As aparências enganam

Um conto erótico de Satamnael di Deus
Categoria: Heterossexual
Contém 1405 palavras
Data: 22/04/2023 16:11:28
Última revisão: 24/04/2023 08:06:12

Raphaela Amoral está dirigindo à tardinha pela avenida Cobra Caolha rumo a sua casa no centro-norte de Terra Quente após o dia de trabalho. Sua carreira profissional é marcada por vinte e sete anos como microbiologista conceituada na Universidade de Terra Quente. Devotada, mal pensa em parar de trabalhar.

Sua casa é extravagante e meticulosamente cuidada. Ela mesma arruma sua casa porque julga que nenhuma outra pessoa é capaz de deixá-la com o zelo que tanto gosta. No seu porão ela mandou construir um minilaboratório, muito bem equipado, guardado por uma porta blindada, sendo o lugar onde ela fica boa parte do tempo. Raphaela chegou no seu lar, comeu sua maçã diária e foi para o subterrâneo.

Lá pelas nove da noite, resolveu usar um aplicativo para procurar um boy para dar uns pegas. Ela gosta de novinhos magrinhos, com cara limpinha e cabelo aparadinho. Deu match com um e combinaram de se encontrar num pub na parte centro-leste de Terra Quente.

Raphaela é uma mulher toda certinha quando está no trabalho ou em casa. Mas, quando sai para encontros ela se produz toda sensual: escolheu uma blusa decotada cor amarela allamanda para valorizar seus seios médios; um saião cinza mercúrio para destacar seu quadril largo e bundão gostoso; e uma sandália artesanal sem salto porque era alta. Ademais, fazia questão de ser notada pelo seu cheiro.

Estando pronta, chamou um motorista de aplicativo porque como pretende beber não queria correr o risco de dirigir. Ao chegar no local de encontro, o rapaz já estava lá. Ele era de estatura média, corpo atlético e com uma pinta chamativa no pescoço. Conheceram-se, comeram, beberam e beijaram-se. Raphaela não é de fazer cerimônia. Como ela percebeu que o rapaz estava agitado para transar, resolveram ir para um bom hotel da redondeza — pois, para Raphaela, motéis eram muito mal higienizados.

Ao chegarem no quarto, o rapaz da pinta, eufórico, apressou-se nos amassos. Raphaela controlou-o e jogou-o na cama. Ela levantou um pouco o saião e sentou em cima dele. Beijou-o. Fazia movimentos de víbora para esfregar a calcinha molhada na calça volumosa dele. Então, ela tirou a blusa e o sutiã, e deu seus peitos para serem mamados pelo jovem alucinado. Depois, ela tirou a blusa do rapaz para dar um banho de gato quente no corpo dele. Quando ela chegou na sua barriga ele se contorcia de cócegas, mas ela o segurava para se manter em posição.

O rapaz da pinta tentou aproveitar a proximidade de Raphaela de suas partes para conseguir um boquete. Mas, ela não chupava nem permitia ser chupada: era uma troca de muitos micróbios. Mesmo assim, tirou a calça do jovem e trajou o seu pau pequeno com uma camisinha; depois retirou o seu saião e calcinha, e sentou gostoso. Ela fazia movimentos com uma técnica primorosa: alternava entre um movimento lento e outro mais rápido. O bucetão quente e molhado de Raphaela recebia facilmente o pau do novinho. Vai e vem; vai-vem. O rapaz revirava os olhos e se tremia todo: ele havia gozado... Mas ainda estava ereto e forte.

Raphaela trocou a capa do pau do jovem alucinado, e pediu para que ele se posicionasse na beira da cama. Ela sentou com a sua bundona virada para ele. Dessa vez, fazia movimentos mais rápidos. Tanto que os estalos da bunda dela batendo na virilha do moço eram altos. Pá pá pá pá... Ela não gemia alto porque estava num hotel, mas estava cheia de tesão. Entretanto, o rapaz da pinta se antecipou de novo: gozou urrando gostoso... Estando ainda disposto para mais. Isso nunca havia acontecido com ele antes.

A microbiologista levantou, trocou novamente a camisinha do pau do jovem. Depois, pediu para que ele se levantasse e se encostasse na parede. Ela o esmagou entre a parede e a sua bundona. Eram movimentos fortes. Essa era melhor posição para Raphaela gozar. Ela pompava com força toda empinada. A sua buceta pingava. Ela apertava os bicos dos seus peitos para se incendiar ainda mais. O rapaz absorto tentava segurar as ancas de Raphaela, mas ela tirava suas mãos; ela estava no controle. As pancadas molhadas aceleraram. O rapaz da pinta gozou primeiro e estava quase sem forças. Raphaela sentia as primeiras ondas de espasmos orgásmicos devidamente controlados. Depois veio a erupção; gozou devassa; deu até um gritinho abafado; e foi parando o movimento aos poucos.

Acalmados, ambos foram tomar banho. O rapaz da pinta estava quebrantado, mas, de modo extraordinário, de pau duro. Ele parecia um morto-vivo: precisou de ajuda para tudo antes de ser internado na cama por Raphaela. Ela ainda assepsiou todo o quarto com um vidro de álcool 70% que carregava na bolsa, e foi dormir.

Na manhã seguinte, o rapaz estava sorridente. Ele sentiu um pequeno corte no dedo indicador direito, mas era superficial e nem lembrava como o conseguiu. Raphaela estava de riso superior e olhava para o rapaz no fundo dos olhos sempre. Tomaram café no hotel e foram cada um para seu destino.

Dias depois, Raphaela recebeu um telefonema no seu trabalho, e foi solicitada para comparecer urgente ao hospital municipal Piranucu. Foi-lhe relatada mais um caso da misteriosa infecção bacteriana que tem assustado os médicos de Terra Quente ultimamente. O quadro clínico era causado por uma variação da fasciíte necrosante, conhecida como a bactéria comedora de carne, em que os pacientes tinham a pele e alguns músculos necrosados por conta da ação devoradora desse microrganismo. No entanto, nos casos recentes, a ação dessa bactéria é muito mais agressiva e resistente a qualquer antibiótico, o que levava a óbito rapidamente os infectados.

Quando chegou ávida no hospital, Raphaela foi ver imediatamente o paciente. Ele estava numa ala isolada e sobrevivendo por meio de aparelhos. Embora seu corpo estivesse 90% carcomido, ela percebeu que o acamado terminal era o rapaz com quem ela tinha saído dias atrás, pois a sua pinta característica no pescoço estava intacta. Ela o olhava friamente e fazia anotações da situação. Tentou interagir com o rapaz, mas ele não respondia a qualquer estímulo. Ele estava sob efeito de calmantes e analgésicos pesados, respirava com dificuldade e mantinha seus olhos arregalados vislumbrando o nada. Por fim, ela pegou uma amostra de sangue e da carne necrosada, e saiu do leito.

Em seguida, conversou com os médicos envolvidos no caso. O chefe da equipe médica do hospital pediu para que ela participasse da coletiva de imprensa que seria dada. Ela foi. Perguntaram a ela se havia risco de contaminação em massa, pois esse era o sétimo caso em um pouco mais de dois meses. Raphaela explicou que a doença não era contagiosa, pois a inflamação se desenvolve por meio de uma lesão na pele. No entanto, ainda não se foi descoberto a origem da infecção. Também disse que os estudos para desvendar como essa super bactéria se desenvolveu ainda estão em andamento.

A morte do rapaz ocorreu algumas horas posteriores ao fim da coletiva de imprensa.

Após o dia agitado no hospital, Raphaela finalmente pôde ir para casa. Estava cansada. Quando chegou, foi direto para o porão. Lá, começou a analisar as amostras coletadas. Fez anotações veementes. Depois, foi até um cofre secreto, abriu-o e pegou um caderno preto. Nele fez as seguintes anotações:

"Experiência 7: o processo de infecção do espécime foi mais acelerado e agressivo do que o anterior. O novo fasciíte necrosante desenvolvido em laboratório demonstrou uma evolução surpreendente, criando maior capacidade reprodutiva e maior resistência às adversidades ambientais e de fármacos. O espécime foi a óbito em tempo recorde. A experiência foi um sucesso. Ademais, a substância sintetizada da Amanita muscaria surtiu um efeito estimulante menos exagerado em relação à experiência anterior. No entanto, ainda precisa de ajustes para que não haja exaustão física extrema, embora o espécime desta experiência tenha acordado estimulado no dia seguinte".

Fechou o caderno, guardou-o no cofre, separou as amostras que levaria ao trabalho no dia seguinte, trabalhou um pouco mais no desenvolvimento de suas experiências laboratoriais pessoais e foi dormir.

Os dias que se sucederam foram longos. Raphaela manipulava tudo o que era feito. Ela conseguiu dar uma explicação preliminar sobre o caso para acalmar as autoridades médicas e a imprensa.

Raphaela também mantinha seu trabalho duplo ao chegar em casa. Numa noite de sexta-feira ela sentiu vontade de fazer mais uma experiência. Então, marcou com um boy na parte sudoeste de Terra Quente. E assim ela partiu para encontrar seu novo espécime.


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