O PROFESSOR ENRUSTIDO – PARTE 8: O GRÊMIO ESTUDANTIL II ( O EVENTO)

Um conto erótico de Unknown
Categoria: Homossexual
Contém 4034 palavras
Data: 13/06/2024 00:51:11

Enquanto íamos pra escola, ainda no carro do Eric, eu não conseguia parar de pensar naquela cena ousada no estacionamento da loja, nossos corpos e nossas bocas se tocando em uma sincronia perfeita, e aquele suspiro... Me senti um pouco lixo depois daquilo, confesso, pois uma parte minha não queria cair em tentação, mas a outra estava pronta pra pular do precipício e cair direto no abismo chamado Erickson... Sabem o tal sonho que minha irmã Nina disse que teve comigo? Enfim, ela disse eu iria passar por uma provação, mas que no final eu iria receber os louros da vitória, seja lá o que isso quer dizer. Durante o trajeto, Eric me olhava o tempo todo, até eu repreendê-lo: “dá pra você olhar pra frente? Não quero que aconteça um acidente e você já foi parar no hospital, lembra?” Ele deu uma risada e disse: “Você como sempre preocupado comigo, hein, Emerson...” E eu estava mesmo, sei lá, eu gosto desse homem, não sei explicar, mas tudo o que eu pude dizer foi: “Eu tô preocupado é comigo, você dirige esse carro como se fosse um foguete e eu realmente não quero...” Smac! Ele tascou outro beijo na minha boca e se afastou rápido! Que ousado! Na hora eu surtei: “você ficou maluco? Assim no meio da rua, e se vissem a gente?” Ele nem estava preocupado com a situação, apenas respondeu: “Relaxa, neném, é vidro fumê, não estão vendo porra nenhuma lá fora!” Mesmo assim eu fiquei tiririca: “Não interessa, caramba! Você tá se arriscando muito por alguém que só serve pra esvaziar suas bolas!” Ele olhou de volta sorridente e disse consigo mesmo: “é o que você acha...” Olhei na mesma hora, mas ele estava mexendo no rádio do carro pra colocar alguma música, na hora eu falei: “eu só te peço uma coisa, sertanejo universitário não!” Ele apenas colocou em alguma estação de rádio onde tocava música eletrônica e assim fomos até chegar na escola.

Ao descermos do carro, já demos de cara com a professora Teca e o professor Eustáquio, que pareciam afobados, deviam estar com alguma coisa em atraso, e o que eu tinha a ver com aquilo? Enfim, era o primeiro dia do grêmio estudantil e os alunos já estavam se preparando para dar início, já que os professores apenas organizam tudo, os alunos é quem dirigem o evento, como uma forma de autonomia, claro que sempre com supervisão minha e do Eric, que éramos meio que intermediários de alguma forma. Me dirigi até a sala dos professores para deixar as resmas de papel dentro do armário junto com as cargas de tinta preta, e é claro que Eric foi atrás de mim como um cachorrinho, ele entrou e fechou a porta com cuidado, como se não quisesse que ninguém ouvisse nada, imediatamente eu me virei assustado, e ele apenas fez sinal pra eu não dizer nada, se aproximou de mim e mais sessão de beijos rolou ali mesmo, perto da mesa de café. Honestamente, ele estava impossível demais, arriscando tanto assim, primeiro no carro em pleno movimento e agora isso... eu tentei me desvencilhar, mas vocês sabem, o Eric é muito forte e eu só o cajado de Moisés, então, ele me domou com facilidade, com aqueles braços musculosos que me faziam suspirar, o jeito foi cair de boca... e de língua, que beijo foi aquele, cheio de sincronismo e fogo... ficamos assim por quase um minuto, até que eu me afastei ofegante e disse: “tá bom, Eric, já chega! Se pegarem a gente, eu te mato!” ele todo saliente respondeu rindo: “Ah, então agora eu sou o Eric?” Eu dei um tapa no braço dele revidando: “não tem, graça, tá legal?” Vamos nos recompor que é melhor! Mal terminamos de nos falar, a porta se abriu! Era o diretor Hermínio: “olá, professores, que bom que chegaram, tudo certo com as compras?” Eu respondi num ímpeto: “Sim, sim, sim senhor! Tudo certinho, não é, professor Erickson?” Eric estava vermelho como uma maçã do amor, mas soube responder friamente: “Isso, correto, professor Emerson! Tudo nos conformes!” E o diretor continuou: “Joia! A primeira partida de futebol será o 1º ano contra o 2º ano, professor Erickson, como o professor Educação Física oficial e chefe do comitê de assuntos esportivos, vou precisar do senhor agora para organizarmos tudo lá na quadra, e o senhor, professor Emerson, pode ajudar a professora Nanda com os cartazes dos alunos do 3º ano enquanto isso!” Eu apenas respondi: “sim, senhor, diretor, vou agora mesmo ao encontro dela, com licença...”

Então, Eric e o diretor Hermínio foram para a quadra e eu tive que ficar na sala de artes com a professora Nanda ajudando a confeccionar os cartazes, já que minha letra é muito bonita pra essas coisas e eu adorava conversar com ela. Durante o meu tempo lá, tivemos tempo pra colocar os papos em dia, ela estava muito espantada ao me ver trabalhando junto com o Eric, já que estava óbvio que ele não era de socializar muito comigo na escola e todos viam isso. Ela começou: “então, Emerson, me conta, como é trabalhar com o professor Erickson? Confesso que fiquei espantada ao te ver com ele, pensei que ele não gostasse de você...” enquanto eu recarregava um pincel, eu ia respondendo: “olha, Nanda, eu não sei, as pessoas nem sempre são o que a gente pensa, sei lá, ele só precisava me conhecer melhor, né? Você, por exemplo, quando me conheceu me adorou quase que imediatamente, a professora Teca também, já o professor Erickson, bom... ele tem o jeito reservado dele... e isso foi ideia do diretor Hermínio, sabia?” Ela estava mesmo prestando a atenção, pois disse: “Nossa! Sério? Foi ele? Uau! E como foi a experiência? Normalmente ele te olha como se quisesse te bater ou coisa do tipo, o que você acha?” Eu apenas brinquei: “não sei, profi... eu ainda tô aqui e vivo, né? então acho que não tenho com o que me preocupar...” Começamos a rir um pouco e continuamos o trabalho. Quando todos os cartazes estavam prontos, ela disse: “bom, já terminamos por aqui, se você quiser pode ir assistir ao jogo na quadra...” Eu apenas fiz que sim com a cabeça e fui pra lá.

Chegando na quadra, vi que os times estavam a todo vapor, garotos suados, com aqueles uniformes, alguns sem cueca com o mamulengão balançando, o cheiro de seus corpos suados, era uma sensação inebriante, devo admitir. O arbitro do jogo era o Eric, ele tinha trocado de roupa, estava de bermuda de tecido fino preta curtinha, deixando partes das suas coxas lindas a mostra, uma camiseta azul e uma chuteira preta, estava de apito e com cartões nos bolsos. Com toda aquela agitação eu nem percebi que o Gustavo estava na arquibancada com o primo dele, o Micael, o branquinho roludo safado que me fez gemer como uma cabrita, eles acenaram pra mim sorrindo e eu retribuí... A quadra estava fervilhando com todas as equipes organizadas e as meninas com aqueles pompons e minissaias fazendo a liderança de torcida. Como eu amava trabalhar naquela escola, os amigos e colegas de trabalho, a cooperação mútua, sempre tudo com alegria e animação. Em um dado momento houve um grito de gol, parece que o time do 2º ano tinha feito mais um em cima do time do 1º ano! Todo mundo comemorou, até o Eric estava bem animado, já que ele tem uma turma preferida, apesar de ele achar que ninguém sabe disso... ouvi um apito, era uma pausa de dez minutos para os jogadores descansarem, sendo assim, algumas pessoas que estavam assistindo saíram das arquibancadas para tomar uma água, e eu aproveitei para ir no banheiro da quadra. Quando entrei, dei de cara com o Micael, o tal primo do Gustavo, ele estava desacompanhado dessa vez, assim que me viu veio logo na minha direção e me abraçou: “e aí, professor Emerson, tudo beleza? Tempão, hein...” Eu estava eufórico, a última vez que tinha visto o Micael, ele estava com aquela rolona enfiada no meu rabo até o saco, eu senti um arrepio na espinha quando vi aqueles lábios sorrindo pra mim. Ele fez sinal me chamando e eu fui atrás, entramos em um box, ele me fez sentar no vaso com a tampa fechada. Eu estava nervoso, mas ao mesmo tempo esperando a surpresa que ele tinha guardado na calça, ele tirou aquela giromba albina pra fora e para a minha alegria, estava mais linda do que nunca! Lisinha, cheirosa e reluzente... ele pegou minha cabeça e colocou direto minha boca nela, que eu engoli com todo prazer... eu lambia a cabeçona e chupava seus bagos sem sequer tirar os olhos dele, ele sorria com aquela cara de safado, jogando beijos pra mim, não podíamos fazer muito barulho, afinal eu estava no meu local de trabalho, mamando uma anaconda respeitável bem ali no banheiro da quadra. De repente, ouvimos um barulho, passos largos, alguém tinha entrado no banheiro e parecia estar sozinho, pois não ouvi nenhuma algazarra, então, sugeri que podia ser alguém mais velho. Ficamos imóveis, Micael de branco estava vermelho de tanto medo, eu estava paralisado, esperando quem quer que fosse ir embora, o cacete dele continuava duro, eu lambia a cabeça preocupado, mas não conseguia tirar ele da boca. Tudo ficou silêncio. Depois ouvi a porta principal fechar, deduzindo que a pessoa já tinha ido. Fiquei mais aliviado, então, ouvi de fora os gritos do pessoal e o barulho de um apito, indicando que o jogo havia recomeçado, então, o banheiro era só nosso, por assim dizer. Depois de me acabar naquela rola linda, ele me fez levantar, se abaixou e começou a chupar meu cuzinho, a língua dele dançava dentro do meu furico que parecia uma valsa vienense, que delícia, ele era bom mesmo em tudo... depois, ele me fez ficar mais abaixado, chegou por trás e colocou a cabeça na porta do meu cuzinho e começou a pincelar, eu rebolava sentindo aquele colosso me dominando. Por um momento fechei os olhos imaginando que aquilo ia entrar em mim e fazer estrago, quando de repente ouvi uma voz firme de cima do box: “Ahááá! Peguei vocês!” Nessa hora eu quase tive um infarto quando vi de quem era a voz: ERA O ERIC!!!!! Eu quase desmaiei de medo ao ver o seu rosto vermelho, suado e com um olhar de eu vou te matar! O pobre do Micael brochou na mesma hora tamanho foi o susto! Eu olhei pra ele, ele me abraçou pra se proteger, o que piorou mais a situação. Eric ao ver aquela cena disse com tom de voz moderado: “saiam daí os dois, porra!” Obedecemos. Assim que saímos, ele olhou diretamente pro Micael e perguntou com raiva: “de qual turma você é, moleque?” O Micael estava tão nervoso que não conseguia falar nada, só ficava parado encarando o Eric. eu intervi: “Olha, Erickson, ele não estuda aqui, ele é maior de idade, então, não tem nada demais! Depois a gente conversa, você tem que arbitrar o jogo, lembra?” Nisso, ele se aproximou de mim, e disse: “É mesmo? Não passou pela tua cabeça que podem ter dois árbitros no jogo, seu viadinho?” Droga! Tinha esquecido que o professor Tony tinha sido escolhido pra ser o substituto caso o Eric precisasse se ausentar! Ao ouvir o xingamento, Micael tomou minhas dores: “não fala assim com ele não, tio!” Nisso, Eric deu um baita empurrão nele e o coitado do menino quase caiu, apesar do Micael ser forte, o Eric tinha o dobro da força dele. Quando vi isso, corri pra ajudá-lo, o que fez com que o Eric dissesse: “Então esse é o playboyzinho do seu prédio? É com ele que você tá se esfregando? Fala agora, Emerson!” Eu estava com raiva, mesmo assim respondi: “Claro que não, seu mané! Aquele era o Diego, esse é o Micael! É um amigo meu, só isso!” Eu pude ver nos olhos dele a decepção e a raiva misturada com tristeza, Eric não conseguia mais disfarçar, ao que disse: “Entendi! Você me deu o fora pra ficar com esse moleque aí! Aquele dia no carro não significou nada pra você?” Eu fiquei nervoso, apesar da situação, estávamos ainda na escola então, tive que intervir: “Escuta, Eric! não sei se você se lembra mais ainda estamos na quadra da escola, nossa escola, de onde tiramos o nosso sustento! Vamos conversar outra hora, por favor. Micael, você pode ir!” Quando ele foi se aproximando da porta, Eric se meteu na frente da passagem, bloqueando a saída! Nessa hora eu gelei! Ele não queria deixar o garoto sair! E agora? Ia rolar carnificina! Nessa hora eu protestei: “Deixa ele ir, Eric!” Mas parece que ele não estava pra brincadeira, pois disse: “Ninguém sai dessa porra de banheiro até você me explicar que merda é essa!” A essa altura, eu já estava preocupado com medo de alguém querer entrar pra usar o banheiro, então eu abri logo o jogo: “Quer saber? Eu vou contar! Eu conheci o Micael uns dias atrás no meu apartamento com um primo dele! Nós conversamos depois transamos gostoso no tapete e depois no sofá da minha sala, depois eles deram uma gozada dupla com os dois paus enfiados no meu cu! Gostou do resuminho?” Ao ouvir isso, Eric estava com os olhos lacrimejados e vermelhos, não sei se eram de raiva, tristeza ou os dois, ele pareceu ter se desarmado naquele momento, baixou a cabeça, ficou mudo por uns dez segundos e depois disse baixinho: “Então era isso que tava prestes a acontecer aqui? Você deu pra esse guri e o primo dele no seu apartamento e agora você ia dar de novo...” Eu olhei pro Micael, que estava morrendo de medo de apanhar e confirmei: “sim, eu ia dar pra ele... ia deixar ele me foder gostoso até sentir o jato de porra quente escorrer pelas minhas pernas... pronto! Tá feliz? Agora deixa ele ir pra casa e esquece isso!” Eric se afastou da entrada, pensei que ia deixar o Micael sair, mas ao se aproximar de mim, me olhou nos olhos, agora em lágrimas, e com uma rapidez impressionante deu um soco na cara do Micael, que caiu feito fruta madura no chão! Nesse momento eu perdi a cabeça e gritei: “você tá louco, cara? Dá o fora daqui!” Pensei que ele fosse me bater também, mas depois ele se afastou e disse com a voz trêmula: “Achei que você fosse diferente... mas eu tava certo... você não passa de um baitolinha que abana o rabo pra qualquer macho!” Antes que eu pudesse me defender, ele se afastou, abriu a porta da frente e saiu.

Fiquei com os olhos vidrados na porta, mas depois que voltei em mim, lembrei que o pobre coitado do Micael ainda estava no chão, corri pra socorrê-lo e constatei o óbvio: o olho esquerdo dele estava bem machucado e no outro dia ia ficar mais roxo que berinjela! Eu estava perdido! Assim que ajudei ele a levantar, fui logo dizendo: “meu Deus! Eu sinto muito por isso, Micael, me desculpa! Eu não sei nem por onde começar a explicar tudo isso, mas eu prometo que...” Ele me interrompeu dizendo: “Já saquei tudo... vocês tem um caso... por isso ele me acertou! Ou ele é seu namorado?” Na hora eu disse: “o que? Não! A gente só transou umas três vezes, nada demais, o mais importante é esse olho, e eu pago a medicação e tudo mais, mas por favor, não conta pro meu diretor senão eu perco o meu emprego...” Ele respondeu: “Eu sou maior de idade, professor, não sou seu aluno, fica de boa, só evita esse tipo de gente... só traz treta...” Eu estava em choque com tudo aquilo, o Eric com aquele soco poderoso só faltou fazer uma lobotomia no coitado do garoto só por minha causa, ele se importava comigo e estava meio que decepcionado com o que viu... será que a culpa era minha? Eu era mesmo tudo o que ele disse? Mas o que eu ia fazer? A gente não tinha compromisso sério, eu sou solteiro e estava apenas me divertindo, não ia me sentir culpado por isso, mas... eu estava triste por dentro, pelo Eric, apesar de tudo eu ainda gostava dele... eu parti o coração dele... que idiota eu era!

Assim que saímos do banheiro da quadra discretamente, levei o Micael pelos corredores da escola, sorte que ele tava com um óculos escuro, assim escondia o olho vermelho que já estava ficando arroxeado, no meio do caminho eu ainda pedia desculpas dele, tentando amenizar a situação. Ao chegar no portão principal, tirei R$ 50,00 do meu bolso e dei pra ele pra pagar os medicamentos e os analgésicos, me despedi dele com o coração na mão, então, resolvi ficar na sala de cartazes, pra esfriar a cabeça. Tinha sido um dia e tanto e não eram nem 18h:00. Nisso, ouvi passos no corredor, dei um pulo da cadeira assustado, achando que podia ser o Eric, mas na verdade era o zelador, o seu Clóvis: “oi, professor Emerson, o senhor por aqui... desculpe incomodar, mas eu vou ter que fechar a sala depois da limpeza...” ótimo! Não posso nem ficar sozinho numa sala climatizada, tive que sair a contragosto, o jeito foi voltar pra quadra, afinal, o diretor Hermínio disse que precisavam da minha ajuda com a seleção dos uniformes, então fui direto pra lá... chegando na quadra, os times estavam na reta final, todos agitados pois estavam empatados, fiquei perto da arquibancada da esquerda de pé pois não tinha lugar pra sentar. De repente, um dos garotos do 2º ano estava fazendo um drible com a bola e estava prestes a acertar a trave, quando o seu chute errou a direção e bam! Acertou bem na minha cara! Minha vista escureceu e eu não vi mais nada. Quando voltei em mim, estava na sala de troféus, deitado em colchonetes azuis, a mesma sala onde o Eric e eu tivemos nossa primeira transa... que ironia, não? Todos estavam a minha volta, professor Eustáquio, professora Nanda, professora Teca, os alunos e o Eric. Ele me olhava com um olhar preocupado e fechado, os outros super preocupados, perguntando se eu estava bem, quantos dedos eu estava vendo, me deram água e remédio e só aí que me lembrei: o Júlio, o aluno do 2º ano errou o chute que acertou meu rosto me deixando inconsciente. Eu apenas perguntei: “onde eu tô?” Professor Eustáquio respondeu: “está na sala de troféus da quadra, professor, o senhor levou uma bolada na cara e caiu no chão... teve sorte de não ter atingido sua visão...” Nisso eu já estava me sentindo melhor, depois, todos se dispersaram e eu fiquei ali, somente eu e o Eric, que fingiu que ia verificar umas coisas no armário do canto. Ele estava de braços cruzados me encarando, e eu ali encarando de volta, até que tomei coragem e perguntei: “eu merecia isso, né? não sei se vou conseguir sentir cheiro outra vez, mas... e tô bem, obrigado por perguntar...” Ele continuava calado, então continuei: “Quando você me chamou de baitolinha, ficou parecendo o pior palavrão do mundo... eu sei que você ficou triste e chateado por eu estar com outro cara,, ainda mais na escola, mas você precisa entender que eu sou um cara livre, você é casado, o que nós temos é algo secreto, ardente e cheio de desejo... eu gosto de você, Eric, mas eu não vou ficar a minha vida toda sobrevivendo de migalhas, eu quero você por completo, só pra mim, mas a lei matrimonial nos impede... eu vou entender se você não quiser mais falar comigo, pode voltar a me ignorar se quiser, eu não ligo...” Nisso, ele descruza os braços, olha ao redor e fala: “lembra dessa sala? Foi aqui que a gente deu a nossa primeira foda, só que eu estava no seu lugar e você no meu agora... e foi justamente aqui que eu descobri o prazer que era foder o cuzinho de um homem sem deixar de ser que eu sou... você, Emerson, despertou algo em mim que eu julgava morto... sei que eu sou extremo às vezes, mas você sabe que eu só gozo gostoso com você...” Eu estava ouvindo tudo atentamente, depois respondi: “você deu um soco na cara de um garoto de 20 anos por minha causa... sorte a sua ele ficar calado, ou nós estaríamos no olho da rua agora e não estaríamos tendo essa conversa... hoje mais cedo, no seu carro, quando eu te beijei, eu senti meu corpo todo eletrizar, eu não queria sair dali, eu pensei, em um fração de segundos que nós dois podíamos ser algo a mais, aí o seu celular tocou e... cortou o clima... a questão é que você, Eric vai continuar casado e eu vou continuar com a minha vida, aqui no trabalho podemos nos encarar mas jamais ter contato físico novamente... o que acha disso?” Eric estava com o semblante triste, seus olhos marejados me olhavam sem parar procurando alguma coisa. ele se aproximou de mim se ajoelhando, acariciou o meu rosto e disse: “vamos descobrir... eu tô disposto a esquecer aquela cena lamentável de hoje se você me prometer uma coisa: que vai ser só a gente... Emerson... meu casamento não é um mar de rosas como todos pensam, eu não aguento mais essa vida...” Nessa hora esqueci até da dor de cabeça que eu tava sentindo, me levantei na mesma hora e perguntei quase gaguejando: “vo-você t-tá querendo dizer o que com isso, Eric?” Ele sorriu e disse: “eu tô disposto a me divorciar da minha mulher pra ficar com você...” CA-RA-LHOOOOOOOOOO!! Ou os medicamentos me causaram algum tipo de alucinação ou a bolada na cara embaralhou meus sentidos... ele disse D-I-V-O-R-C-I-A-R? Atônito respondi: “Para o mundo que eu quero descer! Você o que? Você tá doidão? Quer se separar da sua mulher por mim? Achei que depois de hoje você quisesse me esganar ou me dar uma surra ou sei lá, mas isso... não... diz que tá brincando, vai...” Ele sorriu, coçou a cabeça e disse: “te dar uma surra? Acha que eu seria capaz de machucar desse jeito? Tá sendo ridículo, cara...” Rebati: “ué, é compreensível, não acha? Quando eu te conheci você me olhava com ódio, parecia que queria me moer na porrada, só depois que descobri que você era homofóbico e tal, mas aí quando eu percebi a gente tava aqui nessa sala sem roupa e transando, daí eu pensei... ele curte gays como eu só que no sigilo...” Ele arregalou os olhos e disse: “Cara, eu sou hétero, fui criado por um pai rígido, eu servi a Marinha dos meus 18 anos até os 23, quando saí e entrei pra faculdade, meu porte é militar, o fato de eu não ter dado bola pra você é pelo fato de eu realmente não gostar de gays porque... eu tive uma experiência muito ruim com um há anos atrás...” Só então entendi tudo, era trauma do passado que o impedia de se aproximar mais de mim, ao que eu respondi: “então pelo fato desse gay ter te dado uma experiência ruim, você teve a brilhante ideia de achar que isso se aplicaria a mim? É essa a sua desculpa?” Eu estava sério dessa vez, ele tentava olhar para os lados, mas meus olhos o seguiam, o jeito foi me aproximar mais dele, beijá-lo na testa e dizer: “a primeira vez que eu te vi, professor Erickson, meu coração disparou, sua beleza encheu meus olhos de alegria, eu ia pra escola sorrindo porque sabia que ia te encontrar lá, mesmo não falando comigo e me ignorando eu sabia que você era real, e agora olha pra mim... estou dizendo isso na sua frente com o nariz inchado... é isso mesmo que você quer? Pensa bem... eu não me orgulho em nada do que eu fiz você passar hoje, mas sinto que agora, estamos quites...” ele me olhou no fundo dos meus olhos, me beijou na boca e disse: “eu te amo, Emerson!”

CONTINUA...


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Comentários

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Hummm... Esse Emerson é mais puta que tudo. Como pode dizer isso de que "estamos quites" e o tonto do Erick concordar e lascar um "te amo"? Vai é ser muito corno ainda. Emerson é, e fato, um boiolinha que fica balançando o rabo para os machos. O cara teve um lance super foda de sentimentos e tudo o mais dentro do carro, com o Erick e, logo depois, estava dando o rabo pra outro cara no banheiro???? Esse Erick merece todos os cornos que vai levar.

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Mas que capítulo delicioso! Adoro o Emerson putinho, mas to adorando ver o Eric se admitir, mesmo dando umas bolas foras feias ainda. Sua escrita é muito boa! Parece que estamos na cabeça do Emerson rs

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Bola fora é o Emerson saindo do carro do Erick, depois dos beijos e todo o sentimento de lá e ir dar o cu no banheiro pra outro cara.

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