4 - O canil
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Senti o carro passar por um quebra-molas. Entrando em algum lugar. Ouvi vozes estranhas.
O veículo estacionou.
- Desce - disse o negão. - E caladinha? Se não quiser dormir com o couro fervendo. Entendeu?
- Sim.
Ele me deu um tapa fortíssimo que ardeu minha bochecha, comecei a chorar.
- Cadela não fala, quando eu perguntar confirma com a cabeça.
Eu balancei a cabeça confirmando ele foi me empurrando pela nuca. Sempre me segurando pela nuca. Sempre que eu tentava cobrir meus seios ele desatava minhas mãos.
Ouvia latidos de cachorros, muitos cachorros. Em pequenos canis um ao lado do outro como casas.
Quando ele me empurrou para um dos últimos canis, eu tentei voltar, ele me empurrou. Eu vi o cachorro que veio até ele.
- Por favor não, por favor - eu chorava.
- Cadela, - ele me deu um soco. Cai no chão e na mesma hora o cachorro saiu do canil e veio me lambendo vociferando. - Entra aí puta, e se tentar machucar ele, já sabe.
Fui engatinhando para dentro do cubículo com cheiro de fezes de cachorro e o próprio cheiro do bicho. Meu coração batia forte. O cachorro veio querendo me lamber, quando tentei afastá-lo ele mordeu minha mão.
Fiquei encolhida no canto chorando. O cachorro sentou-se perto da grade, abriu bem a boca e fechou. A claridade de um dos postes de fora entrava pelas grades, eu só podia ficar sentada ou deitada. Estava tudo limpo. A vasilha da água e a da ração.
E se eu gritasse por socorro? Talvez fosse essa a solução. Gritar. Será que haviam mais mulheres ali? O cachorro veio se aproximando me farejando. Eu o empurrei ele ameaçou me morder.
Ele lambeu meu pé, depois aproximou-se mais com o focinho.
- Sai, - disse impondo as mãos.
O cachorro vociferou sobre mim mordeu minha coxa e minha mão, tentei me defender e bati a cabeça na parte de cima, cai deitada, ele veio para cima de mim e enfiou o focinho entre minhas pernas.
Fechei as pernas o cachorro parecia endemoniado, mordeu meu joelho. A dor me fez chutá-lo ele mordeu com força meu calcanhar, desisti, e abri as pernas cobrindo os seios, o cachorro veio para cima de mim, ficou um tempão lambendo minha vagina.
Enquanto ficou na língua eu ainda pude ficar em paz, no que isso era possível, mas quando cão subiu sobre me e com a parte do corpo peludo se postou sobre minha vagina, quase vomitei.
Ele me ameaça com os dentes e tudo que pude pensar foi que eu não era a primeira que ele impunha isso. O cachorro começou a fazer o mesmo que os homens já haviam feito em mim desde o inicio da tarde.
Quando o dia chegou o cachorro ainda estava na mesma posição, eu sentia as arremetidas, e já tentara mais de uma vez me levantar, mas o cão sempre mostrava os dentes.
Entrevi alguém aparecendo pelas grades, e pensei "estou livre desse inferno, finalmente" quando ergui a cabeça, o rosto do homem sorria vendo o cachorro fazer aquilo comigo.
- Araújo vem ver, - disse a outro.
- Coitada, sai valente, sai valente.
O cachorro ficou agressivo mas saiu de cima de mim, um deles levaram o cachorro e o outro ficou. Um tinha a cabeça raspada, era negro, sorriso farto.
- Você precisa fazer carinho nele.
- Por favor, por favor me tira daqui... por favor eu...
Ele ergueu a mão, olhou por cima do ombro.
- Eu vou te ajudar, prometo, hoje a noite eu te ajudo a fugir. Mas precisa colaborar agora tá bom? Veste isso aqui.
Ele me entregou uma calça e uma camisa de homem, mandou eu amarrar o cabelo para cima.
Eu o olhava com admiração aquele homem ia me libertar finalmente eu sairia daquele inferno, mas e meu pai? O homem me conduziu pelos canis e vi estavam todos vazios.
Ele abriu uma porta ao fundo era um banheiro.
Ele entrou comigo.
- O senhor vai mesmo me ajudar? - perguntei.
- Tão linda, - ele disse acariciando meu rosto. - Claro que vou, mas sabe, isso é arriscado vou precisar de um incentivo. Primeiro toma banho, bem lavadinha heim?
Engoli em seco. Se era esse o preço a pagar. Depois de todo aquele inferno, eu o pagaria.
A água do chuveiro caiu densa sobre minha pele o sabonete ardeu na minha vagina que doía a cada toque. Eu me lavei e consegui senti um pouco de paz. Quando estava saindo do box, o homem careca, desceu o zíper.
- Você vai mesmo ajudar?
Ele balançou a cabeça, eu sorri, e abaixei, o pênis dele estava mole e demorou a endurecer, quando endureceu ficou maior que os que eu já tinha engolido na noite passada. Ele era mais bruto que os outros e foi agressivo.
- Engole, engole...
Quando ele derramou na minha boca e me deu um tapa no rosto, percebi que não viria ajuda nenhuma, aquele era mais um pervertido que estava me usando. Senti uma angustia no peito quando ele me conduziu de volta ao canil.
O outro homem veio até mim colocou a mão por dentro da blusa que eu vestia e apertou meu ceio.
Ele saiu e me mandou entrar no canil. Antes de trancar a grade esse homem disse:
- Come, de quadro, como uma cadelinha...
Eu pensei em suplicar mas o negro assentiu com a cabeça confirmando as ordens do colega.
A comida eram pedaços de frutas e verduras com mais alguma coisa com gosto de pão integral mas mais crocante. O homem empurrou o pote com a água com a ponta do coturno.
- Cadela, o nome do cachorro é Valente - avisou. - Faça carinho nele quando ele quiser te foder, e acho bom não tentar impedir, ele já matou uma que não quis dar, então... Faça carinho na cabeça dele, ele melhora.
Passou o cadeado e saiu. Eu cai no choro. Segurei nas grades tentado ver se enxergava mais alguém naquele inferno mas não consegui ver nada.
Eu percebi que para me locomover era melhor ficar apoiada nos joelhos e nas mãos de quatro porque para ficar nos pés minha cabeça batia no teto de cimento. Chorei durante horas. Depois tentei me agarrar a esperança da ajuda oferecida.
Mas quando pensava no jeito que o homem me machucou ao enfiar o pênis duro na minha boca, suspirei sem esperança alguma. Eles voltara para trazer o cachorro, e me obrigaram a tirar toda a roupa e ficar nua.
Colocaram a minha comida de um lado e a do cachorro do outro. Não foi negro que veio foi o outro policial estranho. O cachorro veio até mim farejando mais uma vez, eu tremia mas tentei fazer carinho, ele latiu.
Meu estomago estava doendo e o jeito seria comer aquela comida mesmo, para passar tinha que ser pelo cachorro, quando me aproximei caminhando de quatro até as vasilhas, o cão avançou.
Pronto, ele subiu em mim, e começou a bombar, errava mais que acertava a fome fez com que eu me concentrasse naquela na comida e na água. O cão finalmente acertou minha vagina, eu me abaixei rendida. Chorava enquanto ele avançava.
Ao final da tarde com a chegada da noite o negão apareceu e me conduziu para o banheiro novamente entregou o sabonete.
- Olha gracinha, - ele disse. - Vou te ajudar a fugir mas precisa colocar isso, é uma coleira. Você vai engatinhar de quatro todo o caminho que eu te conduzir. E eu vou te libertar.
A coleira era grossa com uma corrente fina do tamanho de um braço e tinha dois fechos abertos para um cadeado, er cor de pele. Neguei com a cabeça, o homem insistiu.
Ele me puxou pelo cabelo com ferocidade e forçou para baixo enfiou pela minha cabeça e tirou um cadeado de dentro do bolso. Ele acariciou meu cabelo e me puxou para fora no canil em silêncio.
Com um pano grosso veio me secando com o pano, passou por entre as minhas pernas, depois debaixo no peito, entre os braços e veio me puxando como faziam com os cachorros.
Meus joelhos doíam, meu estomago estava doendo também.
Saímos por um corredor com um muro ao lado e veio me puxando pela corrente da coleira.
- Quando estivermos no final desse espaço você vai poder ir embora, tá bom? - ele disse.
Eu assenti, um homem encastelado dentro de um tipo de gabinete no alto em que saia uma luz, gritou:
- Levando a cadela para passear?!
Ele sorriu puxando mais o meu pescoço quase engargelando. O descampado diante de nós parecia um campo de futebol. Longe do prédio e longe do homem que estava encastelado.
Ele soltou a corrente e o cadeado e disse:
- Vai, tá livre, corre...
Meu peito encheu de felicidade minhas pernas vacilaram no inicio mas eu consegui correr até o final dando com uma parede. Procurei um jeito subir uma reentrância que fosse, algum ligar em que pudesse prender o pé.
Ninguém vinha atrás de mim. Tentei subir e cai no chão. Voltei a correr por todo o espaço.
Quando já estava sem fôlego engoli em seco, ouvi o barulho de cachorros, minhas pernas tremiam. Voltei pelo mesmo caminho por onde tinha vindo.
O homem estava fumando.
- Por favor me...
- Mais que isso é impossível, - ele disse. Olhou o relógio de pulso. - Você ainda tem uns cinco minutos. Ou foge agora, ou se submete de vez, obedece sem questionar, sem pensar em fugir, só faz como mandamos com dedicação, aceita tua nova vida.
- Vocês querem... querem... isso tudo é uma loucura...
O cara olhou novamente o relógio.
- E aí, decidiu? Porque quando o tempo acabar, vou soltar os cachorros atrás de você. E quando te pegar vamos te moer de porrada, e deixar os cachorros fazer o resto.
Eu chorava enquanto olhava para trás desistindo pouco a pouco da liberdade. Olhei para cima o céu estava cheio de estrelas, foi ajoelhando diante dele.
- Eu desisto... desisto - falei de joelhos.
Ele tragou bem o cigarro, veio até perto de mim e assoprou na minha cara.
- Primeira lição, - ergueu meu queixo - nunca, em hipótese alguma tente fugir, te dei uma chance. Agora você é uma cadela. Ouviu? Cadelas não falam não é mesmo? Mas podem chupar.
Ele abaixou o zíper e me vez mais uma vez chupá-lo até derramar aquela gosma dentro da minha boca e me fazer engolir.
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NOTA:
Olá, por conta de um comentário ao conto "A cadela da Guarnição" achei por bem explicar que trata-se de uma FICÇÃO onde os personagens são maiores de idade; alguns deles criminosos; sendo assim, não vejo irregularidade e caso exista o site provavelmente vai emprecar os textos. Veja, não nomeei personagens justamente tentando demonstrar que é uma situação inteiramente inventada. Obviamente, creio não precisar dizer que estupro é crime!!!!! Violência e cárcere privado é crime!!!!! Quaisquer violações de direitos humanos é crime!!!
Isso posto, deverei publicar o restante da narrativa, e aviso que em determinado momento da história a personagem vai ter uma reviravolta. Quem leu sabe que está acontecendo um tipo de "cobrança, vingança" e a personagem não escolheu está vivendo aquilo tudo, ou seja, é uma vítima. Ter que explicar tudo isso é bem chato, mas me pareceu o melhor a fazer em casos de futuros comentários como o de Moral45 que sinceramente teve razão nas palavras que utilizou, embora não ache tão grave as páginas de um conto FICCIONAL, nem mesmo acredito que isso vá dar ideias a criminosos.
De qualquer forma, peço desculpas se com essa narrativa ofendo alguém! Realmente é uma história de pura ficção!