Vicente, o filho da puta - 3° capítulo

Um conto erótico de Tiago's
Categoria: Gay
Contém 3969 palavras
Data: 16/06/2023 19:40:51
Última revisão: 18/06/2023 06:14:17

Nascido dentro do puteiro, eu aprendi cedo que Ninete era a dona de tudo. As coitadas que trabalhavam para ela só tinham o próprio corpo, que precisavam usar todas as noites, para garantir o lucro do negócio. Mesmo que estivessem tristes, cansadas ou doentes, as infelizes tinham que se prestar às depravações dos clientes. Quando alguma delas levantava a voz para reclamar de qualquer coisa, a cafetina falava mais alto e ameaçava colocá-la para fora de casa. Com medo de voltar para a vida nas ruas, a trabalhadora engolia a revolta, passava uma água na buceta e ia atender aos machos.

Não foi por bondade que Ninete me liberou de ir ao salão por três noites. Para ela, não tinha importância que meu cu estivesse estourado e que eu sofresse horrores quando os homens me currassem. Ela só estava pensando em valorizar a nova atração do bordel. Como uma cadela no cio, eu passaria esses dias trancado, para atiçar ainda mais os clientes. Quando ela me jogasse no salão, eles pagariam o que fosse cobrado para terem o direito de montar em mim.

Mas esses dias que deveriam ser para o repouso do meu cu não foram de descanso para mim. Pela manhã, eu tinha que ajudar na limpeza da casa; à tarde, ajudava a deixar tudo pronto para o trabalho das mulheres. Antes de começar a putaria, eu ia para o quartinho dos fundos e não podia sair de lá por nada.

Eu tinha vontade de ir ao salão, só para ver se o doutor estava lá, mas resistia à tentação, porque não queria criar mais problemas com Ninete. Com os ouvidos atentos, eu fazia esforço para distinguir a voz dele entre as gargalhadas dos homens, mas Vitório era uma pessoa educada e não tinha o hábito de falar aos gritos. Eu não podia ter ilusões, mas não tirava da cabeça a fantasia de que ele se tornaria meu dono, para que nenhum outro macho pudesse colocar as mãos em mim.

Num abrir e fechar de olhos, chegou o dia da minha estreia no salão. Pela manhã, durante a faxina, as mulheres não escondiam a raiva de terem que disputar comigo pela atenção dos homens. Falando alto, elas enalteciam o poder que suas bucetas tinham para atrair os machos. Levantando a saia, Tonheta deu tapas na frente da calcinha rasgada e começou a fazer provocações.

— Quero ver quem é o macho que vai querer pegar um xibungo, podendo pegar uma fêmea. Além de buceta,a gente também tem cu!

Incentivada pelas gargalhadas das amigas, ela ficou me encarando. Se eu reagisse, todas teriam pretextos para avançar sobre mim. Eu não tinha medo, mas não podia enfrentar sozinho aquele bando de putas acostumadas a brigar por macho, por isso me fiz de surdo e continuei a limpar os tapetes. Requebrando-se com as pernas abertas, a desdentada Coraci também partiu para o ataque.

— Só mesmo um certo doutor para sujar o pau no cu de um macho-fêmea! Faz até vergonha um homem daqueles se sujar com essas coisas!

Era difícil aguentar tanta provocação, mas eu me esforçava para não me deixar atingir.

Quando o puteiro estava arrumado, Ninete determinou que Greice, Tabernácula e eu iríamos acompanhá-la às compras. Eu estava com raiva dela e de todas suas putas, mas gostei da ideia de sair de casa.

Enquanto andávamos pelas ruas, as pessoas nos olhavam com desprezo e até riam da nossa cara. Em outras ocasiões, os homens que frequentavam o puteiro faziam de conta que não estavam nos vendo, mas dessa vez alguns se atreveram a nos olhar. Percebendo o olhar de satisfação de Ninete, eu entendi que ela me tirou de casa para me exibir como a nova atração da sua casa. A cafetina não tinha estudos, mas era muito boa em fazer o marketing do seu estabelecimento.

Aproveitando um momento em que ela resolvia alguns assuntos no banco, eu entrei pela primeira vez numa loja e realizei alguns sonhos que tinha há muito tempo. Mesmo sendo mal atendido pela vendedora, comprei uma calça jeans, que se ajustou bem ao meu corpo comprido e magro, uma camiseta preta e duas cuecas semelhantes àquela que o doutor usava na noite em que me descabaçou. Esses foram os primeiros presentes que eu ganhei na vida, e foi Vitório quem me deu.

Quando me viram saindo da loja, as putas arregalaram os olhos, porque não acreditavam que eu havia me atrevido a entrar ali. Como se eu tivesse lhe roubado alguma coisa, Ninete puxou as sacolas da minha mão.

— O que é isso, Vicente? Onde você arranjou dinheiro?

Puxando com força, eu tomei as sacolas da mão dela e não tive medo de lhe dizer a verdade.

— São roupas. Comprei com um dinheiro que o doutor me deu.

— Você não me falou nada sobre isso! Você deveria ter me dado esse dinheiro para guardar! Não tinha nada que ir gastar com besteiras.

— Eu faço o que eu quiser! O dinheiro é meu. Vitório disse que era para eu comprar um presente para mim.

— Olha só para isso, Tabernácula e Greice! Vicente está se sentindo a mulherzinha do doutor! Já está falando como se ele fosse o marido dela! Coitada! Deve estar pensando que ele vai levá-la para morar num castelo, como uma princesinha! Você é uma puta idiota mesmo! Ele deu esse dinheiro para se livrar de vez de você. Espero que você faça bom proveito. Quanto foi que ele lhe deu?

— Não é da sua conta! Você deve ter ganho muito mais do que eu. E não fale comigo como se eu fosse uma puta igual a vocês! Eu já disse que sou homem!

— Que homem! Está se gabando porque ganhou dinheiro do macho que lascou seu cu e ainda quer ser homem. Você é mais puta do que nós três juntas.

Algumas pessoas que passavam por ali ficaram nos observando e se divertindo com a discussão entre a famosa cafetina e o menino que ela criou para ser puta. Eu não gostava de cenas de baixaria, mas Ninete nunca se incomodou com o que as pessoas pensavam sobre ela e sobre quem morava em sua casa. Vendo que eu me calei, ela saiu bufando de raiva e foi tratar de seus assuntos.

Livre dela, decidi comprar um sorvete e paguei também para Tabernácula e Greice, que estavam me olhando com olhos de cão sem dono. Sentados num banco, rindo feito bobos, nós tomamos os sorvetes, comemos as casquinhas e lambemos os dedos. A gente tinha que aproveitar tudo, porque em casa não tinha esses luxos. A cafetina só pensava em si mesma; as putas viviam na miséria.

De volta à realidade do puteiro, começaram os preparativos para o trabalho da noite. À medida que se aproximava a hora de abrir o salão, eu me sentia mais amedrontado. Quando Verbena avisou que as portas seriam abertas, eu me perguntei por qual motivo precisava fazer aquilo, mas sabia que, se me recusasse, Ninete me expulsaria da casa. Eu não tinha ninguém no mundo, minha única esperança era que o doutor viesse me procurar.

Ao descer a escada, lancei um olhar aflito pelo salão, mas Vitório não estava. Em pouco tempo, a casa ficou cheia de homens, mas nenhum era ele. Disfarçadamente, eu me esquivava pelos cantos, para que nenhum cliente se interessasse por mim, mas percebia os olhares famintos sobre meu corpo. Sentindo-me abandonado, pensei em Inácio, mas ele também não estava ali.

— Vicente, venha cá!

Ao ouvir o chamado de Ninete, senti um calafrio. Em pé ao lado dela, um senhor alto, calvo e com uma barba que descia até o peito, agarrou-me pelo braço. Antes de ser arrastado, eu mal tive tempo de ver o sorriso que se abriu no rosto enrugado da cafetina. Quando me vi trancado com aquele homem, compreendi que estava seguindo os passos da minha falecida mãe, a puta Lucila.

Sem perder tempo, o careca barbudão botou para fora um caralho pequeno, grosso e coberto de pelos. Empurrando meu ombro, ele me colocou de joelhos e mandou que eu chupasse, mas eu virei o rosto, porque o cheiro era muito azedo. Com raiva, ele bateu na minha cara, enfiou à força a rola sebenta na minha boca e ficou jogando minha cabeça para frente e para trás, comandando a mamada.

Quando pensei que seria obrigado a tomar o leite produzido naqueles ovos cabeludos dele, o macho tirou a rola da minha boca, baixou minha calça e socou a pica dentro de mim. Meu cu ainda não estava bem cicatrizado, por isso eu não segurei o grito. Dando tapas na minha bunda e nas minhas costas, ele varava minha carne e gritava xingamentos, que poderiam ser ouvidos fora do quarto.

— Xibungo dos infernos! Puta safada! Cachorra! Vagabunda! Eu mato você, viadinho puta!

Enquanto aquele homem me currava, eu só sentia dor e vergonha. Agarrando meus cabelos como se estivesse montado numa égua, ele deu uma socada sem pena e depositou a porra no fundo do meu cu.

— Porra! Puta gostosa do caralho! Vadia!

Jogando-me para a frente, o safado tirou a rola de dentro de mim. Caído no chão, escondi o rosto e fiquei esperando que ele fosse embora. Antes de sair, o miserável deu um chute no meu joelho.

— Bem que sua patroa disse que você nasceu para tomar no cu! Você tem futuro, viado puta!

Mesmo com as pernas doendo, saí correndo para colocar a porra do nojento para fora do meu corpo. Mal terminei de me lavar, Ninete invadiu o banheiro.

— Vamos logo! Seu primeiro cliente já espalhou no salão que você é uma puta do cu quente. Tem outros machos querendo meter a vara na sua fornalha.

Naquela primeira noite, eu peguei mais quatro machos. Quando os clientes foram embora, eu estava com o cu em brasa e não tinha forças nem para chorar. Enquanto tomava banho, só pensava na minha mãe, mas não conseguia formar a imagem dela na mente, porque nunca a vi, nem mesmo através de uma foto. Ao desabar na minha cama, adormeci sem querer pensar em como seria a noite seguinte.

A cada noite, recomeçava a guerra. Vendo que havia clientes de sobra, as putas pararam de implicar comigo. Mesmo sendo usado por tantos homens, eu mantinha a esperança de que Vitório aparecesse, mas ele nunca vinha. E Inácio também havia sumido. Era estranho que os dois tivessem desaparecido ao mesmo tempo. Ao fim de mais uma jornada, eu me arrisquei a perguntar a Tabernácula se alguém tinha notícias do doutor, mas ela me deu uma notícia desanimadora.

— Vicente, homem não dá satisfação de sua vida a uma puta. Aprenda isso.

Ninete só falava comigo na hora de me entregar nas mãos dos clientes. Para me maltratar ainda mais, ela passou a me chamar de Florzinha. Uma noite, um rapaz alto e louro lançou um chamado na minha direção.

— Florzinha!

Sem suportar ser tratado dessa forma, eu o encarei em desafio. Rindo alto, ele e mais cinco homens que o acompanhavam se levantaram, dispostos a me quebrar de pancadas. Com seu sorriso enrugado, Ninete se aproximou e resolveu aquela situação do seu jeito.

— Rapazes, como vocês podem ver, a Florzinha ainda está muito arisca. Ela precisa da vara de um macho experiente para desabrochar de vez como fêmea.

Rindo alto, os homens começaram a sentar. Sem que eu esperasse, o moço louro deu uma bofetada na minha cara e me arrastou pelo braço. Quando ele me jogou em cima da cama, eu quis devolver o tapa, mas ele deu mais duas bofetadas na minha cara.

— Quer apanhar mais, puta? Quer que eu quebre você ao meio, magrela? Eu vou amansar você nem que seja na pancada. Tira logo essa roupa, viado fuleiro!

Pulando em cima de mim, ele levantou minhas pernas, meteu a rola branca e veiúda na minha bunda e começou a espancar meu cu. Enquanto me arrombava, ele dava tapas nos meus peitos e puxava meus mamilos com as pontas dos dedos, causando-me muita dor. Antes de gozar, ele saltou de cócoras sobre meu pescoço e socou o caralho na minha boca, obrigando-me a engolir seu leite grosso.

— Caralho! Viado guloso! Puta que pariu!

Quando o miserável saiu de cima de mim, eu fechei os olhos e fiquei respirando com força, desejando que ele fosse embora logo. Antes de sair, ele atirou uma cuspida no meu caralho e deu uma gargalhada.

— Não sei para que uma puta precisa disso! Só não arranco porque não tenho uma faca aqui.

Num gesto de defesa, eu cobri minha rola com as duas mãos. Rindo da minha cara de medo, ele apagou a luz e me fez uma ameaça.

— Cuidado com a sua vida, putinha do cu quente! Eu ainda vou fazer uma buceta em você!

Quando ele bateu a porta e foi embora, eu continuei caído na cama, tremendo de medo. Eu sempre soube que a vida de puta era perigosa, mas agora sentia isso na pele.

Na noite em que atendi ao soldado Graco, eu imaginei que minha vida acabaria antes que ele gozasse. Com uma cara que poderia ser de um bandido, esse funcionário da delegacia trancou a porta do quarto, tirou a arma da cintura e mirou meu peito.

— Tire a roupa e deite com o rabo para cima, menino vadia.

Apavorado, fiz o que ele mandou e me esforcei para não demonstrar que estava tremendo. Quando o cano da arma tocou em minha nuca, meu coração quis fugir pela boca.

Lentamente, o perverso soldado deslizou a arma por minhas costas e passou o cano em meu rego. Por um instante, eu temi que ele quisesse enfiar aquilo no meu cu ou dar um tiro lá dentro. Mas ele colocou o revólver ao lado da cama, baixou a calça e se deitou em cima de mim, colocando no meio da minha bunda seu caralho grande e mole.

Por mais que o bravo soldado se esfregasse em mim, sua lança não subia. Lembrei-me de que Coraci já havia comentado que não dava nem gosto chupar o pauzão mole dele. Minha situação era trágica, mas eu tive vontade de rir ao imaginar essa cena: a puta sem dentes mamando o caralhão molengo. Quando o dedo calejado do soldado começou a invadir meu cu, eu só desejei que aquilo terminasse logo.

Lambendo minha orelha, ele enfiou o dedo até o fundo da minha bunda e começou a girá-lo lá dentro. Depois enfiou mais um e ficou fazendo movimentos de tesoura, como se quisesse rasgar minha carne.

— É assim que eu faço, puta safada. Eu só boto pra rasgar. Cadela! Fêmea minha tem que sofrer mesmo! Puta!

Eu ainda estava apavorado por saber que aquele homem estava com uma arma, mas a situação era engraçada e eu precisava me controlar para não rir. Para acabar logo com aquilo, comecei a girar a bunda e gemi como se estivesse sentindo dor e prazer com aquelas dedadas.

— Aiiiii… ahhhhh… uhhhhh…

Fazer isso me deixou envergonhado, mas essa era minha arma para escapar do valente soldado. Eu tinha que levantar a moral dele, já que o pau não levantava. Sentindo-se um macho arrombador de cu, ele passou a meter o dedo cada vez mais rápido.

— Toma, safada! É disso que você gosta? É isso que lhe dou, minha puta!

Deitado nas minhas costas, ele começou a urrar e a se debater, como se estivesse gozando com o pau fincado no meu cu. Quando me libertou, eu virei o rosto e ainda tive tempo de ver o caralhão fino e mole balançando entre suas pernas cabeludas. Quando colocou novamente a arma na cintura, ele me lançou um olhar de bandido e me fez uma ameaça.

— Se contar a alguém que eu arregacei seu cu, eu mato você.

Quando o soldado saiu do quarto, eu fui tomar banho, para relaxar os músculos, que ainda estavam rígidos de tanto medo que sua arma me provocou. Era assim a vida de puta, a cada noite, um novo drama. Mesmo sem querer, eu ia conhecendo melhor os homens e descobrindo seus segredos.

Só Vitório continuava sendo um mistério para mim. Seu sumiço me deixava triste e sem esperança. Eu já estava acreditando que Ninete tinha razão: o doutor não prestava. Ele só fez questão de me iniciar nessa vida para se exibir na frente dos outros homens. Para ele eu deveria ser apenas o menino bobo que ele descabaçou e colocou na vida de puta. Talvez fosse às gargalhadas que ele contasse aos amigos o quanto eu sofri quando ele arrebentou minhas pregas.

Eu não queria dar razão a Ninete, mas estava me sentindo mesmo uma puta idiota. Há mais de um mês eu sofria nas mãos dos machos da cidade, mas continuava esperando que o doutor Vitório viesse me resgatar. Era preciso aceitar que eu não tinha importância para aquele homem.

Triste e com raiva, comecei a lutar para tirá-lo da mente. Sem nunca ter usado, guardei no fundo do armário as roupas que comprei com o dinheiro que ele me deu. Se eu soubesse que seria assim, teria deixado aquele dinheiro guardado para jogar na cara dele, se algum dia ele reaparecesse. Calado e sem paciência para as brincadeiras das mulheres, durante o dia, eu fazia os trabalhos da casa. À noite eu ia para o salão, para ser humilhado e usado por qualquer homem que tivesse dinheiro para comer meu cu, como Ninete dizia.

Uma noite, um rapaz olhou de longe para mim e soltou um grito.

— Florzinha!

Antes que a cafetina viesse me empurrar para ele, eu aceitei minha derrota e fui ao encontro daquele cliente. Assim que parei ao seu lado, ele abriu um sorriso debochado e eu o reconheci. Aquele moço de corpo largo, cabelos curtos e bigode grande era Bento, o garoto que vivia me infernizando nos tempos de escola.

— Foi bom esperar você crescer, Vicente. Você virou uma linda florzinha.

Dois rapazes que estavam com ele começaram a rir alto, atraindo a atenção de todos os homens que estavam no salão. Sentindo-se o dono da situação, Bento deu um tapa na minha bunda e começou a me empurrar na direção do corredor. Seus dois amigos nos acompanharam e, quando entramos no quarto, ele apertou meu queixo e riu da minha cara.

— Se você tivesse dito que só precisava pagar, eu teria comido seu cu há muitos anos! Eu sempre tive dinheiro e você já nasceu puta!

Rindo muito, os três tiraram as roupas e cada um começou a alisar o próprio caralho. Tomando a iniciativa, Bento me jogou sentado na beira da cama e socou sua rola gorda na minha boca. Vendo aquilo, cada um de seus amigos começou a bater o caralho num dos lados do meu rosto. Depois os três ficaram em pé na minha frente, para que eu chupasse seus caralhos alternadamente.

Como se eu fosse um brinquedo, um dos rapazes agarrou meus cabelos no alto da cabeça e passou a comandar a diversão. Sem olhar para cima, eu levava tapas nas bochechas e recebia rola na boca. Aquilo durou tanto tempo, que minha boca ficou dormente e eu nem sabia mais de quem era o caralho que atravessava os meus lábios e descia até o fundo da minha garganta. Com a voz rouca, Bento decidiu fazer outra brincadeira.

— De quatro, puta! Vai, vai! Vai logo!

Baixando minha calça, ele deu uma cuspida no meio da minha bunda, agarrou minha cintura e meteu o caralho no meu cu. Eu já estava acostumado a ser arrombado, mas a vara dele, além de gorda, era muito inchada no meio do talo, por isso eu sentia muita dor a cada socada. Um dos amigos enfiou na minha boca seu caralho pontudo e ficou rebolando na minha cara, deixando-me sem ar. Para não ficar de fora daquela putaria, o outro rapaz, um negro de costas largas e bunda muito empinada, começou a esfregar o caralhão preto no meu ombro.

— Viado arrombado!

— Puta safada do caralho!

— Cadela no cio!

— Rapariga!

— Moleque puta da porra!

Eu não conseguia nem saber de qual boca saía cada um desses xingamentos. A todo instante, os machos trocavam de lugar e um novo caralho era enfiado no meu cu e outro na minha boca. Mesmo sem olhar para trás, eu sabia de quem era a vara que entrava rasgando minha carne. A rola de Bento tinha uma espécie de nó no meio do talo. A pica do moço negro tinha a cabeça larga e o talo grosso, como um cogumelo. E o caralho do outro amigo tinha a cabeça comprida, que entrava cortando minha carne como se fosse uma lança.

Quando meu cu estava pegando fogo de tão esfolado, os três arrombadores me cercaram e cada um começou a se punhetar rapidamente. Para que eu olhasse para eles, Bento agarrou meus cabelos e deu o comando para os amigos.

— Agora! Agora! Vamos, vamos! Pooorra!

Como se tivessem combinado, os três caralhos começaram a atirar os jatos de gala na minha cara. Com o corpo tremendo de prazer, os machos gemiam alto e sussurravam que eu era um viadinho safado, uma cadela de rua e a puta mais disputada da cidade. De olhos fechados, com o rosto banhado de porra, eu me sentia cansado e perdido.

Quando os caralhos amoleceram, Bento me jogou no chão e os três trataram de se vestir. Antes de fechar a calça, meu antigo colega de escola ainda apontou a rola para mim e começou a me dar um banho de mijo. No mesmo instante, os amigos se juntaram a ele e meu corpo foi alvejado por três fortes jatos de mijo quente e espumante. Naquela noite, a humilhação parecia que nunca chegaria ao fim.

Caído no meio do quarto, com a cara suja de gala e o corpo banhado de mijo de macho, eu ainda ouvi mais ofensas daqueles três moços que deveriam ter recebido dinheiro dos seus pais para ir ao cabaré se divertir com uma puta. Comemorando o sucesso daquela aventura, Bento fez as despedidas.

— Arrebentamos o cu da puta e ela não pediu arrego! Viado safado do caralho! Em breve a gente volta. E vamos trazer mais uns amiguinhos para participar da brincadeira com você, Vicente florzinha!

Muito orgulhosos, eles foram embora e eu continuei com a cara no chão. Minhas lágrimas começaram a correr e se misturaram com a gala dos covardes. Eu estava acabado, mas precisava ser forte para levantar a cabeça e lutar pela minha vida. Eu não podia deixar Ninete fazer o que quisesse de mim.

Eu não queria chorar, mas precisava colocar tudo para fora. Eu estava sozinho no mundo. Eu não tinha mais ilusões sobre Vitório. Ele só fez abrir meu corpo para que eu caísse nessa vida. Mesmo se ele voltasse, eu não iria querer nada dele. Como Ninete havia dito, ele só sabia destruir a vida das pessoas. A partir de agora, eu só contava comigo. E eu era um homem.

Quando a porta do quarto se abriu, eu continuei com o rosto grudado no chão, para não olhar para a cafetina do inferno.

— A festa foi muito boa! Os três clientes ficaram muito satisfeitos e disseram que voltarão com um grupo maior. Ter uma puta como você é a melhor isca para atrair os machos para minha casa.

Mesmo sem forças, o ódio era tanto que eu seria capaz de arrancar a cabeça da puta velha, mas continuei parado, como se tivesse morrido. Por mais que estivesse sofrendo, eu precisava pensar no que fazer. A hora de Ninete iria chegar, e talvez nem fosse pelas minhas mãos.

— Levanta logo. Hoje você só dorme depois de limpar este quarto. Trate de apagar todas as marcas das imundícies que você faz com os machos. Você é uma vagabunda, Vicente!

Agradeço aos leitores que ainda estão acompanhando a história de Vicente e Vitório.


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Comentários

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muito bom!!

eu comecei a ler o primeiro episódio despretensiosamente, não tava curtindo.

mas, me surpreendeu muitooo

já estou ansioso pelos próximos capítulos

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Tô viciado nessa história, espero que ele se dê bem no final

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Cara, parece que e a gte tá lendo um livro, texto literário mesmo, até os nomes dos personagens te levam para o universo do Vicente...o cara é foda.

Mas vou te contar viu, aproveitar q tô aqui comentando com vc, seus textos são uma delícia hein, e vc pelo visto tb 😈

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Que qualidade de escrita Tiago, caramba. Isso aqui tem outro nível viu. Acompanhar o florescimento do Vicente, seu amadurecimento, é prazeroso num texto bem escrito assim, mesmo que a história seja profunda. Continue! Curioso pra saber como essa "coming of age" vai acabar

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muito sofrimento.

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Chocado. O texto é impecável bem escrito e gostoso de acompanhar mas a história desse rapaz é muito triste. Cheguei a ter esperança que o tal do Vitório que até pode ser pai dele fosse salva-lo mas ai o cara sumiu. Volte logo. Parabéns e obrigado.

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Karaca, não sei seu eu sou podre, mas, mesmo com tanta degradação, fiquei de pau duro e o cu piscando. Tô no inferno.

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Olha que eu quase tô no inferno tb viu. Se quiser uma mãozinha pra sair daí me avisa 😉

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