Ganhei meu dia ao ler esse final. Excelente! Acompanhei o sofrimento dos dois, situações terríveis. Contudo, ambos guardaram laços para terem nova oportunidade. O filho foi uma benção, reforço do amor. Sinceramente, honestamente, pediria ao nobre autor que pensasse em fazer um epílogo sobre Melissa - cruel demais! Ela sofreu abusos de um doente criminoso. Tentou reabilitação, mas ele conseguiu manipular novamente a própria filha. É uma sugestão.
Minha esposa me traiu com a última pessoa que eu poderia imaginar (Final)
Essa é uma parte especial e por se tratar da última, ficou bem maior. Agradeço aos milhares de leitores que seguiram lendo capítulo por capítulo, tanto que mesmo a décima, décima primeira já estão com 4 mil leitores ou mais. Vários capítulos dessa história entraram no ranking dos mais lidos, um com mais de 12 mil. E é no ranking dos mais lidos que vemos a separação entre quem realmente é acompanhado por leitores de verdade e quem só tem os próprios fakes para lhe bater palmas. Abraços, meus queridos, e espero que o final agrade a grande a maioria, já que a todos é impossível.
Quando a porta foi aberta, deparei-me com Yasmin, porém extremamente diferente do que era. Mesmo quando já estava com 20 anos, tinha um estilo ninfeta, meio moleca, se vestia com roupas típicas de sua idade, mas agora tinha adquirido um visual elegante, os cabelos mais cheios, estava mais bonita de rosto, bem maquiada, trajando uma camisa social verde por dentro da calça com as mangas dobradas e dois botões abertos, calça jeans preta, porém justa, o que permitia ver que estava com um corpo mais sensual do que já era; cinto marrom e sapato preto de salto. Tinha se tornado um mulherão. Ela me cumprimentou sorridente com um leve beijo no rosto, um rápido abraço e já me convidou para entrar.
Notei que era um apartamento maior que o meu e decorado com extremo bom-gosto. Dentro desse contexto, os preconceituosos poderiam chegar a várias conclusões: deve ter se casado com um cara rico, tem um amante coroa que a banca, virou garota de programa ou está envolvida em coisa errada, mas eu optei por não deduzir nada e esperar que ela me contasse sobre o que ocorrera nesses oitos anos.
Assim que Yasmin começou a falar, notei rapidamente outra mudança, havia uma segurança nela e uma linguagem corporal minuciosamente treinada. O modo de mexer as mãos e os braços, de cruzar as pernas, se sentar, as expressões faciais enquanto eu falava, tudo tinha uma elegância que me deixava confuso, eu estava diante da minha ex-cunhada, moleca, provocadora, gente boa e com quem tive um caso, mas, ao mesmo tempo, parecia que não. Lembrando que ela ainda era jovem, pois pelas minhas contas estava com 28 anos.
Antes de entramos na fase do que cada um fez nesses 8 anos, conversamos sobre amenidades, o fato de morarmos até próximos, a localização etc.
Finalmente começamos a falar sobre o que fizemos. Yasmin quis que eu contasse primeiro. Narrei todos os fatos que já citei para os leitores no conto anterior, exceto a parte de relacionamentos, pois achei que não viria ao caso. Por dentro, queria logo saber o que acontecera com ela.
Minha ex-cunhada ficou muito feliz com minhas conquistas e mudanças. Finalmente tive a oportunidade de perguntar o que ela tinha feito desde 1983:
-Tentei te procurar várias vezes, um amigo ligou para a casa do teu pai, disseram que você estava em Minas, mesmo assim, vira e mexe, procurava seu nome na lista telefônica.
-Sim, de fato morei uns bons anos em Belo Horizonte, mas vamos do começo, é uma história longa, tentarei encurtá-la (risos), qualquer coisa, pode perguntar. Aquele ano de 83 foi bem complicado, no segundo semestre, pensei em trancar o curso, minha cabeça não estava legal, ficou um climão meu com meu pai e Melissa e também tivemos aquele desentendimento nosso, eu quis cair no mundo pensei até em virar mochileira, olha a loucura (risos), mas teve um professor que disse que eu poderia tentar me transferir para outra universidade e como tinha tios e primas em Minas, consegui com muito custo, no começo de 84 ir estudar na UFMG. Lá, os 4 anos que restavam de curso, pois tinha feito 1 ano aqui, quando terminei, já estava estagiando em um escritório e comecei a pegar uns casos depois de formada, mas eis que após um ano exercendo a advocacia, surge um convite irrecusável para trabalhar aqui em São Paulo em um grande escritório. Voltei, isso há dois anos. Estou acabando de pagar esse apartamento. Este ano, decidi prestar um concurso para promotora e passei, devo assumir em breve. Talvez, como advogada, viesse a ganhar bem mais, mas a estabilidade é importante. Quem sabe no futuro, tento para juíza, mas isso depois, por enquanto chega de ficar estudando para concurso, quase enlouqueci (risos).
Eu estava literalmente de boca aberta: “Yasmin, aquela garota meio avoada, meio chorona, meio sapeca, agora será promotora de Justiça?”
Até então, ambos estavam agindo de maneira um tanto formal, era normal, pelo tempo sem nos vermos e pela maneira com que terminou nosso último encontro, mas meu alívio por ver o quanto ela estava bem foi tão grande que comecei a rir e ela estranhou:
-Desculpe-me, Yasmin, fiquei preocupado de verdade com o que teria ocorrido com você, mas nem na minha projeção mais otimista poderia imaginar que tinha se tornando uma promotora de Justiça! Eu chego até a me emocionar... Poxa...Depois de tudo...Queria muito ter te encontrado antes, pedir desculpas...
De maneira suave, Yasmin colocou a mão em meu braço e disse:
-Não vamos falar disso agora, tudo bem? Talvez mais tarde, conte-me sobre sua vida pessoal, se casou, tem filhos, namorada?
-Nada, cumpri minha promessa de não entrar mais em relacionamento sério. Tenho uns encontros aqui e ali, mas sem me apegar. E você, se casou?
-Também não, tive um namoro mais sério em Minas e agora estou saindo com uma pessoa da mesma área profissional aqui de São Paulo, estamos há quase um ano juntos, mas nessa jornada toda, tive um filho sim, olha aqui.
Yasmin se virou e pegou um porta-retratos dela com o filho no colo. Eu falei que era um lindo menino e perguntei seu nome.
-Andrei, mas eu o chamo de meu mineirinho.
Deduzi que o pai era mineiro, mas não fui deselegante de perguntar por que os dois não estavam juntos.
-Você aceita um café?
-Claro!
-Mas não pense que a conversa acabou, temos muita coisa para saber um do outro. Agroa, deixa ver se ainda me lembro, o café muito forte e com quase nada de açúcar?
-Ótima memória! - respondi rindo.
Yasmin voltou pouco depois trazendo uma bandeja com café cujo aroma perfumou o ambiente e alguns biscoitos daqueles amanteigados importados que vêm numa lata.
Tomamos o café e Yasmin disse, agora com uma expressão um pouco mais séria:
-Bem, Nuno, foi muito bom te reencontrar e saber que você está bem em sua carreira, elegante e diria, com todo respeito, ainda mais bonito, em grande forma, mas o motivo de tê-lo te procurado após tanto tempo é outro. Há algo que preciso te dizer, mas antes gostaria muito da sua palavra me prometendo que depois do que irei te contar, você não será desagradável nem me ofenderá.
Fiquei bem confuso, pois até então a conversa tinha sido bem amistosa, mas talvez Yasmin tivesse guardado as armas para o final e agora fosse sacá-las. Talvez viesse me jogar na cara sobre nosso caso ou algo ainda mais cabeludo sobre o que ocorria em sua casa. Só sei que gelei, mas mantive minha pose e concordei:
-Apesar de não estar entendendo nada, fique tranquila, independente do que disser, não direi nada grosseiro.
-Certo... Não é fácil, Nuno...Mas vamos lá...O Andrei...Quer dizer, o pai do Andrei...
Yasmin parou de falar e olhou um tempo para a janela:
-Sim, o que tem o pai do...
-Você é o pai do Andrei, Nuno... – Ela disse me olhando séria.
Foi um pancada tão forte que senti um arrepio das costas até o pescoço e ao mesmo tempo, meu coração disparou e senti minha rosto ferver. Levantei-me assustado do sofá:
-Pai?! –Coloquei as mãos na cintura, não conseguia raciocinar. Yasmin, demonstrando bem mais calma do que eu, pediu que eu me sentasse. Demorei uns três minutos para poder dizer algo, sentei-me:
-Me explica isso.
-Sim, te contei há pouco uma versão editada da minha ida para Minas. A verdade é que dois meses e pouco depois daquela noite na casa de seus pais, em que...Bem...Dormimos juntos, descobri que estava grávida. Eu não estava tomando anticoncepcional, aliás naquele tempo, só tomei por um curto período quando tivemos um caso e você ainda estava com a Melissa. Quando rompemos e depois você acabou sendo internado, eu não tomava, porque não transava com ninguém e foi dessa forma que acabei engravidando após aquela noite...
-Mas por que não me procurou? Te ajudaria com tudo! Tinha o dinheiro da casa guardado, compraria outra para você e para o menino, te ajudaria dentro das minhas condições.
-Estava ferida demais, Nuno, e era muito imatura. Você me despachou várias vezes, tudo bem que era eu que ficava no teu pé, mas depois do sexo, era tratada daquele jeito “é só sexo” e na última vez foi ainda pior, você disse que não me queria mais. Achei que se fosse grávida te procurar, ouviria desaforos de que planejei tudo e sabe-se lá mais o quê. Decidi ir para Minas, na verdade, antes quis trancar a matrícula porque logo teria um bebê para cuidar, amamentar e tal, mas meus parentes foram espetaculares, me apoiaram. Quando o Andrei nasceu em março, fiquei umas semanas afastada das aulas, mas depois repus com trabalhos. Quando retornei às aulas, deixava-o com minha prima. Após ele fazer um ano e um pouquinho, comecei a deixá-lo numa creche e arrumei um trabalho, e perto de terminar o curso, arranjei um estágio.
Ainda em choque, mas já entendendo o que ocorrera, perguntei:
-Você o chamou de mineirinho, achei que o pai fosse de lá.
Ela riu:
-Não, mineirinho é porque nasceu lá e até pegou um pouquinho de sotaque quando começou a falar, mas depois que viemos para cá, foi perdendo.
-Você tinha que ter me contado, Yasmin, você sabe do meu caráter, jamais te viraria as cotas.
-Eu estava ferida e assustada, Nuno. Não queria mais te ver, hoje sei que não tem culpa por não me amar como eu te amava perdidamente, mas na época, passei a te odiar ou pelo menos tentar e por isso decidi encarar essa barra sem te pedir nada. Só que agora chegamos ao ponto que me fez entrar em contato com você. Hoje, o Andrei está com 7 anos, mas desde os 3 e meio, 4 me pergunta “Por que eu não tenho pai?”. E fui adiando isso, dizer que o pai morreu seria pesado demais, então digo sempre que talvez um dia você viesse visitá-lo, pois mora longe.
Yasmin parou um pouco e se levantou, parecia tensa:
-Agora, presta bem atenção à pergunta que te farei, pois, independente da resposta não terá volta: você quer conhecer e fazer parte ativamente da vida do teu filho ou prefere não assumir essa responsabilidade e fingir que essa conversa nunca ocorreu? Entenderei se não quiser e te prometo que não irei atrás de pensão, reconhecimento, sumirei novamente da tua vida se for teu desejo, mas se quiser conhecer teu filho, não pode estalar os dedos depois e tchau.
Não tive dúvidas nem por um segundo:
-É claro que quero ser o pai do meu filho, mesmo você me tirando sete anos de convivência com ele. Só preciso me acalmar um pouco, onde ele está?
-No apartamento de um amiguinho, ele não sabe de nada sobre a sua visita.
Pedi um copo d’água, eu tremia. Yasmin procurou me acalmar passando a mão em minhas costas. Lavei o rosto e após um bom tempo, vi que estava mais calmo e disse que queria ver o meu filho. Ela ligou para a mãe do menino e alguns minutos depois, surgiu Andrei em minha frente. Tinha os cabelos castanhos escorridos, parecia-se muito comigo, mas também tinha alguns traços que lembravam Yasmin.
Andrei me olhou e depois para a mãe como quem pergunta “quem é?”. Yasmin, então, decidiu falar:
-Andrei, lembra que sempre te falei que o papai morava longe, mas um dia iria te ver? Então, esse é o teu pai.
Meu filho arregalou os olhos surpreso, mas não pensem que como num filme, ele correu para me abraçar, na verdade, após me olhar calado por um tempo, a primeira coisa que me disse foi:
-Você sabe jogar Shinobi no Master System?
Olhei para Yasmin sem entender bulhufas:
-É um jogo de videogame. –Ela respondeu rindo
-Bem, eu não sei jogar, mas se você me ensinar, tenho certeza que aprendo rapidinho, mas antes que tal me dar um abraço?
Abracei Andrei com força e o peguei no colo, é incrível como a gente pode começar a amar um filho em poucos segundos, a maioria ainda na maternidade sente isso, mas no meu caso teve que ser naquele momento. Só quem é pai (dos bons) sabe como é essa sensaação, muda tudo em nossa vida. Fiquei muito emocionado e Yasmin foi para cozinha para esconder que estava chorando.
Naquele final de tarde, Andrei me mostrou um monte de coisas, não parava de falar, era como se quisesse me agradar para que eu voltasse outras vezes. Mostrou seus brinquedos, o quarto, como fazer em diferentes jogos de videogame, me deu um de seus carrinhos de ferro e se acabou de rir com meus erros jogando. Ficou surpreso quando lhe falei que era professor e corria de bicicleta, pois ele também gostava. Quando me dei conta, já eram mais de 20h e Yasmin pediu que eu ficasse para comermos uma pizza os 3.
Andrei pegou num sono ferrado, mas antes, tive a incumbência de pela primeira vez contar uma historinha para ele dormir.
Depois, Yasmin disse se eu queria saber sobre Melissa e o pai dela. Eu tinha vivido uma tarde mágica e não queria falar daqueles dois:
-Pode deixar para outro dia? Eu estou tão feliz depois de conhecer esse rapazinho que realmente não quero cortar esse clima, acho que nem vou conseguir dormir direito.
Yasmin sorriu, mas vi que seus olhos se encheram de lágrimas:
-Que bom! Tive tanto receio de que essa revelação pudesse me entristecer, temi a sua reação, mas vejo que se entrosaram rapidamente.
-Quero apresenta-lo o quanto antes aos meus pais, posso?
-Claro!
-Amanhã ou é ruim para você?
-Não, tudo bem, também quero ver a cara deles.
Nos despedimos e no dia seguinte fomos os três de surpresa. Combinei com Yasmin dela ficar no carro para que meus pais não matassem a charada, eu chegaria primeiro com Andrei. E foi o que fiz, entrei com ele e disse que era o neto deles, mas no começo, acharam que era o filho de algum amigo ou mulher que eu estava saindo, porém, ao olhá-lo bem, ficaram sérios, meu pai, ficou igual a um pimentão e disse:
-Ana, é filho do Nuno mesmo, olha como o menino parece com aquele retrato dele na parede.
Os dois ficaram eufóricos e até assustaram Andrei, e quando viram Yasmin entrando, deduziram tudo. Foi uma grande festa, choraram, beijaram o neto e passamos algumas horas agradáveis ali. No final, minha mãe cometeu uma pequena gafe:
-E agora vocês dois vão morar juntos? Bem que podiam voltar para a Mooca.
Bem sem graça, expliquei que não, que seríamos amigos, mas que estaria sempre com meu filho.
O DESTINO DOS INCESTUOSOS
Voltamos para o apartamento de Yasmin que tornou a perguntar se queria saber sobre seu pai e Melissa. Decidi ouvir:
-Nesses anos todos, você não soube nada?
-Não, e felizmente São Paulo é grande demais, não nos esbarramos nenhuma vez.
-Bem, sobre o meu pai, no final de 1984, mesmo estando com a saúde perfeita como ele gostava de dizer, um dia estava saindo de uma loja e caiu do lado de fora, teve um AVC. Ficou com boa parte dos movimentos do corpo paralisados e não falou mais. Entendia o que a gente falava, mas só respondia mexendo com dificuldades a cabeça. Vivia na cama ou numa cadeira e teve que usar fraldas. Isso durou dois anos, a Melissa tendo que cuidar dele para tudo, banho, comida, limpá-lo, até que em 1986, ele ficou muito mal e depois de um bom tempo internado, faleceu, mas olha, sofreu bastante.
Quando Yasmin acabou de me contar sobre o pai, lembrei-me dele nu com Melissa no meu quarto dizendo que ainda tinham pelos menos uns 20 anos de sexo pela frente, parece que os planos do velho não deram muito certo. Também pensei que pelo fato de ser arrogante e estar lúcido, deve ter sentido muita vergonha por ver que a filha com que ele teve um caso, passou a limpar suas fraldas cheias de merda e urina.
-Lamento, por você, Yasmin, já que ele era relativamente novo, quanto anos? 50 e poucos?
-54 quando teve o AVC e 56 quando faleceu. Sobre a Melissa, posso falar?
-Sem problemas.
-Bom, nós paramos de nos falar por um tempo, depois reatamos, mas não somos tão próximas. Quando se separou de você, ela e meu pai voltaram a morar juntos até ele morrer. Quando ele já estava doente, minha irmã começou a engordar um pouco, toda vez que vinha para São Paulo, para visitá-los, a notava mais cheia, depois de 1986, aí ela realmente disparou e para você ter uma ideia, chegou a pesar 160 quilos e começou a ter vários problemas de saúde, mesmo ainda estando com 30, 31. A Melissa meio que se largou, nunca mais quis saber de arrumar alguém, agora está com 140 quilos, vive de licença médica, os médicos até já pensam em aposentá-la. Mora naquela casa com uns 5, 6 gatos, mas seu eu não pegasse no pé, seriam uns 20. Também cobro muito que ele se cuide, mas é difícil.
Fiquei impressionado com o destino de Melissa, ela tinha um corpo de cavalona quando nos casamos, lembrava o da Claudia Raia nos anos 80 e 90, e pensar que quando estava apenas 31 pesava 160 quilos e cheia de problemas de saúde.
-Mas por que a tua irmã não tenta fazer um tratamento rigoroso? Se perdeu 20 quilos pode perder mais, claro que aos poucos, mas 140 ainda é muito, mesmo sendo alta, acho que ela tem 1,80m, não é?
-Isso. Assim, a Melissa cometeu seus erros gravíssimos, especialmente com você, mas acho que chegou um momento que ela percebeu o grau de insanidade em que vivia. É inegável que ela te amou, seja quando namoravam ou se casaram, mas aquela coisa com o pai era como uma droga viciante. Depois da doença dele, minha irmã se viu sozinha e ficou desgostosa de tudo mesmo sendo tão jovem, mas que ela se arrepende por não ter conseguido ser fiel e ficado com você, isso não tenho dúvidas.
-Duvido muito, mas vamos deixar isso para lá.
-Só mais uma coisa...Não contei de cara ao meu pai nem a ela que você era o pai do Andrei, no começo disse que era de alguém que tinha conhecido numa festa. Quando contei, ambos ficaram loucos, meu pai porque te odiava e Melissa de inveja, ciúmes, sei lá. Mas com o passar dos anos e especialmente quando voltei para São Paulo, foi minha irmã quem mais me incentivou a te procurar e contar sobre o nosso filho, ela disse que você tinha direito de saber e mais, que tinha certeza de que você seria um excelente pai.
Fiquei surpreso com aquela atitude de Melissa, mas como disse desde o começo, essa é uma história onde ninguém comete só acertos ou erros, ainda assim, deixei claro a Yasmin que não gostaria de ter contato com minha ex em hipótese alguma. Sobre o que ocorrera a ela e o pai, sinceramente não acredito em Lei do Retorno, mas, às vezes, parece que o destino se encarrega de fazer justiça, não movi uma palha, mas ambos se foderam legal.
UM TEMPO MÁGICO
Passei a visitar e passear com meu filho quase todo dia, havia começado as férias de julho, então eu estava tranquilo e justamente nesse período, Yasmin estava se desligando do escritório de advocacia, pois assumiria no mês seguinte como procuradora, por isso, em quase todos os programas, íamos os três: cinema, zoológico, parques, andar de bicicleta, lanchonete e até uma rápida viagem para a praia, onde Andrei conheceu seus bisavôs. Meu avô estava com 80 anos e minha avô com 78, mas bem lúcidos e adoraram a surpresa.
Meu filho se apegou rapidamente a mim, me abraçava, queria estar sempre perto e até insistia para eu dormir no apartamento deles, o que gerava uma saia-justa entra Yasmin e eu.
Aos olhos de estranhos, Yasmin e eu éramos um casal feliz curtindo com o filho, mas, na verdade, mesmo com toda a proximidade, nunca houve um olhar diferente dela ou um quase beijo, a mãe do meu filho parecia estar gostando mesmo do namorado, um tal de Edson e me via apenas como um grande amigo.
Entretanto, já no começo de agosto, quando voltei a lecionar e Yasmin começou os preparativos para atuar como procuradora, percebi que estava sentindo algo diferente e muito forte por ela e aquilo me assustou, pois depois de sua irmã, não tinha tido sentimentos românticos por mais nenhuma mulher, foram anos me deitando com várias e várias, muitas nem lembrava do nome dois dias depois, mas agora essa proximidade estava mexendo comigo.
Houve um dia em que me peguei olhando para ela, com seu jeito meigo, elegante, linda explicando um filme que tinha visto num festival cultural e de repente pensei: “Meu Deus! Estou completamente apaixonado por essa mulher!” Tentei afastar rapidamente esse pensamento e me enganar com um justificativa: “Esse encantamento é pelo que vem ocorrendo nas últimas semanas, a descoberta de que tenho um filho, os momentos agradáveis e por ela estar junto, estou misturando as estações”.
Apesar das minhas negativas, cada vez que via Yasmin me sentia mais apaixonado, não só pela sua beleza, sensualidade e jeito elegante de se vestir, mas pela mulher culta e segura que se tornara. Uma conversa com ela era sempre um prazer, a maneira que discorria sobre os mais variados assuntos, dava vontade de ficar sempre por perto.
Durante a semana, eu lecionava de manhã e à noite, por isso tinha a tarde livre para ficar com meu filho. Yasmin chegava por volta da 17h30, conversávamos um pouco e depois era a minha vez de encarar o turno noturno. Nesses finais de tarde, ela sempre voltava toda elegante do fórum, o que me deixava mais atraído.
Além disso, fantasiava pegando-a de jeito para transarmos. Certo dia, num sábado, Yasmin estava com uma calça de couro sintético e uma blusinha branca. Admito que fiquei excitado em vários momentos, olhando para o seu bumbum e pernas, acho até uma hora acho que ela notou.
Eu já não tinha mais dúvidas de que estava amando Yasmin, porém, o jogo tinha virado, ela estava há quase ano com outro e desde que voltamos a nos ver, ela nunca tinha dito ou mesmo deixado algo nas entrelinhas que eu pudesse supor que havia qualquer interesse dela por mim, além de amizade. Ao contrário, conforme fomos ficando mais íntimos, a mãe do meu filho passou a brincar comigo dizendo que eu precisava arrumar uma namorada fixa e parar de ser “gandaieiro”. Também falava sobre Edson e que o mesmo a cobrava para morarem juntos, mas que estava tão bom cada um no seu canto que não tinha porque mexer. E deixava claro que gostava dele.
TARDE DEMAIS
Nas semanas seguintes, foi ficando cada vez mais difícil esconder meus sentimentos, Yasmin não saía mais da minha cabeça. Estava pronto para me abrir, mas não encontrava a ocasião certa, até que um dia, cheguei em seu apartamento e vi o tal Edson, era um cara de 34 anos, alto como eu e devo admitir, bonitão e elegante. Conversamos rapidamente, ele raramente aparecia lá, por isso nunca tínhamos nos encontrado. Fiquei bem desconcentrado e creio que a mãe do meu filho percebeu.
Fiquei um tempo no quarto, brincando com meu filho e depois me despedi. Yasmin e Edson insistiram para que eu ficasse e tomasse um vinho com eles, mas inventei um compromisso e fui embora, completamente arrasado. Acabei ligando para uma das minhas transas casuais e acertamos para dali a uma hora e meia irmos para um motel. Certamente, a minha performance não foi das melhores, pois na minha cabeça estava em outro lugar.
Alguns dias depois, fizemos um passeio os três. Na volta, Andrei pegou no sono e decidi aceitar uma taça de vinho oferecida por Yasmin antes de ir. Aproveitei o momento e perguntei se ela pretendia se casar com Edson:
-Talvez no futuro, mas não enquanto o Andrei ainda for pequeno. Tenho um certo receio de que ele não se acostume a ter um homem em casa, sempre fomos nós dois, mas por que a pergunta?
-Não, é que tenho vindo aqui quase todo dia e imagino que se já fossem casados, o Edson não se sentiria confortável em me ver toda hora.
-Bobagem, o Edson é desencanado, além disso, jamais ousaria atrapalhar o laço entre Andrei e você, apesar de poucos meses, parece que sempre estiveram juntos, chego até ter uma pontinha de ciúmes, porque é um tal de vou mostrar isso para o meu pai, vou contar aquilo.
Acabei virando duas taças de vinho para ver se tinha coragem de dizer que estava apaixonado por ela e que a queria para sempre comigo, mas ao mesmo tempo em que a beleza, elegância e segurança que Yasmin tinham me encantavam, me intimidavam.
Levantei-me do sofá para ir embora, quem sabe em outro momento. Quando chegamos até a porta, não resisti, passei meu braço por sua cintura, trazendo seu corpo de encontro ao meu e me curvei um pouco para beijá-la. Yasmin se assustou e com delicadeza colocou dois dedos entre nossos lábios e depois virou o rosto, olhando para baixo.
-Melhor não...Nuno.
-Claro, desculpe-me foi...
Depois desse mico ou melhor King Kong gigante, voltei arrasado para casa, já não tinha mais dúvidas, o amor que Yasmin sentiu oito anos antes, não existia mais. Restava-me recolher meus cacos, mas posso dizer, foi um dor difícil de suportar.
Por 3 dias nem tive coragem de aparecer para ver meu filho e quando voltei tratei de fingir que nada ocorrera, mas ficou um clima estranho entre Yasmin e eu. Nas semanas seguintes voltamos ao normal, mas por dentro eu seguia despedaçado.
O ANIVERSÁRIO
Algumas semanas depois chegou o aniversário de 29 anos de Yasmin. Ao invés de fazer uma grande festa, ela optou apenas por um jantar em um restaurante nobre com pessoas mais próximas. Ao saber que Melissa iria, desculpei-me, mas disse que seria impossível. A mãe do meu filho ainda insistiu, mas não quis ir.
Entretanto, no dia, mudei de ideia e decidi fazer uma rápida aparição, pois mesmo sendo escanteado, queria estar perto de Yasmin. Quando cheguei, quase todos já estavam numa grande mesa no canto, nesse momento vi Melissa e posso dizer que foi um choque, era outra pessoa, extremamente obesa e envelhecida. Apesar disso, não perdi tempo olhando para ela ou pensando em seu caso. Foquei em Yasmin que estava usando um belo vestido vermelho, com alcinha e decote transpassado. Ela me fez sentar um pouco mais próximo e me anunciou para as amigas como o pai de Andrei, cumprimentei-as balançando a cabeça. Ela disse:
-Que bom que você veio.
-Não posso ficar muito, mas quis vir ao menos te cumprimentar.
Um tempo depois, já tinha tomado duas taças de vinho e conversado meu filho e com algumas amigas de Yasmin, não voltei a olhar para Melissa. Decidi ir ao banheiro, quando já estava me encaminhando para lavar as mãos, vejo Edson com uma pequena caixa na mão. “O filho da puta vai pedir Yasmin em casamento hoje. Ele deve estar pensando que fazendo um gesto teatral, a fará mudar de ideia e aceitar e pior que é possível!”.
Senti um frio na barriga e uma tristeza alucinante, não queria estar presente quando ele fizesse a sua cena digna de filme romântico americano, voltei para a mesa, mas ao invés de me sentar fui direto até Yasmin, me agachei perto dela e a abracei como que me despedindo e desejando-lhe felicidades. Falei em seu ouvido:
-Tenho que ir, Yasmin, acho que o teu namorado vai te fazer uma surpresa e não quero estar aqui para ver. Infelizmente, o tempo nos pregou uma peça, nos amamos em momentos errados, você me amou cedo demais e eu vim a te amar tarde demais, mas independente do que irá acontecer entre o Edson e você, saiba que em relação ao meu filho continuarei 100% presente, sem atrapalhar minimamente você e seu companheiro. Tenho muito orgulho do que você se tornou e mesmo que eu tivesse rodado o mundo para escolher uma mãe para o meu filho, nenhuma seria melhor do que você. Eu te amo, mas sei reconhecer que é tarde.
Soltei-me do abraço e saí rapidamente do restaurante com o choro preso na garganta. “Só espero que esse filho da puta esteja a altura da Yasmin para fazê-la feliz”. Pensei no carro.
Entrei em meu apartamento arrasado, lamentando as trapaças da vida, no passado, Yasmin quis fugir comigo, depois namorar, mas eu não sentia nada além de desejo físico, agora que a amava, ela estava com outro.
Joguei-me no sofá e fiquei inerte, remoendo minha dor. Creio que uns 40 minutos depois, ouvi fortes batidas na porta, estranhei porque para subir ao meu apartamento tinha que primeiro passar pela portaria e só depois de interfonarem, é que eu autorizava a pessoa a subir. Olhei pelo olho mágico e vi que era Yasmin. Lembrei-me que eu tinha dito aos porteiros que ela poderia subir sempre direto. Abri a porta e pela cara dela, parecia que iria cuspir uma colmeia inteira de abelhas africanas:
-Mas que gigantesca filha da putice você fez, hein, Nuno?
-Eu? Como assim?
-Como assim? Fez eu sair da minha festa de aniversário na metade, terminar com meu namorado que até aliança trouxe para me pedir em casamento, arrumar às pressas alguém para levar o Andrei e ainda me fazer passar o carão de pedir desculpas a todo mundo, mas tinha que correr atrás do homem que eu amo...Acho bom você estar trepando como antes para compensar tudo o que passei.
Yasmin entrou já se jogando em meus braços e me beijando, após o susto inicial retribuí o beijo e nossas bocas passaram a se devorar, num balé descoordenado, nem vi como tiramos a roupa, quando me dei conta estávamos já em minha cama. Retirei sua calcinha que era a única peça que faltava e vi, após tantos anos aquela boceta, agora com menos pelos, mas ainda esbanjando uns belos pelinhos negros aparados. Olhei para aquela linda mulher nua e de pernas abertas e disse:
-Desculpe minha linguagem chula, promotora, eu já desconfiava, mas agora tenho certeza: vossa excelência está gostosa para caralho.
Yasmin gargalhou, mas assim que comecei a chupá-la, fechou os olhos e passou a gemer baixo. Tratei de chupar aquele clitóris médio e os pequenos lábios com muito jeito e logo fui senti o seu mel. Introduzi dois dedos em sua boceta e passei a manejá-los com jeito, e a mulher da minha vida começou a gemer mais alto.
-Que delícia o gosto dessa boceta e esse cheiro.
-OHHHHHHHH!
Yasmin estava adorando minha chupada, mas queria ser fodida logo, pegou meu pau e sentiu que estava duro, chupou um pouco e disse abrindo mão do seu jeito elegante:
-Vem! Fode essa boceta que mesmo depois de tanto tempo ainda fica molhada quando lembra do estrago que esse caralho sabe fazer nela.
Passamos a transar desesperadamente, era uma mistura de tesão e amor. Coloquei-a com as pernas bem abertas e passei a socar com força, sentindo o calor de sua boceta. Nos beijamos num dado momento, mas Yasmin queria gritar, gritar, gritar. Foi uma foda alucinante que nos levou ao orgasmo estrondoso, a vontade era tanta que não demoramos tanto.
Deitamos lado a lado ofegantes. De repente, Yasmin bateu com seu braço em meu corpo e disse:
-Por que você tinha que aparecer para me dizer aquelas coisas, hein?
-Para falar a verdade, foi tudo improviso e não achei que faria você mudar de ideia. Vi o Edson com uma caixinha de alianças no banheiro e quis me despedir, achava que você estava disposta a ficar com ele, mas eu precisava dizer que te amo.
Eu a abracei e fiquei enchendo-a de beijos e acariciando seu rosto e cabelos e ela fazia o mesmo. Queria demonstrar o quanto estava amando-a. Ficamos assim por um bom tempo namorando, trocando carinhos, até que voltamos a ficar excitados. Yasmin começou a tocar em meu pau enquanto eu mamava seus seios e dedilhava suavemente sua boceta. Transamos, dessa vez de uma maneira mais demorada. Num dado momento, estava socando nela , ambos em pé, ela curvada e com as mãos apoiadas na cama, levando ferozes estocadas. Que delícia sentir meu pau dentro dela e ainda ver aquela bundinha perfeita:
-Puta que pariu, que bunda maravilhosa você tem Yasmin, hoje, não, mas outra hora ela não me escapa.
Com voz trêmula pelo tesão, Yasmin respondeu:
-Pensa que não notei você olhando para a minha bunda na minha sala, uma cara de tarado, cheguei a ficar molhada.
Seguimos transando em diversas posições e gozamos mais uma vez juntos. Tomamos um banho depois e após atacarmos um pote de sorvete, começamos a conversar.
-Isso é verdade mesmo? Será que não corro o risco de amanhã você acordar dizendo que não é bem assim? –Perguntou Yasmin
-Nas outras vezes em que ficamos juntos, nunca disse que te amava, porque eu estaria mentindo, era outra época, outro contexto, uma confusão total, agora é tudo diferente, eu te amo de chegar a doer, sofri para cacete em pouco tempo.
-E quando você descobriu que sentia algo por mim?
-Bem, quando te vi toda diferente, fiquei impressionado e feliz, mas foi com o decorrer do mês de julho, a gente se vendo todo dia praticamente, lembro-me bem de um dia em seu apartamento em que me deu um estalo e pensei “Estou amando essa mulher”, mas pouco tempo depois, teve aquele lance de eu tentar te beijar e tomar um elegante, mas doído, passa fora, e achei que era tarde.
Yasmin sorria toda orgulhosa. Decidi que era minha vez de perguntar
-E você, por que veio atrás de mim? Não vai me dizer que só hoje descobriu que queria ficar comigo
-Não sei eu devia dizer isso...-
-Pode falar, Yasmin, eu já abri o peito e disse que te amo.
-Ok. Levou muito tempo para te esquecer, as cicatrizes foram feias, tentei te odiar, mas o máximo que consegui depois de muito tempo e bota tempo, foi acalmar meu coração, não pensar quase em você. Gostei de um rapaz lá de BH, mas longe de ser amor. Quando voltei a São Paulo para morar mesmo e a Melissa insistindo para que eu te apresentasse o Andrei, meu medo maior era que você o rejeitasse, mas também fiquei com receio de que aceitasse o Andrei, mas eu voltasse a arrear os 4 pneus e passasse a ficar atrás de você como no passado. Acho que o meu namoro com o Edson me deu um pouco mais de confiança.
-Hum, mas não foge do assunto, quando você percebeu que estava novamente atraída por mim.
-No 1º dia, que você chegou todo bonitão, fiquei encantada, mas segura, foram tantas emoções que não deu para pensar nisso, mas com o passar dos dias, exatamente como você citou, aqueles passeios nossos, os três, percebi que estava te desejando novamente, mas lutei muito contra, queria que desse certo com o Edson, só que a cada nova conversa nossa ou passeio, ficava mais claro que estava novamente te amando. Só não tinha certeza se você estava sentindo algo por mim além de tesão, por isso, não quis que rolasse nada aquela noite que tentou me beijar.
-E como foi que você saiu da mesa do restaurante? O Edson chegou a te pedir em casamento?
-Praticamente, mas foi assim, quando você falou aquelas coisas no meu ouvido, sério, fiquei tão emocionada que por um momento, vi tudo girar, aí olhei, você já estava perto da porta, senti uma vontade de chorar, nesse instante, o Edson...Meu Deus! Coitado! Se agachou perto de mim e começou a falar alguma coisa que não entendi, eu me levantei sem dar atenção, só pensei com quem deixaria o Andrei, então pedi para a Melissa, porque ela cuida muito bem dele, pedi que pegassem um táxi e fossem para o meu apartamento. Me desculpei com todos, inclusive com o Edson e vim para cá.
Nos beijamos e fomos dormir abraçados. A partir do dia seguinte, muitas coisas mudariam.
Por Yasmin, passaríamos a morar juntos já no dia seguinte, mas achei legal irmos por etapas, se bem que durante duas semanas seguidas, dormi todas as noites no apartamento dela e transávamos como se estivéssemos em lua de mel, 2, 3 vezes toda noite.
Andrei vibrou ao saber que em breve eu viveria junto com eles.
Após um mês, começamos a conversar sobre nos casarmos e sugeri que poderíamos vender os dois apartamentos e comprar uma casa maior, seria bom para Andrei ter um quintal para brincar. Yasmin gostou da ideia e acabamos encontrando uma bem grande em Perdizes mesmo.
Nos casamos na igreja, meu pai entrou com Yasmin e naquele momento, ela ali linda e imponente, muitas coisas vieram à minha cabeça, como nos conhecemos, as confusões envolvendo nosso caso, a minha internação, a vida difícil que ela levou em Minas criando nosso filho e o nosso reencontro. Não consegui me controlar e tive que discretamente usar um lenço para secar as lágrimas. Quando a recebi perto do altar e nos viramos para frente do padre, ela disse baixinho:
-Depois eu que levo a fama de chorona.
Após um tempo, certo dia, estávamos deitados e comecei a rir. Yasmin perguntou do que era:
-Tô lembrando daquela nossa briga, quando você sumiu depois. Lembra do que me disse?
-Não, mas que assunto chato e qual a graça?
Eu ri mais um pouco e falei:
-Te ofereci uma carona e você mandou enfiar ela e o meu carro cafona no cu. Cafona? O meu Chevette?
Yasmin puxou pela memória e começou a rir alto:
-Mas era mesmo, um carrinho bem mais ou menos.
Fingindo incredulidade, bradei indo para cima dela e já a agarrando-a:
-Exijo que retire isso, meu primeiro carro era muito bonito.
Yasmin gritou rindo:
-Carro brega!
-Pois agora eu ou te mostrar o brega...
E pouco depois já estávamos em mais uma transa épica.
Fim.
Comentários
Fenomenal seu conto, acompanhei desde o início!
Parabéns!
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
Parabéns pela saga, final maravilhoso!
Final romântico e feliz. Muito bom, gostei.
Primeiro, excelente final para uma história interessante e pra lá de bem contada.
Segundo, me agradou bastante como você tratou do tema da saúde mental e seus tratamentos tempos atrás, inclusive com as conexões sociais e políticas. Muito corajoso da sua parte, e bate exatamente com o que presenciei e com minha visão de mundo, desde aquela época.
Parabéns, um abraço e volte logo com outras histórias.
Cara se está história virasse série de app eu ia maratona sensacional!!!:
Muito bom... Gostei muito da história e do final. Parabéns e me deixou aqui com um grande dúvida... Abraços
Um final perfeito para um filme de romance e drama. E bota drama nisso. Os vilões se deram mal, AVC e 140kg com gatos foi pesado e justo rsrsr. Um filho, e um casamento já a muito esperado. Parabéns pelo conto..
Fenomenal tudo. Parabéns pelo indiscutível talento.
Perfect!!! E foram felizes para sempre!!!
Antes mesmo de ler já te parabenizo pela excelente série!