O automóvel de Jean parou em frente ao motel, não era luxuoso, longe disso, todavia, servia perfeitamente para eles foderem. Os amantes desceram do veículo e, sem perder nenhum segundo, entraram no estabelecimento.
A recepção era simples. O gerente, um homem de meia-idade, os recebeu simpaticamente: “Quarto 10, no final do corredor. Qualquer coisa que precisarem, é só chamar.” — disse o gerente, entregando a chave na mão do Jean.
Eles seguiram pelo corredor, ansiosos para chegar. A decoração era trivial. A cama era grande e acirrante, com lençóis macios e uma iluminação tênue.
“Finalmente sozinhos. Agora podemos continuar de onde paramos.” — disse Juliana, olhando-o com perversidade.
Ele era só sorrisos, um sorriso de quem já não tinha salvação, de alguém que já havia sido vencido pela formosura da bela mulher.
Jean deu o bote, aproximou-se de Juliana como um homem que se desloca para a própria ruína e, sem recado, tomou-a nos braços. —O beijo veio necessário, depravado, como se quisesse arrancar dela qualquer resquício de culpa — se é que algum dia existira.
A boca de Juliana abriu-se num chiado abafado. As línguas se enroscavam num duelo febril, os corpos se apertavam com uma sofreguidão impiedosa. As mãos de Jean percorriam-na em voracidade. Os dedos subiam pelas costas dela, desciam pela cintura, agarravam os quadris num desespero mudo.
De repente. Juliana empurrou-o, firme, sem brutalidade. Jean caiu na cama, atônito, subjugado pela autoridade daquela linda mulher que já não era a mesma que ele conhecera. Sentou-se, porém, não teve tempo de reagir. Juliana já estava sobre ele, ajoelhada na beira do colchão, os olhos acesos de malícia.
— “Você quer isso, Jean? Falo da minha boca engolindo seu pau?” — a voz dela veio baixa, cortante.
Jean não respondeu, porque não conseguia. Ela sorriu de canto, um sorriso que trazia prazeres. Seus dedos ágeis começaram a desabotoar a camisa dele, um botão de cada vez, num compasso torturante. A cada pedaço de pele exposto. Juliana aterrissava os beiços quentes, mordiscando, lambendo, sugando o prazer e o pudor que restavam em Jean.
Quando a bata se abriu por completo, ela deslizou as mãos pelo peito membrudo, sentindo a aspereza dos pelos sob os dedos. — O cheiro dele a inebriava, uma mescla de perfume e desejo.
— “Você não sabe há quanto tempo eu espero por isso…” — ela cochichou, antes de afundar o rosto no peito dele.
Jean ofegou. O corpo inteiro pulsava, o sangue corria quente, os músculos retesados sob a pele. Ela mordia, beijava, lambia com uma libertinagem que beirava a loucura.
E, naquele instante, Jean soube: qualquer culpa, qualquer noção de certo ou errado, qualquer lembrança de Rafael, de Mayara, do mundo lá fora… tudo se desmanchava no ar.
— “Sempre quis você… Jú. Não consigo acreditar que estou aqui com você.” — Arfou ele, passando as mãos no corpo dela.
Juliana sorriu, ela desceu ainda mais, chegando à cintura do amante, desabotoou a calça dele e tirou com a cueca — expondo um membro ereto, latejante. Juliana admirou o tamanho e a grossura da rola, antes de abaixar-se e envolvê-lo com a boca.
— “Hmmmmm, que pau grande e gostoso. Quero sentir ele dentro de mim. Mas primeiro, quero te dar prazer.” — Disse ela, voltando a chupá-lo com destreza.
Ela alternava entre lamber e sugar o pênis, às vezes aprofundando a garganta, provocando gemidos cada vez mais intensos no sujeito. —Ela sentia o gosto do pré-gozo em sua boca, o que a estimulava ainda mais a chupar.
Depois de um tempo, Juliana parou de mamá-lo, levantando-se e olhando para o amante, sorrindo, fitando-o com um olhar safado.
— “Agora vamos foder…” — disse ela, movimentando-se na cama.
O corpo da pequena era formoso, seios firmes, uma cintura fina e quadris largos. Jean a admirava há muitos anos, a cobiçava desde a primeira vez que a viu.
— “Venha, meu tesão, venha…” — pedia Jean, muito excitado.
Juliana subiu sobre o melhor amigo do noivo, sentindo a quentura do corpo dele se juntando ao seu. A dama o beijou e suas mãos macias deslizavam pelo corpo, examinando cada milímetro.
Ela conduziu o membro ereto para a abertura apertada de sua linda xoxota, sentindo-o deslizar para dentro. Juliana começou a se mover, cavalgando Jean com mobilidade lenta, sem pressa.
— “Ah, oh, oh, isso… isso… continue…” — Jean, em ganidos, sentindo as paredes vaginais pulsantes da amante, apertar o seu membro rijo.
A fêmea intensificou a cadência, sentindo o prazer aumentar. Ela se inclinou para frente, deixando que o amante sugasse seus seios, enquanto continuava a cavalgá-lo com impetuosidade.
— “Mais rápido… oh, oh, oh, oh…” — Jean, grunhindo de olhos fechados e os lábios entreabertos.
Juliana acatou, avolumando a velocidade, sentindo a pica de Jean, atingindo seu ponto mais sensível. Ela uivava alto, perdendo o controle, à medida que o amante segurava suas nádegas, guiando seus movimentos.
— “Ah, vou gozar! Ah, vou gozar! Ah, vou gozar!” — avisou ele.
Juliana sentiu a rola dele pulsar, e a quentura do gozo preenchendo-a. Muitos ruídos, uivos e gemidos no quarto. Ela continuou a se mover, vivendo o prazer se espalhar por todo corpo.
Eles dois desfrutaram do apogeu, esbaforidos e transpirados, tendo o prazer pós-orgasmo. Juliana se deitou ao lado do amante, gracejando, à medida que ele a puxava para um amplexo.
— “Isso foi incrível. Mas a brincadeira está apenas começando.” — disse Juliana, o rosto suado, abraçada ao corpo de Jean.
Ela saiu da cama, e, em cima da mesinha de cabeceira, pegou um pequeno frasco de lubrificante e um brinquedo sexual, um plug anal, novinho, embalado, que o motel disponibilizava aos seus clientes.
Ela olhou para ele e sorriu travesso. Jean — deitado na cama, com as pernas um tanto abertas, observou empolgado. Juliana aplicar o lubrificante nas mãos e, então, começou a masturbar a rola do beltrano. Ele uivava, a rola pulsava, sentindo a mão macia da outra.
Até — Juliana montar em cima do amante, guiando o membro dele até a abertura do seu cu. Sentiu a glande invadir seu ânus, provocando uma sensação de incômodo, e ao mesmo tempo, prazerosa. Juliana movia as ancas lentamente, preparando-o para o que estava por vir. Ela gemia alto, satisfeita com a grossura do membro, até Juliana retirar a pica de Jean do cu e pegar o plug anal, aplicando outra quantidade generosa de lubrificante.
Com cuidado, ela começou a inserir o plug, sentindo a resistência inicial, todavia, com paciência, conseguiu penetrar em si, completamente.
— “Ah, meu Deus… você é bem funda e gostosa” — exclamou Jean, em sussurros, a voz rouca de tesão, assistindo toda a cena.
Juliana riu, admirando o dito de prazer e surpresa no rosto de Jean. — Ela se inclinou e beijou-o, enquanto suas mãos roçavam o peitoral do amante.
“Gostou?” — perguntou ela, impulsionando o plug anal no seu ânus.
“Sim, muito, você é demais…” — Jean admitiu, em êxtase, assistindo toda a cena, arfante, admirado por ela. — “Agora, quero sentir você de novo, deite-se aqui…”
Juliana moveu-se por cima do corpo dele, deitou-se de costas, com o plug anal ainda dentro de si. Jean posicionou-se entre as pernas dela, trazendo seu membro ereto para a entrada da vagina.
Ele penetrou-a com força, motivo, causa e circunstância. E começou a se mover, lentamente no início, permitindo que ambos se familiarizassem com a sensação prazerosa.
Após poucos segundos. Jean estava espatifando o ânus de Juliana de quatro. Ele disparou no ritmo, suportando o prazer crescer, segurando nos ombros dela, guiando-a sua rola no fundo.
“Ah, vou gozar… Ah, vou gozar!” — disse ela, em êxtase, gemendo, agarrada nos ombros do amante.
Ele, notando a proximidade do orgasmo de Juliana, aumentou a velocidade, penetrando-a com muita violência e profundidade. —Ele sentia o gozo subir, e sabia que não demoraria para atingir o deleite.
Jean sentiu o apertado canal anal dela contrair em torno de seu pênis, e o calor do orgasmo da amante o envolveu. Ele continuou a penetrá-la, rasgando, abrindo, escacando sua abertura anal, sentindo as contrações, até que ‘explodiu’ atingiu o gozo, gozando na noiva do seu amigo de infância.
“Você é incrível, Juliana. Eu sempre lhe desejei. Nunca experimentei nada assim”, relatou Jean, ao retirar a rola de dentro dela, a voz rouca quase não saiu.
Os dois terminaram o pós-coito ofegantes. Permaneceram deitados na cama por mais algum tempo, sentindo o prazer da carne.
Juliana foi a primeira a se levantar. A pele ainda tórrida, o cheiro do amante grudado na pele. Caminhou nua até o banheiro, os pés afundando no carpete puído do motel barato.
Ligou o chuveiro, deixando a água escorrer pelo corpo sem molhar a cabeleira. Foi um banho rápido. Não lavava pecados, não purificava a alma. Apenas removia os vestígios daquele homem.
Voltou ao aposento enrolada numa toalha felpuda. Jean continuava largado na cama, um travesseiro encostado nas costas, segurando uma taça de espumante com a mão frouxa. O cigarro ainda queimava no cinzeiro, exalando um cheiro misturado de nicotina e traição. Quando Juliana se sentou ao lado dele. Jean deslizou a mão pelos seios dela, num gesto descarado, sem-vergonha.
— “Eu nem devia tocar em você.” — murmurejou, num olhar de tesão e culpa. — “Sou um traidor. Você é a noiva do meu melhor amigo.”
Juliana soltou um friso breve, sem mostrar os dentes. Um riso que não tinha arrependimento algum.
“Agora é tarde demais para arrependimentos, não acha?” — disse a pequena de olhos verdes.
Jean a abraçou de novo, tentando capturar qualquer vestígio de afetuosidade. Beijou-lhe os lábios, sorvendo o gosto de bato.
— “Nunca passou pela minha cabeça que você gostasse de mim…” — disse o sujeito, como se ainda buscasse alguma redenção.
Juliana revirou os olhos, brincando com a borda da toalha sobre a coxa.
— “Quem disse que eu gosto de você?”
Jean se afastou, o sangue esquentando na veia. O encanto se desfez num estalo.
— “O que você disse?”
— “Faz um favor? Pega minha bolsa.” — Juliana pedia.
Jean pegou a bolsa de couro, jogada no canto da cama, e, num meneio ríspido, atirou sobre o colchão.
— “Repete o que você disse!” — a voz saiu num tom mais alto, inflamado.
Juliana abriu a bolsa, tirou o estojo de maquiagem e começou a retocar o batom com muita calma.
— “Eu não gosto de você. Só quis trepar com você.”
Jean sentiu a bofetada invisível. O rosto ficou vermelho, não de vergonha, mas de raiva.
— “E você me faz trair o melhor amigo por isso?”
— “Não grita, tá?” — pediu ela, sem erguer os olhos do espelho de mão.
Jean a fitava incrédulo, os músculos do maxilar retesados.
— “Por que você fez isso comigo?”
Juliana guardou o batom, fechando a bolsa com um estalo metálico.
— “Eu sabia que você tinha tesão por mim… Só quis constatar e provar que eu estava certa.” — Ela levantou-se e virou de costas para abotoar a blusa, exibindo a curva sinuosa da cintura.
“Você é maluca, mulher. Maluca… Coitado do Rafael.” — ele, tentando jogar a culpa da traição nas costas dela.
Ela virou para encará-lo, séria. O olhar sem um pingo de culpa.
— “Agora me diz, qual foi o resultado? “Você não presta, tá entendendo?” — Ele perguntou em voz alta.
— “Você não chega aos pés do meu marido. Ele fode dez vezes melhor que você.” — Juliana respondeu, ajeitando as mangas da blusa.
Jean fumegou, passando a mão pelos cabelos, sem crê no que ouvia. — Ele sentiu o chão sumir sob os pés. O orgulho ferido, estraçalhado. — Apenas a olhou, sem saber o que dizer.
A mulher diante dele não era a Juliana que conheceu durante anos. Era outra. Mais perigosa. Mais fria.
Ela terminou de se vestir, pegou a bolsa e saiu do quarto do motel, deixando o sujeito sozinho. Em frente ao estabelecimento, parada na calçada esburacada, chamou um táxi, e voltou para a clínica, como se nada tivesse transcorrido.
Os dias avançaram um bocado. Pilar, a mãe de Juliana, fez questão de visitar a filha com mais frequência nesse período pré-casamento.
Juliana estava animada, falava muito, gesticulava demais. Tinha um entusiasmo que beirava o frenesi. Para ela, casamento era coisa séria. — Solene. Era o marco definitivo de uma mulher.
O que Pilar não sabia é que a filha portava um desejo irrefreável no ventre, pelo que havia nele de mais sujo.
Juliana foi à costureira repetidas vezes para provar seu vestido de noiva. — O branco caía-lhe bem, mas era quase uma ironia. Uma gozação.
Ao lado da mãe e da sogra, sentava-se nos sofás acarpetados do melhor bufê da cidade, provando doces e salgados, opinando sobre o jantar que seria servido aos convidados.
Eram reuniões de mulheres cheias de etiquetas, copos de licor na mão, falando sobre futilidades. Juliana sorria, a boca lambuzada de calda de bem-casado, lembrando da última vez que traíra Rafael — com um ancião de 60 anos, naquele mesmo dia, antes do almoço.
Frederico, pai de Rafael, evitava encontrá-la a sós, desde aquela noite da festa, quando sentiu a mão dela deslizar pela sua virilha, preferia manter distância. O velho enxergava longe. Sabia que Juliana era um perigo.
Jean, melhor amigo de Rafael, já não olhava para ela da mesma forma. Após estocar o cu e a buceta centenas de vezes, na transa no motel. Ele nunca mais foi o mesmo. Um homem que, até então, se acreditava firme, reto, incapaz de uma canalhice dessas, viu-se lançado na sarjeta da culpa.
Quando passava por Juliana, fingia não ver. Ela sorria, um riso torto, um riso de quem sabia que ele nunca mais dormiria em paz.
O casamento se aproximava. E Juliana, em vez de aquietar-se, arremessava mais fundo nos braços dos amantes. Não eram casos de amor. Eram encontros dissimulados e libertinos. Em motéis baratos, em carros parados, em terrenos baldios, em apartamentos dos anônimos pela cidade.
ELA CHEGOU NOS INCRÍVEIS: 35 amantes. 35 traições. 35 histórias clandestinas, desde que começou.
Juliana fazia questão de contar cada um deles. Não sei, ninguém sabia dizer. Talvez, um tipo de premiação, ou um número exato para cumprir a meta?
Faltando uma semana para o casório. A moça voltou à casa de Pérola, a cartomante. A sujeita era uma velha curvada de lenço na cabeça, de 69 anos, com olhos de ressaca e dedos enfeitados por anéis de pedras escuras.
Na mesa, as cartas foram lançadas à sorte. E nelas: a lâmina da Morte, o Diabo, a Sacerdotisa. Pérola sorriu de canto.
— “Você será feliz ao lado de Rafael… caso continue se comportando como uma mulher respeitosa ao lado dele, e longe, portando-se de que modo devasso, experimentando outros homens.” — Disse a cartomante, recolhendo as cartas na mesa.
Juliana deu um riso baixo. Aquilo, para ela, já não era uma revelação.
— “E depois?” — perguntou, acendendo um cigarro, soprando a fumaça para o teto.
Pérola jogou as cartas outra vez na mesa. Saíram: a torre desabava, e o louco caminhava para o abismo.
— “No futuro, você terá que decidir algo que mudará a sua vida.
Juliana ergueu as sobrancelhas, inclinou-se na cadeira, curiosa, surpresa.
— “Que decisão. Dona Pérola?”
Pérola embaralhou de novo, jogou as cartas pela terceira vez na mesa. O futuro, no entanto, permaneceu em silêncio.
— “Não consigo ver, está tudo escuro.” — disse a cartomante espantada com o resultado.
Juliana deu um riso curto, irônico. Pegou a bolsa, deixou o dinheiro sobre a mesa e se levantou. Olhou para a cartomante e disse:
— “Pois, esperemos para ver.” — A agradeceu e saiu da casa, já pensando na escolha do seu futuro.
A quatro quilômetros dali. Na construtora, onde dividia a presidência com o pai. Rafael mal conseguia conter a felicidade.
Sentado em sua cadeira de couro, girava levemente de um lado para o outro. O beltrano, estava prestes a se casar com a mulher da sua vida. Aquela que conhecia desde os tempos da escola, dos cadernos rabiscados, das matinês de domingo.
Na linda mesa de mogno, três porta-retratos, cada um exibindo um instante da vida do casal. No primeiro, um beijo no Ano Novo; no segundo, uma viagem a Búzios; no terceiro, Juliana sorrindo, vestida de branco, como se já antecipasse o papel de esposa.
Rafael olhava para essas imagens e tinha certeza de uma coisa: sua noiva era uma mulher devota, leal e irretocável.
— “Sabe, cara, amo a minha futura mulher. Coloco a mão no fogo por ela.” — disse Rafael, em sua voz, que beirava a pompa.
Plínio, colega de trabalho e amigo de longa data, ascendeu um cigarro, observando Rafael com certo ceticismo.
— “Eu não consigo confiar 100% nas mulheres. Rafa. Já fui traído, sei o que estou falando.”
Rafael soltou uma gargalhada, daquelas que enchem a sala.
— “Isso porque você nunca conheceu a Juliana. Ela nunca teve outro homem além de mim.”
Plínio traçou um meio sorriso, uma resposta muda que dizia tudo e nada ao mesmo tempo. Preferiu não insistir.
Rafael pegou seu iPhone, um dos últimos modelos, digitou e mandou uma mensagem:
“Boa tarde, meu amor. Saudades. Nos vemos mais tarde.”
O celular de Juliana vibrou, ela recebeu a mensagem, mas o aparelho encontrava-se dentro da sua bolsa, há alguns quilômetros dali.
Juliana não estava trabalhando como Rafael imaginava. Ela situava-se sentada junto à janela de um ônibus qualquer e quase vazio. — Nove passageiros esparramados, cada um entregue ao próprio tédio.
Naquele começo de tarde. Juliana trajava um vestido azul-marinho (modelo importado de tecido fino). O modelito esculpia seu corpo com graciosidade. O batom, antes um rosa inofensivo, agora era um vermelho intenso, feito para incendiar a imaginação dos homens.
Ao lado dela, Rubens. Um senhor de 61 anos, impecavelmente vestido. Terno cinza, sapatos lustrosos, gravata vermelha. O tipo de homem que se veste para receber a aposentadoria no banco.
Assentada ao lado desse sujeito. Juliana não conseguiu resistir, escorregou a mão pela coxa dele, apertando. Rubens se assustou, porque nunca aconteceu nada parecido com ele, nesses 61 anos de vida. Mas o ancião não deixou quieto. Trouxe a mão até a coxa dela, sentindo a maciez do tecido e a pele quente por baixo.
Os dois trocaram alguns olhares e palavras, apinhado de malícia.
Cinco minutos depois — já caminhavam lado a lado na calçada, como um casal, de mãos dadas, rumo a um motel decadente, onde a fachada era esfolada, a luz de néon piscando, falhada sobre a entrada.
O velho fez questão de pagar o quarto para comer aquela linda dama de 1,60 cm de altura e olhos verdes. Linda e misteriosa.
Quando o sujeito recebeu a chave das mãos de uma mulher baixinha, de rosto enrugado, dona do estabelecimento deprimente. — Rubens deu um riso debochado, parecido a de um menino que vai aprontar, longe dos olhos dos pais.
Sem trocar uma palavra, ela e Rubens sumiram pelo corredor sombrio, em que os pecadores vão buscar purgação no único altar que realmente os redime: o leito da devassidão.
O quarto era básico: paredes brancas, cama de casal no centro, iluminação fraca. Juliana, sentia-se entusiasmada. Ela olhou para o amante e sorriu perversamente.
“Eu traio meu noivo com outros homens.” — Sussurrou Juliana em seu ouvido, sua voz rouquenha retumbando no pequeno quarto.
Rubens, surpreso pelo comentário e encantado com a ousadia dela, sorriu de volta, declamando um sorriso arteiro. Ele a puxou para perto, seus corpos colocando um no outro, em um abraço íntimo.
“Você é bonita demais. Mas, qual é o seu nome?” — perguntou ele, curioso, deslizou as mãos pelas curvas da amante, apreciando sua pele cheirosa e macia. Ele a encostou na parede fria. Ela sentindo a textura gelada contra suas costas nuas.
“Eu me chamo, Scheila.” — respondeu mentindo, com muita naturalidade, rindo de excitada, sem se importar.
Juliana, ajudou-o a desabotoar sua camisa, expondo seu peito enrugado e peludo. Ela beijou-o intensamente, roçou sua língua macia na língua dele.
O fulano a ergueu, fazendo com que suas pernas envolvessem sua cintura, e continuou a beijá-la à medida que a levava até a cama.
Juliana, ébria de prazer, deixou-se levar pela intensidade. O beltrano deitou-a na cama. Inclinou-se para beijar seus seios, sugando exageradamente os mamilos eretos. Juliana dobrou as costas, zunindo de prazer enquanto sentia as carícias habilidosas do velho.
Rubens, deslizou as mão-cheia pelas coxas dela, levantando lentamente seu vestido. Juliana, ajudou-o a remover sua roupa íntima, revelando sua racha depilada e já úmida de prazer.
Ele ajoelhou-se entre suas pernas, apreciando a beleza de sua xota. — Rubens inclinou-se e iniciou a chupar sua buceta com impetuosidade, usando sua língua habilidosa para devorar cada milímetro de sua buça. Juliana agarrou os cabelos do sujeito, gemendo alto. Seu corpo se contorcia em êxtase.
“Você é tão linda, e muito gostosa”, murmurou Rubens, sua voz rouquenha zunindo em seus ouvidos.
Quando virou Juliana de costas. Rubens penetrou a ponta da língua, no ânus da pequena, provocando gemidos intensos nela. Cedida ao prazer, deixou-se levar pela sensação prazerosa.
“Você gosta disso, safada?” — perguntou Rubens, antes de voltar a sugar o rabo dela.
“Oh, oh, oh… Sim… amo… Mais, rápido, meu amor”, ela pedia, sentindo seu corpo se aproximar do gozo.
O indivíduo, obedecendo, aumentou a cadência, sua língua se movendo em círculos sob a região anal da dentista. Juliana aumentou seus grunhidos, com as mãos apoiadas na parede.
Rubens, querendo levá-la a estremadura, a levou para a cama.
O amante a posicionou de quatro. Excitado, arreganhou as nádegas dela, expondo seu ânus apertado e piscante. A dama, vivenciando, sentindo a respiração quente de Rubens em sua pele, captou o que estava por vir.
“Quero sentir a sua rola dentro de mim”. — disse ela, cochichando.
Rubens, ansioso para fodê-la, levantou-se e pousou rapidamente a mão na pica, movimentando-o no onanismo. Seu pênis encontrava-se ereto e latejante. Juliana animou-se ao ver o tesão estampado no rosto do amante.
De quatro, a moça ofereceu sua buceta e seu cu para o amante. O tipo, sem tardar, preferiu meter na buceta. Penetrou-a com força na xota, fazendo com que o corpo dela vibrasse e gemesse alto.
Rubens grudou firmemente as mãos em seus quadris, estocando-a com potência. “Você gosta disso, safada?”, ele perguntou várias vezes, puxando os lindos cabelos dela, à medida que a penetrava profundamente. Juliana uivava e respondia com palavras obscenas, incentivando-o, pedindo para ele continuar com a esfoladura.
O coito era intenso, um arrasta-pé primitivo. Rubens, quase escapando gozando, multiplicou o ritmo, penetrando-a ainda mais profundamente. Juliana, sentindo a xana folgada, ampla e devastada, pelas estocadas do amante. Gritava de prazer, seu corpo tremia em arrebatamento sobre a cama.
O sujeito, incapacitado de segurar por mais tempo, deleitou-se, jorrando sêmen dentro dela. Após gozar, ele tirou a rola melada.
Juliana riu, satisfeita com o experimento que acabara de viver, permaneceu mais um tempo naquela posição, rebolando o traseiro, como uma cadela no cio.
O pós-acasalamento. Eles permaneceram grudados na cama, os corpos suados, respirando pesadamente, trocando beijos e carícias.
Depois de alguns momentos de descanso, o tesão, a volúpia reacenderam. A pequena abaixou-se para chupar sua pica, sua boca envolveu-o completamente, suas mãos acariciavam os testículos peludos. O amante gemeu, sentindo o calor, a maciez de sua boca e a habilidade de sua língua. “Chupa mais, sua ordinária”, ele tagarelou excitado, segurando-a pelos cabelos.
Rubens, apreciando a vista, segurou pelos seios, massageando-os à medida que ela se movia. Juliana, vergou-se para beijá-lo, suas mamas pressionando contra o peitoral dele. A junção entre eles era explosiva, uma fusão de tesão e libido.
Deitado no leito do pecado, o fulano olhou para Juliana com desejo nos olhos. Ela, linda, sedutora, posicionou-se sobre ele, cavalgando-o com deslocamento sensual. Primeiro, ela o sentou com sua buceta, movendo-se para frente e para trás. Muitos uivos e gemidos entre os amantes. Sem contar os montantes de ruídos de peles colidindo contra o outro.
Depois de alguns minutos de cavalgada. Ela deu um sorriso travesso. Virou-se de costas, oferecendo seu cu para o velho.
O sicrano, ansioso por mais, segurou em suas ancas e penetrou-a novamente, desta vez papando a rola no traseiro da amante.
Juliana, lamuriando de prazer, incentivava o amante a continuar.
“Mais rápido, seu frouxo”, ela pedia e o provocava, sentindo seu cu alongar-se com a grossura da pica dele, e o corpo se aproximar do orgasmo. O anônimo, obedecendo, elevou, agigantou o ritmo, sua cintura, operando em consonância com as ancas dela.
No fogo, na libido, na empolgação, eles surgiram no banheiro.
A água quente caía sobre seus corpos desnudos, enquanto eles se beijavam e abocanhavam um ao outro. Rubens, aproveitando a posição em pé, pegou Juliana na retaguarda, segurando-a pelas suas cadeiras sedutoras. Ele a possuiu novamente, desta vez com a água envolvendo-os. Juliana sentiu a rola entrar no seu ânus em pé, gemia contra o rosto do amante. A sensação da água gotejando por seus corpos avolumava a intensidade da cena em si.
Na empolgação, o sujeito aligeirou na ação, penetrando-a demasiadamente. Juliana, sentindo seu fiofó sendo esfarrapado, preenchido e dilatado, estrondou de prazer. Seu corpo se contorceu em êxtase.
Rubens, incapaz de segurar, gozou pela segunda vez naquela tarde, dentro dela, seu sêmen fervente, deslizou para fora, misturando-se com a água do chuveiro.
Ele permaneceu abraçado por trás na pequena, com a pica encabulada dentro dela, sentindo as paredes anais do ânus apertar sua rola. O corpo macio de Juliana tremia, e a água lavava seus pecados. A dentista, saciada, fodida e feliz, sorriu para Rubens, seus olhos brilhavam de prazer.
Quando Rubens retirou a pica do cu de Juliana, um último espasmo percorreu seu corpo. O suor escorria-lhe pela dianteira, um cansaço de rei deposto. Ela, ao contrário, moveu-se, virou de frente para ele, fisgou o pênis do amante, deu uma leve apertadinha.
O amante gemeu, um gemido rouco e curto. Juliana o observou, o olhar dele era perdido, à medida que esfregava a rola do sujeito, como se ainda quisesse apagar o ato recém-consumado.
Porém, a pequena havia voltado ao estado “normal”. O corpo ainda quente, o ânus ainda derramando o deleite do velho, mas a mente fria como aço. O amante de minutos atrás agora não passava de um detalhe incômodo.
— “Espere um momento, vou pegar uma surpresinha na minha bolsa e já volto.” — murmurou ela, sorrindo.
Rubens, tomando banho, assentiu com um meneio de cabeça. Não desconfiou de nada, como homens sempre acreditam quando uma mulher lhes promete uma surpresa.
Juliana saiu do banheiro e, numa ação de esperteza, virou-se para trás e, num movimento ágil, trancou a porta pelo lado de fora.
— “O que é isso?” — Rubens num pulo, indo de encontro da porta.
Ela não respondeu. Ouvia os punhos dele esmurrando a madeira, o trinco chacoalhando com força. Em silêncio, vestiu-se com a mesma destreza com que se despira minutos antes. O vestido escorregou por seu corpo impecável. Prendeu o cabelo, calçou as sandálias, pegou a bolsa. Num ímpeto travesso, sorriu sozinha e deixou um presente: sua calcinha de renda jogada displicentemente no meio do colchão.
O amante vociferava no banheiro, tentando girar a maçaneta, mas Juliana já caminhava pelo corredor mofado do motel.
“Scheila, sua vagabunda. Abre essa porta” — Ele gritou furioso. Foi a última frase que Juliana ouviu antes de sair do quarto e fechar a porta.
“Oi amor. Boa tarde. Estou morrendo de saudades.” — Juliana respondeu e enviou a mensagem para o noivo.
A moça passou pela recepcionista sem lançar um olhar para a mulher da recepção. Sumiu na rua como um fantasma, misturando-se aos pedestres, anônima, voltando para sua realidade.
Aguardem o próximo capítulo…