Me Chame de Mestre Parte 2

Um conto erótico de Mr.FoxFox
Categoria: Homossexual
Data: 28/11/2021 22:03:20

O quarto estava completamente escuro, havia desligado todas as luzes e me afundado em meio a escuridão. Passei a noite em claro, era como se o tempo não passasse ali. Ficava me questionando o que estava acontecendo em minha casa naquele momento, quantas vezes minha mãe e meu irmão já haviam ligado em meu celular, provavelmente entrado em contato com Vick e Bruno e descoberto que faziam horas que eu tinha os deixados, dizendo que iria para casa.

Questionava-me se eles já haviam ligado para a polícia ou se estavam andando de carro pela cidade para encontrar algum vestígio meu em algum beco escuro. Meu irmão provavelmente estava telefonando nos hospitais locais, Vick e Bruno possivelmente estavam se informando.

– “Ou talvez ninguém tenha notado que você desaparecera...” – Uma voz sussurrou, distante, no canto escuro do quarto. Aquela mesma voz que se fez tão presente quando ele não voltou mais para casa.

A ignorei, como sempre tentava fazer, e me joguei no colchão, olhando para o teto.

Me sentia ansioso, sendo assim, não conseguia dormir. Me perdi em meus próprios pensamentos...

Minha fuga em algumas horas. Quem era ele? Qual era seu nome? O que ele fazia quando não estava sequestrando pessoas? Por que havia me escolhido? Me observava antes ou eu fui apenas um alvo fácil no lugar e na hora errada? Quais eram suas intenções em relação a mim? Ele...

Um barulho na porta interrompeu meus pensamentos. Era ele novamente. A luz foi acesa. Não me recordo quanto tempo fiquei ali envolto pelos meus devaneios.

Aquele homem parou na porta, usava uma roupa parecida com a do dia anterior, provavelmente era a roupa que usava no trabalho. Mas essa não tinha manchas de sangue. Estava com seus óculos e seu relógio. Seu cheiro invadiu o quarto, era um perfume intenso e doce que me deixou um pouco desnorteado. Sempre fui aficionado pelo aroma das pessoas, principalmente quando eram tão intensos.

– Hm... Acordado. – Paralisado na porta, como um gato paciente que tinha todo o tempo do mundo para decidir entrar ou não. – Vejo que não limpou o quarto como eu mandei.

Caminhou em minha direção, com suas chaves em mãos, se aproximando da minha perna. A afastei de perto dele.

– Não seja teimoso. – Segurou minha perna e colocou a chave no cadeado, me libertando finalmente daquelas correntes grossas. – Vamos. Coloque seus sapatos. – Acho que foi apenas naquele momento que notei que estava de meias.

Levei alguns segundos para seguir sua ordem, por algum motivo sua presença me deixava lento. Ele olhou para mim, como se esperasse alguma ação, então finalmente me levantei, era bom não sentir aquela corrente pesando em minha perna, após ter ficado preso a ela por tantas horas.

Ele segurou em minha mão, me puxando por aquele pequeno corredor, que levava até uma escada. Subiu primeiro e me esperou na superfície, quando sai me deparei com a escuridão da noite. Não tinha mais noção de que horas eram, olhava em volta tentando me localizar, com um pouco de dificuldade devido à falta de algo emitindo luz no local. O muro de sua casa parecia alto, seria bastante complicado tentar pular por cima dele, porém, eu poderia escalar a grande árvore que havia em seu quintal e me jogar na casa do vizinho, gritando desesperadamente e acordando toda a vizinhança.

Não poderia perder a chance que estava tendo de poder ficar livre das correntes e do quarto subterrâneo, mas também não poderia me deixar levar pelo pânico e tentar uma fuga idiota que apenas culminaria em minha volta para seu “calabouço”. Existia uma grande necessidade naquele momento de ter cautela.

Ele segurou minha mão esquerda e continuou me puxando em direção a grande casa em nossa frente, que aparentava ser predominantemente pintada de branco. A porta dos fundos estava aberta, virei meu olhar para baixo tentando ver as horas em seu relógio.

– São cinco da manhã. – Ele falou, sem virar o rosto para mim, como se tivesse lido minha mente.

Quando passamos pela porta ele a fechou, trancando-a, colocando as chaves em seu bolso. Sua casa era grande o suficiente para caber uma família de cinco pessoas, seu piso era todo preto e branco, assim como resto da casa; haviam objetos de antiquário espalhados pelo local, como um grande relógio em um dos cantos da parede, ou o sofá que via distante ali na sala todo branco e com detalhes em dourado. Podia ver parte da sua cozinha também, sua pia em granito negro, e seus armários brancos com puxadores pretos.

Antes de me puxar escadaria acima me fez tirar meus sapatos e ficar de meias, depois subimos enquanto eu passava a mão pelo corrimão de madeira cheio de detalhes entalhados. Quando chegamos no andar de cima deparei-me com cinco portas brancas com fechaduras que aparentavam ser de vidro, e um pequeno corredor que levava a alguma delas, no chão havia um enorme tapete. Haviam três lâmpadas de pendurar espalhadas pelo local, uma mesa pequena encostada no fim da escadaria, com um vaso de flores sobre ela e um quadro acima delas. O teto da casa tinha detalhes em gesso, era como se o imóvel tivesse sido pensado nos mínimos detalhes. Nada estava fora do lugar, e não havia sequer um grão de poeira em qualquer móvel ali. Ele ainda segurava minha mão, e agora eu notava que me observava enquanto eu estudava o local.

A janela no final do corredor estava coberta com persianas, e as portas estavam fechadas, não sabia para onde correr ali. Poderia simplesmente tentar fugir de suas mãos e quebrar alguma janela, mas por elas estarem cobertas e as portas fechadas eu não conseguia ver de que tipo elas eram... se eram de vidro, ou eram grades grossas e resistentes ao ponto de não permitirem a passagem de ninguém.

Ele me puxou em direção a uma das portas, era um enorme quarto, acredito que pertencia a ele. Tinha o estilo provençal. Sua cama era enorme e parecia ser tão macia quanto uma nuvem de algodão, seus lençóis chegavam a tocar o chão, esse que era completamente coberto com um tapete preto. Haviam vários móveis ali, como mesas de cabeceira, armário de livros, e um lustre que poderiam estar facilmente na vitrine de um antiquário.

Mais uma vez fui arrastado por ele, dessa vez em direção a uma outra porta que havia ali dentro do quarto, quando abriu fui vislumbrando por aquele impecável lugar completamente branco e dourado. Parecia ter saído da capa de uma revista de decoração de interiores. No final daquele pulquérrimo banheiro uma enorme banheira vitoriana jazia no final; três lâmpadas repousavam sobre ela coladas na parede, e logo abaixo um pequeno nicho contendo duas velas aromáticas e vasos minúsculos de plantas. Uma pia enorme, provavelmente feita de mármore, com duas torneiras, douradas, toalhas brancas de rosto enroladas perfeitamente sobre ela, e três vidros brancos em uma bandeja de vidro com as bordas douradas, uma delas possuía aromatizante, e as outras duas provavelmente sabonete líquido. Ainda tinha um box de vidro tão transparente quanto um copo de cristal, o qual tinha dois chuveiros de metal que brilhavam.

– Tire sua roupa. – Ele me tirou novamente de meus devaneios.

– Como assim? – Perguntei, confuso.

– As pessoas normalmente tiram a roupa na hora do banho. – Respondeu. Sério.

– Você...

– Não. Não irei sair. Não quero correr o risco de você querer destruir algo em meu banheiro para construir uma arma. – Continuou sério.

Ele queria que eu tomasse banho em sua frente, seria assistido por ele em todo esse processo, desde tirar minhas roupas, molhar meu corpo, passar sabonete em minha pele, e depois me secar. Ele assistiria cada detalhe. Uma pessoa que eu não conhecia, nem mesmo sabia o nome, estava prestes a ver cada detalhe do meu corpo. Aquilo me causava um desconforto colossal.

Nem sempre tive problema com a nudez, quando era mais novo, por exemplo, costumava tomar banho junto a meu pai e irmão, principalmente com meu pai, adorava quando ficávamos sozinhos, pois assim eu o tinha só para mim. E pelo que me lembro ele também adorava nossos momentos a sós, nos quais sempre entravamos em conflito para saber quem amava mais o outro...

– Não tenho todo tempo do mundo. Não me obrigue a tirá-la para você. – Ele falou de forma ríspida, me trazendo de volta para a realidade, de modo brutal. Uma realidade a qual eu não queria enfrentar.

Tirei meu casaco. Dando um gemido de dor, meu corpo ficou dolorido após ele ter me jogado com força contra a parede.

– Seu corpo está doendo? – Ele notou.

– Sim. – Respondi quase sem emitir som.

– Não estaria se você se comportasse. Meu braço ainda dói muito depois do que você fez. Espero que não tenha outro prego contigo... – Eu não disse nada. – Depois que tomar seu café da manhã lhe darei um remédio para dor.

Coloquei meu casaco em cima da pia, e pelo espelho vi ele o pegando e verificando os bolsos. Depois tirei minhas meias, lentamente, as colocando no mesmo lugar, minha camisa, na mesma velocidade, como seu agora eu fosse o gato na porta.

Desabotoei minha calça, e quando meus dedos tocaram no zíper senti as mãos dele agarrarem minha cintura, com força, e puxando minha calça e minha cueca para baixo, me dando um grande susto.

– Sem escândalos. – Falou, segurando meu cabelo e puxando minha cabeça para trás, mas sem me machucar. – Por um acaso te machuquei? Enfiei um prego em seu braço? Não. Então pare de manha e seja rápido. Tenho que ir trabalhar.

Ele se abaixou, retirando o restante das minhas roupas.

– Levante os pés.

Levantei, e ele tirou um lado, depois levantei o outro e assim fiquei completamente nu. Sua mão ainda estava em minha cintura, as minhas tampavam meu pênis para que ele não o visse. Então, ficou parado no chão por um tempo, quando finalmente criei coragem virei meus olhos para o lado esquerdo e pude ver, pelo reflexo no espelho, que ele encarava meu quadril, como se estivesse imerso em seus próprios pensamentos. Quando notou que eu o observava se levantou, com minhas roupas na mão e as jogou em cima da pia.

– Pronto. Pode ir. – Apontou o chuveiro, e eu andei até lá.

Tomei banho de costas para ele, não queria encará-lo, mas sentia seus olhos me observando, dando um enorme desconforto. A água quente caia sobre meu corpo, e meus pensamentos acerca da minha mãe, irmão, Vick e Bruno voltaram fortemente em minha mente. O que eles pensariam naquela manhã sabendo que ainda não havia aparecido? Emma e Patrick já haviam sido informados?

– Chega. – Ele falou alto. Sua voz grave pesando sobre o ambiente.

Não havia toalha ali perto, eu não sabia o que fazer.

– Venha cá. – Virei meu rosto para ele e vi que em sua mão havia um tecido branco. Ele foi se aproximando do box que eu estava, e então parou querendo que eu fosse até ele.

ME virei de frente, ainda com as minhas duas mãos me cobrindo, tive que tirar uma delas para pegar a toalha, mas quando ergui minha mão ele me ignorou. E então passou a me secar, passou a tolha em meus cabelos, em meu rosto, costas, braços, peitoral, barriga; se abaixou, e passou a secar minhas pernas, coxas... Senti a mão dele indo atrás do meu corpo e secando meu quadril, depois as voltou para a frente.

– Tire as mãos. – Continuei com elas no mesmo lugar, não queria que ele me visse tão exposto assim. – Mandei tirar. Não precisa ter vergonha. Eu também sou homem.

Fechei meus olhos, e tirei as mãos, serrando meus punhos ao lado do meu corpo. Ele passou a toalha nelas, e só depois se dirigiu ao meu pênis, o segurando com a toalha e a passando milimetricamente em cada parte dali. Era estranha a sensação. Ele pelo contrário, parecia estar gostando, pois ficou ali por longos segundos, como se aquela parte do meu corpo fosse a mais molhada.

– Imaginava que você não tivesse pelos... – Falou, se levantando e postando em pé em minha frente, me encarando.

Sempre fui alguém com pouquíssimos pelos, mesmo quando atingi a puberdade, sendo assim eu preferia apenas não ter nenhum. Alexsander também influenciou profundamente nessa escolha, ele sempre comentava que minha pele era lisa e macia, exatamente do jeito que ele gostava.

– Vista esse roupão. Irei comprar roupas para você hoje, por enquanto você terá que usar as minhas, elas ficarão grandes em você, mas como eu disse, é apenas por hoje. – Ele dizia enquanto caminhava pelo banheiro pegando um roupão em um armário de parede que havia ali, me entregou. Tinha um cheiro profundo de amaciante.

O coloquei rapidamente, mais tranquilo com o fato de finalmente não estar mais tão exposto aos seus olhares esquisitos para meu corpo. Mas tenso com o fato dele dizer que iria comprar roupas para mim, isso era mais uma prova de que realmente planejava me prender ali por um longo tempo.

– Agora vamos tomar café, embora você não mereça, irei deixar você usar a minha mesa. – Pegou todas as minhas roupas com uma mão, e com a outra segurou a minha. Descemos a escadaria.

Primeiramente fomos até sua lavanderia, onde ele jogou minhas roupas em um cesto. Lá haviam uma máquina de lavar e uma secadora, e um armário, onde ficavam os produtos de limpeza. O local era coberto por azulejos brancos, e perfeitamente limpos. Depois me puxou até sua cozinha, um lugar tão alvo quanto, com detalhes em negro, como as colheres penduradas próximas ao cooktop, sua geladeira fosca de duas portas, seu forno grande que talvez coubesse meu corpo desmembrado. Não conseguia parar de pensar que a qualquer momento ele poderia me matar. Além de uma plataforma longa e escura no meio da cozinha, que minha mãe provavelmente amaria para fazer suas massas. Em cima dela havia uma cesta cheia de comidas e bebidas.

Fiquei parado em um canto esperando ele colocar café em uma caneca para mim, depois fomos ambos para a sala de jantar. O lugar possuía uma mesa para dez pessoas se sentarem em volta, ela era toda escura, com detalhes dourados, assim como as cadeiras acolchoadas. Um enorme ilustre repousava acima dela; e nas paredes, quadros de cores fortes foram centralizados, nos cantos haviam pequenas mesas com jarros de flores, que assim como o ambiente eram escuras.

O café estava profundamente quente, senti queimar a ponta da minha língua quando toquei nele.

– Cuidado. – Ouvi sua voz do outro lado da mesa.

O assoprei, enquanto ele ficava mexendo em um tablet que havia em cima da mesa, parecia ler notícias, ou resolver coisas do trabalho, ou simplesmente procurar métodos adequados para se livrar do meu corpo futuramente. Não podia ficar me distraindo como estava fazendo, precisava dar um jeito de fugir dali o mais rápido possível, antes que ele me colocasse em correntes outra vez.

Fingi interesse no café e nos bolinhos que haviam sobre a mesa, enquanto observava todo o local, buscando qualquer vão que me coubesse, para que eu pudesse correr e passar, se corresse dali deveria ser direto para minha liberdade e não para uma porta ou janela bloqueada. Mas então meus pensamentos foram interrompidos. Um enorme barulho tomou conta de toda a sala de jantar, dando–me um leve susto. Era uma campainha. A campainha daquela grande casa tocava. Havia alguém na porta.

Nossos olhares dançaram um com o outro sobre a mesa. Ele sabia o que eu estava prestes a fazer, e meu deu um olhar de advertência. Foi como se tudo tivesse ficado em câmera lenta em minha volta, aquela sensação de estar preso em um sonho havia voltado. A caneca com meu café saltou de minha mão, caindo com força sobre a mesa, e acredito eu, fazendo um barulho, caso tenha feito nem mesmo notei, meu corpo se jogou para o lado, se apoiando em minhas pernas, cheguei a tocar o chão com minha mão quando pulei da cadeira.

Acelerei o máximo que pude, como se fosse um daqueles animais no Discovery Chanel sendo perseguidos por um predador. O resto da minha força foi mandada para minha garganta que soltou um grito alto e estridente, tentando bater de frente com a campainha que havia tocado antes. Gritava desesperadamente enquanto corria, sem nem olhar para trás, não me importava com nada mais naquele momento, a não ser correr e clamar por minha liberdade.

Vi a porta, e atrás dela pude sentir a presença da pessoa que a tocava, e que logo se tornaria a responsável por me tirar daquele lugar. A única coisa que precisava fazer era expor minha angustia e desespero, gritando e me debatendo contra a porta, ferozmente, para que não houvessem dúvidas a respeito do meu pânico. Ela iria me ouvir, e então a polícia iria aparecer e me retirar daquela grande casa e me devolver ao local onde eu deveria estar aquela manhã, isso é, em meu quarto.

Quando encostei minha mão na maçaneta da porta senti sua frieza em minha pele, puxava ela exasperadamente, enquanto batia na porta e gritava. Sabia que ele devia estar atrás de mim, olhei para trás, mas não havia ninguém. Talvez tivesse fugido ao saber que eu havia chamado atenção de alguém, devia estar pulando o muro naquele exato momento e buscando desaparecer na vizinhança para a polícia não encontra-lo quando chegasse aqui.

Passei a estranhar o silêncio do outro lado da porta.

– Alguém? Você está me ouvindo? Socorro! Chama a polícia! Está me ouvindo? – Falava o mais alto que podia, sentia minha voz correndo por toda a casa. Mas continuava sem nenhuma resposta.

Comecei a pensar na razão de ele ter desaparecido tão repentinamente: Tinha ido distrair a pessoa do outro lado da porta? Coloquei meu ouvido sobre ela e não ouvia nada. Um silencio profundo em meio a escuridão lá fora. Me virando de volta para o interior da casa notei que o silencio também pairava ali dentro, e isso me deu uma pontada de angustia e medo. Meus olhos passavam por cada canto exposto em minha frente, minha respiração passará a ficar pesada e ofegante.

Resolvi ir par ao andar de cima, e procurar uma janela que eu pudesse pular. Corri envolto pelo desespero, com aquela sensação de que algo estava logo atrás de mim, praticamente na mesma velocidade que eu, prestes a me alcançar. A primeira porta que encontrei foi a que ficava no final da escadaria, próximo ao vaso de flores, quando a abri me deparei com um simples armário, que continha roupas, material de ski, botas e capas de chuva, e alguns casacos. A deixei aberta e corri para a outra porta: o quarto dele.

Ao chegar lá facilmente encontrei a janela, coberta por uma cortina estilo clássica de cor escura, a abri animado e pronto para quebrar qualquer vidro que ali estivesse, e simplesmente desaparecer daquele lugar. Mas não havia vidro algum. Era como se fosse uma enorme persiana de metal, que se fechava automaticamente quando alguém apertava um botão para evitar que qualquer estranho entrasse em sua casa, bati nela com força e ela mal se mexeu, era firme.

– Droga. – Corri dali em direção a outras portas, eram outros quartos e um banheiro, todos as janelas eram seladas por essa mesma persiana.

Não havia saída.

Sai do banheiro e voltei para o corredor, não havia sequer um vislumbre do mundo lá fora, eu estava preso em uma caixa. Uma caixa na qual todas as suas saídas estavam plenamente seladas com metal. Avistei as escadas e resolvi descer, cautelosamente, com o receio de ele aparecer a qualquer momento. Pisava em cada degrau suavemente, tentando não fazer qualquer tipo de barulho. Quando finalmente cheguei ao final dela escutei o som de uma xícara sendo colocada sobre um pires.

Lá estava ele, tomando seu café tranquilamente, sentado na cadeira, com sua roupa impecável, e seu perfume no ar. Agora entendia a razão de ele não estar correndo irritadamente atrás de mim, sabia que não tinha como eu fugir. Mas, e a pessoa atrás da porta?

– Chega de brincar pela casa e venha terminar de tomar seu café, tenho que ir trabalhar em alguns minutos. – Sua voz...

Caminhei lentamente até a cozinha, olhando para ele, que nem fazia questão de me olhar. Seu ar de superioridade e poder exalava por todo o seu corpo. Me sentei novamente na cadeira, olhando sem esperanças para aquele homem em minha frente.

– Talvez você não tenha se perguntando qual seja a minha profissão, mas eu gostaria de falar um pouco sobre ela e a ligação com essa casa... – Ele passou a falar, continuamente. – Sou arquiteto. Projetei essa casa a três anos atrás para um cliente extremamente exigente e provavelmente com algum tipo de transtorno. Ele exigia que tudo aqui dentro fosse apenas preto e branco, cada detalhe dessa casa. Embora morasse sozinho queria que ela tivesse três quartos amplos, quatro banheiros distribuídos pelo imóvel, armário para casacos, closet, e uma escadaria com corrimões feitos a mão. – Ele finalmente me olhou. – Outro detalhe que essa casa possuí, é o interessante fato dela não permitir que barulhos entrem ou saiam. Ele pediu para que todas as portas, janelas e paredes fossem desenvolvidas de modo que mesmo um grito de desespero, como o seu, não pudesse ser ouvido por alguém que estivesse do outro lado da porta da frente. Além do muro ser extremamente alto e resistente a qualquer tipo de pancada. Mas o que acho mais interessante aqui é o abrigo subterrâneo que ele pediu para eu desenvolver sob medida para ele, pois acreditava profundamente que a qualquer momento nosso país pudesse ser atacado por um país inimigo, ou... – Ele riu discretamente. – planeta. Se você for no fundo da casa encontrará um pequeno armazém, onde ele guardava caixas com comida enlata, água, e medicamentos, para que quando houvesse o suposto ataque ele simplesmente pudesse apenas jogar esses mantimentos no abrigo e viver ali com elas até que fosse seguro sair. O irônico é que ele morreu a alguns meses atrás, quando foi atropelado por um caminhão de comida chinesa. Talvez esse tivesse sido o ataque inimigo que tanto se preparava. – Me encarou, como se esperasse que eu risse de sua piada. – O único problema dessa casa no momento é a campainha... A dois dias ela passou a ter esse problema, de tocar sozinha de vez em quando, ainda não tive tempo de chamar alguém para resolver isso para mim. Estava ocupado demais com meu trabalho, e em preparar tudo para sua recepção... – Ele sorriu.

– A propósito... Me chamo Sebastian. E é um prazer finalmente ter você em minha mesa, Alec. – Seu sorriso diabólico e com toques de prepotência ficou estampado em seu rosto.

Por mais uma vez...

OBS. No Wattpad você pode ler os 13 capítulos que já publiquei, buscando pelo meu perfil:


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