Me Chame de Mestre Parte 1

Um conto erótico de Mr.FoxFox
Categoria: Homossexual
Data: 21/11/2021 20:36:01
Última revisão: 21/11/2021 20:36:44

Uma enorme luz branca me cegava todas vezes que eu tentava abrir meus olhos, era tão incandescente e dominante que me perguntava se havia por um acaso vindo a óbito enquanto dormia em meu quarto. Me perguntei se era aquela imagem que todos viam após seu último suspiro em vida, e se agora estava tendo o privilégio de finalmente vê-la. A luz foi se tornando menor à medida que eu piscava, ela não parecia mais tão poderosa assim, passou de uma enorme bola de luz para algo que devia ter o tamanho de um simples melão. Aquela não era uma luz celestial, era uma mísera lâmpada.

Me levantei num sobressalto, olhando em minha volta, e então tive a absoluta certeza que realmente não estava em algum tipo de paraíso divino, mas sim em um quarto qualquer. Não, não era um quarto qualquer. Um quarto qualquer possuí cama, escrivaninha, talvez uma estante de livros, um guarda–roupa, um grande tapete no chão, janelas, e talvez oito gatos da sorte com mãozinhas em movimento frenético.

Aquele lugar não tinha nada disso, apenas uma pequena mesa com duas cadeiras, todas pretas, um vaso de flores branco no meio dela, com três rosas vermelhas; as paredes não eram pintadas, eram de concreto, e pareciam ser extremamente firmes, em uma delas havia um duto de ventilação; uma porta preta enorme de ferro que parecia fixamente trancada; e uma outra porta azul em frente a ela, que aparentava ser mais frágil; um colchão coberto com um lençol branco, abaixo de mim, no qual eu estava sentado, e um travesseiro de mesma cor em sua ponta. Mas nada ali me chamou mais atenção que as grossas correntes que haviam em volta de minha perna direita, selada com um cadeado. A minha primeira reação ao vê-las foi tentar me livrar delas, algo completamente inútil, mesmo com toda a força que coloquei em minhas estupidas mãos.

Me lembro de quando era criança e vi um filme de idade média com meu irmão em seu quarto, e me recordo de ter visto pela primeira vez um local chamado “calabouço”, sendo basicamente o lugar mais baixo de um castelo, usado normalmente para guardar coisas, ou aprisionar pessoas. Essas pessoas apareciam presas em uma grande e grossa corrente preta, e tentavam constantemente se libertar delas, um trabalho praticamente impossível. E assim elas ficavam lá presas até sua morte, naquele ambiente escuro e empoeirado, enquanto sua carne definhava, restando apenas cabelos e ossos.

Aquilo não era realmente o tipo de pensamento que devia estar tendo naquela situação. Mas era quase inevitável não pensar o pior. Comecei a rebobinar minhas lembranças, tentando encontrar elementos que me dessem respostas.

Como havia parado ali?

Feito um sopro em minha mente as lembranças foram surgindo... A música tocando baixa em meus fones, o homem logo atrás de mim, o cheiro, seu corpo pesado sobre o meu, sua camisa, seus óculos caindo no chão quando ele se jogou sobre mim, o barulho da nossa queda no chão, meus braços tentando me tirar daquela situação, minhas pernas se movimentando rapidamente, mas sendo paralisadas pelas dele, e então... a escuridão.

A minha segunda reação foi correr até as portas e tentar abri-las, a porta azul se abriu com facilidade era um simples banheiro sem janela, apenas com outro duto de ventilação, a outra porta, grande e preta, parecia que não se mexeria nem mesmo se eu a atropelasse com um carro em alta velocidade, se mantinha firme em seu lugar, não se movendo se quer um centímetro com toda a minha força sendo colocada nela. Observei o duto de ventilação no quarto mais uma vez, o tamanho da corrente permitiria que eu chegasse até ele. Peguei a mesa que havia no quarto, derrubando as flores e o jarro de plástico no chão, a apoiei abaixo do duto de ventilação e subi sobre ela, não conseguia alcançar direito o duto. Peguei uma das duas pequenas cadeiras que havia ali também e a coloquei em cima da mesa, aumentando sua altura. Subi.

Dentro do duto havia uma completa escuridão, tirando qualquer possibilidade de conseguir ver algo ali. Mas ele ainda poderia ser útil para mim, minha visão não passaria pelo seu corpo oco, mas minha voz com certeza sim. Comecei a gritar o mais alto possível dentro dele.

– Socorro! Alguém? Alguém? Alguém...?

Mais uma vez minhas ações foram em vão. Quando eu me silenciava a única coisa que conseguia ser ouvida no quarto era o barulho das correntes balançando de acordo com meus movimentos.

Minha reação seguinte foi ocasionada por um pensamento que passou pela minha mente: “O Homem que me colocou aqui tem as chaves do cadeado e da porta, e eu tenho praticamente certeza que a intenção dele não é apenas me deixar amarrado aqui para sempre, como os prisioneiros de filme medievais. Ele iria voltar, e eu só precisava estar pronto para sua chegada”. Mas como?

Precisava pensar em um modo de usar algo como arma, mas sem que ele percebesse que eu havia mexido em algo. Poderia usar a corrente, mas ele era com certeza mais forte que eu, pois me lembro quando me segurou no chão, tirando minhas chances de conseguir sair de baixo do seu corpo. Precisava de algo para bater, ou até furar. Aquele quarto estava muito longe de ser um armazém de armas fatais, se eu batesse com meu colchão fofo nele com certeza não o faria desmaiar. A mesa não era discreta para eu conseguir esconder dentro do meu casaco ou debaixo do colchão, o vaso de flores era de plástico, não faria sequer um arranhão em sua pele, a não ser que eu o quebrasse e tirasse estilhaços para fura-lo, mas ele perceberia que o vaso não estava na mesa assim que entrasse no quarto, podendo reagir da pior forma possível.

Algo pequeno. Precisava de algo discreto. Olhei para a cadeira mais uma vez e percebi que ela era nada mais que vários pedaços de madeiras conectados uns aos outros, por um objeto simples e extremamente útil naquele momento: um prego. Possivelmente com uma ponta fina, ótima o suficiente para fazer furos.

Peguei a cadeira, sabendo que seria difícil quebra-la, mas não impossível. A deitei no chão, joguei meu colchão em cima de suas pernas, e meu travesseiro em cima do colchão. Arrastei a pequena mesa para perto, e subi novamente nela, me jogando de cima em direção a cadeira coberta pelo colchão e travesseiro. Quando meu corpo caiu sobre suas pernas ouvi o pequeno barulho abafado dela se quebrando. Havia conseguido. Poderia ter tentado apenas com as forças dos meus braços, mas tinha certo receio de demorar mais do que poderia nessa “atividade”, correndo o risco de ele chegar e me ver naquela situação. Situações desesperadoras imploram por medidas desesperadas.

Rapidamente tirei o colchão e o travesseiro, as pernas de cima da cadeira haviam se curvado para baixo, mas não haviam se soltado por completo. Comecei a força-las, colocando toda minha força em minhas mãos, escutando elas rangerem constantemente. Já via parte de pregos expostos para fora do corpo da cadeira, me foquei no que mais estava visível, na perna direita. Depois de muito esforço consegui arrancar a perna da cadeira, junto ao prego. Já era algo.

Fui para a próxima fase: tentar remover o prego.

Para isso usei outra perna da cadeira, empurrando a parte de baixo do prego contra ela, de modo que o pedaço de madeira o expelisse. E com muita força o prego começou a se movimentar para cima, saindo da madeira e expondo a parte superior de seu corpo, passei a puxa-lo com a mão, doía meus dedos, mas nem me importava com isso naquele momento. Ele estava quase livre, continuei puxando-o, parece que tudo ali se resumia naquela ação, havia me esquecido por míseros segundos onde estava, como havia parado ali, e o que poderia acontecer caso aquele homem entrasse por aquela porta a qualquer momento.

O prego saiu.

Lá estava ele, com seus 8 centímetros repousando em minha mão, a pessoa que havia criado aquele pequeno móvel nunca imaginou que um dia uma de suas partes seria a maior arma de defesa encontrada por um garoto em um quarto de concreto numa luta por sua liberdade.

Estava um pouco ofegante, mas não existia tempo para isso. Ainda precisava reorganizar todo o quarto. Coloquei colchão e o travesseiro em seus lugares, montei a cadeira da melhor forma possível, para que o homem estranho não notasse o quebrado quando entrasse, se não olhasse de perto, ou se não se sentasse nela, não perceberia as falhas. Arrumei a mesa em seu lugar, com o vaso, em seguida devolvi as flores para dentro dela, que ao tocar percebi que eram de plástico também. Tudo parecia em ordem, exceto por um único problema.

Lá longe, próximo a porta, havia um pequeno pedaço verde no chão, me perguntei se aquilo estava ali antes, mas quando olhei para a mesa novamente tive consciência da onde aquele pedaço verde havia vindo. Das flores. Era parte do caule que havia se soltado na queda e voado para lá. Corri para pega–lo. Assim que o senti em minhas mãos o joguei dentro do vaso, foi quando ouvir um barulho na grande porta escura.

Alguém estava a abrindo. Era ele.

Corri de volta para o colchão e me sentei, segurando firmemente o prego em minha mão, dentro do bolso do meu casaco, esperando ansiosamente sua entrada.

Quando a porta foi aberta um homem alto segurando uma bandeja passou por ela, trajava uma camisa social branca dobrada até os cotovelos, uma calça jeans, sapatos, e um relógio no pulso direito. Usava óculos de grau com a armação preta. Devido à luz forte do quarto, podia ver melhor seu rosto. Seus cabelos eram de um negro profundo, sua pele pálida, tinha braços fortes, e devia ter seus 28 anos. Ele não parecia um maníaco, um sequestrador, ou um perseguidor, era apenas um cara comum.

Um cara que provavelmente dizia obrigado e com licença, um cara que eu veria na fila de um supermercado, ou passando em frente em minha casa passeando com seu cachorro. Era estranho perceber que alguém como ele andava discretamente em meio a todos, e secretamente escondia alguém em um quarto de concreto, acorrentado. Silenciado. Sempre que andava em um supermercado costumava olhar para as pessoas em minha volta e me questionar sobre suas vidas, e se algumas delas eram maníacos, sequestradores ou planejavam um massacre em alguma escola em breve, pois sempre imaginei que alguém assim passaria de forma discreta e natural por mim, sem nem que eu notasse suas intenções. E parece que eu estava certo.

Ele era silencioso, e andava de forma cautelosa e elegante pelo quarto. Colocou a bandeja sobre a mesa, meu coração acelerou, ficou olhando silenciosamente para ela por um tempo, mexeu nas flores, ele sabia que algo ali estava errado. Podia sentir. Ele esticou seu braço esquerdo e puxou a cadeira que eu havia quebrado, ela iria se desmontar no ar, seus pedaços cairiam no chão, e então ele saberia que eu tinha feito algo com ela em sua ausência.

Mas ela se manteve firme.

Olhou diretamente em meu rosto pela primeira vez desde que havia entrado no quarto. Até então se comportara como se eu não estivesse no mesmo ambiente que ele.

– Vamos jantar. – Sua voz grave soou pelo quarto.

Eu apenas fiquei parado, sentado, o olhando, sentindo o prego em minha mão.

– Não faça eu ter que ir aí te buscar. – Ele me esperava, logo atrás da cadeira, a puxando, como um desses homens elegantes em filmes antigos de romance que puxam a cadeira para a dama se sentar. Era realmente uma pena que aquilo não fosse um desses filmes. Eu gostaria que fosse.

Me levantei lentamente, ainda não conseguia dizer nada. Não sabia o que dizer. Não sabia o tipo de pessoa com que estava lidando, não sabia se apenas iriamos jantar, ou se ele enfiaria uma faca em meu pescoço bruscamente enquanto gargalhava. Minha mente não conseguia evitar tais pensamentos.

Fui me aproximando lentamente da mesa, meu corpo tremia, ouvia o barulho das correntes se arrastando pelo chão. Olhava fixamente para frente, sentindo sua presença logo atrás de mim, tão próximo. Ele saiu e se sentou na cadeira em minha frente, e separou nossa comida. Eram dois hambúrgueres, duas caixinhas pequenas com batata–frita, e dois copos enormes de milk-shake rosa. Morango.

Ele voltava a não me olhar mais, agindo novamente como se estivesse sozinho. Começou a comer.

– Coma. – Sua voz grave mais uma vez reverberando no quarto.

Comecei a comer sem vontade quando notei o papel de embrulho que envolvia o hambúrguer, o nome do restaurante que o vendia estava escrito em todo o papel, Betz. Era o mesmo lugar que eu ia frequentemente com o Vick e Bruno depois da aula quando estávamos com dinheiro. As vezes quando não tínhamos tanto assim juntávamos e pedíamos um único lanche e dividíamos, enquanto conversávamos e riamos. Ele havia ido lá para comprar a comida para a gente. Não sabia quanto tempo havia dormido, então isso me deixava na dúvida, se ainda estávamos na mesma cidade ou se ele teria ido até lá apenas para comprar isso para mim, ou pior, se havia comprado no caminho, com meu corpo adormecido provavelmente no porta-malas.

Ele comia elegantemente, sem se sujar, meus lábios provavelmente estavam sujos de molho, tive a certeza disso quando ele pegou um guardanapo e o levou em direção ao meu rosto, meu instinto fez com que eu afastasse o rosto para trás, impossibilitando que ele me tocasse. O homem em minha frente apenas soltou o guardanapo no ar, sem dizer uma única palavra.

– Hoje deixei você comer isso por ser seu primeiro dia. De agora em diante sua alimentação será diferente. Obviamente haverão exceções. – Ele começou a falar sem dar pausas, fazendo uma lista de esclarecimentos. – Você tomará dois banhos por dia, um antes de eu ir para o trabalho, o outro será quando eu voltar. Ali tem um banheiro que você pode usar, porém, o chuveiro não funciona. – Ele acenou com a cabeça em direção a porta azul que estava fechada. – Sendo assim você tomará banho na parte de cima, no meu banheiro. Aqui e na casa de cima irá encontrar todo o material necessário de higienização, você terá que usar tudo antes de eu chegar do trabalho. Não perca seu tempo gritando, estamos em um abrigo subterrâneo construído a pedido do dono anterior da casa, sendo assim ninguém irá lhe ouvir e você só machucaria sua garganta, e eu realmente não quero isso. – Ele me deu um olhar estranho quando disse isso, como se estivesse esperando que eu entendesse alguma piada subjetiva em sua fala. – E o principal: saiba que sempre haverá consequências caso você tente fugir.

As informações que ele havia me passado somadas ao seu jeito de falar me deixava com uma certeza: ele queria que eu vivesse com ele. Levei um tempo para absorver as informações e conseguir dizer algo, devolvi o hambúrguer na bandeja que estava próxima ao jarro de flores.

– Você não pode me manter aqui. Meu irmão... Minha mãe... Eles com certeza chamaram a polícia. Eles devem estar em todos os lugares agora, se você me deixar sair posso fingir que nunca estive aqui. – Que inocência a minha achar que ele me levaria a sério com esse discurso clichê, mas foi a única coisa que consegui dizer naquele momento.

– Não se eles acharem que você fugiu... ou... que tenha se matado. – Ele sorriu para mim pela primeira vez, havia tanta maldade em seu sorriso, como se estivesse contando uma piada cruel.

– Eu quero ir embora! – Falei alto, sentindo minha voz dominar aquele quarto.

Ele continuou comendo calmamente, voltando a ignorar minha existência.

– Eu disse que quero ir embora! – Praticamente gritei. – Eu! Vou! Embora! – Exclamei. Segurando a mesa idiota, com as flores idiotas, com a bandeja idiota, com a comida idiota, com os milk-shakes rosas idiotas, e mandando tudo para o chão, fazendo um barulho gigantesco. Apenas seu hambúrguer não foi parar no chão, pois o segurava com as duas mãos, calmamente. Sua calma começou a me irritar.

Ele não parou de comer.

– Você irá limpar tudo isso quando eu sair. Não gosto de qualquer tipo de sujeira, então você terá obrigação de manter tudo limpo. Quando você tiver a honra de ganhar minha confiança poderá viver comigo na casa principal, assim você ficará cuidando dela enquanto eu estiver trabalhando. – Ele falava com tanta confiança, como se estivesse prevendo tudo, tendo a certeza que tudo o que estava dizendo iria acontecer.

– Quero que você, sua casa e sua confiança vão todos se foder! – Disse irritado.

– Esse tipo de linguajar não combina com você. A não ser que estejamos na cama, e eu não estou vendo esse tipo de situação aqui. – Ele me deu outro sorriso irônico. Aquilo me fez sentir mais raiva de sua imagem.

Me virei de costas para ele, pensando o que poderia fazer para sair dali. Ele devia ter as chaves das correntes. Poderia tentar pegar, mas corria o risco de ele não estar com elas, porém, eu não estava conseguindo me apegar aos riscos, só queria ir para casa logo e ver meu irmão invadindo meu quarto durante a noite e me abraçando como ele fazia logo após o “grande acontecimento”, dizendo que eu não estava sozinho. Queria ouvir minha mãe me ligando cem vezes do trabalho para perguntar se estava tudo bem, igual ela fazia logo após o maldito “grande acontecimento”...

O grande acontecimento...

Lembrei do prego em meu casaco, enfiei a mão dentro do bolso e o senti, aquele ferro frio, fino, e com uma ponta extremamente perfurante, perfeita para ser introduzida no pescoço de alguém. No pescoço dele. Lembro que vi em um filme, a anos atrás, uma pessoa tendo sua jugular furada e o sangue se esvaindo até ela morrer, esse era meu plano, perfura–lo. No mesmo lugar, eu só precisava ser ágil e rápido, sem deixar transparecer meu plano. Podia imaginar ele se arrastando no chão, com as mãos sobre o pescoço, tentando evitar que seu sangue continuasse jorrando do seu corpo, até não aguentar mais e ele finalmente cair morto no chão. Era meio que prazeroso pensar nisso.

– Quais suas intenções em me prender aqui? – Perguntei, me virando, queria distraí–lo.

Ele estava finalizando seu hambúrguer.

– Uma pena você ter jogado sua comida no chão, estava realmente muito boa. – Disse ao terminar, se levantando e batendo as mãos para retirar os vestígios dos pães. – Não esqueça de limpar tudo isso, amanhã quando eu vier aqui para te levar para o banho não quero encontrar o quarto desse jeito. Escove os dentes antes de dormir. – Se virou para ir em direção da porta.

– Espera! – Falei, indo em sua direção, Ele se virou de volta para mim. Ele era bem mais alto que eu, e muito mais forte, eu devia tomar cuidado.

– Juro que não vou contar a ninguém. Você pode me largar em qualquer lugar por aí, vendado, assim eu não saberei explicar a polícia onde você mora, e posso dizer que você não me deixou ver seu rosto. – O prego em minha mão, firme.

– A sua inocência me encanta, Alec! – Ele me deu um outro sorriso, mas dessa vez com um tom amável, como se eu fosse um cachorrinho o encarando pela vitrine de uma loja de animais.

Ele sabia meu nome...

Apenas corri, com toda a velocidade que eu podia atingir naquele momento, e me joguei sobre seu corpo, pulando sobre ele, com o prego em minha mão, indo em direção ao seu pescoço, era como se tudo fosse irreal, um sonho, era fantasioso demais me imaginar em uma situação daquelas. Mas ali estava, o prego cravou profundamente sua pele, podia sentir com minha mão, ouvi ele gemer de dor, esperava um grito, mas aquilo servia, logo veria ele sangrar até morrer, e então eu estaria livre.

Novamente... Livre.

Mas então houve aquela parte do seu corpo.

Seu braço.

Seu maldito braço.

Sangrava.

Seu maldito braço sangrava.

Seu braço patético e medíocre sangrava, por estar sendo perfurado por um prego. Eu havia errado. Seu braço, a parte do seu corpo que mais passei a odiar naquele momento, havia entrado na frente, provavelmente encaminhado pelo seu instinto quando me sentiu aproximando do seu pescoço, e atrapalhando a minha grande chance de escapar. A verdade é que eu tinha completa noção de que isso poderia acontecer.

Ele me segurou com seus braços fortes e me jogou com toda força na parede, me fazendo bater contra ela e cair no chão. A manga direita de sua camisa estava se enchendo de sangue, ele estava com uma expressão de dor, serrando os dentes, senti a raiva saindo do seu corpo. O prego ficou preso, fincado em seu braço. Seu maldito braço. Profundamente.

– Só vou perdoar dessa vez, por ser seu primeiro dia. Na próxima, minha paciência não vai estar tão disposta assim.

Ele falou bravo, segurando seu braço ensanguentado.

– Essa será sua vida de agora em diante. Trate de se acostumar com ela. – Fechou a porta com muita força, fazendo um barulho enorme no quarto.

E eu fiquei ali, jogado no chão, meu corpo doía devido a força que ele havia usado para me agredir, mas nem conseguia prestar atenção nisso. A sua última frase havia tirado meu foco de qualquer outra coisa ali que não fosse ela.

“Essa será sua vida de agora em diante.”

Eu não podia acreditar nisso.

“Trate de se acostumar com ela.”

Não me acostumaria, e jamais me permitiria a isso. Eu ainda não estava morto, apenas com o corpo dolorido após o empurrão. E isso não me impediria de tentar de novo. Ele teria que me buscar na manhã seguinte para me levar até a casa principal para tomar banho, era minha grande chance, minha segunda chance. E eu não me permitiria perde-la, assim como perdi a primeira.

Nunca um mísero banho havia tido um significado tão grande para mim.

Aquele, significaria minha liberdade.

OBS. No Wattpad você pode ler os 13 capítulos que já publiquei, buscando pelo meu perfil:


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Comentários

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Adorei a fluidez da sua escrita. Estou ansioso pra ler o desenrolar da trama.

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