O cravo e a canela

O CRAVO E A CANELA

by Daniel

Gabriel e Gabriela. Os amigos dizem que até no nome nós nos completamos. E é essa a impressão que transmitimos, pois estamos sempre nos beijando, nos alisando... após cinco anos de romance, sendo quase três morando juntos, a chama permanece acesa. Ou quase.

Quase porque? ora, até o mês passado, apesar de toda nossa atividade sexual, eu sentia que faltava alguma coisa. Eu acreditava na sinceridade dos seus orgasmos, mas depois que ela gozava, via no seu olhar uma discreta crítica sobre alguma coisa que eu fiz a mais ou a menos. Ou que simplesmente deixei de fazer.

Talvez pelo fato de nós fazermos muito sexo mas pouco falarmos sobre ele, é que isso acontecia. Nas poucas vezes que procurei saber se poderíamos melhorar nossas transas, ela cortava o assunto dizendo melhor que isso não dá... você é ótimo.... Mas nunca me convenci.

Até que um dia, numa das reuniões sociais que costumávamos freqüentar, ela ficou o tempo quase todo conversando com uma loira um pouco mais velha e muito atraente. Parecia embevecida, até mesmo excitada, enquanto a mulher falava e gesticulava sem parar. Bebiam também, e bastante. Pelo menos, eu nunca a tinha visto beber tanto.

Lá pelas tantas, o marido da loira veio pegá-la e o fez com bastante rispidez. Ela simplesmente baixou os olhos, deu um beijinho na Gabriela e sumiu.

Então, minha mulher começou a se portar de um modo que eu achei inconveniente. Talvez nada demais, já que o ambiente estava bastante alegre e ruidoso. Mas eu sempre fui muito discreto em meu relacionamento social e aquelas gargalhadas da minha mulher estavam me incomodando bastante, então resolvi que era hora de voltarmos para casa.

Meia hora depois, já no nosso quarto, eu resolvi cobrar alguma coisa do seu comportamento anterior.

— Aquela loira na festa... você gostou um bocado dela... ela é lésbica?

— Hahaha... não, querido... nem um pouquinho...

— Mas parece que o marido dela não gostou de vocês ficarem conversando. O modo como a pegou... ele parecia meio zangado...

— Impressão tua... eles são assim mesmo... ele costuma bater nela...

— Que horror!

— Você acha mesmo? pois ela adora apanhar dele... ela diz que é muito bom levar uma surra de vez em quando... pra não esquecer qual é o lugar dela... de fêmea obediente... eu achei muito excitantes as coisas que ela me contou...

Puxei sua cabeça em direção à minha virilha.

— Eu sempre achei que bastava isso pra te excitar.

Ela tirou meu pau de dentro da calça e começou a lambê-lo com delicadeza.

— Claro que sim, meu amor. Eu adoro esse pau gostoso. Só que eu acho você sempre tão gentil...

— Puxa, você se queixa... sempre pensei que isso fosse uma qualidade minha...

— E é, mas de vez em quando a mulher gosta de sentir que está com um macho... não apenas um cara gostoso de pau duro, mas um homem que a maltrate um pouco, que a faça ver quem é que dá as ordens... entendeu?

— Mais ou menos. Explica melhor.

— Porra... eu enchi a cara e fiz aquela zoeira na festa de propósito, pra te provocar... sei que você não gosta... achei que você ia tomar uma atitude... será que você vai deixar isso tudo passar em branco? Aquela loira... a essa altura ela já deve estar com a bunda quente de tanto apanhar... ela diz que o marido tem até um chicote pra bater nela... e você fica aí como um veadinho, me agradando...

Aquilo me tirou do sério. Se ha coisa que um homem não admite aqui no sul é ser chamado de veado. Puxei-a pelos cabelos.

— Ta me chamando de veado?

— E se estiver? vai bater em mim?

— Sua putinha... como que é que você gosta de apanhar? diz pra mim.

— Você não é homem de me bater...

Ela conseguiu romper o meu limite. Pela primeira vez na vida, senti ganas de mandar a mão na cara de uma mulher. Peguei-a rudemente e a coloquei dobrada no braço do sofazinho que temos no quarto. Levantei sua saia e fiquei por alguns instantes admirando aquela bunda que eu tanto amava.

Minha mulher não é grande, ela mal alcança meu ombros. Mas a bunda, as coxas... são pra ninguém botar defeito... e a sacana ainda gosta de usar fio dental... bem enfiadinho no rego...

Sacudi a cabeça para espantar o tesão que estava querendo tomar conta das minhas ações. Não era hora de foder... primeiro, ela tinha de aprender a não insultar o macho.

Mandei a mão aberta nádega direita. Ela deu um pulo, assustada. Antes que dissesse algo, repeti a dose com a mão esquerda. Outra com a direita, com a esquerda. Ela gritou.

— Amor, assim dói... não precisa tanta força... pára, ta me machucando... chega...

— Antes era veado, agora é amor? é pra doer mesmo... e eu é que vou dizer quando é que chega... quero ver essa bunda roxinha...

E continuei batendo. Ela começou a chorar. Quando conseguia pegar fôlego, implorava pra eu parar de bater.

— Tem pena de mim... você vai me matar... me perdoa... nunca mais eu te desrespeito... juro...

— Ta pedindo pra quem? pro veado?

— Não... é pro meu homem... meu macho... não me bate mais... eu aprendi a lição... pára, meu gostoso... faz o que você quiser, mas não bate mais na tua cachorrinha...

— Cachorra... é isso mesmo que você é... vai pra cama, cadela. Tira a roupa e fica de quatro. Ainda falta um bocado pra eu te perdoar.

Ela se levantou e foi para a cama. Ainda estava chorando e sem coragem de me encarar. Quando eu a vi na posição que ordenei, com aquele jeito de aceitar o que eu exigisse dela, quase morri de tesão. Encostei na cama e puxei-a pelos cabelos.

— Que é que está fazendo aí, sua vagabunda? não vai tirar a roupa do seu homem?

— Mas você mandou... eu pensei...

Mandei a mão aberta na cara dela.

— Puta não pensa, puta obedece. Cala a boca e faz o que eu mandei. Devagar, vadia, vai com calma... não estou com pressa...

Lentamente, ela desabotoou minha camisa, abriu o zíper da calça... cada espaço de corpo que aparecia, ela lambia avidamente. Depois de me deixar nu, abocanhou meu pau.

— Quer gozar na minha boca?

Eu queria qualquer coisa... parecia que era a primeira vez... nunca tinha sentido algo assim... eu, o bem comportado... sexualmente correto... agora eu era o machão, o todo poderoso...

— Quero cu, piranha.

Eu nunca tinha conseguido enrabá-la. Ela topava tudo em matéria de sexo, mas quando eu tentava sodomizá-la, pedia para parar. Dizia que não agüentava a dor.

— Você sabe que eu não agüento... dói muito...

Dei uma palmada que ela despencou no chão.

— Vai doer muito mais se eu pegar o cinto no armário. Sabe qual é, não sabe? aquele grosso que eu uso com a calça jeans. Quer experimentar?

— Nãoooo... o cinto, não... não faz isso comigo... eu dou... não mete com força, ta bem? por favor... eu te amo, não esquece... mete devagarinho...

Deitei de barriga pra cima enquanto ela abaixava o corpo sobre mim. Pegou no pau e esfregou na xota toda melada.

— Eu disse cu, sua cadela. Quer apanhar mais?

— É só pra lubrificar, meu amor... eu vou dar sim... o que você quiser... não precisa me bater... meu homem...

Peguei os peitinhos dela. Tão bonitinhos, pequenos como os de uma adolescente. Ela continuou dobrando as pernas em minha direção, mas dessa vez o pau estava penetrando seu anus. Ela fazia o possível para se agüentar assim, meio sentada, sem outro apoio que não o das pernas.

— Vem descendo, mulher. Ta gostoso... assim... vem...

— É que dói...

— Deixa de bobagem... baixa logo, porra.

Segurei seus quadris, puxando para baixo, ao mesmo tempo que levantei os meus. O pau entrou de uma só vez e ela soltou um grito que deve ter acordado o prédio inteiro.

— Pronto... acabou o medo de dar a bunda, não acabou? agora rebola bem gostoso, faz teu homem gozar... vamos, vadia...

Enquanto falava, eu dava tapas nas suas coxas. Ela apoiou as mãos nos meus joelhos e, inclinada para trás, começou a mexer a bunda, me deixando cada vez mais alucinado de prazer.

— Mexe mesmo, putinha... mostra que essa tal dança do ventre que você está praticando te ensinou alguma coisa... assim... ta gostando, cadela? responde, porra...

— To, meu amor... ta bom...

Eu nunca poderia imaginar que ela, com seu espírito independente, pudesse assumir uma postura tão submissa. Também não pensei que fosse sentir tanto prazer em trata-la dessa maneira. Dei mais uns tapas e ela acelerou o rebolado.

— Assim, puta... mexe bem... aiaiai eu vou gozar... que cu gostoso... mexe, vadia... mexeeeeeee...

Gozei muito. Sei que ela não gozou, mas eu gozei. Nessa hora, pela primeira vez na vida, eu não estava me importando muito com o prazer dela. Muito pelo contrário, senti até uma certa satisfação por tê-la tratado como um simples objeto do meu desejo.

Larguei-a jogada na cama e fui tomar um banho sozinho. Nós sempre tomávamos banho juntos, ficávamos um tempão nos acariciando embaixo do chuveiro morno. Talvez por isso é que quando eu voltei para o quarto, ela estava encolhida na cama, soluçando. Empurrei-a para um canto com o pé.

— Abre espaço, puta.

Ela olhou para mim como quem não estava me reconhecendo. Na verdade, eu mesmo não acreditava que estivesse agindo assim. Mas estava me agradando muito e, de qualquer maneira, eu estava apenas fazendo a vontade dela... ela não queria apanhar?

Aquela carinha chorosa estava me dando tesão de novo. Deitei de barriga para cima e esfreguei seu rosto no meu peito. Sem dizer nada, ela começou a me lamber, descendo pelo meu corpo até encontrar meu pau. Chupou-o gulosamente, até que eu mandei parar.

— Senta na boneca, agora eu vou deixar você gozar também. Isso, mete tudo nessa boceta. Você é uma cadela mesmo... rebola bem... trata de agradar... se você me agradar, você goza. Senão, apanha. Que é que você prefere? responde, vamos...

— Não bate mais em mim não, meu amor... eu vou fazer você gozar muito... essa boceta é só tua... mete tudo... assim, meu macho gostoso... vou tirar e meter de novo... ta gostando, meu homem? to mexendo legal? aiaiai amor... eu já vou gozar... goza comigo, goza... enche minha quequinha com tua porra... aiiiiii... assiiiiiim... issoooooo...

Dessa vez, gozamos juntos. Depois, ela se deixou cair sobre meu peito, beijou meu rosto, minha boca. Sem sentir, acabamos dormindo abraçados.

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Voltei do trabalho ansioso por encontrá-la. Nem sabia como iria encará-la, talvez devesse pedir desculpas pelos maus tratos da véspera. Sei lá, não tinha noção de como deveria me comportar. Só sei que estava doido para ver minha mulher.

Encontrei-a no quarto, em pé, com uma carinha de assustada. Era ela mesmo? Parecia mais uma garotinha. Uniforme escolar, rabinho de cavalo... fiquei olhando, hipnotizado, para suas coxas grossas, que a saia plissada não conseguia esconder. Então ela explicou, com uma vozinha trêmula de menina.

— Papai, meu boletim veio com umas notas horríveis. Você não vai me castigar, vai?

E olhou para a cama. Olhei também e vi ali, esticadinho, o meu cinto grosso que eu costumo usar com as calças jeans.

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Daniel

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