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A vida secreta da minha crush
Depois de pegar minha crush Matilde no flagra com Valter, um colega de trabalho com o dobro de nossa idade, eu fiquei um bom tempo, vários meses, mais retraído. Parei de flertar com ela e é claro, que ela e os demais na empresa perceberam. Eu também evitava Valter a todo custo e não troca nenhuma palavra além do necessário. Ao mesmo tempo eu procurava um novo emprego.
O fato é que ela não era minha namorada, nunca rolou nada, então eu não tinha direito de exigir nada. Apesar das amigas terem me dito que ela estaria interessada antes, nada se concretizou.
Além disso, ela era um colega de trabalho somente. Falávamos sobre a vida familiar mas nunca frequentamos a casa um do outro, mantenhamos somente uma amizade.
Isso se tornou evidente quando num dia almoçando com ela, vi que estava triste e distraída. Quando perguntei o que tinha acontecido ela falou que tinha brigado com Carlos.
Ela percebeu que fiquei perdido, mas resolveu confessar: eu conheço ele há muito tempo, namoramos um tempo atrás, brigamos, mas sabe como é, de vez em quando a gente volta.
- E vocês estão juntos agora?
- Não, brigamos faz duas semanas, mas essa semana ele apareceu em casa falando que está namorando com minha irmã mais nova. Imagina a cara dos meus pais.
- Putz! E você ainda gosta dele?
- Ah…acho que sim, mas sei que ele não presta.
Ela achou que estava tudo bem entre nós mas a minha opinião sobre ela tinha mudado. Aos poucos descobri que ela Carlos estava presente desde o início. Enquanto eu tentava algo com ela, Carlos a curtia nos finais de semana, sem compromisso.
Eu achava que ela era tímida e ingênua, mas na verdade, era bem ativa e até um pouco safada.
Ela mencionou algumas vezes o nome nas próximas semanas, e numa tarde vi que ela estava ansiosa. Às 18h ela se levantou e tinha um cara esperando por ela na recepção. Eles saíram de mãos dados, era Carlos.
Ele era um cara alto e magro, com jeito de playboy.
Valter passou por mim e comentou:
- Se você tinha chance, agora já era. Não deve faltar buceta pra esse cara.
No próximo dia ela apareceu toda bem humorada. As amigas todas queriam saber sobre o Carlos. A alegria dela durou pouco, alguns dias depois ela estava emburrada novamente.
Após alguma investigação, descobri que Carlos estava pegando as duas irmãs.
Os dois brigaram, mas Carlos disse que sabia que Matilde tinha ficado com outros e que portanto não ia ser fiel também.
Eu estava curioso, seriam “outros" o Valter, ou realmente tinha mais gente na parada?
Cansei de ser sútil e perguntei pra ela como estavam as coisas com o Carlos, ela desconversou, mas falou que ela e a irmã precisavam conversar. Laura, a irmã veio almoçar com ela no dia seguinte: era realmente quase uma cópia da irmã. Um pouco mais baixa e peituda.
Os homens ficaram secando as duas enquanto elas caminhavam pra fora do prédio. Ela voltou meio confusa, desconversando.
Segunda-feira seguinte, à tarde, eu vi as meninas estavam todas conversando, alguma coisa tinha acontecido e com certeza envolvia Matilde.
Chamei Clara de lado, a única que eu tinha intimidade e que era amiga de Matilde e perguntei o que tinha acontecido.
- Xi, você não vai gostar, vamos lá na copa.
Ela cochichou a história pra mim, e meu queixo caiu: na sexta-feira a Laura avisou que Carlos queria que as duas fossem passar o final de semana na casa dele, e ele dispensaria aquela que não fosse. O filho da puta passou o final de semana trepando com as duas, sozinhas e juntas. Matilde tinha contado para as meninas, por que achava que tinha passado dos limites.
Apesar de sua hesitação, Laura e Carlos de vez em quanto apareciam para pega-la depois do horário. Metade da empresa cochichava, sabendo do que iria rolar.