O que é o Amor! (4a Temporada - CAPITULO 14) - Epílogo!!! Agora sim o Fim!!!

Um conto erótico de IDA (Autorizada por Nassau)
Categoria: Heterossexual
Contém 9362 palavras
Data: 13/02/2023 19:35:18
Última revisão: 15/02/2023 20:18:03
Assuntos: Heterossexual

ATENÇÃO !!! ATENÇÃO !!! NÃO LEIAM ESTE CAPÍTULO ANTES DE LER O CAPÍTULO 13 !!! CASO CONTRÁRIO, PERDE GRAÇA !!!

Capítulo Anterior ...

Depois da noite que passou com Bruna, Elisa não teve mais nenhuma intimidade com nenhum dos dois. O único momento em que tiveram algum contato mais íntimo foi quando se despediam no aeroporto. Bruna, com lágrimas nos olhos, não resistiu ao seu impulso e deu um beijo apaixonado em Elisa em frente à sala de embarque, no que foi imitada por Renato. Elisa se aguentou enquanto pode e permaneceu no terraço do aeroporto até que o avião que ambos ocupavam levantasse voo. Eles tinham embarcado em um avião da Air France que os levariam até Paris. Quando as luzes do avião sumiram na escuridão da noite, Elisa desabou e começou a chorar. Seu pranto era sentido. Ela cobria seu rosto com as duas mãos e teria ficado ali por horas sem fim, não fosse a Carolina que, vindo de um local de onde não podia ser vista antes, a abraçou carinhosamente e andou com ela em direção ao estacionamento, levando-a para casa.

A viagem para Paris aconteceu a pedido de Bruna que, antes de visitar os locais disponíveis para morar, queria visitar Nantes, onde vivera e estudara enquanto vivia na Europa e depois o levaria até Portugal. Sem que ele soubesse, ela entrara em contato com sua amiga Ida e marcara com ela de se encontrarem na mesma praia onde se conheceram.

Bruna ficou muito triste ao ser informada por sua amiga e conselheira que ela perdera o marido em virtude de um ataque cardíaco. Porém, essa tristeza veio se juntar a outra que, a cada minuto, fazia seu coração sangrar. Ela não conseguia imaginar sua vida sem ter Elisa ao seu lado. E, para piorar, Renato não podia ajudá-la em nada, pois sofria do mesmo mal.

Dessa forma, ocorreu a separação de três corações que, parecendo terem nascidos para pertencerem uns aos outros, se viram obrigados a se separarem por causa das circunstâncias que a vida e as convicções de cada um lhes impuseram, sem se importar com o sofrimento que possam causar. O amor de Bruna e Renato, que tinha tudo para ter um final feliz, acabou com eles, embora juntos, vivessem a sombra de uma saudade que provocava, a cada lembrança, um buraco em seus peitos.

Continua ...

Capítulo 13 – EPÍLOGO!!! AGORA SIM O FIM!!!

Já se haviam passado quinze dias desde que Renato e Bruna deixaram o Brasil e estavam estagnados em Paris.

Isso, dito a qualquer pessoa, pode parecer estranho. Como alguém pode passar quinze dias em uma das cidades mais efervescentes do mundo, onde, modernidade, história e cultura são encontradas a cada esquina?

Mas era exatamente isso que acontecia com o casal. Não se animavam a visitarem os principais pontos turísticos e passavam quase o dia inteiro no apartamento, raramente saindo para se alimentarem, pois era comum pedirem para que as refeições fossem servidas na cobertura que eles ocupavam.

Renato tinha programado fazer uma viagem até Caens, na região da Normandia. Seu objetivo era visitar um dos palcos das batalhas ocorridas no dia seis de junho de 1944, no episódio conhecido mundialmente como o Dia D, ou o dia do desembarque das forças aliadas na Normandia. Antes disto, sua intenção era ir com a Bruna até a cidade de Nantes, uma vez que ela lhe dissera que gostaria de voltar àquela cidade, porém, diante da inércia que se apoderara dela desde o dia em que chegaram na França, ele resolveu ir sozinho.

Essa visita era motivada por seu interesse sobre a Segunda Guerra Mundial. Renato lia tudo o que lhe caia nas mãos com relação a esse assunto, como também fazia questão de assistir a todos os filmes e documentários. Estudara tanto isso que, muitas vezes, se irritava assistindo algum filme de guerra ao ver que os produtores dos filmes distorciam alguns fatos, não os apresentando da forma que realmente aconteciam.

Quando avisou para Bruna que pretendia fazer a visita, ela lhe disse que ele poderia ir, porém, por estar indisposta, preferia ficar no Hotel. Depois de insistir muito e não conseguir convencê-la de ir, ele resolveu ir sozinho. Em virtude da longa distância a ser percorrida e por não ter conseguido iniciar sua viagem na madrugada como pretendia, ele ficou dois dias fora. Essa demora ocorreu porque, diante de tantas relíquias existentes naquela região, ele resolveu estender sua viagem até a Comuna de Deauville e, nesse percurso, foi obrigado a fazer muitas paradas por causa das paisagens que, como se em uma viagem no tempo, tivessem retroagido mais de setenta anos, tanta era e preocupação dos moradores locais de preservar as lembranças daquele glorioso dia.

Quando já se preparava para iniciar sua viagem de regresso a Paris, ele foi surpreendido por uma ligação de Sylvia. Atendeu preocupado achando que, para ela ligar para o seu celular, algo de grave poderia ter acontecido, mas foi surpreendido com o fato de que sua sogra desejava apenas ter notícias dele e da filha. Renato aproveitou aquela ligação para relatar à Sylvia o estado em que se encontrava Bruna, desanimada e indisposta e usou isso como justificativa para não poder dar a ela uma resposta honesta quando foi perguntado sobre os locais que já haviam viajado. Quando estavam se despedindo, ele criou coragem e pediu notícias de Elisa e nessa hora a mulher apenas respondeu que não tinha notícias dela.

Renato, na hora percebeu que Sylvia estava mentindo. A pressa que ela teve em dar essa resposta curta já era um indicativo disso. Porém, antes de confrontar sua sogra, ele se deu conta que ele também estava mentindo, pois jogara sobre Bruna toda a culpa de estarem travados na Cidade Luz, sem aproveitar nada do que estava disponível aos visitantes e nem sobre gastronomia conseguiu dizer muita coisa.

A única coisa que conseguiu dizer foi que havia entendido o motivo das refeições francesas terem aquela quantidade enorme de pratos: consumee, entrada, salada, prato principal e sobremesa, pois a quantidade servida em cada uma delas era irrisória e se, o desavisado do turista não aceitasse todas, certamente teria que se complementar a refeição comendo um sanduíche em algum lugar para não ficar com fome. Contudo, sua tentativa de fazer piada disso não foi bem-sucedida, pois nem Sylvia riu e nem ele se sentiu melhor ao fazer a brincadeira.

Renato voltou para o hotel e encontrou Bruna em uma situação que parecia revelar que o tempo havia parado. Até mesmo a posição que ela estava deitada quando ele saiu daquela suíte era a mesma. A única diferença era que agora os olhos vermelhos dela denunciava que ela passara grande parte daqueles dias chorando. Preocupado, ele se aproximou dela tentando conseguir uma explicação para o seu estado, porém, a única coisa que ouviu dela foi:

–(Bruna) Não está funcionando, Renato. Eu quero voltar para o Brasil.

–(Renato) A próxima vez que eu falar com sua mãe pelo telefone, vou dizer a ela para fazer os preparativos necessários para que a gente volte.

Voltar para o Brasil era tudo o que Renato também desejava. Se lhe perguntassem naquele momento o que ele achava de Paris, certamente responderia que é a cidade mais chata do mundo.

Entretanto, a conversa que tivera com Sylvia ao telefone produziu resultados que Renato nunca seria capaz de prever. Como ele achou que entrar em detalhes seria doloroso para Bruna, diante do estado que ela se encontrava, sem ânimo para nada, ele resolveu não falar nada para ela a respeito daquela ligação.

Mas, no Brasil, Sylvia percebeu que tinha que fazer alguma coisa. Ela conhecia sua filha e sabia, pois mesmo em seu tempo de atuação como mãe desligada e só voltada as coisas mundanas, principalmente sexo, ela a observara muito bem para ter certeza de que toda aquela prostração era em virtude da falta que ela sentia de Elisa. Além disso, sabia que Renato não estava se sentindo melhor que ela e apenas fingia estar bem para poder amparar à Bruna. Então, ela comentou com Cassandra sobre sua preocupação e as duas resolveram fazer alguma coisa. As duas tinham tentado conviver mais com Elisa, o que foi em vão, pois a garota sempre tinha uma desculpa para recusar um convite para uma refeição ou um outro programa qualquer.

Cassandra, a pedido de Sylvia, buscou informações sobre Elisa e não se surpreendeu ao descobrir que o estado dela também não era dos mais animadores. Demonstrando sempre uma tristeza enorme, chegara até mesmo a ser relapsa e só não prejudicou um cliente por se esquecer da data de uma audiência porque um de seus colaboradores estava atento. Quando contou o que descobriu para Sylvia, esta falou:

–(Sylvia) Não sei por que tanto sofrimento. Bastava Elisa ter viajado e eles estariam virando a cidade de Paris do avesso e se divertindo muito.

–(Cassandra) Pois é, mas a Elisa não quis ir e, segundo eu pude perceber, continua resistindo a isso. Aquela amiga dela, como é mesmo no nome dela?

¬

–(Sylvia) Carol. Quer dizer, o nome dela é Carolina, mas todos a tratam assim.

Cassandra riu. Ela não era o tipo de pessoa que se esqueceria do nome de alguém que ela mesma classificara como muito importante para ajudar nos planos que tinha em mente. Na verdade, queria apenas testar Sylvia para ver se ela estava realmente ligada nos problemas aos quais resolvera assumir para encontrar uma solução. Então, vendo que Sylvia estava realmente preocupada com a felicidade da filha, comentou:

–(Cassandra) Então Sylvia. Ela pode até se recusar a ir. Porém, não custa nada dar um pontapé naquela bundinha branca dela. – Vendo que Sylvia a olhava com atenção, continuou: – Um pontapé tão bem dado que vai fazer a ela ir daqui até Paris sem nem saber como foi isso.

Sylvia deu uma gargalhada. Ela entendera exatamente o que Cassandra lhe queria dizer e, só depois de algum tempo, quando controlou seu riso, lhe disse:

–(Sylvia) Nossa! Isso vai ser muito divertido. Sem falar que estou louca para fazer alguma coisa onde, no final, eu fique parecendo ser mais esperta que aquela pirralha.

Cassandra, notando que sua ideia tivera acolhida por parte de sua amante, relatou a ela o plano que tinha em mente e, na manhã seguinte, já saiu de casa bem cedo para começar a pô-lo em prática.

Primeiro foi até a empresa e conversou com Carolina e Edna, sem deixar que Elisa soubesse que ela estava lá. Depois, levando Carol consigo, foi até o apartamento onde Elisa estava morando em companhia de sua mãe e conversou com aquela senhora que logo foi convencida a se tornar aliada delas, pois confessou que também não aguentava mais ver a Elisa tão triste.

No quinto dia depois de começar a agir, Cassandra ligou para o Renato e lhe disse apenas:

–(Cassandra) Fique distante da Bruna que a Sylvia vai te ligar dentro de cinco minutos.

Renato ainda respondeu concordando, mas quando fez isso, a ligação já havia sido desfeita. Bruna estranhou e lhe perguntou do que se tratava e ele respondeu apenas que havia sido engano. Ela estranhou, pois havia ouvido ele responder ‘sim’ em português e Renato dominava os idiomas francês e inglês. Se fosse realmente engano, era um engano de uma distância muito longa. Quando ele pediu licença a ela dizendo que precisava ir até o banheiro, ela estranhou mais ainda, pois deixá-la sozinha em uma mesa de restaurante, principalmente, por ter sido ele a insistir que eles saíssem do quarto do hotel para irem até ali.

Mal chegou no banheiro e seu celular chamou. Atendeu e ouviu a voz de Sylvia dizer apenas:

–(Sylvia) Sábado, pela manhã, vá até o Aeroporto de Orly. Leve a Bruna.

Para Renato, aquilo queria dizer que Sylvia, diante das informações de que a filha não estava feliz, tomara providências para levar aos dois de volta e que queria fazer surpresa para ela. Ainda ficou mais cinco minutos dentro do banheiro imaginando como fazer para arrumar as malas e fazer o check out do hotel sem que Bruna percebesse. Ele, apesar de acreditar que aquilo significava uma volta para São Paulo, não desejava que, na eventualidade de estar errado, criar uma expectativa para Bruna que depois fosse frustrada. Ao final, decidiu deixar tudo ao acaso, ou pelo menos, por conta da sogra que, uma vez ter sido a pessoa a estabelecer um plano para levar a ele e à sua filha de volta, que se virasse para resolver o problema de bagagem e conta de hotel depois.

...

Enquanto isso, Elisa ia levando sua vida aos atropelos. Cometia erros que nunca cometeria em situação normal em uma frequência que começava a assustar e fez algo que em tempos anteriores jamais faria, que era deixar os processos que deveria cuidar ao cargo de seus subordinados. Isso se revelara ser uma boa ideia, pois já impedira prejuízos com perda de prazo que levaria um cliente seu a ser detido e até mesmo do recolhimento de taxas que, se não efetuadas no prazo certo, faria com que o processo fosse julgado com resultados desastrosos para ela.

Na noite de segunda-feira, ao chegar em sua casa, cruzou com um veículo que saia do estacionamento do prédio e, não fosse a distração que passara a ser seu estado natural nos últimos tempos, teria percebido logo que era o de Sylvia. Quando se deu conta disso, já era tarde e o carro levando a mãe de Bruna já havia desaparecido de sua vista. Aquilo a deixou intrigada e perguntou para sua mãe quando chegou em casa:

–(Elisa) Mãe. O que a Sylvia queria aqui.

–(Mãe da Elisa) Sylvia? Quem ... é essa? – Ao vacilar, a mãe de Elisa deixou claro que tudo o que diria dali para frente seria mentira e ela, sabendo disso, resolveu não insistir. Tudo que ela menos queria era uma discussão com sua mãe por causa de uma provável visita que ela nem sabia se tinha acontecido mesmo ou se fora apenas impressão sua.

Mas ela estava certa. Sylvia havia passado mais de uma hora no apartamento conversando com a mãe de Elisa, explicando-lhe algo e depois lhe dando algumas instruções.

Se Elisa não estivesse tão alheia ao mundo ao ser redor, não teria sido surpreendida mais tarde. Mas quando Sylvia entrou na sua sala, no dia seguinte, dizendo que ela fora informada por pessoas infiltradas entre seus atuais inimigos, que eles estavam dispostos a sequestrar Elisa e, em posse dela, exigir o regresso de Bruna e Renato ao Brasil. Elisa tentou minimizar a gravidade dessa informação e protestou veementemente quando ela lhe informou que, a partir daquele dia, a Cassandra seria sua guarda-costas e estaria com ela vinte e quatro horas por dia.

Elisa também não percebeu que, ao sair de sua sala, Sylvia não foi em direção à saída. Em vez disso, ela passou pelo escritório da Carolina e falou com ela ainda da porta. Depois, juntas foram até a sala de Edna.

Quando Sylvia disse que a Cas estaria com ela durante as vinte quatro horas do dia, a Elisa não julgou que a mulher estava sendo literal. Mas foi o que aconteceu. Meia hora depois de sair de sua sala, Sylvia ainda estava reunida com Edna e Carol, mas Elisa não sabia disso. O que ela sabia é que a Cassandra mostrara seu belo rosto negro da porta e que agora estava sentada na sala de recepção. A partir daí, não houve um segundo em que ela se movesse e não estivesse com seu anjo negro à sua volta, cuidando de sua segurança. Mesmo com o desânimo dos últimos dias, ela deixou se levar em alguns assuntos iniciados por Cas e até achou que se tratava de uma mulher inteligente e muito divertida.

Elisa também não ligou o fato de que, na quinta-feira de manhã, ao procurar por uma blusa que comprara recentemente, não a encontrou em seu guarda-roupas. Imaginando que havia sido levado para lavar, escolheu outra. O espírito de Elisa estava tão alheio aos fatos de sua vida, exceto aos dos trabalhos, que ela nem se lembrou de que sua mãe lavava suas roupas todos os dias e que, se ela não usara aquela blusa no dia anterior, por nada nesse mundo ela deixaria de estar pendurada em um dos cabides de seu armário. Só na quinta-feira, já a noite, ela reclamou com sua mãe que não estava achando seu sapato preferido. A mãe a olhou assustada, porque era uma sandália da czarina com quinze centímetros de salto e ela não poderia imaginar que sua filha desejaria usar esse sapato para ir ao trabalho na sexta-feira.

Na sexta-feira de manhã, Elisa percebeu que sua mãe se despedira dela com uma emoção bem maior que a costumeira. Se ela, por algum motivo, tivesse voltado para o apartamento logo depois de sair, teria visto que sua mãe chorava copiosamente.

A sexta-feira correu normalmente, exceto pelo cancelamento de um julgamento, o que deixou Elisa muito zangada, a ponto de pedir uma audiência com o juiz do caso, apenas para ter com ele uma áspera discussão e sair da sala do mesmo com a obrigação de pagar uma multa ou então seria detida por desacato a autoridade.

Assim vivia Elisa. Momentos com a cabeça nas nuvens, momentos de extrema lucidez e o coração embalado na saudade de quem amava. Coisas importantes aconteciam a sua volta e ela nem se dava conta e, de repente, implicava com algo simples e corriqueiro. Mas seu alheamento estava próximo do fim.

Quando, ao voltar para casa na sexta-feira, Cassandra lhe informou que seu carro havia sido enviado para a oficina e que só ficaria pronto no dia seguinte, ela aceitou sem reclamar ocupar o banco traseiro de um veículo enorme, tipo VAN, que a mulher dirigia. Elisa, apesar de irritada, concordou sem reclamar, mas quando notou que o caminho percorrido por Cassandra não era aquele que a levaria até sua casa, ficou irritada e falou:

– Onde você está indo, Cas? Minha casa fica para o outro lado.

Cassandra apenas respondeu que estava tudo bem e seguiu em frente. Aquilo era muito suspeito e Elisa, na mesma hora, imaginou se Cassandra havia se passado para o outro lado e tudo o que lhe ocorreu era que tinha que fugir e avisar a Sylvia que estava correndo perigo. Não passava pela cabeça da garota que se ela estivesse correta, quem estaria em iminente perigo era ela mesma.

Tentando planejar escapar dali ela se viu parada em um sinal de trânsito e resolveu fugir, porém, ao tentar abrir a porta, as maçanetas não funcionaram e ela descobriu que estava presa ali dentro. Começou então a gritar com Cassandra que continuou a agir se ela nem estivesse ali. Ela pensou em fazer um escândalo, porém, mal teve tempo de se preparar para isso e o carro entrava por um enorme portão e se dirigiu por uma pista de concreto em direção a um enorme prédio que ela logo descobriu ser um hangar. Nessa hora Elisa se deu conta que estava em pleno Aeroporto de Congonhas.

O carro entrou por uma pequena abertura na porta do hangar e Elisa se viu naquele espaço enorme onde, o que mais se destacava, era a existência de um jatinho Learjet 60. Não restando mais dúvida nenhuma que estava sendo raptada, Elisa começou a gritar e, quando um homem estranho tentou tirá-la do interior do carro, ela reagiu e acabou por lhe morder com muita força a mão, arrancando dele um palavrão.

Sentindo-se feliz por aquela breve vitória, sentou-se no banco traseiro apenas para ver o rosto sorridente de Cassandra aparecer pela outra porta que fora aberta e, trazendo em sua mão direita uma seringa contendo um líquido transparente, não lhe deu menor chance de reação. Bastou um rápido movimento e ela se sentiu imprensada contra o encosto do banco traseiro, sentido uma ligeira picada no braço. Instantes depois dormia deitada no banco, de onde foi retirada por uma Cassandra que, com gentileza, a levou para dentro do avião onde foi colocada em uma poltrona.

Elisa não assistiu, pois continuava a dormir, mas o que se seguiu foi um verdadeiro desfile de autoridades dentro daquele avião. Seu passaporte, que ela nem tinha dado falta, já com o visto para deixar o país, foi colocado em sua bolsa junto com todos os documentos que ainda não estavam lá. Um fiscal da alfândega fez um exame bastante superficial e assinou alguns documentos, entregando-o a um homem alto que só podia ser o piloto.

Três horas depois de ter sido sequestrada, o avião levantava voo pela pista do aeroporto de Congonhas, sobrevoou a região Sul da cidade de São Paulo, fez uma curva de quase cento e oitenta graus e seguiu rumo Nordeste. A bordo, além de Elisa, o piloto, um copiloto, uma comissária de bordo e Ademir que ocupava uma poltrona bem a sua frente.

Elisa acordou cerca de quatro horas depois e sua primeira reação foi olhar para a escuridão que cercava o avião. Olhou assustada para o lado, reconheceu Ademir e interpretou sua presença ali como uma traição, pois achava que estava sendo sequestrada por inimigos de Sylvia. Não vacilou em começar com ofensas ao homem:

–(Elisa) Ah! Tá. Mais um traidor que se vendeu para os inimigos de Sylvia.

Ademir, que estava sentado em uma poltrona diante de Elisa, apenas a encarou e sorriu calmamente para ela.

Quando o dia clareou, Elisa perguntou as horas e lhe responderam que, no Brasil, deveria ser algo em torno das duas horas da madrugada. Rapidamente ela fez o cálculo e imaginou que, se já estava claro, então eles viajavam para Leste. Olhou para a janela e sentiu seu estômago embrulhar quando tudo o que conseguiu enxergar era água. O Oceano Atlântico se estendia por todos os horizontes que sua vista alcançava.

Sabendo que não havia mais esperanças para ela, pois traidores haviam lhe entregue para os inimigos de Sylvia e que logo estaria morta, decidiu que morreria sim, mas antes faria a vida daqueles traidores um inferno. E ela conseguiu. O que ela aprontou dentro do pequeno jato durante o resto do trajeto foi algo que não se vê nem em cinema. Ameaçou abrir a porta. Despejou uma xícara de café quente na cabeça do Ademir e um copo de suco gelado na da comissária de bordo. Chutou a porta da cabine do piloto até cansar, pois nem mesmo o Ademir conseguia segurá-la. Entupiu o vaso do banheiro com papel higiênico e fez um belo de um rasgo em uma das poltronas, usando um alicate de unha que encontrou em sua bolsa.

Elisa só ficou sossegada quando o piloto anunciou pelos autos falantes, já que não se atrevia a abrir a porta da cabine temendo que ela entrasse ali e fizesse algo na tentativa de derrubar o avião, para que todos se sentassem e apertassem os cintos de segurança, pois aterrissariam dentro de aproximadamente trinta minutos.

Ela foi até a janela, olhou para baixo e viu que estavam sobre o continente, só não tinha ideia de qual deles e acreditou ser a África. O sol estava alto no céu, quase a pino em relação ao avião, concluindo que era meio-dia, ou algo em torno disso.

Deixou de se preocupar com isso e começou a olhar para fora, procurando algo que lhe desse uma indicação de onde se encontrava, embora soubesse que isso de pouco adiantaria. Saber onde estava não queria dizer que teria alguma chance, pois nem mesmo seu celular estava em sua bolsa, chegando à conclusão de que o aparelho havia sido confiscado.

O avião descia cada vez mais e ela já conseguia distinguir que estavam sobrevoando locais povoados. De repente, a existência de prédios ficou mais densa e ela olhou para todos os lados e percebeu que estavam chegando a uma cidade grande, pois para todos os lados que olhava ela via prédios. Então notou que, por mais que a cidade fosse grande, nenhum dos prédios que ela avistava era muito alto. Encostou então sua cabeça na janela do vidro para poder olhar o máximo que conseguisse para frente e finalmente enxergou algo que se destacava de todos os outros prédios.

Uma enorme estrutura de ferro erguia-se imponente acima de todas as outras construções. O coração de Elisa pulou uma batida ao olhar aquilo. Ela conhecia aquele monumento. Aliás, todo mundo conhece aquele monumento. Mas não era a simples vista do monumento que a deixou entre estarrecida e surpresa. Afinal de contas, o que ela via crescer cada vez mais na medida em que o avião se aproximava, era a Torre Eiffel e sua mente estava travada repetindo sempre o mesmo pensamento:

“A Torre Eiffel fica em Paris e, se fica em Paris, então eu estou no mesmo lugar que estão Renato e a Bruna”.

Sem se conter e, mesmo sobre o risco de sofrer algum ferimento caso houvesse uma turbulência, ela se soltou do cinto de segurança, ocupou a poltrona ao lado do Ademir e lhe abraçou enquanto beijava o rosto e repetia a palavra “Obrigada” sem parar.

Ademir ainda teve tempo de se desvencilhar dela e prender o cinto de segurança em volta de sua cintura antes do avião tocar o solo.

...

Bruna não entendia o motivo de ter sido arrancada da cama tão cedo e ser arrastada para o Aeroporto de Orly. Também não entendia o motivo de ter permanecido ali por quase quatro horas e nada acontecer. Para piorar, Renato também estava preocupado, porém, evitava dizer qualquer coisa a ela e se afastava dela algumas vezes e tentava falar com alguém ao telefone, mas sempre voltava abanando a cabeça.

Já se passara das onze horas quando Bruna, já descontrolada, pressionou Renato que acabou lhe confessando que sua mãe pedira para aguardar ali e isso significava que eles estariam voltando para o Brasil, pois certamente ela mandara um avião lhes buscar. Bruna, ainda incrédula, perguntou:

–(Bruna) Mas Renato. E a conta do hotel? E nossas roupas? Será que você entendeu direito? Está esquisito isso.

Renato pensou e respondeu que ela estava certa e, depois de trocarem impressões sobre isso, deixaram aberta a possibilidade de que sua mãe estaria chegando e que, talvez trouxesse alguma boa notícia para eles.

Quando já estavam cansados de esperar, viram o pequeno Learjet taxiando e vindo em direção ao hangar em que eles haviam deixado o carro antes de se postarem a sua frente. O avião taxiou até próximo a eles e ainda demorou uns cinco minutos depois das turbinas serem desligadas para a porta abrir. Uma escada foi acionada de dentro do avião e, mal chegou a tocar o chão quando um corpo pequeno, esbelto e um chumaço de cabelos muitos loiros praticamente flutuou sobre ela.

Bruna e Renato, que esperavam ver Sylvia sair por aquela porta, ficaram tão surpresos que não tiveram tempo sequer para entender o que acontecia e Elisa já estava pendurada no pescoço dos dois, lhes dando beijos no rosto e na boca até que, afastando o rosto enquanto se abraçava ao Renato, praticamente gritou:

–(Elisa) SEUS DOIS BANDIDOS. VOCÊS ME RAPTARAM!!!

Bruna foi a primeira a sair do estupor e dominar a surpresa, susto e todos os demais sentimentos exceto a alegria que sentiu naquele momento e arrancou Elisa dos braços de Renato, puxou-a para si e segurou em sua nuca, baixando seu rosto e beijando aqueles lábios que traziam em si um sabor de saudades armazenadas por semanas de ausência. Seus corpos se colaram enquanto Renato abraçava as duas e lhes dava beijinhos nos cabelos esvoaçantes pelo vento que frequenta todos os aeroportos do mundo.

Os ventos que parecem existir para trazer e levar as saudades das partidas e as alegrias dos reencontros e em outras a esperança, ou até mesmo a dor. Desta vez, porém, não havia uma definição que explicasse os sentimentos que vieram à tona naquele reencontro.

Logo após de Elisa se apresentar no departamento e apresentar seu passaporte, cujo visto de entrada ela não saberia explicar quando e como foi providenciado, os três ocuparam o carro que Renato havia usado para chegar ao aeroporto, enquanto alguns homens que nenhum deles conhecia e que surgiram de repente e se apresentaram a Ademir, se dividiam em dois grupos. O primeiro grupo, usando um veículo grande, seguiu de perto o carro de Renato demonstrando estarem agindo como seguranças enquanto o segundo cuidava da bagagem que Elisa sequer sabia que havia trazido consigo e foi providenciar o desembraço na alfândega.

A caminho do hotel, Renato manobrou demonstrando que pretendia parar em um restaurante por achar que, em virtude de já ter passado em muito a hora do almoço, mesmo ele mesmo não estivesse com fome, mas achava que Bruna e Elisa poderiam estar. Porém, quando as duas perceberam sua intenção, falaram a uma só voz:

–(Bruna/Elisa) Nem pensar, seu Renato. Vai direto para o hotel.

Chegando ao hotel, sequer se deram o trabalho de realizar o check-in de Elisa, deixando essa tarefa a cargo de Ademir que estava no carro que os seguira. Na suíte, quando a porta se fechou às costas de Renato que foi o último a entrar, estavam uns nos braços dos outros. Elisa era puxada a todo o momento enquanto beijava a boca de um, para ter sua boca sugada pelo outro. O pequeno trajeto entre a porta e a cama ficou abarrotado das roupas que iam sendo arrancadas sem nenhum cuidado de seus corpos e todos nus, deixaram-se cair na cama.

Elisa era a inexperiente naquela relação. Ela, que tivera uma única vez com mulher e nunca praticara o sexo a três, mesmo assim, parecia ser uma veterana no ato de dar e receber prazer. Quando ela estava deitada de costas com a cabeça de Renato entre suas pernas a chupar sua bucetinha, puxou o corpo de Bruna para que ela se posicionasse abaixada sobre seu rosto e começou a sugar com volúpia a buceta que aprendera a desejar.

Quando Renato fodia a Bruna que estava de quatro sobre a cama, ela sentou na frente dela com as pernas abertas, oferecendo sua xoxota para ser degustada pela boca macia e deliciosa de Bruna e quando praticamente exigiu que Renato fodesse o seu cuzinho, ela ficou sobre a outra, em posição de sessenta e nove e se deliciava em chupar aquela buceta enquanto a sua própria era explorada pela língua ágil de sua amante enquanto o pau trepidante de Renato se movimentava dentro do seu cuzinho.

–(Elisa) Puxa vida Renato. Você foi maravilhoso! – Exclamou Elisa depois de ter gozado mais uma vez: – Tudo isso é saudade minha?

Elisa se referia ao fato de que, embora muito carinhoso e parecer preocupado apenas com o prazer das duas, ter sido mais intenso, com uma pegada mais forte, mas, mesmo assim, não ter provocado dor ou feito qualquer coisa que pudesse deixar seu corpo marcado. A não ser, lógico, sua bundinha que ficou vermelha por alguns tapas que ele lhe deu.

Quando, finalmente, seus organismos protestaram pela falta de alimentos, pois a noite já cobrira Paris, Bruna sugeriu que tomassem um banho, vestissem alguma coisa e saíssem para se jantar. Elisa logo protestou e venceu com um único argumento:

–(Elisa) Nem pensar. Há quase um ano que estou desejando ficar assim com vocês dois e não vou sair daqui nem a força.

–(Bruna) Mas Elisa, nós precisamos comer alguma coisa. – Argumentou Bruna.

–(Elisa) Então peça alguma coisa para a gente comer aqui.

E assim foi feito. Jantaram no apartamento, com Bruna e Elisa permanecendo nuas e Renato apenas com uma toalha que enrolara na cintura que foi a forma que ele encontrou de atender ao serviço de quarto, enquanto as outras duas se escondiam no banheiro e a sobremesa daquele jantar foi a Elisa que, dessa vez, foi praticamente impedida de agir, ficando à mercê dos carinhos de Renato e Bruna que, não só a chuparam até que ela gozasse mais uma vez, como também transou com ele, dessa vez na posição papai e mamãe em uma intensa troca de carinhos e prazer, sob o olhar de Bruna que decidira, por sua própria conta, ficar apenas como expectadora.

Só depois disso é que conversaram um pouco. O Ademir havia ligado para informar o número do apartamento que fora destinado à Elisa, apartamento esse que nunca foi usado durante todo o tempo que permaneceram em Paris. Nessa conversa, tentaram entender como tudo acontecera para que Elisa estivesse ali entre eles e, com as informações que ela dera, como a aparição de Sylvia no Escritório e a permanência constante de Cassandra ao seu lado, como também o comportamento estranho por parte de sua mãe, que tudo estava sendo providenciado sem a sua presença. Até mesmo a ameaça contra Elisa, conforme foram informados mais tarde por Ademir, não era real e fazia parte do plano de enviá-la ao encontro de Bruna e Renato.

Cansados, dormiram depois de programarem o itinerário para o dia seguinte, atendendo o desejo de Elisa que disse que a Torre Eiffel era o primeiro lugar que desejava conhecer e a segunda seria a Catedral de Notre Damme, dizendo:

–(Elisa) Eu tenho medo de altitude, mas como dizem que vir a Paris e não conhecer a Torre Eiffel é o mesmo que ir em Roma e não ver o Papa, vamos primeiro lá. Depois que quero ir naquela igreja famosa. Como é mesmo o nome?

–(Bruna/Renato) Catedral de Notre Damme. – Disseram Bruna e Renato a uma só voz.

–(Elisa) Essa mesma. Desde criança que eu quero ver pessoalmente esse tal de corcunda.

Renato e Bruna não conseguiram conter as gargalhadas com o comentário dela que os pegou de surpresa, afinal, eles estavam falando a sério e a Elisa, do nada, saiu com esse comentário que, em qualquer outra situação, não teria graça nenhuma.

Entretanto, não foi no dia seguinte que eles conseguiram visitar alguma coisa em Paris. Renato foi acordado sentindo a deliciosa sensação de ter o seu pau sendo chupado por uma boca macia, alternando por lambidas de uma língua ágil. Olhou para o lado e viu Bruna que, embora com os olhos fechados, estava acordada, pois, com os lábios entreabertos, emitia curtos gemidos. Só então ergueu a cabeça e viu Elisa ocupada em lhe dar prazer com sua boquinha enquanto, com uma das mãos, alternava carinhos no grelinho de Bruna com suaves penetrações de seus dedinhos na buceta que já estava encharcada com o mel do prazer, a ponto de fazer com que a Elisa, por um breve momento, abandonasse o pau de Renato para sorver e engolir aquele mel que apendera a gostar.

Mais um dia foi gasto em se entregarem ao prazer. Mais uma vez as refeições foram feitas no apartamento e somente a noite, por imposição de Bruna, saíram para visitarem um bistrô na zona boêmia de Paris, não sem o protesto de Elisa. Porém, Bruna foi firme com ela:

–(Bruna) Olha aqui sua moleca devassa. Nós não vamos poder ficar em Paris a vida toda. Então, vamos aproveitar para ver alguma coisa antes de partir. E tem mais, não é só Deus que mata não, minha filha. Foder demais também pode fazer mal.

Elisa não respondeu nada. Apenas fez uma careta para Bruna e saiu para o banheiro cantarolando a música tema da novela A Escrava Isaura. Le re, le re. Le re le re le...

Renato ria do jeito dela enquanto Bruna lhe chamava a atenção:

–(Bruna) E não fique aí fazendo todos os gostos dela não, seu Renato. Você não vê que pode estar criando um monstro?

Não se sabe se, pela alegria de estar com as duas pessoas que amava, pelo fato de, de uma hora para outra se ver livre de todas as responsabilidades de seu dia a dia ou por estar vivendo a primeira grande aventura de sua vida, Elisa realmente agia diferente e ela gastou o tempo livre para infernizar a vida dos dois. Principalmente da Bruna.

Isso ficou bem claro na noite do dia seguinte.

Naquela noite eles foram até o Bistrô Mordant, na Rue Charlot, 14, onde Elisa ficou petrificada com a qualidade do peixe que lhe foi servido por sugestão do Metre enquanto ouvia Renato cantar loas à qualidade do vinho.

Depois voltaram para o hotel, transaram e dormiram os três na mesma cama e no dia seguinte saíram cedo para um tour na Cidade, onde Elisa foi até a metade da altura da Torre Eiffel e se deu por satisfeita pedindo para voltarem e, no período da tarde, visitaram a Catedral de Notre Damme, ainda sobrando tempo para se sentarem sobre um guarda sol de um dos barzinhos que se localizam na Champs Elysee. Voltaram para o hotel e, por sugestão de Bruna, combinaram em irem assistir uma peça de teatro que estava fazendo muito sucesso na cidade. Quer dizer, combinaram não é bem a palavra certa, pois Elisa protestou dizendo que preferia ficar no hotel, provocando o comentário de Bruna:

–(Bruna) Pelo amor de Deus, Elisa! Você só pensa nisso?

–(Elisa) Olha quem fala! – Rebateu Elisa e depois disparou: – A grande putinha parece que quer mudar de vida.

Bruna não se ofendeu. Aliás, ela nunca se ofendia com Elisa. Mas isso não quer dizer que ela não passasse momentos de muita raiva por causa da forma como a loirinha estava se comportando.

Contrariada com por se sentir obrigada a ir a um local que não queria ir, Elisa se recusou a tomar banho com Bruna como as duas vinham fazendo ultimamente, alegando que o que a outra queria mesmo era foder e não tomar banho e ela não estava a fim. Porém, ela tinha outros planos, pois assim que Bruna sumiu das vistas, ela olhou à sua volta e viu a roupa que ela tinha deixado preparado para vestir.

Quando Bruna saiu do banheiro enrolada em uma toalha e com outra na cabeça, Elisa entrou no banheiro e, para surpresa geral, fechou a porta do mesmo a chave, o que nunca tinha acontecido antes. O motivo dela ter tomado essa providência logo foi revelado com Bruna gritando:

–(Bruna) ELISA, SUA FILHA DA PUTA. POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?

Enquanto gritava, Bruna tinha em suas mãos suas roupas. Cada uma das peças estava inutilizada com um nó forte. Era impossível usar qualquer uma daquelas peças, mesmo que os nós fossem desfeitos. Bruna começou a chorar enquanto socava a porta e essa reação dela fez com que Elisa se arrependesse e abrisse a porta, porém, ao tentar abraçar sua amante em uma tentativa de pedir desculpas, foi rechaçada, no momento exato em que Renato, que saíra para se encontrar com Ademir e lhe informar o que pretendiam fazer, visando a segurança de todos, entrava no quarto e entendeu tudo errado, pois, ao ver Bruna empurrando Elisa para longe dela, foi até onde estavam as duas e tentou imobilizar Bruna, fazendo com que ela pirasse de vez.

Bruna se atirou na cama de bruços e começou a chorar. Seu choro era tão sentindo que seu corpo era sacudido com os soluços que dava, enquanto Elisa, com voz pesarosa, explicava para o Renato o que tinha feito, provocando nele um arrependimento enorme por ter agido contra Bruna quando a culpada de tudo era a Elisa. Os dois fizeram de tudo para acalmar Bruna que, quando conseguiu controlar seu choro começou a se arrumar, carregando na maquiagem para tentar disfarçar seus olhos inchados pelo choro e depois pegou uma roupa qualquer e começou a se vestir, fingindo não estar ouvindo os pedidos de desculpas dos dois.

Bruna só se dirigiu aos dois quando já estava vestida e informou:

–(Bruna) Já que vocês dois estão tão parceiros, então vão se foder os dois que eu vou cuidar de me divertir.

Renato ainda tentou impedir que Bruna saísse, sem sucesso, pois, para fazer isso, ele teria que chamar a atenção dos demais hóspedes para eles e isso era tudo o que ele não podia fazer. Bruna sumiu e ele voltou para a suíte onde encontrou uma Elisa com cara de choro.

Na cabeça de Renato, Bruna poderia querer se vingar transando com alguém e poderia ser até mesmo com um dos seguranças. Elisa, ao ouvir dele que essa era a sua impressão, brigou com ele defendendo a Bruna e dizendo que ela estava muito mudada e que, ela iria apenas até o Teatro e depois voltaria. Elisa ganhou a discussão e, por insistência dela, eles deveriam agir para dar a Bruna a melhor noite que poderiam oferecer naquele hotel.

Foi assim que, quando Bruna chegou, encontrou o apartamento todo arrumado com o fino lençol da cama coberto com pétalas de flores e, na mesa de cabeceira, um vinho em um balde de gelo e, ao lado, três taças. Olhou para os lados surpresa e não viu ninguém, mas lhe pareceu ter ouvido um riso baixo. Aguardou e a porta do banheiro se abriu e de lá surgiram Renato e Elisa.

Ambos vestiam roupas simples que Elisa adaptara para que lhes dessem uma aparência de escravo. Andaram até ela, ajoelharam aos seus pés e lhe pediram perdão, enquanto beijavam suas mãos. Bruna gostou da surpresa e gostou da iniciativa deles, porém, odiou eles se vestirem daquela forma, descobrindo naquele momento que jamais iria admitir que qualquer um deles se sobressaísse naquela relação que se iniciava, porém, não quis ser uma estraga prazeres e deixou para falar sobre isso depois, pois, naquela hora, ela estava sendo conduzida para um paraíso de prazeres, com Elisa e Renato se desdobrando para fazer dela uma verdadeira Deusa do Amor e do Prazer.

Readquirida a paz, Elisa deixou para trás o seu lado criança e voltou a ser a Elisa de sempre. Passearam por toda a cidade com ela surpreendendo aos dois, se é que isso ainda era possível, pois já a conheciam muito bem, porém, quando a viram corrigir o funcionário do Louvre que passou uma informação errada sobre uma obra e o homem se desculpou a todos por sua falha, eles quase que surtaram. Depois, quando saiam do museu, Bruna comentou:

–(Bruna) Poxa Elisa. Eu não sabia que você entendia tanto assim do antigo Egito. Corrigir o cara foi demais.

–(Elisa) E quem disse que eu conhecia. Apenas dei uma lida sobre as principais obras expostas no Louvre quando soube que iríamos visitá-lo.

A estadia em Paris chegou ao fim. O trio, sempre acompanhado pelo fiel Ademir, visitaram uma casa próxima a Milão na Itália. Era uma propriedade enorme, cercada por um bosque e ficava em uma região montanhosa. Depois disso, decidiram conhecer a ilha particular que Sylvia tinha no Pacífico Sul e que, segundo Ademir, seria o local mais seguro para eles e, o fato de ser uma ilha particular era uma prova disso.

Porém, antes disso, resolveram visitar a Ida em Portugal. Bruna, alegando que jamais deixaria de passar, nem que fossem algumas horas com a amiga, principalmente depois da fatalidade que lhe tirara o marido. Alguns telefonemas e marcaram de se encontrarem na mesma praia onde Bruna, esperando ouvir algumas palavras de consolo, ouviu sim uma série de verdades onde não foi poupada das responsabilidades de seus atos de traição.

Bruna nunca comentou isso com ninguém, mas em seu íntimo, ela sabia que aquela conversa foi o ponta pé inicial para que ela começasse a enxergar suas escolhas da forma correta e de como isso afetava a vida de outros. Conhecer Elisa depois foi o complemento que lhe mostrou como a vida podia oferecer os mesmos prazeres sem que, para isso, deixasse àqueles a quem ama machucados. Aquela visita, para ela, seria uma forma de demonstrar toda a sua gratidão.

Marcaram se encontrar na mesma cidade onde se conheceram, Ericeira, aonde chegaram em uma tarde chuvosa e ficaram presos no hotel pelo resto do dia, pois a chuva não deu tréguas. Mas foi ainda nesse mesmo dia que as duas amigas se reencontraram, pois Bruna insistiu para que a amiga fosse ao seu encontro no hotel, onde os cinco jantaram juntos. Cinco porque, além das duas, de Renato e de Elisa, ainda estava presente o Ademir que, por ser o único que estava presente naquela cidade para cuidar da segurança deles, foi convidado a ficar na companhia deles.

Isso, por si só, já foi visto por Ida como uma grande mudança na Bruna, pois, se fosse para agir como ela fazia antigamente, um segurança poderia até compartilhar uma cama com ela, mas nunca estaria próximo dela em um evento social.

O que ninguém esperava foi a sinergia criada entre Ida e Ademir. Eles tinham idades próximas e também pareciam se conhecer a longo tempo, com ideias coincidentes sobre muitos assuntos, sem falar de gostos parecidos, tanto no que se refere a alimentação e bebidas, como em livros, filmes e músicas. Pareciam se conhecer a tanto tempo que ninguém estranhou quando Ademir se ofereceu, e Ida aceitou, para levá-la até o local onde ela estava hospedada, assim como foi encarada com normalidade o fato de ele ter simplesmente desaparecido durante aquela noite.

Assim foram nos dias seguintes. Ida passava o tempo em companhia dos três amantes, ouvindo deles toda a história que haviam vivenciado desde que Bruna estivera com ela e sua simpatia com Elisa foi automática. Mas isso era normal. Todo mundo tinha facilidade em conviver com Elisa, exceto Bruna que, nos últimos tempos, era vítima de suas brincadeiras que, se não chegavam a ser cruéis como aquelas em Paris, a deixavam irritada.

Quando Bruna, na presença de Elisa, acabou de contar tudo sobre eles, dando grande ênfase ao esforço da garota em renunciar ao amor dela e de Renato apenas no intuito de vê-la feliz, ela se acusou de algo que deixou a todos emocionados quando disse:

–(Bruna) Pra você ver, Ida. Ela fez isso por amor e ninguém duvida disso e eu fiquei muito agradecida a ela. Só que, o que ninguém se atreve a falar é que eu também a amo demais. Mas como eu sempre sou a errada nas histórias, a bandida por assim dizer, não tive a coragem de renunciar ao Renato e a ela. Eu queria muito que os dois fossem felizes, mas não tive forças para renunciar à minha própria felicidade em função disso.

Ao ouvir isso, Elisa se levantou de onde estava e, indo até Bruna, a beijou na boca sem se importar que estavam em uma praia frequentada por muita gente. O beijo só parou quando ouviram Ida dizer:

–(Ida) O que é o amor!

–(Bruna) O que você disse? – Perguntou Bruna intrigada.

–(Ida) Nada não. Eu só estava pensando em voz alta. – Vendo que Bruna não falava nada e apenas a encarava séria, enquanto Elisa lhe dedicava seu mais sincero sorriso, ela continuou: – Eu só expressei a minha admiração, Bruna. Vocês me contaram todas as peripécias que tiveram nesse curto tempo. Você, que era a mulher arrojada, inconsequente e que, em nome de um desejo irrefreável se entregava ao sexo sem limites, hoje é uma mulher mais responsável que segue à risca o preceito de que: Quem ama cuida. Não, espere, deixe eu terminar: – Disse Ida interrompendo Bruna que fez menção de que ia dizer alguma coisa, e continuou:

– Por outro lado, a Elisa, que era a tímida e até gaguejava quando chegava perto do homem pelo qual se interessava, desabrochou e se tornou uma mulher decidida e que não se intimida diante de nada quando se refere a atender aos seus desejos. Apesar disso, foi ela que tomou a decisão da renúncia. Ela estava entregando o Renato para você de mão beijada só para que nenhum dos dois sofressem, escolhendo ficar ela com o sofrimento. Ainda bem que vocês encontraram uma forma de vencer esses obstáculos e agora estão os três juntos. Além disso, o Renato que você trouxe para Portugal é bem diferente daquele que você descreveu antes. E eu não acredito que você mentiu antes. O que eu acredito é que ele também cresceu e mudou sua visão sobre relacionamentos e, embora eu não tenha provado, sobre o sexo também.

–(Elisa) Se você quiser provar a gente deixa. Não deixa Bruna?

O comentário de Elisa, em tom de brincadeira fez com que todos gargalhassem, chamando a atenção dos frequentadores da praia que estavam próximos a eles. Ida, ao controlar o riso, falou:

–(Ida) Olha que ele não é de jogar fora. Mas, melhor não. Ele já tem muito com o que se preocupar para dar conta de vocês duas.

–(Bruna) E você nem imagina como ele está dando conta da gente. – Disse Bruna enquanto Elisa balançava a cabeça concordando com ela.

Os três ainda passaram algum tempo em Portugal, junto com Ida e Ademir. Aproveitaram para ir à praia, já que o clima ajudou bastante, proporcionando um dia claro e de sol forte. Por incrível que possa parecer, Ida e Ademir resolveram não acompanhá-los e preferiam ficar no hotel aproveitando as várias regalias que lá estavam disponíveis.

Já na parte da tarde, estavam os três na praia, quando um homem com uma aparência de galã de cinema puxou conversa e, claramente, começou a tentar seduzir Bruna que, embora o tratando com muita educação, recusou a todas as suas investidas.

Quando chegaram no hotel, o Renato brincou com ela, dizendo que estranhou essa atitude em Bruna, pois ela tinha uma compulsão quando se sentia desejada e não conseguia resistir ao fogo que a consumia e se entregava a quem demonstrava tal interesse. Bruna, olhando bem os olhos de Renato, puxou a Elisa para perto dela, a abraçou e depois disse:

–(Bruna) Eu não preciso mais disso. Eu tenho aqui tudo o que preciso para apagar esse fogo. – Interrompeu a frase para beijar os lábios de Elisa e depois continuou: - E também tudo o que preciso para manter esse fogo aceso.

Puxando Elisa com ela, foi até onde estava Renato e repetiu o ato de antes, beijando-o com paixão. Ao se separar dele, fez aquilo que se tornara quase que uma obrigação entre aqueles três amantes. Sempre que dois se beijavam, ao pararem de se beijarem, fazia com que o terceiro também fosse beijado, ou beijada.

Elisa, sem as preocupações dos últimos tempos, até para brincar com os dois, agia como se fosse uma criança que vivia a diverti-los. Então, se agarrou ao pescoço do Renato, ergueu seu corpo enlaçando sua cintura com suas pernas e, antes de beijá-lo mais uma vez, brincou:

-(Elisa) Eu ... Eu ... Que ... que ... roo ca ... cami ... nha.

-(Bruna) Levaessabiscateparacamaquevouacabarcomessasafadezadela. – Sugeriu Bruna imitando a Elisa quando ficava nervosa diante deles.

Enquanto os três riam, Renato andava em direção ao quarto carregando Elisa em seu colo e com Bruna o seguindo.

Chegou finalmente o dia de partirem. Para surpresa de todos, ao se despedir de Ida, o Ademir lhe prometeu que voltaria em breve.

A viagem para a ilha que era o destino deles foi cansativa. Muitas horas de avião somadas a outras gastas em salas de embarque de aeroportos até chegarem a uma pequena cidade, se utilizando de um pequeno avião fretado, cujo nome era Komunimbaibai. Ali, embarcaram em um iate e ainda navegaram horas até chegarem ao seu destino.

Uma pequena ilha, com pouco mais que mil quilômetros quadrados, a maioria composto de um terreno acidentado onde altas montanhas eram interrompidas por precipícios e apenas alguns edificações, com uma casa grande e confortável de frente para a praia e, um pouco afastado, um conjunto de casas. Só de olhar a disposição das edificações já dava para perceber que se tratava de uma casa para os proprietários e outras para as pessoas que ali estavam ali para executarem a única tarefa possível, que era a de servir aos moradores.

Ademir, depois de verificar as condições de segurança, voltou no mesmo iate que os levaram até lá. Quando o Renato comentou com as duas que ele se despedira como se não fosse mais voltar, a Elisa não perdoou e falou:

–(Elisa) Nossa Renato! Você já melhorou muito. Só que ainda falta muito. Será que você não percebeu para onde ele está indo?

Renato olhou para as duas dando a entender que não havia entendido e as duas responderam juntas e sorrindo:

–(Bruna/Elisa) ELE ESTÁ VOLTANDO PARA PORTUGAL, SEU INOCENTE.

Depois riram muito dele.

As tarefas na ilha foram divididas sem que precisassem combinar nada. Diante de um povo protegido do progresso e com resquícios de tempos primitivos, seria normal que Renato fosse considerado o chefe e logo, os poucos que falavam inglês começaram a se dirigir a Bruna como se ela fosse a Senhora daquela casa. Mas foi Elisa que logo caiu no agrado de todos e passou a ser a queridinha, o que ela adorou e usou sem pudor nenhum.

Elisa não dava um passo para fora da casa sem estar cercada por crianças e jovens e até os adultos paravam para olharem admirados como ela se entrosava bem com todos ali. Isso também lhe deu a vantagem de que, estando sempre em meios a eles e muitos poucos falavam inglês, ela começou a aprender o idioma nativo deles e logo se comunicava muito bem.

Outra coisa que mexeu com os três foi o fato de que, para aquele povo simples, o fato de terem um relacionamento a três era a coisa mais natural do mundo e até provocou uma situação engraçada entre eles. O homem mais idoso entre todos ali, que agia como se fosse o líder deles e o que mais dominava a língua inglesa, ao descobrir que Bruna era ex esposa e Elisa a noiva, comentou se dirigindo ao Renato, pois ele nunca falava diretamente com as mulheres:

–(Lider) Ex mulher, não mulher, né? Noiva, não mulher, né? Sinhor Lenato tem que casar com duas, né.

Bastou ouvir isso para Elisa se interessar e pesquisar. Com o pouco tempo que se dedicava a internet, seu campo de pesquisa agora era o próprio povo. Então ela descobriu que a poligamia era comum entre aquele povo e que eles tinham uma cerimônia que confirmava os casamentos. Gastou muito tempo para convencer o ancião que, mesmo não se sentindo à vontade em conversar com ela, teve que aceitar isso, e realizar o casamento dela e Bruna com Renato em uma única cerimônia, pois, pela tradição no local, era normal um homem receber a esposa de seus pais e, nos casamentos seguintes, a primeira esposa sendo a mais velha, entregar a noiva ao marido. Sem saber o que fazer, o homem perguntou:

–(Lider) Dona Bluna entlega Lisa. Quem entrega Dona Bluna para sinhor Lenato? – Eu. – Vendo que ela parecia não entender, ele explicou: – Bluna entlega Lisa pra sinhor Lenato, e eu entlego Bluna, né?

Tanto insistiu que conseguiu. Elisa providenciou até mesmo uns anéis feitos com arame enfeitados com uma pedra brilhante que abundava na ilha e conseguiu fazer um vestido, a partir de uma roupa sua, para duas garotinhas servirem como pajens. Aquele misto de cerimônia foi engraçado, pois no final, Renato tinha que levar a noiva no colo até sua casa e, como havia duas noivas, ele teve que contar com a ajuda dos homens assistentes que, embalados pelas bebidas servidas nas festas, acabou carregando também a ele. A lembrança dos três, levados sobre os braços de uma pequena multidão por sobre as suas cabeças até serem praticamente atirados a cama que as mulheres da tribo arrumaram de acordo com as tradições, era uma coisa que jamais sairia da cabeça deles.

Continuaram suas vidas, felizes e com transas constantes. Como as tradições daquelas pessoas permitiam, eles já transavam em qualquer lugar. Não por exibicionismo, mas por não terem nenhuma preocupação em serem surpreendidos.

Já estavam na ilha há sete meses quando viram que o iate que os visitava a cada quinze dias trazendo provisões e, principalmente notícias, passava por uma movimentação diferente, demonstrando que alguém que não pertencia àquele ambiente estaria desembarcando na ilha. Logo viram que Sylvia, acompanhada por Cassandra, eram colocadas em terra firme e os três correram para abraçá-las.

Depois de abraços e cumprimentos, antes mesmo de poderem pedir notícias daqueles amigos que ficaram no Brasil, Sylvia olhou para Bruna e Elisa e declarou:

–(Sylvia) Quer dizer então que vou ser avó de gêmeos?

As duas, sorrindo de felicidade, passaram a mão por suas barrigas que já mostravam a aparente gravidez.

FIM !!! AGORA FIM MESMO !!!


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Comentários

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O E-Book com todas as quatro temporadas dessa saga está publicada no site SCRIV, juntamente com outras publicações minhas.

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Obrigado , mestre Nassau! Parabéns! Muita paz e muita Luz! .........como adora estrelinhas! ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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O que é o amor? Entre o ódio e o poder? Entre a paz e a guerra? Entre o desejo e a poligamia? Realmente não sei, mas sei que os três merecem o melhor que a vida pode oferecer! Realmente está saga literatura prazerosa seria obra de grande sucesso na Netflix ou qualquer outra plataforma.....Agora Elisa querer esculhambar com o avião, foi o máximo! Nunca ri tanto ao ler um capítulo fantástico !! Obrigado !⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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Caro Cigarra, quero te dizer que tanto eu como o Nassau nos divertimos muito escrevendo esta parte do texto em que a Elisa "detona" o avião. Nó também gargalhamos.

Muito grata pela sua companhia e até uma próxima aventura.

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Ida, excelente vc nos fez emocionamos, por um momento achei que o fim estava muito errado com a suposta morte a Elisa. Mas história de amor dos três estava magnífica. Parabéns pelo conto, aproveitando a sugestão de um comentário também acho que deva ser publicado como livro. Tem enredo muito bom, uma carga erótica tirar o fôlego, mistério que quando vc acha que já desvendou tudo se apresenta um novo personagem para dar mais emoção na trama. Parabéns

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Marcelo, que bom que bom que você apreciou esta "obra". A história desta saga começou em 2015 e, até o ano passado, estava inacabada. Ainda bem que consegui incentivar o autor original a terminá-la. Ela sempre foi especial para mim. Que bom que pude participar do seu fechamento.

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IDA!!!

Depois de um longo e tenebroso verão (Viajei a trabalho e tive que ser internado às pressas para retirada de 14 cálculos - quase perdi meu rim direito), mas estou bem agora.

Faço questão de vir aqui te parabenizar e ao Nassau também, obviamente, pela finalização da obra e em grande estilo.

Mil ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐...

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Meu caríssimo amigo SnowCastle, eu imagino o sofrimento que foi. Meu pai e meu irmão sofrem deste mal também. É desolador quando eles tem crises. Espero realmente que você esteja bem.

Muito grato por acompanhar este trabalho, meu e do Nassau. Foi realmente muito prazeroso chegar ao final.

Um grande abraço à você.

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Escrevendo eu estou. Só não estou publicando.

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Parabéns pela sua realização Ida!! Só posso imagina o trabalho e a paciência em organizar e relançar um conto icônico como esse. Fico feliz pela conclusão e triste pelo fim!! Mas ansiosos pelos próximos de sua autoria!!😘😘😘

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Essa saga entrou no meu top 5.

Otimo trabalho. Parabéns!

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Leo_Duarte, muito grata pelo seu elogio !!!

PS … voce pode me dizer as outras 4 concorrentes? Rsrsrs

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Sabia q voce não iria me decepcionar!!!

O Trisal foi sucesso.

Kd a nova temporada???

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Rsrsrs. Infelizmente agora acabou mesmo !!! Muito grata por comentar.

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Maravilhosa saga viver todos os tipos de emoção parabens deu show

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Pro2, agradecida por acompanhar.

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Pelos comentários, a quantidade e a qualidade desses, se percebe quão excelente foi essa obra literária. Chamar de "conto erotico" seria nivelar muito por baixo. Foi algo muito maior. A gama de conhecimentos e emoções que foram inserido no texto e contexto foi algo a ser mencionado e louvado. Fuso horário, geografia (mapa mundi), até sobre "flight air" ao ser mencionada a rota da carta de saída do aeroporto, em São Paulo. Inúmeros outros conhecimentos, e foram muitos, que compuseram e enriqueceram o texto, dados de lambuja aos leitores, tornando a leitura, além de muitíssimo agradável, até necessária para enriquecimento mental. Por favor, relevem comentários desagradáveis, inoportunose inadequados, que possam trazer desconforto à vocês, escritores. Saibam que vocês estão acima, infinitamente acima, desse tipo de críticas. Continuem, Ida e Nassau, escrevendo, nos brindando com os seus dons. Serão, sempre, pelos comentários aqui postados pelos inúmeros leitores, bem lidos. E que este apelo recaia também sobre os outros excelentes escritores aqui da Casa (não vou citar nomes, para não incorrer em injustiça com algum), continuem escrevendo, terminem seus textos, nos honrem, com a possibilidade de lê-los. No mais, todas as constelações para vocês para vocês, que esmeram em nos brindar com textos tão excelentes. Parabéns a todos.

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Jolusi, fico muito grata pelo seu comentário !!!

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Excelente!!!! Parabéns pela conclusão magnífica!!!!

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Muito grata, Casanova

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Gente, tive uma grande surpresa agora. Juntei todos os textos (desde a primeira temporada) em um único arquivo para dar de "presente" para o Nassau, como se fosse um livro !!! Deu mais de 750 páginas !!!! KARACA !!!!

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Kkkk você aumentou bastante as páginas quando inseriu seus pensamentos na história!

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Eu sei !!! Só não achei que seria tanto !!!

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Sinceramente? Não foram tantas! Sei que dá trabalho, mas devido a qualidade que você impôs, junto com os detalhes levaram a essa quantidade!

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Isto é uma verdade. Eu sou um pouco exigente quanto a qualidade do que eu reviso !!!!

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Uma dica: poste como livro na plataforma "scriv". Eternize de vez essa série incrível.

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Quem deve fazer isto (se quiser) e o Nassau !!!!

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Magnífico! Explendoroso!

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Militar, agradecida !!!!

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Eu e todos que leram que ficam, pode apostar! Mas por favorzinho se por acaso escrever outra obra e espero que escreva, não faça algo parecido do que fez com a Elisa! Eu fiquei destroçado, para depois a alma retornar quando no início você já tirou esse peso!

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Eu acho que eu e o Nassau fomos muito malvados. Ainda bem que os três últimos capítulos já estavam escritos.

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Epa!!!! Então o cúmplice era mesmo o Nassau?

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Sim. Era ele mesmo. Só poderia ser ele.

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Não quis apostar no óbvio, até porque poderia não ser! Eu até imaginei que nós dois últimos capítulos foi usado o novo "nome" dele e que seriam pistas do cúmplice

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Aeeeeeeeeee...

Piu piu plow pumm (fogos)

Kkk

É IMPRESSIONANTE o trabalho que vocês fizeram com essa obra.

Principalmente no que tange à Bruna. Foi muito foda conseguirem fazer ela voltar aos braços do povo depois de ser achincalhada por 2, 3 temporadas. Sempre a megera, vilã do pobre Renato.

Amo a Elisa e tudo que ela trouxe mas a BRUNA VAI SER PAIXÃO ETERNA.

QUE TRANSFORMAÇÃO DO CARALHOOO...

Parabéns pelo desfecho Ida, foi um prazer acompanhar esse fim de saga de vocês.

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Caro Asas de Cera, você não imagina como eu fiquei emocionada com o seu comentário. Foi muito importante para mim redimir a Bruna, manter a Elisa como a queridinha e manter o Renato um homem integro e torná-lo seguro. Mas, valeu a pena !!!

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Fantástico!

Nassau e ficou incrível.

Dá para fazer um spin off da organização sob controle da Sylvia, caso queiram.

Tenho duas perguntas:

No capítulo onde os mafiosos italianos foram interceptados, foi uma alusão a ação de Al capone?

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Não.

Foi uma alusão a Dom Corleone. Personagem do Poderoso Chefão.

Havia uma guerra entre os mafiosos de New York e os adversários dele pediram ajuda para os mafiosos de Chicago.

Ele foi avisado e enviou o Luca Brasil para receber os caras. O que aconteceu foi algo muito cruel para eu usar no conto ou relatar aqui, por isso, só usei a ideia.

Esse episódio não foi retratado em nenhum dos filmes do Poderoso Chefão, só podendo ser encontrado no livro.

O livro foi publicado no Brasil com o título de O CHEFÃO, e não com o mesmo do filme.

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Fala a verdade, Sadistik ? Não era o cara certo para terminar a obra dele mesmo ???

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Ele disse que tinha duas perguntas e só fez uma.

Qual seria a outra?

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Bem lembrado Nassau !!! Qual a segunda pergunta ?

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Listas em que este conto está presente

O QUE É O AMOR!
Em ordem de capítulos.


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