Após o banho fui para o quarto ainda maravilhado com tudo o que tinha acontecido, iria dormir um pouco. Guilherme queria dormir comigo, mas preferi não arriscar já que Micaela poderia aparecer e ela tinha as chaves.
Me deitei, virei de um lado para o outro e penei para dormir, mas acabei pegando no sono.
Acordei no começo da tarde, estava um cheiro gostoso de comida sendo feita que vinha da cozinha, ao ir até lá, não era Guilherme e sim Micaela, que me recebeu com um enorme sorriso.
"Só estava terminando o almoço para te acordar" Micaela foi em minha direção e me deu um beijo.
"Eu conheci seu primo" disse ela.
"Até que é educado para um presidiário"
"Ex-presidiário, Micaela, ele cumpriu a pena e tá solto" corrigi.
"Tá tá, foi um elogio, quis dizer que ele se ofereceu pra ir no mercado comprar alface pra poder fazer a salada que você gosta"
"Micaela, não foi um elogio. Você o botou como algo, e ele já pagou, então tá tudo certo"
"Dante, Meu Deus! Você pode pensar assim, mas não é como pensa a sociedade. Para muitos ele vai ser sempre um ex-presidiário que pode voltar a fazer algo de errado."
"Só não quero que o Guilherme chegue de repente e a pegue o rotulando"
"Dante eu não tô entendendo, até ontem mesmo você não conseguia nem pensar na hipótese do seu primo estar aqui justamente pelo fato dele tá saindo da cadeia e agora tá discutindo comigo?"
Percebi que estava me excedendo com Micaela e a abracei;
"Desculpa amor, desculpa... É que tive um plantão péssimo, não quero também me indispor com a minha tia. A casa é dela e o hóspede também." Micaela pareceu me entender e me deu um beijo longo, que foi interrompido pela chegada de Guilherme.
"Desculpa gente, não queria estragar clima nenhum, aqui tá o alface" Guilherme pôs uma sacola em cima da mesa e saiu.
"Só me promete uma coisa, está bem? Vai esquecer o passado do Guilherme e tratar ele bem. Promete?"
"Dante, ainda me sinto desconfortável com um bandido aqui em casa"
"Mi, se não se sente bem porque não fica na sua casa? Quando fomos para nos vermos marcamos algum rolê ou até mesmo um motelzinho" sugeri.
"Você tá preferindo ele do que eu?"
"Não tem nada a ver... Mi a casa não é minha, não posso simplesmente mandar ele embora sem um motivo plausível"
"Então eu vou encontrar um motivo plausível, só espero você estar vivo quando isso acontecer" Micaela pegou suas coisas e foi embora, ainda com a comida no fogo. Terminei tudo e gritei pelo Guilherme, mas o meu primo não apareceu;
Fui até o quarto dele e nada, ele estava no meu, procurava uma roupa para vestir.
"Mano eu prometo que vou te devolver essas roupas"
"Não tem problema, a gente precisa ir no shopping comprar algumas roupas pra você" falei.
"Eu sei que acabei de sair da cadeia, mas não sou nenhum encostado, era tatuador antes de ser preso, óbvio que não tenho um puto pra começar de novo, mas arrumo um trampo e desenrolo fácil"
"O que você pensa que tá fazendo?" Perguntei e Guilherme me fitou com seus olhos azuis, estavam avermelhados:
"A Micaela não é a minha maior fã e olha que tenho quase certeza que nem sabe que gozei com o namorado dela... A questão é que... Não quero te causar problemas primo. Sei que a casa não é sua, sei que você não tem autoridade pra me mandar embora. Não quero causar desconforto pra sua namorada que acha que vou te matar a qualquer momento e tão pouco pra sua tia que me deu um abrigo. Quem faria isso por alguém nas minhas condições, né?"
"Você não vai... Eu não vou deixar, e olha que tenho coragem o suficiente para te manter preso nessa casa. Isso seria o que? Cárcere privado? É crime, né?" Guilherme riu, um riso genuíno, ele era tão lindo.
"Você não sabe o que eu fiz. A sua namorada pode estar certa, eu posso realmente ser um assassino frio e calculista" eu o aguarrei pela cintura
"Então eu pago pra ver" e o beijei, Guilherme retribuiu o beijo, era tão bom, tão maravilhoso, tirei minhas roupas que estavam em seu corpo e em seguida meu shorts e o joguei na cama, dessa vez eu que iria tomar o controle da situação e explorar aquele corpo, ou melhor, aquela rola. Aboquenhei seu pau semi-duro como se fosse o picolé mais gostoso e suculeno da vida. Pude senti-lo ficar cada vez mais duro dentro da minha boca, pude ouvi-lo gemer enquanto tomado pelo tesão, forçava minha cabeça e minha boca praquela rola. Eu engasgava e queria mais, ele me ouvia engasgar e também queria mais.
Assim que larguei aquela rola fui jogado na cama; Guilherme me beijou, eu puxei seu cabelo, levando a cabeça para trás e caindo de boca naquele pescoço; Guilherme tomou o controle da situação e começou a me chupar, que boca insana que ele tinha, era definitivamente o melhor boquete que já recebi.
Aquilo era maravilhoso e intenso, até que Guilherme sussurrou no meu ouvido:
"Quer me comer?" Fiquei surpreso com a pergunta.
"Tem certeza?" Guilherme balançou a cabeça, seus olhos brilhavam em confirmação.
"É tudo o que eu mais quero desde o dia que te vi pela primeira vez" ele mordiscou minha orelha e ficou de quatro na cama, aquela bunda maravilhosa empinada em minha direção, precisei mais uma vez invadir aquele cuzinho com a língua, Guilherme gemeu em resposta.
Encostei a cabeça na portinha do cuzinho, o sentir piscar e fui colocando, Guilherme se estremeceu, mas me mandou continuar e assim eu fiz, minha rola foi sumindo naquele cuzinho e a cada novo centímetro dentro dele, Guilherme gemia ainda mais intenso. Quando eu já estava por completo dentro dele, Guilherme começou a rebolar, o que aumentou o meu tesão e por consequências, o ritmo da penetração. Tudo estava incrível e mudamos de posição, ficamos de frango assado e agora eu via o rosto do meu primo, o enxergava enquanto gemia, enxergava seus olhos pedindo mais e atendia seu desejo enquanto ele passava seus braços em torno de mim. Nos beijamos e o vi revirar os olhos, o vi morder o lábio e segurar com força o lençol, avisei que estava quase gozando e ele rebolou enquanto tocava sua própria punheta. Guilherme gozou, seu leite lambuzou sua mão e também a minha barriga, também gozei, gozei dentro dele, bem no fundo. Guilherme soltou um gemido intenso e desabou na cama, desabei por cima dele e ele me abraçou, me deu um beijo suado na testa e ficamos assim, completamente nus e satisfeitos, um sobre o outro.
Tomamos banho juntos, e fomos pra sala assistir um filme, estávamos comendo algumas besteiras e nos lambuzando, quando Micaela voltou. Ela tinha a chave da casa então simplesmente entrou, nossa sorte foi que estávamos de roupa, exceto Guilherme que estava sem camisa mas isso não é suspeito.
"Podemos conversar em particular?" Perguntou Micaela.
"Vamos lá pro meu quarto"
"Quer que eu dê pause no filme Dante?" Perguntou Guilherme.
"Não precisa, depois assisto" joguei um salgadinho nele e ele jogou de volta.
Fui com Micaela até o quarto e ela passou a chave na porta, eu poderia até tentar, mas não sei se conseguiria gozar de novo caso ela quisesse sexo. Mais não era isso que era queria: "Já que você resolveu brincar de melhores amigos com seu primo fiz meu dever de casa"
"O que você tá falando?" Perguntei.
"Enquanto esse presidiário foi comprar alface, fui em busca dos documentos dele no quarto, você sabia que ele se chama Guilherme Alfonso de Mattos?"
"Não! E também qual o problema? Você não tinha esse direito"
"Acontece queridinho que quando a pessoa comete um crime, por mais que tenha pago a dívida com a sociedade, seu nome fica sujo e o processo fica público pra quem quiser ver"
"Eu não acredito que você..." Ela me interrompe, agora reparei que ela estava com um envelope pardo em mãos, ela retirou o conteúdo, havia alguns papéis.
"Antes de você bancar o advogado do presidiário, só me ouve... Sabe porque ele foi preso? Ele te contou?"
"Não" admiti.
"Então leia essa manchete de jornal, e sim! Seu primo é uma estrela daquela cidade de fim do mundo de onde ele veio, com direito a manchete no jornal e tudo!"
Os papéis eram todos impressos, dava pra ver que Micaela foi nos sites corretos e imprimiu tudo. Ela revirou bem a vida e o passado de Guilherme:
O papel que me foi entregue era a impressão da foto de uma antiga manchete de um jornal local, a data era de quatro anos atrás, tinha uma foto do Guilherme, um Guilherme quatro anos mais jovem e abaixo dizia em destaque:
- EMPRESÁRIO É ESPANCADO E ESTÁ EM ESTADO GRAVE NA UTI, SUSPEITO (FOTO ACIMA) ESTÁ FORAGIDO -
Olhei para
Micaela, e ela sorria satisfeita.
"É isso mesmo que você leu, tenho outras informações aqui... Mas o seu priminho querido que você hospedou na sua casa espancou um homem que por pouco não morreu, ele é um assassino".
Continua...
