Melhor amigo VI

Sabia que não iria para a casa do Diego até porque o Zé não iria e ele seria o único motivo para eu ir, queria mesmo era ficar com o ele na num quarto, mas ele não poderia vim e nem eu ir para a casa dele, a mãe dele já havia chegado pelo horário e nẽm iria me deixar entrar, quando ela o colocava de castigo nem os amigos ele podia ver, ainda troquei algumas mensagens com ele para ter certeza e ele me confirmou que não sairia de casa, já que não tinha nada para fazer eu fui estudar e fiquei bem focado a ponto de não perceber meu celular tocando, só quando dei uma pausa para jantar algo foi que vi duas chamadas perdidas do Diego, só ignorei e voltei para os estudos, mal recomecei minha mãe aparece no quarto me falando que um amigo meu estava me chamando na porta, por um momento pensei ser o Zé, mas se fosse ele, minha mãe o teria deixado entrar então fui até a porta ver quem era.

Diego: Tu quer celular para que? Se tu não atende. (disse ele com tom de deboche.)

Eu: Estava estudando foi mau.

Diego: Se estava estudando então está perdoado. (ele tinha um sorriso que eu odiava.)

Eu: Não estou pedindo seu perdão. (resolvi ser ousado.)

Diego: Justo, mas desculpo você mesmo assim.

Eu: Tudo bem, diga em que posso te ajudar?

Diego: Vim te buscar, estava aqui perto comprando vinho.

Eu: Não lembro de ter pedido ou dito que eu iria.(não sei porque, mas quis provocá lo)

Diego: Se tivesse atendido o telefone saberia.

Eu: Diego eu não vou, o Zé não vai.

Diego: E o que tem haver?

Eu: Eu não conheço ninguém lá.

Diego: Você me conhece ué, conhece o Lucas, posso te apresentar meus amigos.

Uma voz dentro de mim me dizia para aceitar, mas não conhecia ninguém, não gostava de beber, Zé não estaria lá, a lista de contras era maior que a de pró, então continuei negando, só que nem em um milhão de anos eu poderia prever a reação do Di.

Diego: Tá bom então. (ele desceu da bicicleta e escorou ela na parede ao lado da porta.

Eu: O que cê tá fazendo?

Diego: Bem, se o Maomé não vai até a montanha.

Eu: Deixa de ser palhaço.

Ele simplesmente passou por mim e entrou na minha casa, cumprimentando minha mãe que estava na sala, com toda sua simpatia e com o sorriso que eu odiava muito, fique tão sem reação que só entrei calado atrás dele e quando me dei conta estávamos no meu quarto, ele deu uma olhada ao redor e sentou na minha cama, abriu o vinho e tomou um gole, depois esticou a garrafa para mim e neguei com a cabeça.

Diego: Sua casa é da hora Fabim.

Eu: Obrigado, seus amigos não estão lhe esperando?

Diego: Fala sério, eles só querem um lugar pra beber e Lucas está lá.

Eu: Porque você quer ser meu amigo. (já não estava muito com paciência, ele era muito folgado.

O desgraçado deitou na minha cama sua camisa subiu um pouco e vi um pouco de sua pele branquinha, ele sorriu e respondeu com o maior descaramento do mundo.

Diego: Somos amigos e eu gosto de ti, Fabim você é um cara legal.

Eu: Ninguém me chama de Fabim.

Diego: Eu sei, por isso gosto, viu como somos amigos, só eu te chamo assim. (eu ri com seu comentário.)

Eu: Ah, então se eu te chamar de Diego ou de Di todos te chamam assim, viu não somos tão exclusivos assim.

Ele pensou por um tempo e respondeu,

Diego: Pode me chamar de vida então. (ah sorriso maldito.)

Eu: Sua bunda, senhor Diego. (ele gargalhou.)

Diego: Não importa se você me chama de Di como todo mundo, e outros só meus amigos próximos me chamam assim.

Eu: Agora somos "próximos". (fiz sinal de aspas)

Diego: Estou no seu quarto e estamos bebendo juntos, isso é amizade para mim.

Eu: Na verdade você é um chato sabia.

Diego: Vem, vamos para festa.

Eu: Que festa?

Diego: A que está rolando lá em casa.

Eu: Pensei que era só mais uma bebedeira.

Diego: E é uma bebedeira para comemorar meu aniversário.

Fiquei estático, ele estava falando sério, não poderia ser, Di estava na minha casa tomando seu vinho deitado na minha cama no dia do seu aniversário ao invés de estar na própria festa só porque eu não quis ir, com certeza era meme, ele queria me zoar então entrei na brincadeira e cantei parabéns para ele.

Eu: Tudo bem, você é engraçado.

Diego: Não acredita em mim.

Eu: Óbvio que não.

Diego pegou sua carteira e tirou sua identidade e estendeu para que eu pegasse e conferisse, congelei por um momento, ele realmente estava falando a verdade? Peguei a sua identidade e era verdade, era aniversário dele, fiquei incrédulo mesmo vendo o documento dele.

Diego: Acredita agora.

Eu: Você largou seus amigos na sua festa.

Diego: Nem todos, vim buscar um deles que é teimoso demais.

Eu: Tá bom seu pé no saco, vou me arrumar.

Tomei um banho rápido e saímos para a casa dele, o que eu não esperava era que a surpresa que teria era eu, pois assim que eu cheguei a primeira pessoa que eu vi foi Zé junto com Jaqueline.