"O Médico e o Monstro" é a história do Dr. Henry Jekyll, um respeitado médico e cientista em Londres, que desenvolve uma fórmula química capaz de separar suas duas naturezas: a boa e a má. Ao ingerir a fórmula, Jekyll se transforma no malévolo e depravado Edward Hyde, um alter ego que lhe permite viver uma vida de libertinagem e criminalidade sem que sua reputação seja manchada.
Nas minhas conversas com Talita, eu sempre me perguntava se estava sendo Dr. Jekyll ou Mr. Hyde. Nos primeiros minutos da chamada, ela tirava a blusa e nós nos masturbávamos simultaneamente, sem trocar uma única palavra, até estarmos satisfeitos. Depois, no tempo que sobrava da chamada, nós conversávamos. Era como se ela voltasse a ser a mesma menina que conheci na aula de Ética, apesar de toda a loucura que estava acontecendo entre nós.
Ainda assim, havia algumas diferenças entre nossas conversas atuais e as que tínhamos no passado. Não falávamos apenas sobre o mundo ao nosso redor, mas compartilhávamos o universo que existia dentro de nós. Ela parecia aliviada de ter alguém com quem compartilhar seu segredo. Contou-me que seus pais eram pobres e não podiam pagar sua faculdade. Para custear seus estudos, ela abriu uma conta no OnlyFans e estava ganhando muito dinheiro dos estrangeiros tarados.
Inicialmente, isso a deixava extremamente envergonhada, e o pior pesadelo de Talita era que alguém descobrisse, exatamente o que aconteceu no meu caso. Contudo, graças ao site, ela agora desfrutava de uma grande liberdade financeira. Por mais estranho que parecesse, ter um OnlyFans era o caminho que lhe permitia alcançar seu sonho, de nunca sofrer por dinheiro como seus pais haviam sofrido.
Eu também me abria com ela. Talita riu muito quando eu disse que minha história favorita na infância era "O Patinho Feio". Ela me zoava, dizendo que praticamente todas as histórias infantis eram mais interessantes do que a do patinho que virava cisne, mas ela entendia como aquela história me deu esperança na minha infância.
Quando estávamos nos minutos finais da terceira chamada, percebi que sentiria falta dela se cortássemos relações para sempre, como havíamos combinado. Eu precisava saber se ela ainda queria ser minha amiga, apesar de tudo. Eu observava o tempo passar na chamada, sem conseguir encontrar as palavras certas para expressar meus sentimentos.
Restava apenas um minuto para terminar nossa chamada, e eu me sentia como o Leão do Mágico de Oz, um ser sem coragem. No entanto, nossa chamada foi interrompida antes do tempo acabar. A porta do quarto de Talita se abriu bruscamente. Era Rodrigo, o namorado dela, entrando de supetão. Talita se apavorou e só teve tempo de minimizar nossa chamada, escondendo o que estava acontecendo dele.
“Nossa, amor, que susto! Eu achei que você fosse dormir na casa dos seus pais hoje”, Talita disse, tentando se recompor depois de quase ter sido pega no flagra.
"Não conseguia ficar mais uma noite sem você", disse Rodrigo, enquanto se aproximava e enchia Talita de beijos. Ela sorriu com a resposta dele e, recomposta do susto, o abraçou. Naquela hora, eu deveria ter desligado a chamada, mas admito que estava curioso para observar como um casal apaixonado se comportava, já que eu nunca teria isso na minha vida.
Rodrigo guiou Talita até a cama e retomou a sessão de onde eles pararam, só que agora estavam deitados e com as pernas entrelaçadas, como garantindo que cada centímetro do corpo deles estavam se tocando. Ele alternava entre selinhos carinhosos e momentos de maior sensualidade, cheirando e beijando o pescoço dela, fazendo-a arquear as costas e se arrepiar.
Eles se separaram brevemente para se despir. “Se prepara para levar pau, sua puta”, disse Rodrigo. A visão de Talita nua parecia ter acionado algo em sua mente. Com bastante agressividade, ele a posicionou de costas na cama. Prendendo os braços dela atrás das costas, Rodrigo começou a esfregar-se contra ela. Antes apaixonado e carinhoso, o homem que eu via pela webcam agora a penetrava com força e batia violentamente em sua bunda, ignorando completamente seus pedidos de calma.
“Vai se fuder, sua vagabunda. Vou destruir essa bucetinha apertada de piranha que você tem.” A transformação do príncipe encantado em monstro estava completa. Suspendendo as pernas dela, ele aproveitou a falta de equilíbrio de Talita para aumentar ainda mais o ritmo. Rodrigo se esbaldava naquela transa, cuspindo, xingando e humilhando sua própria namorada, tornando difícil discernir o que era amor e o que era ódio naquela situação.
Ele se levantou e puxou Talita para o chão do quarto, colocando-a de joelhos na sua frente. Ficou imóvel por alguns segundos, esperando que a namorada entendesse seus desejos, mas ela não demonstrava nenhuma iniciativa, agindo de forma bem mais passiva do que a menina que eu conhecia. Rodrigo não se deixou abalar com esse contratempo. Cuspindo no próprio sexo e o posicionando entre os seios da namorada, ele deixou ainda mais claro o que ele queria que
Talita olhava para o namorado com uma expressão de desânimo, deixando claro que ela não queria fazer uma espanhola. Eu sentia pena da minha amiga. Sempre achei que a vida dela era fácil, simplesmente porque ela era linda, mas ela devia estar exausta de ser vista apenas como um par de seios. “Ah amor, eu não tô afim disso hoje”, disse Talita tentando barganhar com o namorado.
Plaft. Sem nenhum aviso, Rodrigo deu um tapa na cara dela. “Vai logo. Quero gozar com essas tetas enormes que você tem, sua puta.”
Com os olhos marejados, Talita fixou seu olhar no namorado, com a mesma fúria que dirigiu a mim na nossa primeira videochamada. E novamente, ela decidiu ignorar seus sentimentos e fazer o que lhe era solicitado.
Apesar de não ser pequeno, o pênis de Rodrigo sumia completamente entre os seios de Talita enquanto era estimulado. As ofensas e humilhações foram interrompidas, e os únicos sons que Rodrigo fazia eram gemidos que ressoavam pelo quarto.
Mesmo com a namorada totalmente sob seu domínio, ele achou necessário dar mais um tapa no rosto dela, por puro prazer. Talita não teve nem tempo de processar a raiva de ter sido golpeada, pois logo em seguida, o sêmen do seu namorado começou a jorrar do seu busto, a atingindo violentamente no rosto.
Mr. Hyde desparecia nas profundezas de onde surgiu, e agora, mais tranquilo, Rodrigo ajudava sua namorada a se levantar, dizendo que o desempenho dela havia sido incrível. Talita deu um abraço mecânico e breve no namorado, e foi correndo para o banheiro se limpar.
Eu desliguei a câmera, incrédulo com o que havia assistido. Talita poderia ter qualquer homem que quisesse, não fazia sentido para mim ela se sujeitar a ser tratada daquela forma.
Fui tentar dormir, mas não conseguia. As imagens perturbadoras não saíam da minha cabeça, e sabia que precisava fazer algo. Mas o quê? Falar com Talita, confrontar Rodrigo, ou simplesmente me afastar de toda essa confusão?
Eu estava completamente confuso sobre meus próximos passos.
<Continua>
Quem tiver interesse, a parte 5 já está no meu site.
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