Lado Escuro

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Data: 16/10/2022 10:02:10
Assuntos: Desafio-4-Terror

No íntimo de todo ser agitam-se pensamentos inomináveis e desejos animalescos, usualmente contidos pelos freios impostos por nós mesmos a este lado sombrio. Contudo, qual será o resultado quando os instintos se fazem maiores, os nós das correias se desfazem e as barreiras físicas são estilhaçadas?

Bem, a história que hoje lhes apresento é sobre essa luta, o confronto entre o humano e o inumano - e alguns de seus efeitos colaterais, gerados neste embate cruel. Haverá um ganhador, ou somente perdedores? Sinceramente, eu não sei. Digam-me vocês, seres nem tão diferentes de mim…

Num dia qualquer de janeiro, nem bem o relógio acusa sete da manhã e já estou no aeroporto vestindo um terno impecável. Coloco-me de pé ante a saída dos desembarques internacionais tendo à mão uma plaquinha indicando um sobrenome estrangeiro. Vejo as pessoas passando pelo portão, apenas alguns poucos visitantes.

Por fim aparecem os dois, o casal vindo de fora por quem espero. Ele é bem mais baixo que a esposa, aloirado, barba curta, andar apressado, nervosinho, terno bem cortado de executivo, valise de couro numa mão e a outra puxando uma destas pequenas malas metálicas caríssimas. Sua figura troncudinha carregando um princípio de barriga a se formar, já forçando os botões da camisa, contrasta frente à imagem esguia da esposa.

Ela vem ao seu lado, passos leves equilibrados elegantemente em saltos altíssimos, um vestido negro preso aos seios e descendo até os tornozelos, cabelos negros e pele muito branca, trazendo uma larga bolsa de couro bege cheia de detalhes em dourado de uma destas marcas europeias famosas. É toda uma madame da alta classe.

Recebo os dois simulando a presteza de praxe, sorrisos e cumprimentos, os conduzo até o carro. No caminho pela linha amarela ele fala muito enquanto ela, altiva, permanece quieta. O homem chega mesmo a irritar pela voz rápida e rascante, dizendo sermos todos traiçoeiros nos negócios, apontando para as ruas sujas e sem cuidados, comentando sobre a violência urbana e a recente onda de ataques e mortes mal explicadas que assola a cidade.

Olhando-os pelo retrovisor eu me limito a concordar fazendo acenos de cabeça, enquanto minhas mãos se aferram na textura emborrachada do volante procurando manter o autocontrole. São os ossos do ofício e nunca se deve tratar mal os clientes. Estão indo para um edifício no centro onde ele passará o dia em reuniões, eu acelero para ir logo e me livrar do casal irritante.

Para minha surpresa, ao chegarmos ele salta, mas ela não. Há uma discussão, o homem alega haver me contratado por todo o dia, exigindo-me levar sua madame a passear para cima e para baixo até o voo de volta ao final da tarde. Recolho os papéis, mostro-lhe tudo discriminado em meu serviço, ele não se importa, está impaciente, faz um gesto de mão e me dá as costas, vai para suas reuniões e deixa a mulher plantada no carro.

Esforço-me para controlar minha contrariedade enquanto a madame nem demonstra sentimentos, apenas permanece esperando por trás de uns óculos escuros enormes, parecendo não estar ali. Aquilo me enerva, mas eu não posso brigar e deixar mal os contatos responsáveis por minha indicação.

Vou dirigindo pela beira-mar lentamente, o ar condicionado aplacando o calor, nos auto falantes inicia uma peça de violinos num harmônico suave ajudando a tranquilizar-me, isso geralmente funciona. Pelo retrovisor eu vejo, ela permanece impassível, olhando a vista pela janela enquanto cruzamos o aterro, passamos por Copacabana, Leblon, Ipanema e São Conrado. Sem destino certo, apenas sigo e lá se vão a Barra e o Recreio.

Quando já estamos no mirante da Prainha, estaciono em frente ao penhasco com a vista do mar quebrando nas pedras abaixo. Merda de estrangeiros, sempre querendo levar a melhor em cima da gente, pensei. O cara é um idiota arrogante e me deixa a mulher aí, sentada, sem dizer nada, para eu tomar conta. Eu devia deixá-la aqui no quinto dos infernos para voltar a pé, isso sim. Sinto a brasa do Ser chispando dentro do peito e isso não é nada bom, não mesmo. Me preocupo.

Desço do carro agitado, sinto nas narinas a suave brisa do mar, mas tenho vontade de golpear alguém. Dou a volta, abro a porta de trás e fico olhando a madame que, apesar de tudo, não esboça nenhuma reação. Ela se mantém bem confortável, exalando um perfume cítrico diferente que atiça meus instintos. Controlo-me para não puxá-la pelos cabelos, atirá-la do mirante e admirá-la se esborrachando nas pedras. Respiro fundo uma e outra vez, repito mentalmente o mantra do cliente ter sempre razão, buscando afastar da mente esses impulsos.

Não sei por que cargas d’água, entrei e me sentei ao lado dela. E assim ficamos ali, calados, ambos ignorando a existência um do outro, sentindo o ar condicionado na face ao som dos violinos agora se dedicando a um glissando confuso, embaralhando os pensamentos por meio de imagens superpostas criadas através de suas notas. Ouvindo minha respiração sutil e quase imperceptível tudo parece estar muito bem, mas isso não passa de puro engano: minha ira só aumenta a cada segundo vendo aquela mulher estática. Tento limpar minha mente, fechar todas as brechas, não dar a mínima condição do Ser em mim aflorar.

Não está funcionando, sinto o rosto vermelho e quente, tenho o sangue elevando minha temperatura, quase em ebulição devido à minha insatisfação. Deve ter sido a raiva, isso mesmo: a raiva foi a culpada de tudo, a raiva está trazendo à tona o Ser escondido em meu lado escuro. Cheguei ao meu limite e, quando isto acontece, não raciocino direito, fico cego e ele me domina. Desejo feito nunca agredir, chocar, provocar qualquer reação naquela mulher friamente irritante.

Neste momento, percebo algo diferente na carga elétrica estática entre nós dois. Eu farejo a tensão feito um perfume ágrio, paira no ar um cheiro de ansiedade, de medo, de desejo. Sim, eu sinto seu sexo úmedo exalando ondas invisiveis a agredir meu olfato e só então me dou conta: ela deve ser uma daquelas fêmeas, uma das que nunca encontrei em minha longa existência.

Tudo se deu muito rápido, num piscar de olhos. Quando percebo, num lapso perdi o controle e estou levando a mão em direção ao seu vestido negro sem alças, agarro e dou um tirão violento, deixando à mostra o par de seios lindíssimos de auréolas grandes e escuras com mamilos compridos e arrebitados pela surpresa do meu ataque.

A madame começa a protestar, usando um braço para tapar os seios e tendo o outro a gesticular forte, mas eu não escuto nada, só o ruído de sua voz emitindo palavras sem sentido num idioma estranho. Percebo ser ela uma falsa magra, seu poderoso par de seios oscilando freneticamente somado à respiração acelerada de sua dona me inebriam, vindo emoldurados por um tronco afilado de costelas aparentes a diminuir de circunferência cada vez mais até conformar uma cintura delgada.

Sentindo raiva por aquela voz de timbre elevado a ferir-me os ouvidos, o Ser me impele a aplicar-lhe umas belas bofetadas na face. Repentinamente, ela parece metamorfosear-se também, algo oscilando em espasmos de seu rosto, permitindo-me entrever a verdade. A voz por mim emitida é grave e sombria, nem se crê mais me pertencer, é algo oculto a emergir neste momento, ameaçando-a.

Vendo as garras surgindo em meus dedos e a pele de minhas mãos se tornando enegrecida, ela emudece. Em resposta, eu apenas agarro seus braços afastando-os de seu peito e mergulho minha cabeça em seus seios, colocando na bocarra tudo o que logro sugar e sentindo a textura macia de sua pele começar a se aquecer.

Enquanto ela volta a tentar livrar-se gritando palavras que mais se assemelham a guinchos, o Ser em mim se alvoroça. Jogo o peso de meu corpo sobre ela, agora eu lhe chupo um dos seios cheio vontade e espremo o mamilo do outro entre meus dedos deformados, usando a mão livre e de garras pontudas para puxar por trás o seu vestido cada vez mais para baixo.

A madame se debate sob meu corpo já coberto por um couro negro e lustroso, me afasto somente o suficiente para aplicar-lhe um último tapa estalado na face, seus óculos escuros são atirados à distância. Enquanto admiro seu olhar avermelhado de pupilas oblíquas e surpresas a poucos centímetros do meu rosto transfigurado, de um puxão, faço o vestido descer de vez e, na passagem pela cintura, arranco junto uma minúscula calcinha, indo tudo parar nos seus tornozelos.

Afasto meu corpo repleto de músculos incomuns e a vejo ali, nua, atirada no banco traseiro, em pânico ao notar a gosma esverdeada e densa escorrendo entre meus lábios. Sim, finalmente, uma reação à altura da ira daquele Ser a me dominar, posso perceber os ombros dela encolhidos numa débil tentativa de proteger seu sexo, cruzando as mãos na altura do colo. Instintivamente, reconheço um ritual nunca antes me ensinado, a dança de domínio e negação de conquista praticada por uma espécie perdida no tempo.

A orquestra de violinos está em seu apogeu, mais de vinte instrumentos tocam em uníssono uma sequência de ponticello aguda e estridente em meus ouvidos, o Ser está aqui, eu perdi a razão, não sou mais capaz do autocontrole, não respondo mais por mim mesmo. Agarro a fêmea feito uma presa, giro-a de lado, em seguida a tomo pela cintura e deixo de quatro no banco do carro. Ela protesta, inutilmente tenta se libertar, mas não tem a menor chance, eu retenho seus braços presos às suas costas. Em meio ao quadril largo, observo possuído de desejo suas nádegas carnudas e redondas, bem ao agrado do Ser.

Ela está de tal maneira rendida, nem sua respiração se percebe mais. Minha raiva triplica, esta calmaria momentânea agora me oprime, desejo revolta, desejo o retorno dos guinchos desesperados, desejo arrebatadoramente a mistura de violência e paixão do ritual inscrito na memória de meus cromossomos. Seguro suas nádegas tendo as mãos espalmadas até tornar-se vermelha a pele onde meus dedos pressionam, mas não percebo nenhuma reação além de um lamúrio baixo e fingido de parte da fêmea.

Ponho a cara entre seus glúteos, lambo seu grelo rosado e carnudo, enfio a língua em seu pequeno sexo úmedo, ali está a origem do cheiro a me atiçar, seu sabor ácido e salgado domina meu paladar causando explosões gustativas em minhas papilas. Nesta parte do ritual ela se nega toda, tenta me deter, impedir-me de dar vazão à minha ânsia por dominá-la. Não faço mais caso, dou-lhe uma última chupada sorvendo todo o seu gosto de sexo, afasto-me e percebo sua coluna completamente arrepiada, da base do crâneo comprido até a cauda pontuda crescendo rapidamente a partir de seu cóccis.

Permaneço alguns minutos olhando seu orifício minúsculo, só um pontinho escuro em meio àqueles glúteos atraentes, provavelmente virgem, seu marido nem deve imaginar a real finalidade daquilo, um repositório de óvulos que só o Ser é capaz de fecundar. Pensar nele me dilata as veias das têmporas, sinto minha cabeça quase estourando de desejo, minha respiração torna-se densa, fico transtornado feito um animal à caça.

Pela primeira vez a fêmea desfaz seu olhar perdido, agora me mira furtivamente, adivinho até mesmo um sorriso malicioso e convidativo por detrás daqueles olhos vermelhos enormes. Essa então é realmente ela, a verdadeira procriadora por trás de toda uma vida de encenação, a criatura oculta encarregada de reproduzir nossa espécie e salvá-la da extinção.

Ela aparenta estar gostando, isso me irrita mais, é algo totalmente oposto ao esperado nesta contenda. O Ser deseja castigá-la, puni-la, e não dar-lhe prazer ou satisfação. Tudo se obnubila diante de mim, seu traseiro branco empinado, seus dentes de marfim grandes e afiados, a coluna de ossos saltados e pontudos em relevo sob a pele translúcida permitindo a visão de seus órgãos internos. Sua metamorfose em curso denota, ela já sabe, não sou mais eu ali, é o outro, é o Ser selvagem e inconsequente.

Num acesso de furor, enquanto um dos violinos se dedicam a um solo repleto de dedilhados num pizzicato, empurro sua nuca para baixo até pressionar o rosto da fêmea no assento e assim a mantenho, fazendo-a estirar os joelhos e empinar mais alto seu despudor, tendo a cauda pontuda a oscilar no vazio. Quando ensaia se revoltar, dou-lhe uma cusparada em cheio no alvo, aproximo minha virilha do orifício e enfio meu membro desproporcionalmente dilatado, aplicando toda a força da minha raiva para vencer a resistência inicial das pregas até então intocadas.

Seu grito de prazer foi tão sonoro, tão agudo, tão cortante, imagino ter sido ouvido lá no centro, onde as pessoas normais se reúnem, feito seu marido. Ela se encurva e crispa as garras no estofado, eu não paro, acelero, fustigando-a através de estocadas completas e vigorosas a dilacerar tudo em seu percurso de ir e vir. Em instantes a fêmea se entrega, move os quadris de forma errática e guinchando uma série de imundícies, implorando para não cessar de ser possuída, naquele outro dialeto que agora sim faz-se muito familiar aos meus ouvidos.

Fico completamente transtornado, penso até em matá-la, sim, eu sou capaz de ceifar sua vida ao final do ritual de acasalamento, ali mesmo, no banco traseiro do carro, mas minha pélvis começa e se contrair em espasmos e inunda fartamente suas entranhas, misturando nossos sucos orgânicos corpóreos naquele receptáculo especialmente preparado para este fim.

Urrando em êxtase pelo prazer proporcionado ao Ser, trago até mim sua cabeça e a faço engolir até o fim o longo pendão entre minhas patas, sua boca é extremamente quente e acolhedora, ela está engasgada, está sufocando, está sem ar, sorvendo cheia de volúpia o membro inchado e vermelho quase por explodir uma nova carga em sua traquéia dilatada, onde vejo através da pele um volume avançar e retroceder, cada vez mais profundo. É irresistível, finalmente encontrei uma da minha espécie, o Ser será saciado, em instantes terminará de espalhar sua semente dentro da fêmea, consumando o coito em todas as suas etapas.

Contudo, neste momento tudo fica escuro, perdi a consciência dos meus atos, o Ser agora controla absolutamente tudo em mim. Quando volto à razão, este já é meu corpo usual e lá fora o sol se deita, a mulher está em transe, toda descabelada, a face coberta de esperma, sua maquiagem borrada, um fio de sangue a escorrer pelo lábio inferior de sua boca, meio chora, meio sorri, soluça, tudo enquanto está sentada, cavalgando meu membro repleta de sofreguidão e esfregando compulsivamente os seios avantajados em meu rosto.

Dou-me conta, ela acabou de ter orgasmos incessantes e seu corpo quente treme involuntariamente queimando entre minhas mãos humanas. Um alerta soa em cada célula de meu corpo enquanto sinto suas mãos deslizando sobre meu peito até se posicionarem sobre minha garganta. Buscando concluir o ritual ancestral da espécie, ela agora clama seu preço, o pagamento por haver usado seu corpo deve dar-se com algo muito caro: uma vida por outra vida, é a regra. Ao sentir seus dedos longos envolvendo minhas vias respiratórias, contudo, um instinto meramente humano se apodera de mim, o Ser me abandonou, sou somente eu ali, despido de toda a lascívia e maldade, buscando apenas sobreviver.

Minhas chances de sucesso são exíguas, ela ainda possui resquícios da criatura manifestando-se em seu corpo e sorri sádica ante minhas torpes tentativas de desvencilhar-me. Necessito resistir, preciso de mais alguns segundos, sua transformação está terminando, mas o oxigënio se extingue em meus pulmões, meu invólucro humano clama pelo ar, a dor por não respirar queima dentro de mim feito fogo, intensa, voraz, abrasadora.

Enquanto sufoco e vejo todo o ímpeto esvaindo-se de minha carne, sinto o sexo da criatura pulsando ao se contrair sobre meu membro relutantemente ereto, talvez a última porção do meu corpo irrgada pelas veias progressivamente entrando em colapso total. Contra todas as expectativas, reúno as forças restantes num derradeiro espasmo violento de minha pélvis contra suas partes íntimas, capaz de provocar uma penetração final inesperada e contumaz. Seus olhos se reviram nas cavidades das órbitas e voltam à normalidade, enquanto de sua boca ressoa um gemido feminino abafado e contido, algo muito humano: A criatura nela se foi justo a tempo com esta explosão orgásmica imprevista, eu estou a salvo.

Tendo a mulher completamente desarmada de seu outro ser, empurro-a para longe, me levanto e ordeno a ela se recompor. No trajeto de volta, observo a madame vestir-se devagar e limpar-se usando paninhos umedecidos, refazendo a maquiagem. Após recolher seu marido, a orquestra finaliza sua peça após infinitas repetições, os violinos dedicando-se a um tasto velado e suave, enquanto deixo-os no aeroporto conforme programado, sem maiores problemas. Ele jamais desconfiará o que sua esposa realmente é, muito menos haver ela se acasalado nesta tarde e agora trazer dentro de si, germinando, a semente maldita do meu Ser.

Quanto a mim, existe a esperança de que haver cumprido o ritual junto à fêmea aplaque este Ser e o mantenha para sempre enclausurado no meu lado escuro, permitindo-me enfim levar uma vida normal, feito os humanos a me rodear. Contudo, também é factível que o Ser apenas repouse ali, habitando no mais profundo do meu corpo, esperando pacientemente ser libertado outra vez, sedento e faminto feito nunca.

Caso tenha outra oportunidade, ele não a deixará passar em vão: voltará a extrapolar todas as regras, a possuir, a violar e assassinar qualquer mulher comum, na ânsia louca por saciar seu desejo selvagem e prolongando ainda mais a recente onda de ataques e mortes mal explicadas que assola a cidade.


Este conto recebeu 16 estrelas.
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Foto de perfil de BayouxBayouxContos: 15Seguidores: 24Seguindo: 8Mensagem O Universo hoje conspira a nosso favor. Há que se ter muita delicadeza, seja lá com o que for. Há que se recolher as querelas, passar a tarde em espera, deixar a noite chegar. O Universo hoje está de boa, seja lá como isso for. Há que se olhar tudo com calma, deixar a mente vagar, simplesmente apreciar.

Comentários

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Por isso que você cativa minha atenção ⭐⭐⭐

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O nome do protagonista podia bem se Doutor jack ou Hyde... falo da história entre o bem e o mal que coexistem dentro do homem. Havia uma poção, no entanto, jack transformou-o em Hyde, um homem vil, capaz das maiores atrocidades. três estrelas merecidas

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Olá Ibida! Sim, Mr. Hide foi uma das inspirações do conto, misturado com Alien X Predador, rs.

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