Ensina me - 15

Um conto erótico de Mrpr2
Categoria: Gay
Contém 1052 palavras
Data: 04/02/2025 21:02:41

A sala de aula parecia menor quando ele entrava. O professor Ronaldo tinha uma presença que preenchia o ambiente. Seus ombros largos, peito forte sob a camisa levemente ajustada, uma voz grave que vibrava em meus ouvidos de um jeito que me fazia arrepiar. Eu tentava me concentrar, mas cada movimento dele me puxava de volta. O jeito como ele escrevia no quadro, a forma como sua camisa subia sutilmente quando ele esticava o braço, revelando uma linha discreta de pelos abaixo do umbigo.

Eu precisava testar os limites.

— Professor, o senhor acha que todo ser humano precisa de limites?

Ele me olhou, com seus olhos castanhos e intensos, antes de responder.

— Limites são como grades, Samuel. Para alguns, proteção. Para outros, uma prisão. Tudo depende do que você está tentando conter.

Um sorriso malicioso se formou nos meus lábios.

— Então, se alguém souber usar as grades a seu favor, elas deixam de ser um problema?

Ronaldo cruzou os braços devagar, os músculos do peitoral ficando mais marcados sob a camisa. O tecido esticou sobre o volume do bíceps, e eu segui cada detalhe com os olhos. Ele percebeu. Eu sabia que sim. Mas continuava inabalável, como se se divertisse com o jogo.

— Depende, Samuel… Quem está do outro lado das grades?

A sala explodiu em gritos e risadas, mas eu só conseguia focar no brilho que passou por seu olhar. Algo ali… um desafio, talvez?

Quando a aula terminou, Ronaldo se aproximou enquanto eu guardava meus materiais. A voz dele veio baixa, grave, quase como um segredo.

— Me encontre no estacionamento.

Meu coração acelerou. Principalmente por flagrar o professor ajeitando seu volume discretamente entre as pernas.

As aulas seguintes foram um tormento. Meu corpo estava inquieto, meus pensamentos presos nele. No que poderia acontecer. No que eu queria que acontecesse.

Quando finalmente o sinal tocou, saí quase correndo. Encostei-me ao carro dele, esperando, tentando controlar a respiração. E então, ele surgiu.

O tempo pareceu desacelerar. Ronaldo caminhava na minha direção com um ar confiante, as mangas dobradas até os cotovelos, deixando os antebraços fortes à mostra. A camisa semiaberta revelava uma linha de pelos que descia pelo peito, desaparecendo dentro do tecido. O perfume dele amadeirado, quente, me atingiu antes mesmo de ele falar.

— Que bom que você veio, Samuel. Vamos entrar?

Minha voz saiu quase trêmula.

— Claro.

Fechei a porta atrás de mim, sentindo o espaço do carro se tornar pequeno demais para nós dois. O calor do corpo dele, a proximidade, a tensão que vibrava entre nós.

Ele virou o rosto na minha direção, o olhar fixo, intenso.

— Primeiro, quero esclarecer algo. A Mariana e a pequena Sofia são minha irmã e minha sobrinha. Acho que deixei uma impressão errada.

— Tudo bem, professor. Não precisa se explicar.

Mordi o lábio. Meu corpo estava fervendo. Eu precisava falar.

— Na verdade… acho que eu é quem devo desculpas.

Ele franziu a testa levemente.

— Por quê?

Engoli em seco.

— O senhor me causa… sensações. Seu jeito, sua voz, sua presença… seu corpo. Me desculpe. Sei que sou seu aluno, e isso complica as coisas. Além de… bom, o senhor ser hétero, pai de família…

Um sorriso surgiu no canto dos lábios dele.

— Samuel… A questão de eu ser seu professor, sim, pode ser um problema. Mas… sobre minha sexualidade…

Ele se inclinou ligeiramente para mim, como se saboreasse minha expectativa.

— Digamos que é mais fluida.

Meu estômago revirou de um jeito delicioso. Meu corpo reagiu imediatamente, meu coração batendo na garganta.

— Como assim, professor? Quer dizer que o senhor gosta de homens… também?

Antes que ele respondesse, outros professores começaram a passar pelo estacionamento. Ronaldo então se moveu para cima de mim e com seu rosto a centímetros do meu disse:

_ Não se esqueça do cinto, segurança em primeiro lugar.

Disse ele afivelando meu cinto de segurança, fez o mesmo com o dele, ligou o carro e saiu, sem pressa, mantendo o clima carregado entre nós.

O silêncio no carro era espesso, denso, cheio de possibilidades. Minhas pernas estavam inquietas, minhas mãos suavam. Eu sentia o calor dele ao meu lado, sentia o perfume amadeirado misturado ao cheiro do couro do carro.

— Samuel… Eu vivi em uma época diferente da sua. A liberdade sexual não era tão explícita. Nunca me rotulei.

A voz dele era um sussurro rouco, deslizando sobre minha pele como um toque invisível.

— Quando era mais jovem, tive experiências com homens. Mas assumir… não era uma opção.

Mordi o lábio. Minha respiração estava acelerada.

— Então o senhor… gosta?

Ele riu baixo.

— Gostaria de saber?

O tom era provocador, carregado de malícia.

O carro parou no semáforo. O silêncio entre nós ganhou outro peso. Olhei para ele, e ele já estava me encarando.

Meus olhos desceram para os lábios dele grossos, bem desenhados adornados por uma barba grisalha que o deixava ainda mais charmoso. Me inclinei. Ele não se afastou.

Minhas pálpebras começaram a pesar, minha boca entreaberta, esperando. Eu já sentia o hálito mentolado dele, o calor da sua pele. Meu coração martelava.

E então… buzinas.

O som me arrancou do transe. O sinal tinha aberto. Ronaldo piscou, ajeitou-se no banco e voltou a dirigir.

Tentei recuperar o fôlego, mas meu corpo ainda pulsava, ainda ansiava por aquele momento interrompido.

— E seu filho?

Perguntei, minha voz rouca. Ele suspirou.

— Helena e eu tínhamos um relacionamento caótico. Sexo incrível, mas fora da cama… um desastre. Ela engravidou e ficamos perdidos. Pensamos até em interromper, mas decidimos seguir em frente.

Eu ouvia, mas meu olhar estava preso nos dedos dele, fortes sobre o volante.

— O bebê nasceu, fizemos o teste de DNA, e sim, era meu. Nossos pais nos pressionaram a casar. Eu resisti, mas acabamos cedendo. No fim, foi um casamento de fachada.

— Mas e o sexo?

Soltei, sem conseguir evitar. Ele riu de novo, aquela risada grave que me arrepiava.

— Com o tempo, Helena perdeu o interesse. E sem sexo… a tensão aumentou. Quase nos separamos, mas decidimos continuar… em um relacionamento aberto.

Minha respiração ficou presa na garganta.

— Então seu filho sabe…?

Ronaldo virou o rosto para mim, o olhar carregado de um mistério que me fez tremer. A tensão entre nós era como eletricidade bruta, pulsante. Meu corpo vibrava, esperando. Querendo a resposta e eu sabia que aquilo ainda estava longe de acabar.

Continua...

Autor: Mrpr2


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