Paixão Familiar - Capitulo 2

Um conto erótico de oloucotavares
Categoria: Gay
Contém 1544 palavras
Data: 17/10/2023 02:26:53

O cheiro inebriante de Malbec, perfume usado vulgarmente por qualquer cafajeste barato, mas que nele, deixa-o com o aspecto de cafajeste chique. Afinal, o homem é chique e muito lindo.

Ele tem os cabelos pretos com alguns fios grisalhos perdidos na multidão escura, os olhos são penetrantes e verdes, a pele é branca levemente bronzeada pelo sol tomado.

Está vestindo roupas sociais, mas trata logo de desvencilhar-se de sua gravata, em seguida da parte de cima do terno e ficou sem camisa alguma. Livrou-se dos sapatos apertados, praguejando palavras com o tom rouco e grave, os lábios vermelhos como morango expulsaram as palavras impacientes, enquanto lutava contra os cadarços.

— Gael, liga esse ar condicionado! Nesse calor infernal que está fazendo, você fica aí sentado sem fazer nada... — reclamou, depois olhou para a minha irmã carinhosamente. — Oi, filhota!

— E aí, paizinho, como foi seu dia?

— Estressante, para não falar outra coisa... GAEL! — Berrou.

Eu estava com o controle do ar condicionado em mãos, tentei ligar a merda só que não funcionava de maneira alguma. Joguei o controle no sofá e me virei para ele, quase perdendo a paciência:

— Melhor chamar alguém para consertar isso, pois não está pegando.

Ele olhou em direção ao ar, balançou a cabeça negativamente:

— Até parece que eu vou chamar outro homem para fazer o meu papel.

Ele então foi para o quarto e eu observei as costas largas sumindo no corredor.

Tive que conter um arrepio, um suspiro e um sorrisi bobo. Tudo ao mesmo tempo, para acabar comigo. Olhei de soslaio para Mirela, que apenas mexia em seu celular como um zumbi que ela é.

Deixo os pensamentos errados de lado, encaro o nada, até que meu pai volta usando um short folgado. Posso ver seu amigão balançando livremente na roupa, ele está carregando uma caixa de ferramentas. Pega um banco na cozinha, coloca embaixo do ar condicionado e sobe, colocando algumas ferramentas em um cinto de utilidades.

Vejo ele usar os braços, flexionando seus músculos enquanto conserta o ar condicionado. Depois de certo tempo, gotas de suor brotam em seu corpo pelo esforço cuidadoso. É incrível como seus músculos ficam ainda mais atraentes, quando ele está suado, brilhando e contenho a vontade de correr até ele para lamber sua pele.

Ah, pai... Se ao menos o senhor me amasse, pelo menos como um filho... Mas como terei esperança de ter seu amor como homem, se não consegue nem me amar como seu fruto?

Em determinado momento, ele se vira em minha direção e diz:

— Em vez de ficar me olhando, devia vir aqui e observar para aprender.

— Pra quê?

— Como assim pra quê? Sabia que você pode precisar usar esse tipo de coisa um dia? Gael, você não consegue dar um prego em uma barra de sabão... Até sua irmã...

E ali eu fico irritado. Estou cansado dele me usar como termo de comparação com a Mirela. Eu sempre sou o idiota, o moleque que não faz nada de útil ou o preterido em relação a tudo.

— Se ela é tão útil assim, chama ela para te ajudar! — me altero.

Meu pai apenas me encara, aquele olhar diz tudo e eu me calo.

Mirela está me olhando com a sobrancelha erguida, parecendo confusa. Ela olha de mim para meu pai, em seguida ergue as mãos em rendição e diz:

— me tirem de bolo — ela se levanta, pegando sua bolsa e avisa. — Pai, vou dormir na casa do Jorge hoje, até depois. Tchau, Gael!

Não respondo, quero que ela se foda junto com o namorado de merda dela. Odeio o Jorge tanto quanto odeio minha mãe. Não me levem a mal, sempre amei a Mirela, mas esse costume do meu pai de sempre estar me diminuindo em relação a ela, está desgastando nossa relação.

Smepre fizemos comentários tóxicos e ofensivos como brincadeira. Ela me chamou de vagabunda e eu já a chamei de puta, e sempre brincamos nessa harmônia. Só que ultimamente, eu tenho cansado dessa situação.

Meu pai ainda me encara, tentando entender alguma coisa. Vou para meu quarto a passos fundos, pesados, a única forma de expressar minha raiva sem levar um sermão.

A tarde passa rápida, meu pai saiu e voltou para casa. Pelo jeito, trouxe uma mulher, pois os gemidos ecoaram pela casa a noite toda, misturado ao som de corpos se chocando com força.

Aproveitei isso para me tocar. Me punhetei tanto, me imaginando no lugar da mulher, sendo tocado por meu pai. O pau dele, que nunca vi, apenas imagino sua aparência entrando em mim e saindo com força, sem piedade... Aqueles dedos largos e fortes, me tocando em todas partes sensíveis e seus lábios, beijando meu pescoço. Meu ponto mais sensível ao toque...

Gozei mais de cinco vezes, tanto que fiquei exaurido e o único líquido expulso pela minha cabeça do meu pênis na última rodada, foi uma gota.

Caí no sono depois disso. Acordei com barulhos de uma discussão.

Me frio e corri para a cozinha, mas quando cheguei no corredor, encontrei meu pai e Mirela discutindo:

— engraçado isso, você sempre arranja um motivo besta para tudo! — Ela falou apontando o dedo no rosto dela.

— Não me aponte o dedo, Mirela! Me respeite!

— Agora, você vai ser pai? Vai usar sua autoridade de pai agora? Engraçado que...

Resolvo me intrometer:

— Gente, o que tá rolando?

Ela se viram, se falam e então Mirela fica pensativa. Depois passa por mim, dizendo:

— Nosso pai quer me botar de castigo por ter ido em uma festa com o Jorge...

Ela vai em direção ao próprio quarto e eu vou para a cozinha sob o olhar atento do meu pai. Ele parece estar bem observador, atento a qualquer detalhe e isso me deixa desconfortável. Tenta ser observado pelo homem que você é apaixonado...

— Porquê tá brigando com ela por ter ido em uma festa com o namorado? Não sabia que isso seria o óbvio?

Ele suspirou, se sentando a minha frente e tomando seu café:

— O lance é a confiança... Quando ela diz que vai para a casa do namorado, eu espero que ela esteja lá e não numa festa regada a drogas e bebidas.

Dou de ombros. Meu pai fica em silêncio, mas não por muito tempo:

— Desculpa ter gritado você ontem, eu estava estressado e acabei descontando em você.

Ok! Essa é nova, nunca cheguei nessa parte e não sei o que fazer:

— Não importa, já passou. Encontrei a mamãe ontem, a Mirela te contou?

— Tá vendo?! Essa garota não me conta as coisas e quando eu cobro, ela ainda acha ruim! — Balançou a cabeça em negação.

— Minha mãe está péssima, pai. — ele me olha atento. — não mudou muito para melhor do que ela era, na verdade, está cada vez pior. Dá para ver a tristeza no olhar dela.

— Sua mãe cavou a própria cova, agora falta se enterrar de vez.

Seu olhar é de ódio. Ele foi traído por minha mãe em nossa casa.

É engraçado! Eu queria esse homem por um dia na minha cama e ela traiu ele sem dó nem piedade.

— E as namoradinhas? — Indagou com uma feição esperançosa.

Apenas dei um sorriso frio, triste e completamente sem humor. Ele sabe que gosto de homens, sabe que já tansei com homens, mas ele se prende a aquela esperança de que eu me torne um hétero. Que eu acorde um dia gostando de boceta, igual ele gosta.

Novidade? Odeio boceta e adora chupar a cabeça de uma pau bem grosso. Se for o dele...

— Não, sem namoradinhas, pai! — Me contento em falar, sem dar mais detalhes.

Sua feição decepcionada é como ver uma obra de arte. Imagina esse rosto contorcido de prazer...

— Filho...

Quando ele tornou a falar, tive certeza que ele voltaria a tocar naquele assunto e cortei:

— Pai, o senhor já saber muito bem sobre isso. Já conversamos sobre isso, várias vezes, perdi as contas de quantas vezes você perguntou sobre minhas namoradinhas. Você sabe que não em namorada nenhuma, sabe que não tenho desde que tinha o costume de usar os vestidos da Mirela.

— Gael, me escuta...

— sei que você odeia essa ideia, de ter jm filho veado...

— Ei, para com isso! — se levantou me segurando pelos ombros..— É difícil lidar com isso, ainda hoje, mas você meu filhote. Amo você, independente de vocês gostar de homens ou mulheres. Não vou mentir, é difícil, a maioria dos pais não entendem de primeira ou sequer entendem, mas eu prometo a você que vou ser aberto, ok?

Mal percebi, quando me joguei nos braços dele. Senti os músculos dele me apertando. As palavras de ecoaram dentro do meu coração, trazendo o alívio há muito esperado. Eu amo meu pai, pois apesar dos duas defeitos, ele é um homem gostoso para caralho e uma das poucas pessoas que vai ter paciência para lidar com minhas particularidades e me amar incondicionalmente.

Eu sei que ele me ama, tem que amar, esse abraço tem que valer de alguma coisa. Talvez ele tenha uma preferência pela Mirela, por ser sua única filha mulher, mas ele tem que me amar.

Pois eu amo meu pai!

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Pessoal, não se esqueçam da estrelas..Comentem para eu saber o que estão achando e digam o que você acha que vai acontecer no próximo capítulo!

Bjs, até mais!


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Comentários

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ESTÁ COMEÇANDO A MELHORAR. A RELAÇÃO DE PAI E FILHO PRECISA MUDAR PRA MELHOR E URGENTE.

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Ou. Pqp. Que escrita foda essa sua cara!!

Acho que no próximo capítulo vai rolar sexo. Só não sei quem serão os envolvidos rs

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Ai, obrigado pelo elogio! Fico muito feliz com isso.

Pequeno spoiler: Vai ter sexo, sim. Hehehe

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