Parabéns pelos seus textos e coragem para colocar em seu perfil... Muito bom!!! 🙂👏👏👏🌟🌟🌟
Samae... a japonesa-coreana... tenho saudades dela.
Eu conversava com a Samae em um outro site que fechou faz algum tempo. Ela era uma miscigenada, filha de coreanos e japoneses, mas me encantava a cada troca de e-mail que tínhamos. Confesso que demorei a assumir que eu realmente curto a cultura asiática e tento adotar certas práticas e sabedorias no meu dia-a-dia, o que pode surpreender até a mais atenta das otakus brasileiras que curtem a cultura japonesa. Menciono bastante o Japão, pois é o meu alvo mais importante. Na prática, se estivesse aprendendo vietnamês ou cambojano estaria tranquilo do mesmo jeito. Quem sabe um mandarim e hangul daqui pra frente... né.
Recentemente, um youtuber gringo que mora no japão postou um video contando sobre quais seriam os 26 traços de atratividade que as japonesas mais gostam num homem ideal. O resultado? Eu fechei praticamente 80% dos estereótipos haha. Não poderia estar mais certo quanto as suspeitas sobre mim mesmo. Foi só questão de entender que européias ou africanas simplesmente... não vão gostar de mim. Bom, para elas existe um mundo infinito de homens por aí, mas eu sendo um pardo, da mesma cor que os indígenas dessa terra, vivendo sempre questionando ou em desacordo com o resto de cultura européia e africana desse país, eu vejo que sou eu que preciso aprender as línguas asiáticas e ir embora.
Eu não sou o estereótipo, eu sou bem mais do que a média desejável das asiáticas. Eu gostaria de mais interação com esse pessoal, pois só esse povo conseguiria ouvir minhas frustrações e sonhos com toda paciência do mundo. A Samae sabia muito bem disso, e me elogiava pelos pequenos haikais que eu escrevia em português. Tem mais a ver com o sentimento do que com as palavras, é o significado e o significante em sintonia. Espero que ocorra logo uma "asificação" desse país hehe.
Eu me considero um ser completamente à parte da sociedade brasileira. Falo sério, não me identifico com essa mistura europeia-africana que parece fazer parte da vida de todo mundo, uns em maior intensidade do que outros, mas... sinto que não é exatamente pra mim. Por mais que vejo garotas bem carnudas ao meu redor, a única coisa que me conquista é a doçura e a sinceridade das asiáticas. Quando elas querem um amigo (e até mesmo um possível pretendente) elas não medem esforços para ir até o fim. Se eu morasse lá no Liberdade, em SP, quem sabe eu teria um presente diferente. Ou quem sabe morando no interior e trabalhando com os agricultores japoneses eu poderia ter um futuro mais promissor e competitivo. Eles gostam de pessoas como eu, que encaram os desafios e bolam ideias de vencerem.
Samae, sei que talvez nunca mais nos encontraremos por aí, mas, obrigado por acreditar em mim naqueles dias. Agora dá pra continuar a vida. Arigato gozaimasu e gomawo!