o beijo longo do casal. Decidido a possuí-la, o guarda colocou a amante contra o banco, roçou a língua no pescoço, envolveu as costas, de asas lisas e macias. Apertou suavemente os seios, a camisinha já colocada, penetrou-a. Nina debateu-se, esmurrou-o e... Rendeu-se. Gozara. O amante continuava com o pênis ereto, mesmo depois das várias chuvas de sêmen. O dia foi-se aquecendo. Chamaram-no na escuta. Nada o faria parar. Nina completamente zonza, joelhos trêmulos de orgasmos, também não iria parar. Cavalgou-o, segurando firme o rosto, as rédeas e, pela primeira vez, percebeu o belo par de olhos cor de mel com o qual o rapaz nascera. Molhado, não se importou de adormecer, relaxando no rio do gozo. Despertou com a luz do meio-dia. Fora abandonado quando seus olhos lhe traíram. Procurou a camisa de seu uniforme e não a encontrou. Na estrada, tímidos, os carros começavam a circular e a milhares de quilômetros daliNina. Abortara o propósito de sua viagem. Ir até o fim da Rodovia Sanches Abreu, que acabava num abismo de pedras. Sentia-se estranhamente especial, de um segundo para o outro, desistira de forjar sua morte prematura. Não tardaria alguns dias, receberia no apartamento de seus pais, uma visita inesperada, bem vinda, mas inesperada. Gabriel foi anunciado. Não o sabia quem era. À porta, sem a farda, trajado de civil, quase não o reconheceu, se não fosse o par de olhos cor de mel, e sorriu. Nas mãos dele, não havia nenhuma multa, notificação ou coisa que o valha. Tampouco interessava a ele falar com ela. O motivo que o trazia ali, não era uma visita. Seu pai logo chegara. Foram para o escritório. Discutiriam sobre trabalho. Nina já estava de partida mesmo. Pegara suas malas. A Porsche Boxster, embarcada. Divertiria-se com as auto-estradas européias, sem limite de velocidade e sem data marcada de volta.


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Comentários

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como q eu faso pra faser um texto desso ,nossa eu tenho um historia q acomteceu de verdade...

me fala cmo q eu fasso um texto.

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historia sen crasa...

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