A Influencer do Sexo - Parte 4

Um conto erótico de Mark da Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3585 palavras
Data: 02/10/2024 18:36:31

Curioso, resolvi perguntar:

- Agora ou dispois o quê?

- Eu prometi pagar eles pela ajuda…

- Ué!? Se o problema é esse, eu pago. - Falei.

Eles, surpresos, se entreolharam e disseram:

- Brigado, moço, mas a moeda que a Manô prometeu nos dar, ocê num tem não!

[CONTINUA]

Eu a encarei, surpreso, já imaginando o que ela teria prometido e ela se adiantou:

- Escuta… Eu preciso conversar cocê! - Disse e me puxou para a cozinha: - Eu vô… ali… ali fora na caminhonete cum eles resorvê uma situação e volto rapidinho. Ocê me espera aqui! Não sai daqui, Má, ouviu? Não vai lá!

Mal disse isso já pegou o “caminho da roça”, saindo pela porta da casa com o tal Zézin quase grudado em seu cangote. Claro que fiquei incomodado e fui atrás, mas o Jão que ia logo em seguida se colocou na frente da porta e falou com uma postura autoritária e uma voz grossa, potente, irritante:

- Ocê não ouviu não!? É procê ficar aqui! Melhor ocê não se meter nos nosso assunto ou a coisa pode ficá muito esquisita.

- Quem você pensa que é para falar assim comigo, meu amigo!? Quero você fora da minha casa, aliás, fora da fazenda! Sou o administrador daqui e não admito essa falta de respeito!

- Uia! - Disse e começou a gargalhar, terminando com algo que eu não esperava: - Num é que o chifre deixa o animal pensano que é mais perigoso mêmo?

- Como é que é!? - Perguntei já partindo para cima dele.

Antes que o clima azedasse de vez a Chiquinha entrou gritando e o colocando para fora. Repeti praticamente tudo o que ele me falou e ela disse algo que me tirou o chão de vez:

- Cada um paga com a moeda que tem, a minha é essa: prometi e vou pagar os dois!

- Que palhaçada é essa, Chiquinha?

- Para, Má! Pelo amor de Deus… - Disse colocando a mão no meu peito: - Os dois são jagunço lá na fazenda do seu Zé Pêxera! Já ouvi dizer que passaram gente por muito menos que uma discussão. Não faiz uma besteira dessas…

- Mais um motivo! Você não vai sair com eles e pronto!

- Tá lôco, homi!? Se eu não for, eles matam nóis dois! Posso não…

Enquanto conversávamos, ouvimos a buzina da caminhonete e logo um dos dois gritou bem alto:

- Bora, Manô! Quero proveitá o tempo cum algo que vale a pena. Deixa o corno aí e vamô logo!

- Corno!? - Bufei surpreso e encarei a Chiquinha que baixou a cabeça.

- Eu... Eu tenho que ir… - Falou e acariciou de leve o meu peito: - Cê vai ficar bem, num vai?

- Ficar bem!? Que porra de pergunta é essa? Você só pode estar brincando, só pode!

Ela foi até a porta e deu sinal para que eles esperassem, voltando a me encarar:

- Eu… Eu volto… De manhãzinha já tô aqui…

A minha vontade num primeiro momento foi mandar ela ir com eles e não voltar nunca mais, mas depois de ter conversado com o meu padrinho e a Lena, respirei fundo e falei algo que eu nunca imaginaria que falaria na minha vida:

- Não! Eles são perigosos… Você fica aqui!

- Mas eu tenho que… pagar os moço…

- Faz aqui! Faz o que tiver que fazer aqui mesmo que, pelo menos, eu estou por perto.

Ela me encarou surpresa e após alguns segundos sem saber o que dizer, perguntou:

- Amorzin, cê sabe o que nóis vai fazê, num sabe?

- Eu imagino… Só não deixa eles te machucarem.

Ela se surpreendeu novamente, arregalando os olhos e me acariciando o rosto na sequência:

- Nóis num vai fazê nada que eu e ocê já num tenha feito... Mas e ocê!? Vai ficar aonde?

- Vou ficar na sala, na cozinha, na área… Sei lá! Vou ficar por perto para te proteger.

Pela terceira vez ela se surpreendeu e seus olhos chegaram a ficar marejados. Deu-me então um beijo na boca, meio sofrido, quase chorado e depois me olhou nos olhos:

- Se ocê num guentá, dá uma vortinha! A noite tá tão bonita…

Balancei afirmativamente a minha cabeça e ela saiu, indo até a caminhonete, onde falou com os dois pela janela. Vi que eles se olharam e sorriram um para o outro, comentando alguma coisa e balançando os ombros como que dizendo “se ele quer assim…” Na sequência, voltaram os três para dentro de casa e o tal Zézin perguntou:

- Tem certeza, moço? Nóis costumá brincá até o dia raiá…

- E é brincadeira de gente grande! - Falou o tal Jão, sem tirar o olho da bunda da Chiquinha.

- Eu preferia pagar em dinheiro. - Resmunguei uma vez mais e insisti: - Façam o preço de vocês. Eu pago!

Eles se olharam, mas o tal Jão se adiantou na resposta, ainda olhando para a bunda da Chiquinha:

- Carece não! Tem coisa que o dinheiro num paga.

A Chiquinha veio novamente na minha direção e cochichou no meu ouvido:

- Vai dá uma vortinha! Eu vô ficá bem!

- Ô se vai! - Falou o Jão, concluindo: - Vâmo cuidá muito bem dessa princesa.

Ela pegou nas mãos deles e os guiou até o quarto de hóspedes, onde havia uma segunda cama, quase nunca utilizada. Até fiquei feliz com a sua consideração para comigo, mas isso durou pouco, pois ali eles se fecharam e a partir daí o que se ouviu foi um verdadeiro espetáculo, digno do pior dos circos de horrores: gritaria, tapas, xingamentos, urros, gemidos, alguns de dor, outros claramente de prazer, batidas de cama na parede e, às vezes, de algo que imaginei serem corpos.

Aquela sinfonia estava me sufocando aos poucos ao ponto de me deixar transtornado. Fui várias vezes até a cozinha e peguei uma faca imaginando que conseguiria dar fim naquilo, mas depois, lembrando de quem eles eram, eu perdia a coragem e voltava à sala.

Na primeira hora, eles usaram e abusaram da Chiquinha. A partir daí, eles começaram a se revezar, saindo para beber água e o folgado do Jão, na vez dele, chegou a abrir a geladeira para procurar uma cerveja, resmungando comigo por não ter nenhuma. Como se eu não soubesse o que faziam no quarto, tiveram a decência de saírem ao menos vestindo suas calças. Pelo menos foi assim nas primeiras vezes. No final, saíam de cueca mesmo e o Jão, orgulhoso de seu pau, que não era nada demais, já saíam nus. A Chiquinha saiu apenas uma vez, toda enrolada num lençol e após beber um pouco de água, quando já retornava ao quarto, me viu sentado no sofá da sala, calado e triste. Ela então veio até mim e, com lágrimas nos olhos, tentou me acarinhar. Ganhou um tapa na mão e uma ordem:

- Vai lá e termina logo com isso! Ou eu vou entrar e… - Falei, com sangue nos olhos: - E você não vai gostar nada do jeito que essa história vai terminar…

Ela enxugou uma lágrima, pediu desculpas e retornou ao quarto, fechando a porta. Não sei o que conversaram, mas foi alguma coisa bastante séria pois nem um pio, som algum se ouvia. Entretanto, pouco depois o Jão saiu apressado, apressado e nu, indo até a geladeira e pegando um pote que me parecia de margarina. Com a mesma pressa, retornou ao quarto, só que, ansioso, não se deu ao trabalho de fechar a porta, apenas encostando-a muito mal.

Pouco depois, os gemidos da Chiquinha voltaram a ser audíveis, agora ainda mais, certamente em virtude da porta estar semiaberta. Uma maldita curiosidade me fez ir até lá e o que vi acabou completamente com qualquer resquício de equilíbrio da minha parte. Sobre a cama, o Zézin estava deitado com a Chiquinha montada sobre ele, enquanto o Jão a montava por cima, numa dupla penetração digna do mais sujo filme pornô. A Chiquinha gemia sem parar:

- Ôôôô, Manô! Guenta aí, potranca! Tá achando que vai fugir? Vai não! - Dizia o Jão enquanto forçava todo o seu pau no cu da Chiquinha.

- Puta mulher safada, gostosa… - Gemia o Zézin: - Se eu soubesse que ocê era tão piranha assim, eu já tinha te comido há muito mais tempo, Manô.

- Agora, eu… so-sou.. puta de um… um homem só! - Ela retrucou, gaguejando entre as estocadas dos dois.

Eles deram uma gargalhada quase que ao mesmo tempo e o Zézin falou:

- Eita! Se seno puta de um só, faiz ele de corno com outros dois de uma vez, imagina se fosse quenga da comunidade, né não, Jão?

- Ôôôô… - Resmungou o Jão, mais interessado em empalar o rabo da Chiquinha do que em prosa furada.

Fiquei em choque ao ver aquela cena. Além disso, ser chamado de corno em uma situação que, mesmo que eu não quisesse, havia concordado e até proposto que se realizasse na minha presença, me deixou transtornado. Entrei no quarto chutando a porta e gritando, o que fez todos eles se assustarem ao ponto de se desengatarem dela e se espalharem pelo quarto, com os olhos arregalados, esperando um problema dos grandes. Eu me aproximei deles e fiz o que deveria ser feito: agarrei a Chiquinha pelos cabelos, irado, com sangue nos olhos e abaixei o zíper da minha calça, tirando o meu pau duro para fora e o enfiando em sua boca:

- Quer ser puta dos outros, não quer? Então, tudo bem, vai ser! Deles e minha também.

- Amorzin, o que é isso!? - Ela perguntou, assim que conseguiu fugir do meu pau.

Dei-lhe um tapa no rosto e falei novamente:

- Ou você me chupa, ou vai sair gente morta daqui sim, só não sei quem!

Ela se resignou e, meio a contragosto, começou a me chupar. Aquilo me parecia mais por uma obrigação ou pena do que por vontade, acabando por me deixar irado novamente:

- Vocês dois! Continuem a fazer o que estavam fazendo! - Falei.

- Nóis… eu, ele e ela… daquele jeito? - Perguntou um aturdido Zézin.

Confirmei com um simples movimento de cabeça e o Jão ainda falou:

- Cê inda num intendeu, Zé!? Ele é um baita de um corno, e gosta! Então, vamô dar o que ele tá pedino, homi.

O Zézin seguiu me encarando ainda meio desconfiado, mas acabou aceitando e se deitou novamente sobre a cama. Tirei o meu pau da boca da Chiquinha e mandei que subisse nele. Ela relutou um pouco, mas após outro tapa, se submeteu. Assim que o Zézin enfiou nela, o Jão partiu para cima e fez o mesmo. Não perdi mais tempo e subi na cama, colocando o pau na altura do seu rosto. Após ela começar a me mamar, falei:

- Agora arregacem essa puta até ela não aguentar mais. Eu… estou… mandando!

Eles começaram a fodê-la agora sem qualquer piedade ou cuidado. O choque dos seus corpos nos dela estalavam como tapas numa bunda, não que ela não tenha levado alguns tapas nesse meio tempo, pois levou, na bunda e no rosto. Ela começou a choramingar pela surra que estava levando e falou:

- Não estou aguentando mais…

- Ah… Mas vai aguentar. Ô se vai… - Falei, ainda irado.

Comecei a me punhetar ferozmente na sua frente e não demorei mais que dois minutos para explodir numa gozada violenta, respingando nela, no Jão e no Zézin que estava embaixo dela. Ele não gostou nada e empurrou a minha perna, fazendo em perder o equilíbrio e cair, batendo a cabeça na cabeceira de madeira maciça daquela cama.

Só fui acordar no outro dia de manhã, sozinho, na minha cama e com a cueca gozada. Fui até o banheiro e me troquei, limpando um pouco da sujeira. Depois, fui até o quarto de hóspedes e ele estava intacto, da mesma forma como eu o deixara na noite anterior. Na sala, nem sinal das coisas da Chiquinha, aliás, não havia sinal dela em lugar algum. Sentei-me à mesa e me servi de um café morno da garrafa térmica, tentando entender tudo aquilo que havia acontecido. Tudo fora muito real, intenso, assustador e até um certo ponto, excitante. Eu não queria dar o braço a torcer, mas a gozada na minha cueca indicava que eu havia, de alguma forma que eu não conseguia entender, curtido aquele sonho maluco ou pesadelo insólito.

Não sei quanto tempo fiquei ali imerso em pensamentos e conclusões assustadoras sobre tudo o que havia acontecido. Por fim, conclui que o sonho havia sido gerado após eu descobrir sobre o passado da Chiquinha, o que havia me deixado muito contrariado, transtornado e inconscientemente excitado. Eu só não conseguia entender o porquê do sexo meio forçado com aqueles dois, afinal, ela foi puta porque quis, ou como me disseram o padrinho e a Lena, porque foi criada naquele ambiente.

Pouco depois, ouvi o ranger característico da porta da sala e me estiquei, para vê-la se abrir e exibir a Chiquinha que chegava com uma cara mais séria do que a habitual. Fiz apenas um “Psiu!” para ela que deu um sobressalto, assustada, mas ao me ver, sorriu e veio na minha direção. Sentou-se então no meu colo e me deu um beijo de “bom dia” na boca:

- Hummm… Gostin de café. Adorei! - Falou com um sorriso triste nos lábios.

Eu a abracei apertado, ainda confuso por toda a situação, mas decidi que iria deixar tudo em panos limpos. Ela fez o mesmo, talvez pensando que eu pudesse ter decidido algo ao nosso respeito, ou talvez estivéssemos nos despedindo. O certo é que, ficássemos juntos ou não, eu queria toda a verdade. Pedi que ela se sentasse ao meu lado porque eu queria conversar olho no olho e a primeira frase já a fez arregalar os olhos, ficar branca igual a leite e de boca aberta. Só após alguns minutos, em que a abanei e lhe ofereci um pouco água com açúcar, que foi recusada. Depois, ela própria se serviu de uma xícara de café e caprichou no açúcar para si mesma e falou:

- Eles falaram o quê!?

- Que você foi nascida e criada numa zona. Isso é verdade?

Ela me olhava, mas parecia não me enxergar, era como se ela visse através de mim. Deixei que absorvesse a pergunta e pouco depois ela respondeu com outra pergunta:

- E se for?

- Por favor, sem joguinhos, ok? Responde para mim o que eu te perguntei.

Ela começou a morder o lábio inferior e a apertar os dedos de uma mão com a outra, demonstrando estar claramente contrariada e nervosa. Ela desviou o olhar por alguns instantes e depois de suspirar profundamente, falou:

- É…

- Foi lá que você cresceu e depois começou a trabalhar…

Sua coragem havia desaparecido. Agora, ela olhava para fora da mesa e notei que uma lágrima já corria pela sua face. Ela resmungou, confirmando tudo:

- Foi…

- Por que você não me contou!? - Perguntei, alterando um pouco o tom da minha voz.

- Que eu era puta? Sério!? - Falou, enxugando uma lágrima do rosto antes de resmungar: - Puta e filha de uma puta…

Ela estava constrangida com a conversa e eu com as descobertas da noite anterior e agora com as dúvidas oriundas do meu sonho. Um silêncio tumular surgiu, afinal, havia espinhos demais espalhados sobre a mesa e ninguém parecia disposto a retirá-los. Após algum tempo, decidi desviar o assunto para tentar melhorar um pouco o clima antes de insistir na conversa:

- E… Vocês vão mesmo se mudar? Já está decidido?

- Vamô! O Zé Miguel já está terminando de arrumar nossas coisa. A gente vai amanhã depois do almoço. - Ela terminou de falar com a voz embargada pela emoção e após beber um pouco de café, olhou para mim e falou: - Eu num queria ir não…

A forma como ela me olhou era mais do que um pedido, era quase uma súplica. Eu tremi na base e desviei o olhar, mas acabei perguntando:

- O que você quer de mim?

- Ah, Má… Eu… - Suspirou profundamente e se calou.

Para bom entendedor, meia palavra basta. Ela queria ficar comigo! Queria que eu a assumisse como mulher. Sou sincero em dizer que antes da conversa com o meu padrinho e a Lena, eu estava bem inclinado a assumi-la, mas depois de descobrir o seu passado, fiquei assustado e após aquele maldito delírio noturno, estava quase em pânico. Um medo de que tudo o que eu havia passado com a Manu se repetisse me atingiu em cheio e acabei me calando. Ela entendeu como uma resposta e após um sorriso triste, falou:

- Bão, foi bão! A gente se divertiu bastante enquanto deu e… eu entendo você. Fica em paz. Vou guardar você num lugarzin bem gostoso aqui no meu coração.

- Mas…

- Só não era pra ter sido! Quem nasce sem eira, nem beira, nunca vai chegar a ter um teto dos bão.

Na sequência, ela se levantou, me deu um beijo na testa e saiu, deixando a sua chave sobre o braço do sofá da sala.

Foi o pior dia da minha vida. Não tinha vontade de nada e nada fiz, fiquei catatônico sem saber o que pensar ou o que decidir. Após o horário do almoço, o meu padrinho, estranhando o meu sumiço, veio com a Lena na minha casa e só encontrou os meus cacos espalhados pelo sofá da sala. Eles se entreolharam por um instante e a Lena foi até a cozinha para passar um café forte. Enquanto isso, o meu padrinho assumiu um tom bastante tranquilizador:

- Levanta essa bunda daí, seu molenga! Caramba, não consegue ouvir umas verdades e fica todo dodoizinho. Sacode daí!

Sentei-me e suspirei fundo. Depois, o encarei e contei a minha conversa com a Chiquinha. Ele mordeu os próprios beiços e se sentou ao meu lado, já entendendo o porquê do meu estado. Nesse momento, a Lena retornou com duas xícaras, entregando uma para mim e a outra para o meu tio, que também resumiu a conversa para ela. Ela tomou a xícara das mãos do meu padrinho e deu uma baita golada, falando:

- A menina se enamorô docê! Ela é um doce de menina, Marcel. Deixa ela ir embora não…

- Eu já te falei o que eu acho e repito, acho que você está fazendo uma baita besteira deixando ela ir embora. Vocês tem tudo para dar certo, se gostam, combinam, dão risada as pancas… Fio, não deixa ela ir embora!

Conversamos por quase uma hora, mas as minhas dúvidas eram muito mais numerosos que as certezas e isso gerava um medo imenso de me comprometer e me arrepender. Não trabalhei nesse dia e só fui comer algo na hora da janta, porque a Lena veio me trazer e me obrigou. Quando consegui dormir e já passava da meia noite, sonhei com ela, com o seu sorriso, o seu jeito de menina sapeca. Nem era o sexo que me fazia falta naquele momento, mas ela toda, principalmente o seu abraço e o jeitinho matreiro de me envolver e fazer rir de tudo e todos. Ela era sem igual, isso eu tinha que reconhecer.

Acordei com uma agonia quando já passava das seis da manhã. Eu ainda não tinha uma certeza formada, mas decidi que não poderia deixá-la ir embora sem ao menos saber que eu estava disposto a tentar, desde que ela se comprometesse comigo, apenas comigo.

Fui até a casa grande e encontrei a Lena já na cozinha, preparando o café do meu padrinho. Ao me ver, ficou surpresa, mas parecendo já saber o que eu havia decidido, me deu um abraço caloroso que só serviu para eu ter um pouco mais de certeza de que queria, pelo menos, tentar:

- Será que o padrinho me empresta a caminhonete?

- Claro que sim! Ai dele se não emprestar, aliás, já emprestô. Tó! - Disse me dando as chaves que estavam perto do bebedouro de barro da cozinha.

Peguei as chaves e lhe dei um abraço de gratidão, saindo porta afora. Peguei a caminhonete e rumei rápido até a casa da Chiquinha. No trajeto, ensaiei vários discursos caprichados, cheios de palavras difíceis, mas acabei concluindo que um simples “Não consigo viver sem você!” já a faria se derreter igual mel em banho-maria. Em menos de meia hora, estava entrando na propriedade do Tonho Capivara e em mais cinco minutos, estava estacionando ao lado da casinha deles.

Por ser bem cedo, estava tudo quieto. A casa estava toda fechada e concluí que deviam ter decidido descansar bem para aguentar as mais de vinte horas de viagem. Mas eu não queria esperar e fui bater à porta. Bati uma, aguardei, duas, aguardei, três vezes e nada de alguém me atender. Após algum tempo, vi um roceiro, vizinho deles se aproximar e falei que precisava falar com a Chiquinha. Ele me olhou surpreso e disse:

- Ocê inda num sabe que eles mudaru?

- Ela me disse que eles iriam depois do almoço.

- Disso num sei não. Só sei dizê que foram embora bem cedinho, inda antes do Sol levantá.

Eu o encarei incrédulo e ele começou a se afastar, tomando o caminho da roça. Bati mais uma vez e nada de ser atendido. Dei a volta na casinha e tentei pela porta dos fundos. Notei que estava destrancada. Abri e entrei. Ali, em cima de um fogão à lenha, havia um bilhetinho com o meu nome. As letrinhas, bem redondinhas, eu já conhecia bem, inclusive havia ajudado a Chiquinha a alcançá-la, pois ela dizia se envergonhar de seus “garranchos”. O seu conteúdo mudaria a minha vida para sempre.

[CONTINUA]

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.


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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 249Seguidores: 622Seguindo: 17Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Boa Mark véio! Outro excelente capítulo!

Esses sonhos estão arrebentando a turma, tirando o pino do eixo! Kkkkkkkkkkk

Parabéns meu irmão!

Tadinha da Nanda, trabalhando mais que relógio! Kkkkk

Abraços!👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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Perdao pela burrice, mas n ficou claro se foi de fato um sonho ou se ele bateu a cabeça no ato e a Manu e os capangas limparam tudo pra parecer ...

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Sim foi um sonho. O parágrafo antes da Chiquinha chegar de manhã deixa isso claro

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Sabia que era pegadinha hahaha mas dessa vez foi quase. Essa carta vai ser o fato deseisivo pro desenvolvimento do Marcel e vai fazer ele voltar pra enfrentar os fantasmas do passado

⭐⭐⭐

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Como disse no capítulo anterior, não quis ser corno da gostosona,mas vai ser corno da prostituta caipira, inclusive já até correu atrás pra ver se dava tempo de garantir as gaias kkkkkk, prostituta é igual gay, nunca ouvi falar q exista um ex gay ou ex prostituta

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Como todo conto do Mark, o casal vai virar liberal, isso já ta até nas tags do conto, ai não tem surpresa. A questão é essa influenciadora ai, quem é? Ao que tudo indica será a Chiquinha, mas não da pra descartar que seja outra.

Agora a questão da Manu foi quebra de confiança/traição mesmo. Com a Chiquinha pode se desenvolver de forma mais tranquila e aos poucos eles irem pro lado "only fans" de relacionamento kkkkkk

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Aí ele vai deixar de ser corno presencial e vai virar corno virtual kkkkkk

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Acho essa afirmação precipitada. Em nenhum momento a personagem faltou com o respeito ou deu a entender que escondia algo. Também acredito que as circunstâncias moldam sim as pessoas, se tudo que ela conheceu e viveu foi a prostituição, como poderia fazer diferente? O único elo dela que é a mãe também vivia nisso, o que ela faria? Iria embora? Com que conhecimento de vida além do sexo?

E nota-se que ela tem muita vergonha do passado dela. Não é nenhuma sem vergonha.

Se mais para frente o Mark quiser adotar a parte liberal da coisa (eu acredito mais que vai rolar um trisal com a ex-noiva traidora sem vergonha) aí é uma outra história que eles como casal irão decidir.

Aí se isso acontecer nem dá pra falar nada, o autor claramente é liberal e escreve contos liberais, e é aquela coisa, cada um faz da sua vida o que quiser.

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Adendo: me expressei mal no sentido de que "escondia algo". Me referi que em nenhum momento Mark deu a entender que ela agia pelas costas dele como estar com outros homens. Logo, não podemos fazer nenhuma afirmação de desonestidade

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Mais um excelente capítulo, suspense, emoção…

Mark, há previsão de voltar com o conto da Annemarie?

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excelente espero que ele não chegue tarde para eles serem felizes

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Bom capítulo, se é a paz após a tempestade... Só o próximo capítulo dirá.

3 estrelas

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Vamos a mais um capítulo!!! 👏👏👏

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