A Medina e o Saymon contando:
Sabe aquela paixão fulminante que bate e fica? Pensamos que nada vai destruir? Foi assim o nosso caso. Vertiginoso. Parece que a Medina, 19 anos, a minha parceira, e eu, o Saymon, 28, sempre fomos destinados a viver de surpresa, tendo grandes emoções, em situações extremas, e com reviravoltas surpreendentes. Resolvemos relatar o que nos aconteceu, uma história cheia de muita emoção, e excitação. A tara fulminante da minha esposa novinha pelo coroa surfista. Pois foi assim que ocorreu com a gente.
[NOTA DO AUTOR] – O Saymon e a Medina, me procuraram por e-mail, para que eu fizesse um conto com a história deles. Achei incrível o que contaram e espero que gostem. Aproveitei o desafio 10 pois se coaduna com o tema. Aproveitei para fazer uma homenagem ao compositor de MPB que eu considero um dos mais fantásticos da língua portuguesa.
# Medina: Nos conhecemos no trabalho voluntário para ajudar as vítimas da pandemia, em 2020. Foi através do contato do vereador do Partido Verde, que organizava voluntários para distribuir alimentos, máscaras, álcool, leite em pó, e complexos vitamínicos para populações carentes. Ele tinha o apoio de uma empresa de grande porte, e de uma ONG, e só precisava de voluntários que se arriscavam a ir às ruas. Eu comecei a trabalhar no grupo do Saymon, que conhecia o vereador. Eu era uma voluntária disposta a fazer alguma coisa de útil. Eram poucas saídas, sempre em duplas, e por isso, nosso convívio numa época tão violenta e de isolamento, nos aproximou muito. Ele pegava o carro, me buscava, e íamos ao posto de coleta, pegar os produtos que seriam distribuídos. Cestas básicas e agasalhos, vitaminas, complementos alimentares, leite em pó, Álcool gel, máscaras, alguns medicamentos. Eram fruto de donativos. Depois seguíamos o roteiro pré-estabelecido pela ONG que apoiava o projeto do vereador e coletava as doações.
Nos meses mais agudos da pandemia, antes das vacinas chegarem, quando morria gente para todo lado, era como se fôssemos uma brigada suicida, que em duplas, saía às ruas, geralmente de noite, e fazia o seu trabalho de formiguinha.
O Saymon, com 28 anos, é advogado, e o escritório onde ele é funcionário atendia on-line, mas ele reservava algumas horas todos os dias para o nosso trabalho voluntário. Eu, Medina, ia fazer dezoito anos, era secretária de uma escola de idiomas que parou as atividades. Nos conhecemos nesse trabalho arriscado.
Nossa ligação foi tão forte que, meses depois, quando chegaram as vacinas, e as atividades foram se normalizando, eu e ele já estávamos namorando, e resolvemos viver juntos, como um casal. Não tenho família próxima, perdi minha mãe na pandemia e nem pude viajar para o funeral. Vivia distante, era estudante noturna, e trabalhava para custear meus estudos. Morava num quartinho alugado e ter aquela relação tão harmoniosa com o Saymon foi uma bênção.
A sensação que tínhamos era de que a vida nunca mais seria a mesma de antes, então, nosso sentido de aproveitar o que estivesse ao nosso alcance, era imenso. Não era época para celebrações, tudo ainda ia voltar ao normal. E por isso, não fizemos nenhuma cerimônia ao nos juntarmos. Mas, já em 2023, e exatamente no carnaval, resolvemos fazer uma viagem que seria como uma lua de mel, que não tivemos.
O aluguel do chalé foi presente do vereador, amigo do Saymon, e as passagens de avião nós parcelamos em 12 vezes. Era o momento de viver e não pensar como iríamos resolver depois. O destino, foi uma praia distante, numa pequena cidade litorânea, onde conseguimos alugar um chalé por um mês. Esse é o cenário onde aconteceu a história que vamos contar.
# Saymon: Chegamos de avião na capital, e depois pegamos uma Van que nos levou para esse lugarejo. Algumas horas de estrada. Realmente era um lugar de sonho. Poucas casas, um pequeno núcleo central com o comércio da vila, poucos estabelecimentos, e mais distante desse centro, ao longo da praia, uma antiga aldeia de pescadores estava sendo transformada, as casinhas simples foram sendo reformadas e adaptadas para alugar para visitantes em férias. Fizeram poços artesianos para melhorar o abastecimento de água, e puxaram a energia elétrica até lá.
Eu e a Medina namoramos por um ano e meio, e tinha seis meses que estávamos vivendo juntos no meu apartamento. Eu era um divorciado, meu relacionamento anterior não terminou bem, por isso, eu estava namorando a Medina sem muita expectativa de que ela fosse ficar comigo para sempre. Como sou dez anos mais velho e ela muito novinha, não botei muita fé. Era um dia de cada vez. Como ela sempre foi muito bem-humorada, divertida, parceira e simples, eu acabei me apaixonando, mas devido à nossa diferença de idade, eu tinha adotado a política de aproveitar enquanto durasse, e seguia feliz. Acontece que ela é tão legal, tão companheira, tão simples de agradar, que a cada dia eu gostava mais de estar com ela. E ela foi se tornando muito importante para mim. Me motivava a ser sempre melhor.
Eu não me considero um homem muito bonito e atraente, mas sou bem-apessoado, tenho um bom físico, pratiquei muito esporte e mantenho ainda um corpo esbelto. Minha grande qualidade foi ser sempre muito tranquilo, uso a inteligência emocional, sem criar muito problema. Não sou ciumento, nem implicava com a Medina, que por ser bem jovem, gosta de coisas que eu sei serem típicas da idade. Ela adora dançar, samba, pagode, forró, até funk. Gosta de ir a barzinho, tomar umas caipirinhas, adora sexo, não tem tempo ruim na cama, e nem tem muita frescura. E tem um apetite, inclusive o sexual, fora de série. Eu não tinha motivos para reclamar de nada.
No começo eu até acompanhava o pique dela, sem nenhum problema, mas com o tempo, e a vida profissional apertando, minha responsabilidade no trabalho crescia, e a vida doméstica mais acomodada, nosso ritmo no sexo diminuiu, fui começando a ficar com menos pique, menos disposto. Ela não reclamou. Isso não chegava a afetar nossa relação. Até aquele momento eu não sentia problema nenhum e nem a Medina reclamava. Sempre fui muito tarado na Medina.
Pensa uma mocinha de 1,67 m, moreninha de pele, corpo escultural, cabelinho enroladinho cheio de cachinhos castanhos aloirados, olhos castanhos claros, cor de mel, seios médios firmes e durinhos, mamilos escuros e salientes. Ela tem barriga zerada, uma bunda perfeita, pernas lindas e pés pequeninos, tamanho 34, muito bonitinhos. Não esquenta muito com nada, é simples, e só fica mais ansiosa se tiver fome. Ela tem um apetite muito acentuado. Se eu tivesse encomendado com o gênio da lâmpada, uma mulher ideal, não seria diferente. E como, no meu relacionamento anterior, eu fui muito exigente, implicava com o que a esposa fazia e usava, me preocupava com o que os outros poderiam pensar de nós, o que gerava muito conflito, dessa vez, eu simplesmente deixei que a Medina fosse do seu jeito e usasse o que tivesse vontade. E uma das coisas que ela sempre usou, muito provocantes, foram suas roupas, e seus biquínis. Ficava difícil sair com ela e não notar que a maioria dos olhares convergiam para ela. Eu aprendi a desfrutar daquilo, sem me estressar, nunca fui um sujeito inseguro e por isso, ela aproveitava para ser sempre muito atraente e sexy. Percebi que ela gostava de ser admirada. O que é muito natural numa jovem.
Chegamos no vilarejo era final do dia, estávamos cansados da viagem, e só fomos ao mercadinho comprar umas coisas que precisaríamos no chalé. Dava para ir a pé até no mercado, no centro do vilarejo, que distava uns quinhentos metros da praia, onde ficavam os chalés.
Naquela noite, fizemos apenas um lanche, com sanduíches, sucos de fruta, milk-shake e café. Depois, abrimos uma garrafa de vinho tinto suave e tomamos umas taças.
No chalé tinha TV a cabo e pudemos assistir um pouco de um show gravado antes do sono nos pegar. Assistíamos um show gravado do Caetano, e a música combinada com o efeito do vinho, me deu sono. Medina havia vestido apenas uma camiseta leve e solta, sem nada por baixo, e eu até achei que ia me deliciar com ela naquela primeira noite. O silêncio do lugar, o barulho do mar ali ao lado, a brisa que agitava as folhas dos coqueiros, tudo ajudava para um sono reparador. Eu apaguei logo, morto de sono.
No dia seguinte pela manhã, a Medina acordou bem cedo e foi atrás de uma padaria, para comprar pão e manteiga. Eu acordei e não a vi, mas tratei de passar um café.
Pouco depois, ela chegou com o pão e a manteiga, e quando a vi chegar, fiquei meio besta. Medina usava um macaquinho de Lycra, branco, justinho e curto, sem mangas, decote em V, e calçava tamanquinhos de sola de cortiça. O macaquinho tinha um modelo de costas cavadas, então ela não usou sutiã, e por ser de malha branca, os mamilos castanhos escuros ficavam bem marcados sob o tecido fino. O traje também era curtinho deixando a polpinha das nádegas de fora e suas lindas pernas desnudas.
Ao andar ela rebolava aquela bundinha perfeita naquele macaquinho justo, e era uma visão para ressuscitar até múmia. Eu exclamei:
— Medina, sua louca. Você foi assim no comércio?
Ela me olhou com cara de quem não entendeu e disse:
— Fui, ué, o que é que tem?
Eu dei até risada da pergunta, e expliquei:
— Não tem nada de mais. Mas, o recado que passa é “me come por favor”.
Medina deu uma gargalhada, e respondeu:
— Ah, que é isso, estamos numa cidade de praia, todas as moças usam shortinhos curtos. Muitas andam de biquíni. Você está exagerando. Mas, se por acaso, alguém entendeu esse recado, não está de todo errado. Se o marido que deve comer não come, e deixa a esposa na vontade a noite inteira, alguém vai querer comer.
Eu dei risada também, porque sabia que ela era provocadora, e estava me cutucando. Na véspera, com as taças de vinho que bebi, eu apaguei sem a gente fazer sexo.
Eu falei:
— Relaxa, temos hoje e mais um mês para só fazer isso.
Medina então falou:
— Tratei de dar um reconhecimento no lugar. Tirando uns velhinhos meio pé-na-cova, que andam pela vila, e umas moças bem prejudicadas, só tinha um sujeito interessante por aí. Madurão, charmoso. Ele só me olhou e percebi que ele sabe das coisas.
Curioso eu perguntei:
— Ah, é? Já achou um madurão interessante? Conta aí.
Medina contou, sem fazer suspense:
— Eu ia indo a pé pela rua, a caminho da padaria e esse coroa passou de moto, com uma prancha de surf debaixo do braço. Só reparei nele porque quando ele chegou bem perto, parou a moto e ficou me observando passar. Eu olhei para ver quem era aquele atrevido, e ele abaixou o óculos ray-ban e piscou um olho cor de oceano, lindo.
Ela sorriu marota com o que disse, depois prosseguiu:
— Foi quando eu reparei nos cabelos e na barba branca, e vi que é um velhão, branco, esbelto, bem queimado de sol, mas muito enxuto e conservado.
— Não diga! Você nem bem chegou a já achou um coroa para a sua coleção? – Eu disse meio que zoando.
Medina sorriu também, e respondeu:
— Acho que eu atraio isso, amor. Os coroas me adoram. Vivo atraindo vovozinhos. Mas esse não é qualquer um. Achei bem interessante.
Eu sabia que a Medina, por não ter tido um pai presente, que ela perdeu muito novinha, sempre teve uma queda acentuada por homens mais velhos. Isso talvez explicava o fato dela estar comigo, dez anos mais velho. Podia ser que ela procurasse a proteção, o cuidado e a atenção que não teve na infância. E eu era mesmo muito cuidadoso com ela, tinha paciência, tinha tolerância, dava muita atenção, e acabava procurando atender as suas vontades. Eu falei:
— Medina, de velho, basta eu. Se for trocar, procura um mais novo, que tem garantia estendida. Velho já não tem mais peça de reposição.
Ela deu risada, e falou:
— Mas eu não quero trocar nada não. O velho que eu tenho é especial e nem é tão velho. Mas eu sei apreciar quando vejo um coroa que mexe com meus hormônios. Quem sabe, só para dar uma voltinha?
Eu fingi que estava bravo:
— Você deixa de safadeza, sua malandra. Este vilarejo aqui é um ovo, e qualquer coisa que você fizer se espalha e fica gigante. Se cuide. Não vai me deixar com fama de corno. – Eu alertei.
Ela deu outra risada, e respondeu:
— Não preciso, mas, se precisar, já sei onde procurar. Fica esperto.
Não dei mais respostas, ficamos rindo, eu não liguei para o que ela disse, sabia que era provocação, e tomamos no nosso café com pão e manteiga, e uns ovos mexidos.
Depois, fomos nos arrumar para ir à praia.
A Medina estava ainda mais gostosa num biquíni novo. Branco, pequenino, de amarrar dos lados. A parte de trás era apenas um pequenino triângulo que terminava no fio dental que entrava entre as suas nádegas. A bundinha linda toda de fora.
Na hora de sair para a praia eu falei:
— Se tiver algum velho sofrendo do coração, hoje, ele vai ter um ataque ao ver você nesse biquíni.
— É um elogio isso? – Ela perguntou.
Eu, rindo, concordei e completei:
— Também alertando que você pode ser acusada de crime.
Ela deu risada e eu falei:
— Medina, a anja exterminadora... de velhos tarados.
Ela achou graça. Depois disse:
— Se me deixar eu derrubo todos os coroas charmosos por perto.
Demos gargalhadas. E seguimos.
A praia começava mesmo em frente do nosso chalé, e logo nos estabelecemos, a uns cinquenta metros da água. A maré estava subindo. Espetei um guarda-sol, Medina estendeu uma toalha e se deitou para tomar sol. Deitada de barriga para cima, vi que a tanguinha justa do biquíni só cobria mesmo a xoxotinha, ficando o ventre, a barriguinha, e o umbigo expostos. Eu armei uma cadeirinha de praia e me sentei ao lado da toalha dela. Ficamos cerca de umas duas horas ali, e a cada vinte minutos íamos na água nos refrescar. Eu tinha levado duas garrafas térmicas de alumínio com água.
Havia muito pouca gente na praia, mas dava para ver alguns surfistas pegando onda mais ao canto à direita, perto de uma elevação rochosa. Até que apareceu um surfista carregando sua prancha e a Medina logo disse:
— Olha aí, o coroa que eu falei. Repare que ele é velho mas parece em boa forma.
De fato, era um homem que parecia ter passado dos setenta anos, cabelo branco curto, e barba branca curta desenhada com bigode e cavanhaque. Media perto de 1,80 m, tinha um corpo largo, mas não era gordo. Parecia ser rijo, esbelto, sem ser bombado. Apenas se mostrava ágil, andando com desenvoltura, e carregando a prancha debaixo do braço com facilidade. Lembrava um pouco o jeito daquele ator, Raul Gazola.
# Medina: Eu falei a verdade para o Saymon, quando contei sobre o velho. Mas não contei que quando me viu na rua de manhã ele disse:
“Até que enfim esta praia ganhou a sua sereia”
Claro que eu não respondi, não ia dar moral para quem eu não conhecia. Mas fiquei impressionada com o poder do olhar daquele coroa. Sua voz era suave e masculina, sem parecer voz de velho. Ele tinha olhos de um azul cintilante, que pareciam sorrir, e ao mesmo tempo, me fizeram ficar arrepiada. Eu não saberia dizer o que foi, mas na hora, aquilo me deixou excitada, ao perceber que ele me observava de um jeito todo especial. Na hora, eu segui o meu caminho, e ele ficou lá parado observando. Eu não pensava que iria vê-lo novamente.
O Saymon olhou para o coroa, e concordou comigo:
— Verdade, é velho, mas não se movimenta como velho. Tem agilidade. E ainda faz surf. Está com tudo em cima.
Eu estava vendo o velho andando pela primeira vez, pois antes só o tinha visto na moto. Fiquei observando seu caminhar, suas pernas bonitas de formato elegante, a cintura larga, sem ser gordo e tinha uma ginga de quem tem segurança e autoconfiança. Eu respondi ao Saymon:
— Amor, esse é um velho muito charmoso. Não sei o que é, mas ele tem borogodó.
Enquanto isso, o velho passou e foi levando sua prancha, em direção ao canto da praia, perto das pedras.
Nessa hora o Saymon me perguntou:
— Você se sente atraída? Acha que tem vontade de dar para ele?
Eu não esperava que ele me perguntasse aquilo. Não era uma pergunta usual. Não entendi, e questionei:
— Por que você me perguntou isso? Acha que eu tenho vontade de dar para todo velho que eu vejo?
Saymon sorriu e respondeu com calma:
— Não acho não. Mas estou perguntando. Quero saber o que sentiu ao ver esse.
Naquele momento, eu tive a certeza de que o meu marido, por sabe-se lá que canais da percepção, havia captado que aquele coroa em especial, mexia comigo. Fiquei uns segundos pensativa, sem saber o que dizer. Então, resolvi falar a verdade:
— Amor, eu nunca vi esse coroa na vida. Apenas disse que ele me chamou a atenção, por ser um coroa diferente. Foge do padrão. Tem charme, é seguro de si. Parece esbanjar testosterona, Só isso.
Saymon balançava a cabeça, concordando, e depois de alguns segundos falou:
— Vocês falam de intuição feminina, mas alguns homens também têm. A minha intuição, é de que você sentiu alguma coisa diferente nesse coroa. Percebi quando falou nele. E agora, quando você olhava para ele ao passar na praia, notei pelo seu olhar, que ele mexeu mesmo consigo. Piscou a perseguida?
Fiquei muito admirada, assustada até, pois o Saymon havia captado algo que nem eu queria admitir ainda. Tentei contestar:
— Acho que você está vendo muito além. Não nego que ele tem um certo charme, mas só vi uma vez, me olhando da moto, e agora, ao passar. Não dá para tudo isso.
Saymon não disse mais nada. E ficamos um tempo, calados. Cada um com seus pensamentos. Mas a verdade é que eu senti, pela primeira vez, meu marido acusar um golpe, revelando que captou algo que eu sentia pelo velho. Seria ciúme? Saymon nunca foi ciumento e nem reclamou de nada. Se ele, com sua maneira transparente de ser, estava dizendo aquilo, devia ter algum fundo de verdade. Meu coração batia acelerado naquele momento.
Depois de uns dez minutos ambos calados, eu resolvi falar o que senti:
— Amor, não acho que seja nada, mas tenho que admitir, na hora que esse coroa me olhou, me deu um arrepio imediato. Ele tem uma força no olhar, um magnetismo fora do comum. É meio mágico. Parece que é meio bruxo. E eu não sei ainda o que seja. Mas não é motivo para você se sentir incomodado.
Saymon deu uma sonora gargalhada. Depois falou:
— Incomodado? Incomodada ficava a sua avó. Eu apenas estou me guiando pelas minhas intuições e percepções. É meio mágico também. Só você saberá dizer o que sentiu. Mas eu sei que sentiu alguma coisa. Tive essa intuição.
Eu fiquei calada novamente, não tinha o que responder.
#Saymon: Quando eu falei “incomodada ficava a sua avó” eu estava citando uma frase que foi usada em um comercial de TV, de absorventes higiênicos, que ficou muito conhecida nos anos 70. Era o lançamento daquele tipo de produto. No passado, se falava que a mulher que estava menstruada “ficou incomodada”.
Eu havia estudado bastante uma matéria no meu curso de direito, que abordava os aspectos psicológicos das mensagens de marketing e propaganda.
Tais mensagens, acabaram gerando uma cultura generalizada na sociedade, capaz de influenciar a mentalidade de uma geração e suas decisões e julgamentos. Eu me lembrava daquele comercial em particular. Tinha tudo a ver com o que estava acontecendo ali. Minha parceira, estava se encantando por um produto, que ela não conhecia, só viu na prateleira da loja, atraída pela imagem, mas a embalagem, a situação, o ambiente, o momento, o estado de espírito, e seu estado e liberdade, fora do nosso cotidiano, haviam criado nela uma expectativa, uma sensação idealizada que aquele produto lhe transmitia. Poderia ser tudo verdade, mas poderia ser apenas uma impressão que ela mesmo criou. Geralmente, a propaganda faz isso. Somente ao provar, ela teria certeza se correspondia ao que ela idealizou. E eu, também, num momento fora do nosso cotidiano, havia percebido pequenas sutilezas nas reações dela, que me deram a certeza de que algo havia acontecido.
Medina ficou calada e eu aproveitei para dizer:
— A nossa sociedade está moldada, por uma série de conceitos e de valores que nos são impostos, através de uma enormidade de processos, educacionais, familiares, religiosos, sociais, culturais, na mídia, e por isso, a grande maioria das pessoas acredita piamente que gostar de alguém exclui automaticamente a possibilidade de se sentir atraída e poder gostar de outra pessoa. Acreditam que ter tesão e prazer com alguém que se gosta, obriga a não se permitir ter o mesmo com outra pessoa. Isso foi inoculado por séculos de doutrinação. E vem de uma cultura machista e possessiva. E puritanamente religiosa. A exclusiva monogamia, algo que no fundo não é natural. Não é da nossa natureza sermos monogâmicos. Mas, impuseram isso.
Fiz uma pausa e vi que a Medina me observava, admirada, sem saber aonde que eu pretendia chegar. Eu continuei:
— Eu só fui entender isso, quando a minha primeira esposa, que gostava muito de mim, sentiu tesão e atração por outro. Ela foi lá provar o sabor de outra fruta. Teve vontade e foi. Mas ela não me disse nada. Fez escondido. Sem me consultar ou avisar. Na época, inexperiente, eu não admiti, achei que era a pior coisa que podia acontecer, que ela não gostava de mim. Não me respeitou. Havia me traído. Sentia minha honra manchada. Me incomodava o que os outros pensavam de mim. Brigamos feio. Separamos, nos divorciamos. Eu fiquei muito magoado com a atitude dela, e não perdoei. Acabou que ela não ficou mais com o outro e levou muito tempo sofrendo por temos acabado nossa relação.
Fiz uma ligeira pausa, para criar expectativa, e continuei:
— Na época, eu era muito despreparado, e não aceitei o que ela fez. Não admiti, achei que foi falta de respeito. Me doeu muito. E fiquei abalado, um trauma mesmo. Gostava dela, mas me magoou e eu não tinha maturidade para superar. Esse fato, serviu para eu estudar e aprender.
Parei um pouco, esperei, dei um gole na água e continuei:
— Eu, depois disso, aprendi a administrar minha relação sem impor restrições. Por isso sou hoje tão calmo e tranquilo. Quero ser feliz, e que a pessoa que esteja comigo também seja. Que fique comigo se estiver contente e satisfeita.
A Medina, é uma pessoa objetiva, simples, direta. Me ouvindo falar, perguntou:
— O que é que você está dizendo? Que não fica mais revoltado se eu tiver interesse em ficar com outro? É isso?
Eu tentei ser didático:
— Eu estou dizendo que se você admitir que tem curiosidade, desejo, ou mesmo interesse de ficar com outro, eu vou respeitar esse seu desejo. Não quero é ser enganado. Prefiro que assuma logo.
Nunca havíamos falado sobre aquilo. Dei uma pausa, e concluí:
— Mesmo que eu me sinta meio enciumado, vou dar essa chance a você, pois você é que tem que se decidir. E deve decidir com conhecimento de causa. Só na base da imaginação, não funciona, tem que provar para saber o que deseja.
Medina me olhava admirada. Ela primeiro pensou que eu estava jogando verde:
— Você está me testando? Diz isso para me colocar à prova?
Neguei, sorrindo, com calma:
— Não, a prova é sua, não minha. Você que vai decidir o que deve fazer, e se quer fazer.
Ela não contestou logo.
#Medina: No começo eu não entendi direito o que o Saymon falava. Parecia mesmo que era uma espécie de teste de fidelidade. Mas, depois, quando ele contou o que se passou no casamento anterior, entendi que ele estava falando muito sério.
Eu não tinha nada de concreto, havia apenas sentido alguma atração pelo coroa, uma certa força atrativa masculina dele que mexeu comigo. Só que o meu marido estava disposto a fazer aquele jogo, e me colocar à prova. E na hora eu me senti desafiada. Falei:
— Você pode estar me colocando à prova. Eu não tenho nada de nada com o coroa, apenas vi o jeito dele e disse que ele tem borogodó. Você que viajou na fantasia.
Saymon riu e respondeu:
— Aposto que se eu sair daqui, e me afastar por um tempo, ele virá aqui falar com você. Prova que ele está interessado. Aí você decide o que deseja fazer. Fique à vontade. Eu lhe dou toda a força.
Eu ainda não achava que seria daquele jeito. Não botei fé. Mas concordei:
— Tudo bem. Se ele vier eu dou papo, e depois?
— Você que vai decidir. Não sou eu, Medina. É o que você vai sentir e tiver vontade que manda – Ele respondeu.
Tentei ser mais objetiva e cristalina:
— Se ele me cantar, e na hora me bater o tesão, está dizendo que eu posso ir? Está me liberando?
Meu marido mostrou que a experiência e a maturidade contavam muito. Com muita calma, ele respondeu:
— Estou dizendo que apoio a decisão que você tomar, e estou endossando o que desejar fazer. Não sou seu dono, sou seu parceiro. Acho que é bom você tirar essa coisa a limpo. Resolver a sua fantasia. Só não recomendo, três coisas: sexo sem camisinha, ir para lugar desconhecido e distante sem eu saber, e aceitar fazer o que não tem vontade.
Naquele momento, do jeito que ele falava, parecia que sabia que eu tive tesão no coroa. Eu estava mesmo me sentindo muito excitada, e ainda não sabia o motivo daquilo, meus peitos latejavam dentro do biquíni. E eu vi que ele percebeu. Era como se eu recebesse o aval do meu marido para dar para outro. Eu reconhecia, internamente, que o coroa me despertou tesão, e eu nem sabia o motivo. O incrível foi que o Saymon percebeu, antes que eu mesma tivesse consciência, ou admitisse. Talvez fosse mesmo muita percepção, ou eu tinha dado alguma pista. Eu reparei que o Saymon também tinha o pau duro fazendo volume dentro da sua sunga de praia. Não dava para esconder. Perguntei:
— Você sente tesão com isso? Está excitado.
Meu marido deu uma ajeitada no pinto, dentro da sunga e falou:
— Não sei direito o que é, mas pensar que você está perto de admitir que sentiu desejo por outro, tanto me desperta o ciúme como a excitação de ver que no fundo, todos somos muito iguais, e que é normal termos tesão em outras pessoas além dos nossos parceiros. Hoje eu acho isso normal. Eu vi uma especialista falando sobre isso, a Dra. Regina Navarro, psicanalista e sexóloga. Na minha separação, eu li alguns dos livros dela, e hoje entendo melhor isso tudo. E ver na prática que ela tem razão, me excitou.
Ele deu uma pausa, engoliu, respirou e prosseguiu:
— Sei que estou correndo o risco de levar um chifre, se você tiver vontade, se você resolver ficar com o coroa, posso virar um corno, mas acho que o único caminho é ter a coragem de enfrentar e saber o que é.
Eu olhava para o Saymon, admirada, e com a minha inexperiência, não entendia direito o que ele estava dizendo. Naquele momento, eu não imaginava fazer nada, nem conhecia o coroa ainda, e tudo parecia ser uma projeção fantasiosa do meu marido, para me colocar à prova. Eu disse:
— Acho que você viajou demais nessa fantasia. Você talvez tenha essa tara. Se sente excitado se eu ficar com outro? Tem tesão em ser corno?
Ele fez um gesto vago com a mão, e exclamou:
— Não sei. Não gosto é de ser traído e enganado. Prefiro tudo às claras. Se não fizer nada escondido, se assumir o que deseja, eu posso até sentir ciúme, mas vou respeitar. Não sei se sinto tesão. Ainda não passei por isso.
E por que então se excitou? – Questionei.
— Talvez por sentir que você ainda não admitiu que sentiu vontade, mas teve algum tesão ao ver o coroa. Não sei o que você sentiu, mas me excita perceber que teve esse impulso, e não admitiu ainda.
Na hora, eu me vi meio desafiada. E a atitude dele, de acordo, aceitando, me irritou um pouco, como se ele estivesse duvidando do meu comportamento e do que eu fosse capaz de fazer. Eu falei sem pensar:
— Então, espere, quem sabe eu resolvo fazer só para a gente ver como é?
Saymon deu um sorriso, e exclamou:
— Se isso serve de argumento para justificar, tudo bem. O que você desejar é o que vale.
Ele se inclinou, me deu um beijo e disse:
— Vou dar um mergulho. Fique na boa. Vamos ver se meu palpite está certo.
Vi o Saymon se afastando em direção ao mar. Era uma boa caminhada até na água que ficava a uns cinquenta metros de onde eu estava. À medida que ele se afastava, eu comecei a pensar que tipo de sinal eu teria dado para que ele tivesse aquela percepção? No fundo, lá no fundo, eu tinha que admitir que desde que o coroa havia me olhado nos olhos e dissera aquela frase, pela manhã, ele havia mesmo mexido alguma coisa dentro de mim. E não era um sentimento de gostar, era apenas a sensação excitante de sentir tesão. Realmente, era tudo muito mágico e misterioso.
Durante uns quinze minutos eu fiquei ali perdida nos meus pensamentos. Estava um pouco irritada com o Saymon. Deitada na toalha, me deixando tostar ao sol, recordando dos últimos acontecimentos, foi quando ouvi a mesma voz, de novo, dizendo:
— Diz a lenda que quando um marujo vê a sereia pela primeira vez, e a olha bem nos olhos, nunca mais será o mesmo homem.
Abri os olhos, assustada e ergui a cabeça. O coroa estava ali parado, de pé, perto da toalha, e me observava sorrindo. Havia colocado o seu óculos ray-ban sobre a testa, e seus olhos azuis que pareciam sorrir, me fitavam de forma incisiva. Ele usava uma sunga azul escuro, curta, de natação, e reparei que tinha um porte elegante, um peitoral largo, uma postura harmoniosa. Não era bonito, mas tinha uma beleza masculina que me atraía muito. Sorri e perguntei:
— E você quem é?
— Sou um velho lobo do mar. Apaixonado por sereias. Me chamo Gabo.
Ele se inclinou com a mão estendida e eu me ergui um pouco para cumprimentar.
— Muito prazer, Sr. Gabo. Eu sou a Medina. E não sou sereia nenhuma.
— O prazer é todo meu, e de fato, a sereia tem nome de sereia. – Ele falou sorrindo.
— Por que diz isso? – Perguntei.
— Medina é uma cidade muito antiga da Arábia Saudita, por onde passou o profeta Maomé nos anos 600. Mas, no Marrocos, uma Medina significa uma cidade antiga, cercada por muralhas, incrustada dentro da cidade moderna, onde se vive de forma muito tradicional como se fazia há séculos. É um nome feminino, e acabou sendo nome de cidade em outros continentes. Nos Estados Unidos tem uma em Ohio. E outra em Minesota. E tem uma Medina no Brasil, em Minas Gerais. Um nome de seis letras, que tem uma força muito grande e combina com uma sereia como você.
Eu estava completamente admirada. Não sabia como ele tinha tanto conhecimento. Então, perguntei:
— E como é que você sabe tanto?
Ele deu outro sorriso, e explicou:
— Sou um pouco mais vivido do que você, no mínimo mais de três vezes a sua idade, e tive mais tempo para aprender. Gosto muito de ler, de estudar, de viajar, e de aprender coisas novas. Mas eu não sei tanto, pois quanto mais eu aprendo, mais eu descubro que sei muito pouco.
Naquele momento, eu me sentia bastante bem, contente de conhecer aquele homem, e lá no fundo do meu consciente, tentava relutantemente, não admitir que o meu marido estava absolutamente certo. Eu me sentia fortemente atraída por aquele velho, sem ter uma explicação lógica, e eu nem sabia entender que fenômeno era aquele. Estava encantada pelo jeito que ele me olhava, me observava, se conectava em mim, de uma forma sutil, mas intensa. Eu falei:
— Você é um tipo muito intrigante, sabia?
— Se é você que está dizendo, eu admito. Gostaria de saber o que é intrigante para você. Pode me explicar? – Ele disse.
Ali ele me desarmava. Como explicar para ele? Fiquei olhando sem ter o que falar. Pensando no que dizer. Ele falou:
— Eu sempre soube que ia encontrar você, alguma vez, em algum lugar. Apenas tinha que esperar. E quando a vi, pela manhã, sabia que era você, a sereia que ia me enfeitiçar. Meu coração bateu mais forte.
Ele se aproximou mais e eu fiquei observando. Não restava dúvida de que ele era charmoso, inteligente e sabia seduzir. Gabo se abaixou um pouco, ficou de cócoras, me olhou bem nos olhos e disse:
— Espero que você entenda que é apenas uma questão de tempo, para que o seu feitiço me domine completamente. Eu quero muito isso.
Sorri sem graça, e exclamei:
— Que papo mais louco. Que é isso de feitiço? O que é que você quer dizer com isso?
Ele apontou para a esquerda e falou:
— Não esqueça, meu nome é Gabo. Hoje, lá no final da praia, onde tem um bar e restaurante, estão montando um palco. Vai ter apresentações de bandas locais. É o único point com algum agito por aqui. Onde as poucas pessoas que gostam de se divertir, vão estar. Vou esperar você lá. Quero conhecer você melhor.
— Eu sou casada, não vou marcar encontro com ninguém. Estou com o meu marido. – Respondi.
Ele concordou acenando com a cabeça, e em seguida disse:
— Eu sei. Eu vi de longe, o seu marido. Esperei ele sair para vir falar com você. Não quero criar constrangimento. Mas, eu não sou ninguém, sou apenas um velho lobo do mar, interessado em conhecer melhor uma sereia. Me diga, você ficou curiosa de me conhecer melhor? Diga a verdade.
Eu sorri, não queria concordar com ele. Respondi:
— Você é uma figura intrigante, desperta a curiosidade, e tem experiência, sabe fazer isso. Pode ser um homem interessante. Mas não sei se eu vou.
— Não sabe se vai, o quê? – Ele questionou.
Os olhos dele me dominavam, ele tinha uma firmeza tranquila, era a segurança de sua força interior, sabia do impacto de sua masculinidade, e naquele momento, sua idade era um fator até mais interessante, pois me despertava um desejo que eu nem sabia de onde vinha. Ele deveria ter seus setenta anos, embora não aparentasse nem sessenta. Mas transpirava uma masculinidade tão grande que me impressionou. Eu disse:
— Não sei se vou lá. Depende.
Ele falou com muita calma:
— Medina, minha sereia. Eu estarei apenas hoje e amanhã por aqui. Somente dois dias e duas noites. Eu sentia que nestes dias ia conhecer uma pessoa maravilhosa como você. E esperei. Você apareceu. Não tenha medo, eu não vou fazer nada de mal, sou um sujeito do bem, vivo somente para o prazer, e para conhecer pessoas fascinantes e deliciosas como você. Se permita isso. Vá lá depois das nove da noite. Tem música, tem drinques gostosos. Vai gostar de me conhecer melhor. E eu vou adorar. Para nunca mais esquecer.
Eu estava sem jeito. Pois meu coração batia acelerado, eu sentia uma vontade enorme de conhecê-lo melhor. Eu não sabia o motivo, mas estava cheia de tesão. Meu corpo reagia ficando mais sensível na presença dele. Meus peitos latejavam. Ele notou. Reparei na sua boca de lábios bonitos e avermelhados, onde um sorriso discreto e malicioso insistia em permanecer. Ele passou a mão na barba curtinha do queixo, e reparei em suas mãos bonitas, bem-feitas, dedos fortes, as costas das mãos cheias de manchas escuras de muita exposição ao sol. Embaraçada eu disse:
— Já disse, eu sou casada. Meu marido está nadando, logo ele volta. Não posso prometer nada.
Ele sorriu, um lindo sorriso feliz:
— Pronto, agora, pelo menos, eu sei que você sentiu vontade de ir, então, tenho certeza de que vai dar um jeito, de convencer o seu marido. Nunca deixe de ir atrás de realizar as suas vontades. Não transfira as decisões da sua vida para outro. A vida é muito curta, passa rápido, e o tempo não volta atrás. As oportunidades podem ser únicas. Se permita essa satisfação. A vida é efêmera. Eu garanto que não vai se arrepender.
Naquele momento, eu entendia perfeitamente o que ele falava, mas dentro da minha cabeça eu traduzia como: “Você precisa experimentar fazer sexo comigo, não pode se negar esse desejo, pois é o que seu corpo e sua mente pedem”.
Na hora, achei que estava mesmo enfeitiçada. Eu fiquei olhando para ele, um pouco incrédula, até achando muito ousada a atitude dele. Ele não foi grosseiro, não foi deselegante, e foi discreto. Ele se levantou, tranquilo, e antes de se afastar disse:
— Foi um grande prazer conhecer você. Obrigado por isso. Se me permitir, vou retribuir esse prazer, vezes sem conta. Esperarei por você lá.
Fiquei olhando o coroa se afastar em direção ao canto da praia, onde tinha umas pedras e onde se concentravam outros surfistas. Eu estava ligeiramente trêmula de emoção. Estava até um pouco ofegante.
Não sabia explicar como e nem de onde vinha aquela sensação de curiosidade, de desejo, um tesão que me aquecia por dentro. Afogueada, peguei uma das garrafas com água e comecei a beber, tentando me acalmar.
Voltei e me deitar na toalha para continuar meu bronzeamento. A cabeça remoendo todos os detalhes daquela situação, as conversas com meu marido antes, e logo depois a abordagem do Gabo. Parei para pensar. Até o nome dele tinha um certo charme. Seria abreviatura de Gabriel? Ou seria mesmo o nome dele?
#Saymon: Eu estava dentro da água, mas observava de longe o que se passava. Assisti à aproximação do coroa e vi que conversava com a Medina, mantendo certa distância e postura respeitosa. Eu sabia que ele ia jogar seu charme para cima dela, e o pior é que não senti nenhuma vontade de ir lá e impedir. Os anos de vida, a experiência, me diziam que se a minha mulher quisesse um dia, ficar com alguém, eu não teria como impedir. Seria inevitável. Medina é muito jovem, linda, deliciosa, e certamente a maioria dos homens heterossexuais se sentem atraídos por sua beleza e suas formas sensuais. Ela era muito assediada sempre. Eu já tinha vivido com ela o suficiente para saber que ela só estaria comigo, se desejasse, pois poderia ter muitos outros homens, e escolher aquele que ela desejasse. Já havia me convencido de que a minha única resposta, era deixar para que ela resolvesse o que queria fazer. Mas, era minha obrigação, defender a minha esposa, a nossa relação, e não deixar que caísse em armadilhas, nem corresse riscos. Eu já havia imaginado que algum dia, iria me deparar com uma situação como aquela. É inevitável, e pode acontecer com todos. Em algum momento seu parceiro ou parceira se sentirem com desejo de estar com alguém. E meu único recurso era apostar que ela não iria me trair. Mas, eu tinha tomado uma decisão. Se ela assumisse, abertamente, a vontade de ter uma experiência sexual fora do nosso casamento, mesmo que me apertasse muito o sentimento de ciúme, eu não faria chantagem e deixaria que ela decidisse.
Já fazia tempo que eu sabia que mais cedo ou mais tarde, uma coisa daquelas iria acontecer. Fiquei nadando, além da arrebentação, boiava um pouco, nadava, fazendo hora, para a conversa do coroa com a Medina terminar. Quando vi que ele se afastou, eu fui voltando, até chegar na praia. Estava preparado para deixar a Medina se expressar.
#Medina: Distraída, não vi que o Saymon voltava da água e quando ele respingou água fresca sobre meu corpo, eu abri os olhos e dei com ele sorrindo, enigmático.
— Voltou? Nadou bastante? – Perguntei.
Ele sorria, e perguntou:
— Eu não disse?
Me sentei sobre a toalha vendo o Saymon se sentar na cadeirinha à minha frente. Eu sorri e concordei:
— Você estava certo.
Meu marido sorriu, pegou a água, deu uns goles e perguntou:
— Então, como foi?
— Ele veio me conhecer, disse que esperou você se afastar porque não queria causar constrangimento. Mas foi uma abordagem estranha. – Respondi:
— Estranha por quê? – Saymon parecia calmo.
— Seu nome é Gabo. Deve ter setenta anos, ou pouco mais, mas não parece. Me chamou de sereia, e que ficou enfeitiçado quando me olhou nos olhos pela manhã. Queria me conhecer. Contou que vai embora depois de amanhã, fica somente dos dias.
Saymon perguntou:
— E o que tem de estranho nisso? Uma abordagem delicada. Evitou o contato com o marido. Não quer fazer social, ele quer você. O que você estranhou?
— Sinceramente, não sei dizer ao certo. Ele veio com uma conversa como se tivesse certeza de que eu fiquei curiosa e interessada nele. Não foi deselegante, mostrou que tem cultura e estudo, mas não disse nada dele, apenas que estudou e viajou muito, e hoje vive apenas para o prazer. Não disse se é rico ou pobre. Mas confessou que queria muito me conhecer melhor. – Respondi.
— Bom, uma bela cantada, sem ser óbvio e nem grosseiro. – Falou o Saymon.
Eu contei:
— Ele disse que lá no final da praia, à esquerda, tem um bar e restaurante, onde vão se apresentar algumas bandas locais. É o único ponto que tem alguma diversão à noite, e onde se reúnem os poucos que aqui querem de divertir um pouco.
— E então? – Saymon deu corda.
— Bom, ele disse que se eu fosse lá, poderíamos nos conhecer melhor. Eu falei que sou casada, e não sabia se você ia querer ir.
Saymon ficou quieto, esperando mais. Eu não sabia o que falar.
Meu marido perguntou:
— E você? O que deseja fazer?
Fiquei olhando para ele, sem falar nada. Eu estava muito sem-graça. Por fim, resolvi dizer:
— Se você aceitar ir comigo, para conhecer o bar, e tomarmos uma caipirinha, escutar um pouco de música, talvez dançar, eu vou adorar.
Saymon perguntou:
— Você quer ir comigo ao bar, conhecer o local, beber e ouvir música? Ou quer que o seu marido leve você lá, para você conhecer melhor o tal do Gabo? É bom esclarecer isso.
Eu sorri, não tinha como negar que meu marido me conhecia até mais do que eu. Respondi:
— Pensei que posso unir uma coisa à outra. Estamos juntos, não tenho necessidade de fazer nada, mas posso conhecer melhor o Gabo. Talvez, até você possa conhecê-lo, por que não? Não há nada que impeça isso.
Saymon sorriu, concordou e disse:
— Muito bem. Podemos pagar para ver... Nada impede, realmente. Mas eu ainda vou pensar melhor sobre isso. Quero ouvir você me explicando o que a levou a ter esse interesse.
Fiquei um pouco calada, pensando no que dizer. Mas ele colocou o dedo sobre os lábios e pediu:
— Depois conversamos. Agora vamos desfrutar da praia e deste momento juntos.
Eu entendi, não quis falar nada, e foi como se nada tivesse acontecido. Ficamos ali na praia mais uma hora, tostando ao sol, indo ao mar nos refrescar, e voltávamos, de mãos dadas, um casal amoroso e que conversava naturalmente sobre o prazer de estarmos ali, juntos e comemorando um momento único. Depois da pandemia era o máximo possível.
Claro que eu fiquei o tempo todo pensando no que conversaríamos depois, e entendi o objetivo do meu marido. Queria que nós dois tivéssemos aquele dia de praia, juntos, o primeiro das nossas tão esperadas férias, que tinha a função de ser como uma lua de mel para o casal. Eu adorava o meu marido, e sabia que ele também era apaixonado por mim.
Nos dávamos muito bem, quase nunca havíamos tido um desentendimento sério, e nunca tivemos uma briga. Saymon me dava total liberdade para tudo, não implicava, não reclamava, e era muito atencioso e generoso. O marido ideal, equilibrado, generoso, honesto, e muito humano. Eu sabia que havia ganho na loteria ao encontrar um parceiro como aquele. Nós tínhamos um bom entendimento no sexo, gostávamos de tudo, e tirando algumas vezes em que o Saymon chegava muito cansado ou estressado, nossas relações sexuais eram frequentes e muito boas.
Mas, havia uma coisa que, aos poucos, nós dois fomos descobrindo. Às vezes, assistíamos algum filme pornô, que o Saymon baixava, e já tínhamos visto de tudo. Trocas de casal, ménage, massagens, e festinhas eróticas grupais. Não tínhamos uma preferência específica. Até que encontramos um vídeo que me excitou demais, e assistimos, repetindo algumas vezes. Eu sempre gozava demais com ele. Havia ficado muito excitada quando assistimos esse vídeo onde um velho peão ensina uma jovem esposa, na fazenda, enquanto o marido está fora, viajando, e acabam fazendo sexo de tudo que é jeito. O velho deixa a esposa, que era inexperiente, louca de prazer e ela depois conta para o marido que fica excitadíssimo ao saber o que houve.
Naquele vídeo eu me excitei demais e confessei ao Saymon que tinha uma forte tara por coroas. Talvez fosse um fetiche meu. Saymon curtiu aquilo, também ficou muito excitado, e deu espaço para minhas fantasias. A partir daquele dia, inventamos uma brincadeira de olhar na rua, os coroas que me despertavam tesão. Nos filmes também, eu fantasiava com os atores mais coroas. Às vezes, nas nossas trepadas, eu brincava que estava fazendo sexo com um velho e o Saymon ficava bastante excitado também com aquela fantasia. Saymon sabia que eu, no fundo, desejava muito ter uma relação sexual com um coroa, e naquela altura ele disse que permitiria, mas eu mesma nunca tinha decidido realizar. Só que a gente sempre brincava que eu ia fazer, em algum momento. Nessas brincadeiras, eu falava o que estava fazendo com o coroa na cama e ele ficava excitadíssimo de ouvir. Ficou claro para nós, que ele se excitava com aquela minha tara, e ele me falou que não se oporia se alguma vez eu resolvesse realizar a fantasia. O tempo foi passando.
E logo na nossa primeira viagem, comemorando como se fosse uma lua de mel, experimentar aquela aventura, talvez, fosse forçar muito a barra. E eu estava apreensiva. Mas havia decidido a não mentir para o meu marido. Não ia enganá-lo em nada. Seria muito sincera. Mas temia feri-lo, de alguma forma.
Finalmente, no meio da tarde, bateu a fome e resolvemos voltar ao chalé para preparar nosso almoço. Ao chegarmos ao chalé, tomamos uma ducha de um chuveiro que ficava do lado de fora, nos fundos, para retirar toda a areia do corpo. Depois fomos para o banheiro e tomamos um delicioso banho juntos. Saymon estava carinhoso e cuidadoso comigo. Depois do banho, fomos preparar nossa comida. Havíamos comprado filés de peito de frango empanados e temperados, que bastava somente fritar. Enquanto eu fritava o Saymon preparou uma deliciosa salada com alface picada, tomate, rodelinhas de cenoura, e algumas folhas de rúcula.
Depois que fritei os filés empanados eu quebrei dois ovos, bati e fiz uma omelete com fatias de cebola. Esse foi o nosso almoço, e de sobremesa, comemos torta de amêndoas, que eu havia comprado na padaria. Com um café coado na hora.
Após o almoço, bateu uma certa sonolência, e fomos nos deitar um pouco. Na cama, ficamos trocando carícias e beijos, e logo estávamos fazendo sexo, gostoso. Primeiro eu chupei o Saymon, até quase ele gozar, e a seguir invertemos, ele me chupou até quase eu gozar. Eu montei sobre ele e fui guiando seu pau para me penetrar, rebolando e esfregando os bicos dos meus seios em seu peito. Eu sei que ele adora isso. Logo ele agarrou meu peito e começou a chupar, o que me deixou mole de tanto tesão. Passei a gemer muito gostoso e inadvertidamente, fui traída pelo meu inconsciente. Meio fora de controle, pelo prazer de ser penetrada e sugada nos seios, que eu adoro, exclamei:
— Ah, amor, assim vou gozar muito, e depressa. Não quero.
Ele parou de sugar o mamilo e perguntou:
— Não quer gozar logo? Quer segurar por quê? Você goza sempre, mais do que uma vez seguida.
Foi nessa hora que eu me traí e disse:
— Não quero perder o tesão que eu estou para sair esta noite.
Saymon deu um sorriso e exclamou:
— Safada, se guardando para mais tarde?
Só depois de concordar e dizer “hum-hum” que eu percebi que havia confessado uma vontade meio dúbia. Sair à noite, cheia de tesão, para ir ao bar do final da praia. E o Saymon entendeu tudo. Ele foi diminuindo o ritmo, não estocou mais e lentamente, deixou o pau escapar da minha boceta. Nessa hora que eu percebi o que havia feito. Mas já estava feito.
Ficamos ali, abraçados, eu dei uns beijos nele e perguntei:
— Parou, amor? Resolveu esperar a noite? Eu cortei você?
Saymon não respondeu logo. Ficou pensativo. Eu sabia que ele entendeu o que estava por trás daquela atitude e resolvi ser sincera:
— Amor, se for mesmo o momento de a gente testar o que estou sentindo, prefiro estar cheia de tesão. Senão, nem vou. Se eu transar e gozar tudo com você, não quero mais nada. Melhor a gente ficar por aqui.
Saymon deu uma pigarreada, para aclarar a voz, mas falou em tom baixo:
— Pelo menos você já admite que ficou cheia de vontade de saber qual é a desse coroa. Não é?
Eu sabia que o melhor caminho era falar a verdade, não queria mentir, não queria enganar, nem iludir meu marido. Afinal, era essa a nossa maior virtude. A sinceridade com transparência. Expliquei:
— Amor, fico com medo de magoar você, não desejo isso. Mas assumo que de fato, a verdade é essa. Eu estou com curiosidade de ir nesse bar com você, conhecer, me divertir junto com você, e aproveitar para ver o que é que esse tal do Gabo é capaz de fazer para me deixar tão curiosa. Ele me disse hoje: “Nunca deixe de ir atrás de realizar as suas vontades. Não transfira as decisões da sua vida para outro. A vida é muito curta, passa rápido, e o tempo não volta atrás. As oportunidades podem ser únicas. Se permita essa satisfação. A vida é efêmera”.
Meu marido estava calado, pensativo. Ele demorou um pouco para falar algo. Eu, ansiosa, perguntei:
— Você se chateou com isso?
— Não, não me chateei. – Ele disse.
Depois de uns segundos falou:
— Estava pensando. Eu aceito ir com você, mas não quero que você fique me usando como base de apoio. Vamos juntos, conhecer o bar. Ficamos juntos até na hora que você quiser. Se você quiser ir conhecer o tal do coroa, vai, e pode ficar sossegada. Basta me sinalizar o que deseja. Eu fico por perto para dar proteção caso precise.
Eu sentia que ele estava um pouco chateado, mas tentava não dar mostras. Cheguei a balançar e pensei em desistir. Até que ele se levantou da cama e antes de sair falou:
— Guarde o seu tesão para mais tarde. Pode precisar dele. Acho bom que a gente pode tirar essa história a limpo de uma vez. Vai espantar os fantasmas.
Eu me levantei e fui atrás dele. Segurei em seu braço, fiz com que se virasse e o abracei. Olhei em seus olhos e falei:
— Amor, eu não troco você por nenhum outro. Mas tanto eu como você já fantasiamos essa história de eu ficar com um coroa, várias vezes, e sempre nos excitou muito. Agora, apareceu uma oportunidade, um coroa que parece interessante, num lugar distante, com gente totalmente desconhecida. Você quer mesmo me deixar provar isso?
Naquele momento, abraçada nele, nua, senti o pau dele duro me pressionando as coxas. Meu marido estava excitado com a situação. Ele falou:
— Já disse, a decisão é sua. Estou disposto a ver até onde você quer ir.
Eu sentia o pinto dele dando pequenos saltos entre as minhas coxas, então falei:
— Você sempre sente tesão com essa possibilidade. De eu dar para outro. Fica excitado quando eu digo que quero dar para um coroa. Não fica?
Saymon me apertou em seus braços e disse:
— Ver você com tesão, me excita muito. Sei que você gosta de sexo e no fundo, sonha em realizar essa fantasia. Eu me excito com isso. Por isso estou dando a liberdade para você fazer o que tem vontade.
Eu não aguentei mais me segurar, pois também estava muito tarada e pedi:
— Então vamos amor. Vamos lá ver qual é a desse Gabo. E se eu de fato resolvo esse meu fetiche. Será a chance de realizar a nossa fantasia preferida. Se tiver vontade de dar para ele eu confesso a você. Fique tranquilo.
Meu marido se mantinha excitado e apenas falou:
— Tudo bem, vamos nessa.
Ele se afastou de mim e saiu do quarto. Fiquei ali meio parada, sem saber o que fazer, mas ele tinha ido à cozinha beber um pouco de água. E voltou.
#Saymon: Na hora em que estávamos fazendo sexo, na cama, e a Medina disse que não queria gozar logo, entendi na hora a preocupação dela. Confesso que me jogou um certo balde de água fria imediato, pois entendi que ela estava muito mais interessada em manter o desejo, do que satisfazer a vontade, naquele momento. Mas, na mesma hora, entendi que ela tinha certa razão. Ouvi as razões dela e percebi que ela estava com medo de me dizer que queria ir lá conhecer o coroa, e tinha sentido tesão nisso. Na hora que eu fui até na cozinha beber um copo de água, eu já havia decidido. Eu me programava para não me sentir trocado ou rejeitado. Mesmo com certo ciúme, eu sabia que era a oportunidade certa, e o momento mais adequado de tirar toda aquela história do mundo da fantasia e trazer para a realidade. Quando eu voltei ao quarto, disse para a Medina:
— Vai, se arrume, e vamos para lá. Você leva uma bolsinha ou sacola, com um pacote de preservativos e lubrificante. Melhor ir prevenida. Não sabe o que a espera.
Vi que a Medina ficou me olhando admirada e eu falei:
— Vai, amor, estou de boa, sou cúmplice dessa sua aventura. Acho que você merece isso.
Ela respondeu:
— Amor, você não existe. Eu amo você demais. Obrigada. Vou me vestir.
E foi escolher a roupa. Eu tratei de colocar uma cueca, uma bermuda cargo cor de areia, calcei um sapatênis preto e vesti uma camiseta. Por ironia do destino, que eu nem percebi na hora, peguei uma camisete preta, que eu gosto muito, do time do Chicago Bulls, que tem a palavra Chicago bordada em vermelho bem no meio do peito e em baixo a estampa do Logotipo do time que é a cabeça de um touro em vermelho com seus chifres pontiagudos. Na hora não me toquei com aquilo e quando a Medina apareceu com uma bata verde escura, cor de musgo, folgada e comprida até no meio das coxas, e calçada de sandálias de salto, uma bolsinha de pano à tiracolo, eu peguei em sua mão e fomos caminhando. Mas, logo, percebemos que ela não ia conseguir andar na areia com a sandália e ela retirou e levou na mão. Ela andava de um jeito gracioso, e eu realmente senti muito tesão nela.
Andamos pela faixa de areia mais firme, e como o final da praia não era muito longe, talvez uns dois quilômetros, logo chegamos ao bar. Ainda era cedo, e havia muita mesa ainda vazia. Procuramos uma mesa bem situada e nos sentamos. Ficava na parte da varanda externa.
O Bar e restaurante Pés na Areia, na verdade, era uma espécie de barracão, grande, retangular, com uma parte lateral mais aberta, dando para uma varanda coberta com toldos, que era de frente para a praia. Na parte interna do barracão, tinha à esquerda a parte da cozinha, depois uma parte de restaurante onde havia mais mesas, e mais ao fundo o palco onde tocavam as bandas. Na frente do palco havia um tablado liso que servia de pista de dança. Os banheiros ficavam ao fundo, entre a cozinha e o palco.
Logo que nos sentamos, como ainda tinha pouca gente, o atendente veio pegar nossos pedidos. Encomendamos duas caipirinhas, e uma porção de pedacinhos de peixe empanados e fritos, servidos com um pote com molho tártaro.
Medina foi à toalete e lavou os pés, podendo calçar as sandálias. Quando ela voltou à mesa, pouco depois, chegaram os drinques e brindamos por nossa noite. Eu estava me comportando como se estivéssemos em um passeio romântico normal.
Não demorou muito a primeira banda começou a tocar, uma seleção de música romântica, uma seleção de canções do Chico Buarque, que era especialidade dessa banda, e eu levei a Medina para dançar um pouco. Dançando colado com ela foi que percebi que a Medina não usava sutiã e o tecido fino da bata permitia que eu sentisse seus bicos dos seios contra o meu peito. Uma das músicas que tocou era:
“O Que Será” (À Flor da Pele) do Chico em parceria com o Milton.
“O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita”.
Eu nunca tinha pensado naquela letra dentro de uma situação como a que nós estávamos vivendo. O sentido das palavras ganhava novo significado. E eu pensava como toda canção tem sempre algo a nos tocar fundo.
“O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
E nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite”...
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo...”
Eu fiquei muito emocionado ouvindo, meu coração batia acelerado, mas nada disse. Não queria fazer chantagem emocional com a Medina. Dançamos umas quatro músicas e vimos que havia chegado a nossa porção de peixe, então voltamos à mesa. Aos poucos o bar foi recebendo mais turistas e clientes, geralmente casais, ou alguns grupos de amigos.
Comemos e bebemos tranquilos, e logo pedimos mais uma dose de caipirinha. O bar foi ficando movimentado, aos poucos lotou mais, e mesmo a parte de restaurante, tinha gente nas mesas, jantando. Não tínhamos ideia de que seria tão movimentado, mas chegamos à conclusão de que por ser o único lugar com algum tipo de recreação e restaurante, convergiam todos para ali.
Pouco tempo depois, vimos que o Gabo aparecia, entrava e se dirigia até ao bar. Ele pegou uma bebida e depois foi procurar uma mesa vaga mais ao fundo. Nessa hora eu disse para a Medina:
— Ele vai olhar para você, e você acena e o chama. Vamos convidar para um drinque. Assim ficamos logo conhecendo esse coroa.
Medina me olhou meio em dúvida e eu confirmei:
— Vai, pode chamá-lo, assim fica claro que viemos para o conhecer e nada é feito escondido.
Foi exatamente o que aconteceu. Logo o Gabo procurou a Medina com o olhar e ela fez sinal para que ele se aproximasse. Num primeiro momento, ele duvidou, mas vendo que ela insistia, se levantou de onde estava e veio na nossa direção. Eu tentava não me deixar contaminar por nenhum tipo de sentimento ruim, fazia um exercício mental de me preparar para ser simpático e não complicar as coisas para a Medina.
Não que eu quisesse exatamente aquilo, mas eu sabia que era inevitável acontecer, que na hora que a minha mulher achasse o coroa que despertasse nela o desejo, ela ia ficar com vontade, e, o melhor caminho, para nós, era resolver essa questão da melhor forma.
O coroa chegou em nossa mesa e a Medina o apresentou:
— Amor, este é o Gabo, o surfista coroa que eu lhe falei, que conheci na praia. E este é o meu marido.
O Gabo estendeu a mão e deu um aperto firme, cordial, e eu convidei-o:
— Muito prazer. Sou o Saymon. Sente-se e tome um drinque com a gente.
— Muito prazer. Eu chamei a sua esposa de sereia, pois foi isso que me ocorreu quando a vi pela manhã. Para um velho lobo do mar, como eu, as mulheres bonitas são como sereias, enfeitiçam, atraem. Você tem uma esposa muito linda. Fiquei enfeitiçado. Parabéns. – Ele disse, enquanto se sentava numa cadeira à nossa frente.
— É verdade, ela é mesmo muito linda. Tem razão. Eu fui o primeiro enfeitiçado. – Eu disse. Estava gostando da forma direta e clara que ele tinha.
Ele sorriu, concordando, e eu já perguntei:
— Você não é daqui, não é? Vem sempre?
— Sim, eu sou um pouco de todo lado, nasci no sudeste, vivo viajando, aproveitando os dias que me restam para surfar, e conhecer lugares e pessoas novas. Às vezes venho aqui. – Ele confirmou.
— É uma atividade muito agradável! Não é todo mundo que pode.
Ele sorriu, passou a mão na barba e respondeu:
— Nem sempre foi assim. Não caiu do céu. Por cinquenta anos, eu estive trabalhando como um louco, fiz várias empresas, desde meus quinze anos já trabalhava duro, ajudando meu pai, só pensava em crescer e expandir, e entreguei o melhor da minha vida nessa batalha de ganhar dinheiro, crescer, ter cada vez mais negócios, mais posses, e menos tempo. Perdi o crescimento dos meus filhos, perdi bons anos da juventude tratando de negócios, viajava para muitos lugares e não aproveitava nada das viagens, e sem tempo para aproveitar a companhia da minha mulher e de tudo que eu tinha. Um dia, ao fazer sessenta anos, descobri que tudo que eu tinha não era muito. O que me restavam eram problemas empresariais, de vários negócios em expansão, de uma engrenagem que não podia parar, senão a concorrência destruía. E aquilo me consumiu tanto, que perdi os filhos para a vida, que se foram para longe, tratar da sua própria, perdi a esposa, que cansou de ser deixada de lado, acabou se afastando e foi viver com outro. Aí, resolvi pensar em mim, primeiro. Passei todos os negócios, aos sócios, fui fazendo aplicações financeiras, arrendando propriedades, e decidi viver o que eu sempre quis. Em cima de uma moto, ou de uma prancha de surf, ou de alguma mulher fascinante que possa me enfeitiçar a ponto de fazer eu me sentir novo de novo.
Ele deu um sorriso maroto.
De uma hora para outra, eu estava simpatizando muito com aquele maluco. No fundo ele estava realizando um sonho, que muita gente tem e não dá conta de alcançar. Eu falei:
— Mas essa vida de sonho custa caro. Não é para qualquer um.
Ele sorriu, deu um gole em seu Uísque, e respondeu:
— Minha vida não custa quase nada. Vivo de forma muito simples, não me hospedo em lugar de luxo, muitas vezes eu acampo em campings, me alimento com cuidado e sabedoria, para não ganhar peso, preservando a saúde. Hoje minha vida custa um quinto do que custava quando era empresário. Viajo de moto, ou de jipe, quando é para longe. E tenho mais saúde e disposição do que tinha há dez ou doze anos atrás. Não tenho pressa, não tenho reuniões, nem compromissos urgentes, não tenho cobradores, nem clientes me aporrinhando. Os gerentes de bancos me tratam com muita atenção, pois meu dinheiro pode sair e mudar de banco a qualquer vacilo deles. E eles cuidam de fazer as melhores aplicações para eu não ficar desapontado. Não gasto mais nem um vigésimo do que gastava regularmente só com contadores, tentando justificar os lucros e as perdas. Tenho bem pouca roupa. Meus ternos Armani eu vendi pela internet. Faço o que gosto o dia todo, ando visitando lugares diferentes para não criar raiz e nem musgo, ouço meu rock ou meu samba favorito no Spotfy, um velho telefone celular me atende perfeitamente para onde eu vá, não ligo mais para ter, e sim para ser. Especialmente ser feliz.
Quando ele parou de falar, eu estava me achando uma besta. Estava diante de um homem experiente, que aprendeu a lição do que realmente valia a pena na vida, do jeito mais complicado. Sorri e levantei meu copo, dizendo:
— Um brinde ao coroa que veio nos ensinar um pouco da sabedoria de viver.
Ele ergueu o copo, e brindou:
— Um pouco de sol, um pouco de mar, um pouco de birita, um pouco de sexo, um pouco de sono, um pouco de Rock, e um pouco de tempo para aprender mais, e me basta. Se não fossem as mulheres bonitas, eu nem ligava muito para mais nada. Mas elas me fascinam. Por isso continuo navegando.
Até aquele momento a Medina não havia falado nada. Ela nos observava, mas vi pelo olhar dela que estava admirada. Eu virei para ela e falei:
— Aí está, você queria conhecer o coroa, aí está ele. Falando da sabedoria de viver. Eu gostei de ouvir. Alguém que tem história para nos ensinar.
Eu sabia que ela ia entender o recado. Que eu havia simpatizado com o velho e ela estava liberada para o que desejasse fazer.
Nos momentos seguintes, nossa conversa foi trivial, ele perguntou de onde éramos, o que fazíamos, e do que gostávamos. O básico. Fomos respondendo naturalmente. Então, de repente, ele perguntou:
— Eu gostaria de dançar um pouco, você me permite convidar a sua esposa para dançar?
Eu não esperava que ele fosse tão rápido, e direto, e virando para a Medina disse:
— Se você quiser dançar, fique à vontade.
O Gabo olhava para ela com aqueles olhos azuis cintilando. Medina sorriu e disse:
— Está bem. Obrigada. – E se levantou.
Ele também se levantou, agradeceu e saiu com ela em direção à pista de dança. Na hora continuava tocando uma seleção de sambas do Chico Buarque, que eu gosto muito e sei que a Medina também adora. E com aquela magia que só o universo tem, na hora tocava “sem compromisso”.
“Você só dança com ele
E diz que é sem compromisso
É bom acabar com isso
Não sou nenhum pai-joão
Quem trouxe você fui eu
Não faça papel de louca
Prá não haver bate-boca dentro do salão
Quando toca um samba
E eu lhe tiro pra dançar
Você me diz: não, eu agora tenho par
E sai dançando com ele, alegre e feliz
Quando para o samba
Bate palmas, pede bis”
A Medina não resistiu, parou, se virou na minha direção e sorriu, fazendo um sinal para eu ouvir. Retribui o sorriso, e fiz o gesto de levantar um dedo indicador como se dissesse: “Cuidado”.
Ela sorriu e seguiu para a pista com o Gabo. Em segundos eles estavam misturados no meio dos outros casais que dançavam. Tentei me desconcentrar deles e prestar atenção nos demais em volta.
Mas, na verdade, eu não conseguia mesmo tirar a minha mente daquilo que estava acontecendo. Eu me sentia um pouco mal com aquilo. De certa forma, me incomodava ter a imagem do homem que estava levando a minha esposa para que um cara que eu nunca vi na vida, metido a macho alfa, pudesse xavecar, assediar, cantar, e ganhar no papo. E se ela aceitasse, fazer sexo com ela. Essa era a primeira impressão, superficial da situação. Mas não era a mais importante. Na verdade, sob a minha ótica, eu estava apenas dando proteção e segurança para a minha esposa, que tinha uma curiosidade, um fetiche, e uma vontade de conhecer melhor um homem mais maduro, o que era já um fetiche seu, e que naquele dia, aconteceu de ela encontrar quem mexesse com ela, e a fizesse sentir desejo de experimentar para ver o que acontecia. Mesmo eu sabendo que ela poderia estar cheia de tesão para dar para o coroa, eu achava que se eu impedisse, se eu cortasse, e fosse contrário, iria reprimir essa vontade, ia contrariar seu desejo, mas, não a eliminaria, pelo contrário, poderia até exacerbar o desejo, o que a levaria a buscar isso, nem que fosse escondido, em segredo. E era isso que eu não queria. Era exatamente isso que eu pretendia evitar. Eu preferia que ela passasse pela experiência, e que eu também enfrentasse a situação, sem me desesperar, e ver como a gente ficaria após essa quebra de paradigma. Mas, não deixava de ser tenso, incômodo e angustiante. Mas, tinha um outro fator que eu também considerava, e era o fator que me levou a aceitar aquela experiência. Eu ficava muito excitado quando imaginava a minha esposa cheia de tesão para fazer sexo com o sujeito que despertou nela aquela vontade. Eu não controlava bem isso, mas sempre fiquei excitado com essa condição, de ser cúmplice de minha parceira numa aventura extraconjugal dela.
Fiquei ali na mesa, tomando minha caipirinha, e pensando em tudo aquilo. As pessoas em volta não estavam nem aí com a questão, e não pareciam reparar no que acontecia. Mas, eu tentava imaginar o que estava acontecendo lá na pista de dança.
#Medina: Logo que eu fui me dirigindo para a pista de dança com o Gabo, reparei na música que estava tocando, e não conseguir resistir a dar um toque no Saymon. Parei, me virei, e fiz sinal para que ele prestasse atenção na letra. Sorri, ele sorriu. E eu voltei a seguir com o Gabo, agora já com a mão na minha cintura e me levando para o meio da pista. Nos demos as mãos para dançar, mas ele me abraçou delicadamente, me puxando contra ele. Eu não fiz resistência. Começamos a dançar e ele falou:
— Tenho que agradecer a você essa oportunidade, e agradecer também ao seu marido, que parece ser uma pessoa fora de série.
— Sim, ele é mesmo. Eu o adoro. – Respondi.
Ele então me perguntou:
— Já fizeram isso outras vezes?
— Como assim? – Questionei intrigada.
— Ele deixar você ficar com outro homem. Ele gosta de ser feito de corno? – Gabo perguntou enquanto dançávamos.
— Nunca! Jamais fizemos nada. Hoje, pela primeira vez, surgiu essa situação. – Respondi prontamente.
Gabo me apertou um pouco mais nos seus braços e falou:
— Mas ele sabe que eu desejo você, e que você está no mínimo curiosa, e que se tudo correr bem vamos ficar juntos esta noite?
Eu não concordava com ele, mas alguma coisa era verdade. Esclareci:
— Meu marido sabe o que você deseja, e concordou que eu viesse aqui matar a minha curiosidade de conhecer você melhor. Até aqui está certo. O resto é só sua vontade. Mas não está definido.
Gabo sorriu simpático, e perguntou:
— Então, vamos mudar as questões. Me diga, o que foi que fez você vir aqui me conhecer melhor? Se o seu marido e você sabem o que eu desejo, e vieram aqui, e você está me conhecendo melhor, me responde. Pelo menos sentiu tesão nisso? Despertou em você alguma coisa?
Naquele momento eu já sentia um certo volume crescido dentro da bermuda larga de algodão cru que ele usava. Percebi que o Gabo não usava cueca, e dava para sentir seu pau ficando mais rígido encostado às minhas coxas. Meu corpo se arrepiou inteiro com aquela sensação. Eu poderia até mentir, negar, mas não era esse o jogo que eu queria fazer. Eu queria ser verdadeira, comigo, com ele e com o meu marido. Eu disse:
— Você é um coroa sedutor, inteligente, sabe encantar sem ser grosseiro, e tem um poder enorme de persuasão no seu olhar. Desde o momento em que me viu, apostou em me seduzir, em despertar em mim a curiosidade.
Gabo olhava nos meus olhos e falou:
— Até aqui não disse nada que eu não saiba. E você, o que sentiu?
— Eu fiquei intrigada primeiro, depois na praia, curiosa, e aqui, conversando, fiquei admirada com você. Sim, tenho que assumir que você mexeu comigo, senão, não estaríamos aqui. – Respondi. Já sentia as mãos dele me acariciando as costas. Meu corpo reagia ficando quente e minha respiração ficou mais intensa. Ele percebeu meus seios pontudos. Perguntou:
— Você está excitada. Sentiu tesão? Teve vontade, pelo menos?
Eu não podia negar, tudo revelava aquilo. Falei:
— Sim, estou. Senti tesão e curiosidade. Talvez, vontade ainda não.
Naquele momento, dançando colados, ele esfregava o pau duro sob a bermuda em minhas coxas. Minha bata leve não fazia impedimento para eu perceber até as pulsações e já sabia que ele era bem-dotado. Tudo aquilo me deixava tremendo de tanto tesão. Ele perguntou:
— Seu marido sabe de tudo? Acha que ele está concordando?
Tentei ser verdadeira, mas neutra:
— Ele sabe, é experiente e vivido. Me trouxe aqui e está ali para me proteger, para zelar por mim. Mas me deixou decidir o que eu quiser.
Naquela hora meus mamilos estavam salientes e duros e ele podia sentir encostados em seu peito forte. Minha respiração estava um pouco alterada, e minha xoxota parecia ter febre, pulsando internamente. Era um estado de excitação concentrado que eu tentava controlar. Gabo veio ao meu ouvido e pediu:
— Se você está com tesão, e está gostando, por favor, me dá um beijo.
Olhei para ele e vi seu sorriso bonito, seus olhos brilhando, e senti toda a força de atração que ele tinha. Vi seus lábios se aproximando e não evitei. Recebi um primeiro beijo de leve, e ele em vez de insistir, de repetir, parou e perguntou:
— Posso beijar mais?
Aquilo funcionou. Se ele tivesse avançado, beijado mais, eu seria obrigada a contê-lo, para não deixar as coisas avançarem muito rápido. Mesmo eu gostando, tinha que levar as coisas sob um certo controle. Mas, do jeito que ele fez, acabei sorrindo e fazendo que sim. Ele voltou a beijar, apenas os lábios, suavemente. Meu coração batia acelerado, sentia uma emoção grande, e meus seios latejavam. Ele esperou com os lábios pertinho dos meus, e me olhava nos olhos. Dei um sorriso e ele entendeu e me deu outro beijo, esse mais gostoso, melado. Aos poucos fomos nos entregando aos beijos. Ele me apertava as costas e uma das mãos desceu para a bunda. Eu estava colada nele e o pau duro sob a bermuda me pressionando. Ficamos naqueles beijos e no esfrega por uns dois minutos, eu já estava respirando com dificuldade. Ele então perguntou:
— Gostou? Ficou com tesão?
Não tinha como e nem por que negar. Fiz que sim, depois disse baixinho:
— Nossa! Muito! Estou tremendo.
Ele continuou a beijar e me acariciando e eu fui deixando aquilo avançar.
De repente ele disse no meu ouvido:
— Pega um pouco no meu pau. Sente como eu estou tarado em você.
Me arrepiei inteira. Mas resisti. Eu não peguei, fiquei abraçada, e ele falava:
— Você não tem vontade? Não está tarada?
Eu suspirei. Depois concordei:
— Sim, tenho. Estou com muita vontade.
— Então, por que não se solta? Vai, se entrega.
Eu disse:
— Não quero magoar o meu marido.
Ele perguntou:
— Mas ele já não deu o sinal verde? Para você decidir? Até veio com a camiseta com os chifres!
Tentei explicar:
— Ele deu o sinal verde, mas eu ainda não me decidi. Tenho medo de fazer algo que ele não goste.
Nesse momento, o Gabo falou no meu ouvido, como se sussurrasse um segredo:
— Ele também está cheio de tesão. No fundo, ele sente muita excitação ao saber que você está com vontade de transar comigo. Tenho a certeza, ele também quer isso, senão ele não teria liberado você.
Quando ele disse aquilo, eu entendi que ele sabia perfeitamente o que o meu marido sentia, era experiente, só que eu não deixava de ficar apreensiva. Respondi:
— Você está certo, entende melhor do que eu essas coisas, mas eu não quero fazer nada que o possa magoar.
Gabo então, argumentou:
— Vamos fazer um teste definitivo. Você tira a sua calcinha, vai até à mesa e entrega a calcinha para ele, pedindo para ele guardar. Ele vai ficar intrigado, mas vai entender o recado. Você então diz a ele que é a última vez que vai perguntar se pode. Se ele disser que sim, está autorizado. Você volta aqui. Estarei esperando.
Eu olhava para ele, incrédula, mas era uma boa sugestão. O Saymon teria a oportunidade de dizer não, se desejasse. Eu fiquei um pouco parada, nos braços dele, e o Gabo me deu mais uns beijos. Eu beijava cada vez com mais intensidade. Eu disse:
— Vou à toalete despir a calcinha.
Ele sussurrou:
— Não, tiramos aqui. É mais excitante. Eu vou puxar para baixo, e você disfarça e deixa cair. Depois pega. Ninguém vai notar.
Fiquei ali trêmula de tesão, sentindo a mão dele entrando por baixo da minha bata, e puxando a tanguinha que eu usava. Fez isso de um lado, e depois do outro, enquanto continuávamos juntos como se estivéssemos dançando. A calcinha chegou no meio das minhas coxas, e eu com as mãos empurrei nas laterais para que se soltasse das coxas. Ela finalmente com o movimento das minhas pernas desceu até em baixo. Dei um passinho de lado, me abaixei e apanhei a calcinha do chão. O local estava bem escuro e não deu muito nas vistas. Nossa, eu nem acreditava que estava fazendo aquilo, já influenciada pelo Gabo e seu desejo que me incendiou. Com a calcinha na mão, senti as mãos dele me apalpando as nádegas, por baixo da bata. Ele pediu:
— Me deixa cheirar essa calcinha?
Olhei espantada, mas ele insistiu:
— Quero sentir o cheiro da sua bocetinha melada de tesão. Você vai falar para o seu marido, sentir também, ele vai ficar louco de tesão com isso.
Eu ergui a mão e coloquei a calcinha diante do seu nariz. Ele cheirou e exclamou:
— Delícia, está mesmo bem molhada. Um tesão.
Depois ele me puxou contra ele novamente, para que eu pudesse sentir o pau duro se encostando, sem a proteção da calcinha. Perguntou:
— Sentiu como estou tarado?
Fiz que sim. Meu coração batia na garganta, eu nem conseguia falar direito. Ele sussurrou no meu ouvido:
— Diga para o seu marido que vai dar para mim hoje. Tem umas cadeiras espreguiçadeiras debaixo de umas tendas, aí fora na praia. Tem uns cinquenta metros de tendinhas uma atrás das outras. Fica muito escuro ali. É lá que nós vamos. Fale que está com muito tesão. E pergunta para confirmar se ele está aceitando que você faça ele de corno.
— Não vou fazer isso. Ele pode achar ruim. – Contestei.
— Não vai achar ruim, garanto. Pode fazer. Depois você me conta. Vai...- Ele me soltou.
Na hora que ele me soltou do abraço, eu estava completamente zonza. Me virei e fui andando em direção à mesa onde o meu marido bebia e observava o ambiente. Quando fui me aproximando ele notou meu semblante alterado, e a boca um pouco inchada de ter beijado. Percebi na sua expressão que ele sabia o que eu iria dizer.
#Saymon: Eu vi a Medina vindo sozinha da pista de dança. Fazia mais de vinte minutos que ela tinha ido dançar. E notei que seus cabelos estavam um pouquinho mais bagunçados, e sua boca avermelhada. Sabia que significava ter beijado bastante o coroa.
Eu já me preparei para ouvir o que eu temia, mas, por mais que eu já estivesse esperando aquilo, a emoção na hora foi avassaladora. Meu coração batia descompassado e um nó surgiu na minha garganta. Vi a Medina se aproximar como se viesse em câmera lenta, e notei os bicos dos seios muito marcados sob o tecido findo da bata. Ela chegou e se sentou ao meu lado. Já foi dizendo:
— Amor, desculpe, eu estou com muito tesão.
Tive que fazer um esforço enorme, para me concentrar. Não disse nada. Ela me entregou a calcinha discretamente por baixo da mesa, e disse:
— Ouviu amor? Eu não aguentei de vontade. Quero dar para o Gabo hoje.
Finalmente, eu todo arrepiado, segurei a calcinha e reagi:
— Como assim? Aonde?
Ela disse:
— Tem umas cadeiras espreguiçadeiras lá fora, na praia, debaixo de umas tendas. São muitas enfileiradas. Ele disse que fica muito escuro ali. É lá que nós vamos.
Eu a olhava admirado. Ela não perguntava, estava já afirmando. Então, não tinha o que contestar. Eu pedi:
— Por favor, não se esqueça dos cuidados.
Foi quando ela enfiou a mão por baixo da mesa e segurou no meu pau, percebendo que estava rijo feito um porrete.
Ela chegou bem perto do meu ouvido e disse:
— Você também está com muito tesão, como eu. Obrigada amor. Então, está aceitando que eu faça você de corno, não é assim?
Eu respirei fundo, estava também todo trêmulo e tenso. Meu braço todo arrepiado. Eu disse:
— Você se decidiu. Eu assumo a sua vontade. Sou cúmplice disso. E me sinto excitado com tudo. Mas, por favor, seja cuidadosa.
Medina me deu um beijo na boca, e falou:
— Amor, eu amo você. Fica bem. Eu quero muito experimentar isso. Vou dar para ele. O Gabo me deixou louca de tesão.
Ela se levantou sem me dar tempo de falar nada. E foi se afastando.
Fiquei um minuto ali, parado, sem saber o que deveria fazer. Peguei a calcinha e discretamente levei ao nariz. Senti que estava melada e tinha o cheiro da xoxota dela. Na hora me deu um tesão alucinado. Tinha consciência de que a minha esposa veio me dizer que ia dar para o coroa, na praia, lá fora. Mas, o que era mais louco e difícil de eu entender, era como eu conseguia ficar com tanto tesão naquela situação.
Aos poucos comecei a raciocinar melhor, e imaginei que deveria pedir a conta, pagar, e sair do restaurante, discretamente. Lá fora eu me orientaria para ver para onde a Medina tinha ido com o Gabo.
#Medina: Quando eu falei para o meu marido que ia dar para o Gabo, e senti seu pau duro pulsando dentro da calça, eu tinha a certeza de três coisas: Primeiro, o safado do Gabo sabia exatamente como o Saymon iria reagir, o que provava sua experiência. Em segundo lugar, eu estava com muito tesão naquilo, e louca para ter aquela relação com o coroa charmoso e experiente, e que tinha um pau grande delicioso. Em terceiro, meu marido estava tão tarado quanto eu, e aquilo me encorajou a perder totalmente qualquer receio.
Tratei de sair logo e ir ao encontro do Gabo, que permanecia lá ao lado da pista de dança, me aguardando. Cheguei junto dele e ele me abraçou com seus braços fortes e me deu um beijo. Eu disse:
— Você estava certo. Foi exatamente como falou.
O Gabo sorriu, satisfeito, e falou no meu ouvido:
— O seu marido é um corno muito bom e cúmplice. Já estava sendo desde a parte da manhã.
Eu olhava para ele admirada, sem entender, e ele explicou:
— Ele se afastou, na praia, para que eu pudesse chegar em você. Depois, trouxe você aqui, sabendo o que você desejava. E está cúmplice da sua vontade. Esse mérito é todo seu, não meu. É o seu tesão de dar para mim que faz com que ele reaja assim. Ele sabe e sente perfeitamente o que você está sentindo. E também fica tarado com esse tesão de corno que ele tem. No fundo, ele tem muito prazer em deixar você se entregar a mim. Eu conheço isso muito bem.
Conforme ele ia falando, eu ia ficando ainda mais admirada, pois, o Gabo não tinha como saber o que eu e o Saymon falamos, nem o que nós sentíamos, a não ser por uma capacidade e experiência invejável. Eu exclamei:
— Você é mesmo incrível. Surpreendente.
Ele sorriu, me deu outro beijo muito gostoso, enquanto pegava na minha bunda e apertava. Ele pediu:
— Agora já pode dizer que está louca de tesão para dar para mim?
— Já, posso, eu disse até para o meu marido. Posso dizer a você. – Respondi.
— Então, diz, minha sereia safada. – Ele respondeu:
— Estou cheia de tesão de dar para você, meu coroa gostoso. – Eu disse.
— Diga que vai ser uma putinha bem safada. – Ele pediu:
— Vou ser a sua putinha bem safada, meu coroa tesão. – Eu estava toda melada na xoxota.
O Gabo me beijava, apertava a minha bunda, esfregava o pau duro sob a bermuda nas minhas coxas, com uma das mãos acariciava o meu peito. Nós dois colados ali na pista de dança, entregues ao prazer daquele momento, e alheios ao que acontecia em volta. Naquele instante, a música que tocava era “As vitrines” do Chico Buarque:
“Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir
Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão”
Senti meu corpo todo se arrepiar, pois era uma das nossas músicas preferidas, que o Saymon dizia que se lembrava quando me viu a primeira vez numa galeria de um Shopping Center. Era como um hino de referência da nossa relação, e a despeito disso, apaixonada por meu marido, naquela hora eu estava ali, nos braços de um homem que podia ser pai do meu marido, e totalmente tomada por uma volúpia enorme, louca para me entregar a ele. Eu não sabia que feitiço ou tentação me havia dominado. Ouvi o Gabo dizer baixinho:
— A hora que você quiser, a gente sai.
O safado, deixava as decisões para eu tomar, era mais uma forma dele se certificar de que eu queria fazer aquilo, e não era ele que estava forçando. Decidida, eu respondi:
— Então vamos. Estou louca de vontade.
Ele me abraçou pela cintura e fomos saindo em direção à varanda. Eu não vi mais o Saymon na mesa. Pensei se ele teria ido para o chalé, ou ficaria por ali. Fomos andando para fora do bar, e eu parei para descalçar as sandálias.
#Saymon: Eu saí do bar e fiquei lá fora, no escuro, tentando ver se localizava a Medina e o Gabo. À minha esquerda, seis linhas de tendas com cadeiras de repousar, em fibra, se estendiam por uns cinquenta metros. Seis linhas de mais ou menos trinta duplas de cadeiras de fibra. No escuro eu não distinguia quase nada. Mas, eis que de repente, vi o Gabo e a Medina saírem do bar, pela varanda e antes dela sair da parte calçada da varanda, parou para retirar suas sandálias. Eu estava a uns vinte metros, numa área mais escura e eles não me viram. Fiquei observando. Medina descalçou as sandálias e quando ela se ergueu, o Gabo passou o braço em volta de sua cintura e a suspendeu. Ouvi quando ele disse:
— Prenda as pernas na minha cintura, Sereia. Não vou deixar você sujar esses lindos pezinhos na areia. Eu levo você suspensa.
Medina sorriu, contente, parecia feliz, passou o braço sobre o pescoço do Gabo que havia se abaixado e meio montada a cavalo deu uma cruzada de pernas em torno da cintura dele. O Gabo com o braço em torno da cintura a sustentava no ar. Ela estava sem a calcinha e certamente esfregava a bocetinha melada no corpo dele. Eles se beijaram e em seguida ele foi andando entre as filas de cadeiras e tendinhas, se afastando para mais longe, mais perto da água, onde estava totalmente escuro.
Meu coração batia acelerado, e minha excitação não passava. Esperei um pouco, talvez uns dois minutos, e depois fui caminhando silenciosamente pela areia, na mesma direção que eles tinham tomado.
Fui com calma, e à medida em que me aproximava do final da fila de tendinhas e cadeiras, já podia ouvir suas vozes.
Eles não sussurravam mais, pois o escuro da noite, e a distância de mais de cinquenta metros da varanda do bar, lhes davam a sensação de isolamento. Fui me aproximando calmamente, e por caminhar pela areia, não fazia barulho. E conforme eu me aproximava, podia ouvir o que diziam. O Gabo falou:
— Que delícia esses peitinhos. Durinhos e no tamanho exato.
Medina exclamou ofegante:
— Isso, chupa, eu adoro. Sinto muito tesão... Ahhh que delícia. Sua boca é gostosa.
Eu sabia como ela adorava ser sugada nos peitos. Na hora meu pau chegou a doer, espremido duro dentro da cueca e da bermuda. Avancei um pouco mais e foi quando eu vi os vultos deles a uns três metros adiante. Medina estava de pé sobre o assento da última cadeira de repouso daquela fila enorme de cadeiras, e o Gabo em pé diante dela. Ele havia despido a bata da Medina e ela estava completamente nua, na frente dele. Abraçada por ele pela cintura. Meus olhos se adaptavam ao escuro. Uma ligeira luminosidade entre as nuvens fazia seu corpo parecer mais sensual ainda. Eu podia ver a silhueta dela que se recortava conta a claridade muito discreta do céu e do mar ao fundo. Era uma cena muito bela e excitante. Conforme meus olhos foram se acostumando com a escuridão, pude notar o Gabo sugando os mamilos da minha esposa, que gemia satisfeita. Gabo exclamou:
— Ah, sereia, que delícia, você. Vai ser toda minha hoje.
Medina suspirava e gemeu:
— Vou sim, hoje eu sou totalmente sua. Estou cheia de tesão. Quero muito dar gostoso para você.
Então, o Gabo perguntou:
— Será que seu corno foi embora? Nos deixou livres para aproveitara noite?
Medina ofegante, trocando beijos com ele respondeu:
— Estamos livres para aproveitar. Ele é muito bom, e me liberou. Mas, meu corno não iria embora, deve estar à espera. Ele não me deixaria só. Aposto.
Nisso, vi que o Gabo se abaixava e começava a descer a boca pelo corpo dela, beijando, sugando, passando pelos peitos, barriga, e seguindo até à xoxota. Não imaginava que ver uma cena daquelas, com a minha mulher, seria tão impactante. Emoção, ciúme, tesão tudo misturado me aceleravam a pulsação. Medina, solta, tarada, gemeu mais alto:
— Ah, delícia! Isso, me chupa inteira.
Gabo perguntava:
— Minha putinha já está tesuda?
— Ahhh, Gabo, sim! Estou tarada! Chupa sua putinha!
Nossa, eu estava sem conseguir respirar. Um nó na garganta. Nunca poderia imaginar que assistir minha mulher com outro fosse tão excitante. E ela estava toda safada, sem vergonha, provocando o macho. Meu tesão estava me dando febre, meu pau chegava a babar dentro da cueca. Fui me aproximando um pouco mais, passo a passo, para ver se conseguia observar melhor.
A luz de uma lua crescente, entre nuvens, dava uma pequena claridade onde eles estavam, e eu ainda estava na parte coberta das tendinhas, no escuro. Ouvi o Gabo exclamar:
— Que bocetinha mais linda! Pequenina! Vou atolar minha rola.
— Vai? Que delícia! Eu quero! – Ela suspirou.
— Seu corno depois vai pegar ela bem mais larga. Depois que eu meter muito em você, sua bocetinha vai ficar bem arreganhada.
Medina gemia com as chupadas dele e rebolava. Ela exclamou:
— Você é caralhudo demais! Meu corno sabe que eu sempre quis dar para um coroa do pau grande! Só queria que ele estivesse aqui, para ver.
Naquele momento, eu não contive o impulso e falei:
— Estou aqui perto, seus safados. O corno está ouvindo e vendo tudo!
Vi que a Medina se assustou um pouco ao ouvir minha voz, e ficou olhando para o lado tentando vislumbrar a minha presença no escuro. Ela exclamou:
— Ah, amor, você está vendo?
— Sim, estou. – Respondi.
O Gabo tinha dado uma parada nas chupadas na xoxota, mas não se abalou e logo voltou a lamber o grelinho, fazendo minha esposa gemer e suspirar. Ela soltou um suspiro mais alto e falou:
— Ah, amor, estou muito tesuda!
— Uma verdadeira putinha – Falou o Gabo.
— Eu queria muito isso! Foder com ele, como putinha mesmo. Você também está com tesão? – Ela continuou.
Eu quase gozava sem me tocar.
— Estou muito tarado! Nunca imaginei. – Eu respondi.
Ouvi o Gabo exclamar:
— Eu disse a ela que você ia gostar, e ficar muito tarado ao assumir ser corno.
— Assumiu amor? Está gostando de ser corno? – Medina perguntou.
— Estou tarado demais! Safados! – Eu confessei. Não precisava negar.
Logo eu percebi que a Medina estava gozando na boca do coroa, pois ela só gemia, e suspirava, cada vez mais forte e em volume cada vez mais alto.
— Estou gozaaanddoooo! Ahhh, que delícia! – Ela exclamou gemendo.
O Gabo chupou até que ela quase desfaleceu. Então, abraçado a ela, fez com que ela se sentasse sobre a cadeira de repouso. Ele de pé ofereceu o pau para que ela segurasse e disse:
— Agora é sua vez, putinha, chupa meu pau bem gostoso!
Eu estava vendo o Gabo de costas, então, não conseguia ver o pau dele. Vi a Medina segurar e exclamar:
— Nossa! Que pintão! Muito grande!
Minha esposa estava masturbando e ele mandou:
— Vai, safada, mama na rola do seu novo macho! Gosta de pica grande?
Vi que ele projetava a pélvis para a frente e minha esposa deu uma lambida na pica. Ela exclamou:
— Nunca provei uma rola grande assim! Parece enorme!
Do nada ela pediu:
— Vem aqui, amor, vem ver que pau gostoso que ele tem. Você não quer me ver chupando esta rola?
Naquela hora meu corpo estremeceu e eu quase senti a minha porra jorrar sem controle. Tive uma onda de tesão enorme. A safada me queria envolver mais ainda naquela transa dela. Por pura safadeza e sabendo que me deixava tarado.
Dei uns passos na direção da tendinha onde eles estavam e fiquei meio de lado, a dois metros de distância. Podia agora ver os dois de perfil e notei a pica empinada e grossa do coroa. A Medina segurava na base e ainda sobrava o dobro do tamanho. Mesmo que ela pegasse com as duas mãos ainda sobraria pica. Certamente passava de 21 cm.
Medina pegou a pica e começou a dar lambidas, desde a base, até na cabeça, como eu sei que ela gosta de fazer comigo. O Gabo gemia e exclamava:
— Ah, que delícia isso! Vai, tesuda! Mama gostoso, putinha tesuda, mama pro seu corno ver como você está safada!
Eu estava relutando contra a vontade de tirar meu pau para fora da calça e gozar ali vendo aquilo. Tentava me controlar. Medina passou a mamar na rola com vontade, e ele empurrava o pau até bater na garganta, ela se engasgava, tossia, depois babava e lambia novamente.
— Ahhh, que pau é esse! – Ela exclamou admirada.
— Gostou né putinha? É todo seu! – Gabo falou batendo com a pica nos lábios dela.
Fiquei ali parado assistindo e tentando controlar o tesão. Medina chupou o pau por uns três minutos seguidos. Fazia aqueles barulhos característicos das chupadas meladas e o Gabo foi ficando muito tarado. Até que ele falou:
— Não aguento mais. Agora eu preciso meter nessa bocetinha.
Ele puxou novamente a Medina para que ficasse de pé sobre o assento da cadeira e depois a agarrou pela cintura e a suspendeu. Medina prendeu novamente as pernas em sua cintura e agarrou em seu pescoço. Ela exclamou:
— Que tesão de macho, coroa safado e gostoso!
Então, com ela pendurada no seu corpo, ele deu uma rebolada para a sua bermuda descer da cintura e cair ao chão. Depois, ele se virou de bunda para a cadeira, e foi se abaixando com a Medina agarrada a ele, e se sentou sobre a cadeira, deixando a Medina a cavalo no seu colo, ainda pendurada em seu pescoço. Minha mulher segurou no pau duro dele que estava empinado e ela mesma se esfregava com a bocetinha sobre ele. Medina exclamou:
— Puxa! É muito grande!
Ele perguntou:
— Você gosta, né? Você quer?
— Eu quero, gosto muito, mas não sei se aguento. – Ela disse.
Gabo sorriu e exclmou:
— Aposto o seu cuzinho que você vai aguentar e pedir para repetir.
Medina sorriu, bem safadinha:
— Seu safado. Quer que eu me esforce mais para não conseguir? Eu não vou arriscar meu cuzinho nessa rola gigante. Está maluco?
Ele continuava sorrindo enquanto a Medina batia uma punheta para ele.
Eu assistia tudo cada vez mais admirado, me perguntandoo como é que eu estava gostando de ver aquilo. Mas me deu muito tesão ver a minha esposa se comportar mais liberada e safada. Me lembrei de uma mulher na Internet que disse que a grande maioria dos homens, procuram se casar com as mulheres santinhas e comportadas, mas sonham que elas se transformem numas putinhas muito safadas. A danada tinha razão. Ouvi a Medina falar:
— Quero só ver se eu consigo aguentar esse pau de jumento.
O Gabo beijava o pescoço dela, lambia, apertava os peitinhos, e falava em voz grave, mas audível para mim:
— Você está louca de vontade, não é, minha sereia? Vai dar gostoso na frente do seu corno, e gozar feito uma cadela no cio.
Medina suspirava. Deu uma olhada para o meu lado, soltou um riso nervoso e exclamou:
— Eu sei que ele gosta. Meu corninho tem muito tesão de me ver com outro. Foi ele que deixou.
— Então, vem, minha putinha. Senta-se na minha rola. – Exclamou o Gabo.
Em seguida, ela se curvou para o lado, esticando o braço, pegou a bolsinha que estava jogada sobre a cadeira, junto com o vestido. Retirou um pacote de camisinha, e o Gabo exclamou:
— Espera, brinca um pouco com a rola na entrada, sem capote. É mais gostoso. Sente o pau sem nada. Depois você veste e eu enterro.
Medina soltou um suspiro forte, gemeu, se ergueu um pouco de joelhos sobre a cadeira, e pegando no cacete começou a esfregar a pica na xoxota. O Gabo suspirou:
— Isso, esfrega, sente a cabeça da rola na xoxota melada.
— Ah, que tesão! É muito gostoso! – Ela gemeu.
Meu pau já babava de tão tarado que eu estava. Se alguém, um dia antes, me dissesse que eu ia ficar tarado vendo aquilo, eu ia chamar de louco. Mas, naquele momento eu me segurava para não gozar.
Medina rebolava e gemia esfregando o pau grande na xoxota, e o Gabo suspirava e depois falava no ouvido dela:
— Isso, safadinha, esfrega, enfia um pouquinho, sente a cabeça na entradinha!
— Ah, caralho, que tesão! – Minha esposa exclamava.
Eu estava todo arrepiado, e a Medina gemia rebolando sobre a caceta. Vi quando ela dava umas empurradas com a pélvis para a frente, o pau forçava a entrada, e ela ofegava:
— Ah, isso! É grosso! Um tesão...
Aquilo estava levando os três à loucura. O Gabo gemia forte como um bicho, e exclamava:
— Tesão de bocetinha! Muito apertadinha. Vai agasalhar minha rola toda!
Minha esposa rebolava sobre a pica, suspirando. Até que a Medina, num impulso de tesão, toda melada, soltou o corpo sobre o cacete que se enterrou profundamente em sua xaninha. Ela soltou um Gemido mais alto:
— Ahhhh, que tesão! Entrou tudo! É muito boommm!
Gabo também gemia:
— Ahhh, que bocetinha apertada!
Eu vi que ela estava metendo no pelo, com ele, e na hora, exclamei:
— A camisinha! Não esquece!
Medina rebolava na rola, gemendo, suspirou e exclamou:
— Ah, amor, que tesão que é isso! Deixa eu brincar assim... Só um pouquinho...
Fiquei ali admirado, vendo que ela se mexia no colo dele, fazendo o pau ir dentro até no fundo, depois recuava.... Metia mesmo com vontade. O Gabo aproveitou e falou:
— Assim que é bom, minha sereia! Atola essa rola na boceta, e goza no meu pau.
Percebi que a Medina estremecia, se retesava tendo os seios sugados por ele, e num êxtase incrível, gozava exclamando:
— Ahhhh, que delíciaaaa, estou gozandoooo!
O Gabo ficou um pouco parado, esperando que ela gozasse bastante, e estimulava:
— Isso, putinha, goza na rola do seu macho. Agora seu corno sabe como é que você gosta de ser fodida por um pau grosso!
De repente, a Medina recuperou as forças, se ergueu de novo e retirando o pau da boceta, pegou no envelope da camisinha e rasgou. Tratou de vestir o preservativo no pau do Gabo que continuava empinado. Então, ela voltou a direcionar a rola para a xoxota e pediu:
— Vem, gostosão, me fode forte, me faz gozar de novo nessa pica grossa!
Gabo agarrou na cintura dela e ajudava puxando-a com força, para meter profundamente. Medina ofegava a cada enterrada:
— Ahhh... Ahhh... Ahhh... Ahhh... Ahhh... Fode.... Isso... Fode...
Eu estava alucinado de tesão ao assistir aquele filme pornô ao vivo, ouvindo e sentindo o ambiente carregado de luxúria. Minha esposa gozava intensamente no pau do Gabo e eu me segurando para não gozar, tarado somente de assistir aquilo. Ao fundo, o barulho do mar, e a música que tocava ao longe, embalavam como uma trilha sonora daquela situação. Por um instante, me liguei na canção. Era “Essa Moça Tá Diferente”, também do Chico Buarque.
“Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar”...
“Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás”....
Na hora me veio aquela sensação de que realmente havia algum tipo de feitiço no ar. A sincronização das canções, as ações surpreendentes, inusitadas, tudo muito inacreditável e mágico. Achei que se eu contasse um dia para alguém, ia parecer mentira.
A canção continuava...
“Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Que ela só me guarda despeito
Que ela só me guarda desdém
Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Se do lado esquerdo do peito
No fundo, ela ainda me quer bem”
#Medina: Eu nunca tinha sentido tanto tesão na minha vida. Nunca poderia imaginar que além de ter um fetiche natural com um homem maduro, eu estava alucinada de tesão por aquele velho conservado e másculo, que transpirava desejo por todos os poros de sua pele queimada e manchada de sol como se tivesse ferrugem. Eu sentia o calor do seu corpo, seus músculos e nervos vibrando, e aquele cacete delicioso, grande e grosso, atolado na minha xoxota, me provocando orgasmos seguidos como eu nunca havia experimentado.
O fato de ter o meu marido ali ao lado, cúmplice e muito tarado com o que eu fazia, me deixava ainda muito mais safada. Então, eu gozava, e exclamava que estava alucinada de prazer, e chamava meu marido para ver o quanto estava gostoso dar para aquele coroa.
Notei que o Saymon também estava muito excitado, sua respiração ofegante. Tentando se controlar para não gozar.
O Gabo me comeu, cavalgando nele, depois que eu tive dois orgasmos seguidos, ele me colocou de quatro sobre a cadeira de repouso, e enquanto eu me apoiava no encosto reclinado, e empinava a bunda, ele meteu na xoxota, por trás, socando com força. Eu ouvia o ruído das encostadas da virilha e do saco dele contra a minha bunda: “Floc... Floc... Floc... Floc... Floc...
A cada enfiada o cacete ia bater na entrada do meu útero, e eu gemia de prazer. Nunca tinha sentido uma metida tão gostosa. Aquela rola grossa me invadia, esticando toda a minha xoxota, que se colava na rola como se fosse uma luva cirúrgica. Passei a rebolar e pedir que ele não parasse, que metesse mais forte, mais forte, e desatei a gozar novamente. No auge do desespero de tanto prazer, eu chamei:
— Vem aqui, amor, me dá o seu pau para eu chupar. Eu estou tarada.
Vi o Saymon se aproximar e se encostar na lateral da cadeira. Me virei e peguei no pau dele que já estava para fora da bermuda, e coloquei na boca. Suguei com vontade, enquanto o Gabo socava por trás. Até que eu senti que o coroa retirava o pau da minha boceta, e pincelava sobre o meu cuzinho. Eu tinha muita vontade, mas temia ser rasgada. Exclamei:
— No cuzinho vai me rasgar, seu tarado!
Gabo deu um tapa na minha bunda e respondeu:
— Aguenta firme, você vai gostar.
Eu olhei para o Saymon que havia retirado o pau da minha boca e falei:
— Ah, amor, ele vai meter no meu cuzinho...
Tomado de tesão, meu marido perguntou:
— Você quer isso?
Eu queria, mas também tinha medo. Respondi:
— Estou com muito tesão...
— Usa o lubrificante. – Meu marido falou.
Era o sinal de que ele estava de acordo que eu desse o cuzinho para o Gabo. Peguei a minha bolsinha ali ao meu lado, retirei a bisnaga de gel e pedi:
— Vai, amor, me passa o gel. Estou tarada.
Saymon estava totalmente cúmplice. Pegou a bisnaga e espremeu um pouco de gel sobre a mão, depois lambuzou meu rego, enquanto falava para o Gabo:
— Cuidado para não machucar. Não rasga, vai com calma.
— Relaxa, corninho, vou comer esse cuzinho no maior carinho. – Respondeu o Gabo.
Eu estava muito excitada com aquilo, vendo meu marido participando mais e cúmplice total da minha tara. Logo, o Gabo pediu:
— Empina essa raba, minha sereia safada. Vou foder esse cu e você vai gemer de tesão.
Eu obedeci, enquanto dava uma das mãos para o meu marido segurar:
— Me ajude amor. Estou tarada.
Saymon segurou e falou baixinho:
— Caralho, amor, assim você me mata do coração. Jura que vai encarar essa rola?
O Gabo já estava pegando firme na minha cintura, com aquelas mãos fortes e encostou o pau no meu ânus. A sensação da rola na entradinha das pregas, era muito excitante e eu exclamei:
— Vai Gabo, pode meter, enfia no meu cuzinho. Estou cheia de tesão!
Gabo foi firmando mais a pica e enterrando lentamente. Senti as pregas se dilatarem e ficarem todas muito esticadas. O pau não entrava, e eu comecei a rebolar para ajudar na penetração. Eu ofegava e o Saymon falava:
— Devagar... vai com calma.
Eu suspirei excitadíssima e pedi:
— Enterra, mete esse pau no meu cu, que eu estou louca de tesão!
Gabo deu um tapa na minha bunda e exclamou:
— Vai, safada! Empina essa bunda.
Senti o pau vencer a barreira do esfíncter, como se fosse um anel que se rompesse, e a cabeça da rola invadiu meu ânus. Ardeu um bocado, e eu exclamei:
— Ah, caralho, entrou rasgando, seu safado!
Saymon um pouco assustado perguntou:
— Está doendo? Quer parar?
— Não, está bom, só doeu um pouco, agora está me atolando gostoso! – Respondi entre dentes cerrados.
O pau grosso deslizava lentamente, havia sim uma ardência, mas a sensação de ser invadida pelo ânus, com aquela rola deliciosa, era incrível e compensava a ardência que aos poucos foi diminuindo. Em poucos segundos eu senti que a pica estava toda dentro, e eu rebolava, tentando me adaptar a ela. Só quem já deu o cu, e para um pau poderoso, sabe como é a sensação. Dói, arde, mas dá um tesão imenso.
Eu gemia, o Gabo suspirava, e o meu marido, suspirava também, excitadíssimo de me ver dando o rabo para o coroa. Eu falei:
— Seu safado! Está gostando de me ver atolada na rola do coroa, né?
— Medina, você não existe! É mesmo uma putinha safada. – Ele me respondeu.
Gabo passou a meter com mais ritmo e eu já sentia um prazer bem maior, que foi num crescendo, tomando conta do meu corpo, meus seios latejavam e eu ficando desesperada pedi:
— Amor, me beija, me chupa os seios, estou tarada.
O Gabo na mesma hora viu que era o momento de envolver o meu marido de uma vez e disse:
— Entra por baixo, corno, e vamos fazer uma dupla nessa safada!
Na mesma hora o Saymon já nu veio se ajeitar, entrando por baixo e ficando recostado na cadeira de descanso, e eu por cima, tratei de me ajoelhar sobre o assento, com as pernas abertas, os joelhos apoiados de cada lado das coxas do meu marido, e pegando em seu pau direcionei para a minha xoxota. A rola dele deslizou para dentro, na minha boceta encharcada, e eu comecei a meter com ele, enquanto o Gabo procurava encaixar a pica novamente no meu cuzinho. A segunda vez da penetração foi mais fácil, ardeu um bocado, mas como eu estava muito excitada, fodendo com meu marido, a entrada não foi mais tão difícil. Em quinze segundos os dois paus estavam dentro e eu entalada, gemia e rebolava exclamando:
— Ahhh, caralho, que tesão isso! Amor, é bom demais!
Gabo foi tomado de um tesão alucinante, também e socava o pau com força. Minha xoxota parecia ter aumentado de volume por dentro, e o pau do meu marido estava apertado, enquanto a rola do Gabo me invadia o ânus e o intestino.
Gabo deu outro tapa na minha bunda e exclamou:
— Aí, safada! Olha só como geme nas duas picas! Vou gozar nesse cuzinho tesudo. Mete firme corno, vamos fazer ela gozar dobrado!
Eu gemia e pedi:
— Vai corninho, goza comigo, eu estou gozando!
Meu marido também empurrava o pau para dentro. Fui tomada de uma onda de prazer incrível quando senti que o meu marido entrava em êxtase e começava a jorrar porra na entrada do meu útero. Passei a gemer e tremer, meu cu piscava intensamente e pude sentir o pau do Gabo dando solavancos à medida que ele também gozava. Nunca podia imaginar que sentiria tanto tesão e tanto prazer numa relação. Saymon chupava meus peitos e eu gozei tão forte que cheguei a jorrar squirt da xoxota, molhando o ventre do meu marido. Estremeci e tive uma espécie de desmaio, caindo sobre o peito do Saymon. O Gabo ficou ainda um pouco com o pau duro, enterrado no meu ânus, e depois foi retirando, lentamente. Quando o pau saiu completamente, tive uma sensação de vazio e um certo alívio. O pau do Saymon também escorregou da minha boceta. Fiquei ali sobre ele ofegante e o Gabo se sentou numa outra cadeira ao lado. Tinha também as pernas bambas pelo esforço feito. Nossa respiração era de quem ficou sem ar por mais de cinco minutos. Mal conseguíamos respirar.
Ficamos ali, eu e o Saymon, abraçados. Sem forças para levantar. O Gabo também estava exaurido. Acho que demoramos uns cinco minutos para reagir.
Depois desses minutos, eu consegui me suspender e fiquei de joelhos sobre a cadeira. O Gabo se levantou e veio me abraçar, e me beijar, dizendo:
— Sereia, você é mesmo uma loucura! Nunca mais vou esquecer desta noite.
Eu o beijei, satisfeita, sorri e disse:
— Mas ainda não acabou, gostosão, você ainda tem um dia e uma noite por aqui. Talvez queira ir com a gente para o nosso chalé.
Gabo olhava para o Saymon e havia se sentado na cadeira. Meu marido falou:
— Por mim, tudo bem. Se é vontade dela, vamos satisfazer.
Eu o abracei e beijei também. Disse:
— Meu querido corninho, agora você me fez a mulher mais feliz possível.
Virei-me para o Gabo e pedi:
— Me ajude, Gabo. Por favor, vamos para nosso Chalé?
Ele me suspendeu e me colocou de pé. Saymon se levantou e eu o abracei e abracei o Gabo com o outro braço. Pedi ao Saymon:
— Querido, pegue a minha bolsinha e o vestido?
Ele pegou, mas eu continuei nua, abraçada a ambos.
Fomos andando pela areia, iluminados apenas pelos raios frágeis de uma lua oculta entre nuvens, em direção ao nosso chalé. Eu estava ardida, mas muito satisfeita. Muito mais delícias e prazeres nos esperavam naqueles dias.
De longe enquanto nos afastávamos ainda ouvíamos a música tocando e a canção:
“Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente, se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu”.
Fomos nos afastando e a música se perdeu no ar.
Prometo que voltaremos a contar mais um pouco, quando pudermos.
Conto de Leon Medrado –
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